História Mortal loucura - Luz...

O sol forte de quase meio-dia batia em todo o quarto praticamente.Através da janela grande e totalmente aberta muito embora houvesse uma ressalva...a cama de casal. 

A mesma se encontrava em lado mais escuro do quarto,apenas alguns raios fracos alcançavam-na iluminando a pele nua dos dois corpos,ainda entrelaçados e deitados nela.

Miguel estava acordado já há algum tempo,deitado e encarando ainda sorridente o teto escuro do quarto.Ele simplesmente não conseguia acreditar na sorte que tinha quase havia jogado sua vida fora...mas felizmente deu -se conta da besteira que ia fazer se afastando de tudo(especialmente dela) e voltou...recebendo então a melhor notícia que poderia receber...era mentira...eles não eram irmãos...nada podia ser mais perfeito naquele momento.

Virou um pouco o rosto para encara-la,estava bem adormecida na verdade,metade de seu corpo leve e pequeno por cima do dele,os cabelos caindo por seu ombro em ondas lisas.Um braço passando pela cintura dele,como se para evitar perdê-lo durante o dono.

Enquanto o mesmo tinha uma mão na cabeça dela ,onde acariciava ritmadamente seus cabelos mesmo sabendo que ela estava adormecida,gostava de o fazê-lo.Era sempre bom acaricia-la.

A morna por sua vez  vestia agora a camisa dele que este havia lhe colocado no meio da noite,para que ela não sentisse tanto frio.

A tranquilidade daquele lugar era quase palpável,era como se seus corpos estivessem colados as pernas entrelaçadas por baixo do lençol branco e fino.

Ele ainda devaneava ,quando um barulho alto pode-se ouvir do seu lado ,mais especificamente vindo da sua calça  caida no chão.

Rapidamente esticou o braço com cuidado ,para não mexer muito o outro lado do corpo e assim , não acorda-la.

Ao conseguir pegar o celular no bolso traseiro,viu que era ligação da sua mãe,eeslihou rapidamente.Teria que falar com ela mais tarde,de qualquer forma...

Ao voltar a posição na cama,torceu para que Olívia não tivesse acordado.

Tarde demais,quando virou o rosto ela coçava os olhos com uma das mãos em punho.

Ele riu .

Ela tirou a mão e abriu minimamente os olhos ,o encarando e dando um sorriso de lado.

-Já rindo de mim a essa hora?-perguntou ela.

-Eu?-ele brinca.

Ela ri.

-Que horas são?-pergunta ela,se ajeitando no peito dele.

-Ainda não deve ser meio dia...mas eu acho que a senhora ainda não me deu meu bom dia..-ele brinca.

Ela sorri e entra na brincadeira.

-E como você quer o seu bom dia?-pergunta.

-Podemos negociar alguma coisa..-brinca beijando ela que retribui .

O beijo dura consideráveis segundos suficiente para eles ofegarem depois..

-E ai?-pergunta ela.

-A gente pode acrescentar mais no do almoço.-diz e ela ri.

-Eu ainda nem acredito .-soltou o olhando.

-Nem eu..-ele sorri.

-Depois de tanta coisa...poder tá aqui contigo...parece que eu saí do inferno direto pro céu.-ela fala.

Ele concorda.

-Você não sabe o quanto eu me controlava pra não bater em Lucas quando ele lhe abraçava.-ele fala.

Ela revira os olhos.

-Eu nunca tive realmente nada com ele..nunca namorados de verdade.Eu não conseguiria..-fala,se sentando.

Ele faz o mesmo,a olhando com certo pesar.Ele sabe o que ela está pensando agora.

-Eu sei o que tu pensa. Olívia...mas eu não sentia nada por Sophie..eu simplesmente retomei uma coisa que eu achei que me faria lhe esquecer..por que eu tinha medo dos meus sentimentos,mas me arrependo muito.. além de que eu também não tive mais nada com ela desde que voltamos..-diz ele.

Ela o olha.

-Eu sei..acredito em você.. só que..sei lá.Como foi que eu deixei minha vida se tornar tão bagunçada assim de uma hora pra outra?-ela pergunta a si mesma.

Ele ri e ela o olha.

-Acho que eu tenho uma pequena parcela de culpa..-ele diz.Ela sorri e acaricia o cabelo dele que agora tem a cabeça em seu colo.

-Vamos dizer que você tem 90℅ de culpa nisso.-os dois riem.

-Nós temos que voltar pra casa..-ele diz,s e levantando e sentando novamente do lado dela.

-Pois é..-ela fala e abaixa um pouco a cabeça.

-O que foi?-ele pergunta .

-O que eles vão pensar,Miguel?Painho!o que ele vai dizer?!-ela demonstra sau preocupação.

-Eu sei..mas nós vamos fazer isso juntos... nós dois..-ele diz.

Ela sorri minimamente.

-Vamos sim..-ela diz.

Ele se levanta e pegando a calça do chão começa a de vestir.

Anda rapidamente até o banheiro e começa a jogar um pouco de água no rosto.

Ela sente uma coisa  estranha ,mas ignora,deve ser por ter passado a noite numa posição diferente ou algo assim.

Coloca as pernas para fora da cama e só então percebe que está usando somente a camisa de botões dele ,que no caso, bate um pouco além de sua coxa..

-Não sabia que tinha me vestido também.-ela fal rindo.

-Pois é neguinha...pra você ver que eu sou o pacote completo..-ele fala do banheiro.

Ela ri e se prepara para levantar.

-Nossa mas q..-sua frase é interrompida por uma forte tontura,assim que ela se levanta totalmente.Ela solta um gemido baixo e se curva com uma mão apoiada na parede.

Miguel escuta tudo do banheiro entreaberto e alarmado,se assusta mais ainda ao ver ela praticamente desfalecendo .

-Olívia!-ele corre até ela,que está de olhos bem fechados e um pouco trêmula.

Apoia seu corpo ea senta na cama,o nde ela deixa a cabeça descansar no ombro dele até que o mal estar passe ,ele tem o braço a envolvendo pela cintura a preocupação contida a força,apenas no pequeno gesto de afastar os cabelos dela do rosto.

Quando finalmente a tontura parece ter ido embora ela levanta cabeça e o olha. O questionamento está estampado em seu rosto,ela respira fundo.

Mudando de posição ele a solta e os dois ficam sentados na cama de frente para o outro.

-Eu sei o que tu tá pensando..isso acontece comigo há algum tempo já..-fala ela.

-Desde quando tu passa mal desse jeito,Olívia?espere..aquela virose,ela não era uma virose não é?-ele pergunta aflito.

Ela nega com a cabeça,com os olhos já molhados,estava tão nervosa e emocionada que quase não conseguia formar palavras.

-Ah,meu Deus...eu sabia!tu tá doente! é muito grave?! você começou algum tipo de tratamento,já?-ele pergunta já de olhos marejados também.Não podia ser..ela estava doente,o quanto isso estava em sua cara e ele não percebeu?

Ela fecha os olhos com força ,tentando se acalmar o suficiente para contar pra ele..

-Desde quando?-ele perguntou a ela que chorava em silêncio.

-Três meses...mas não é uma doença,Miguel..-ela fala.Tocando as mãos dele.

Ele sente alívio,mas ao mesmo tempo se sente mais confuso ainda.

-Então...o que é,Olívia?-ele pergunta angustiado de preocupação.

Ela respira fundo.

Pegando as duas mãos dele separadas e colocando devagar e com cuidado sobre sua barriga,as duas de uma vez só e firmando-as ali,juntamentr com as suas por cima.O olhando em seguida,ele parecia petrificado.

-É uma vida,Miguel..é uma mistura minha e sua aqui dentro..-ela fala,deixando mais algumas lágrimas escaparem.

Por um segundo,ela pensou que ele não havia gostado da notícia.Mas logo em seguida do choque inicial,ele já exibia um largo sorriso no rosto e a olhava quase que com adoração no olhar.

-Você quer dizer que.. nós vamos ter um filho?-ele pergunta.

-Sim,nós vamos...-ela sorri também eolha para sua própria barriga.,onde ele ainda tem as mãos pousadas.

Ele desce os olhos para suas mãos e ainda olhando para aquele local, sobe um pouco o tecido da camisa dela.

E ali está,a pequena protuberância mais linda do mundo todo..ele ri meio incrédulo e desta vez,coloca apenas uma mão ali,lágrimas de pura felicidade podem ser vislumbradas agora de seu rosto.

-Eu pensei por um segundo que tu não fosse gostar..-ela fala começando a deixar o nervosismo de lado.

Ele solta sua barriga,voltando suas mãos para o rosto dela o segura e olha com um sorriso de orelha a orelha.

-Como eu poderia?tu tem noção do quanto eu te amo ?do quanto você me faz feliz por carregar um filho meu?eu te amo , Olívia dos Anjos... você é totalmente linda e absurda.-ela ri e se deixa ser beijada por ele.

-Eu fiquei totalmente em pânico quando soube..eu ia embora também...mas tive que vir atrás de você.-ela fala depois que acaba o beija.

-Mas tá tudo bem contigo?com o bebê?meu Deus do céu...se eu soubesse tu nunca teria ido naquela loucura comigo!teria lhe amarrado no pé da cama se fosse preciso!e ainda teve aquela briga com Sophie!se tivesse acontecido alguma coisa?!-ele pergunta com voz meio alarmada.

-Eu sei...eu não podia deixar de ir atrás do meu pai,fora que aquela francesa metida merecia uma bela lição e ver você com ela atracada em cima me deixava fora do sério ...-ela fala.

-Como eu falei...linda e absurda.Mas eu tenho que admitir que você deu uma bela surra nela .-ele diz rindo.

Ela ri também.

-E teria matado de mãozada ,se vocês não tivessem aparecido, aquela vaga..-ela fala.

-Shiii,sem palavrão perto do meu filho..-ele brinca,colocando uma mão de cada lado da barriga dela,como se estivesse tapando os ouvidos do bebê.

Ela ri ,boba e feliz com o jeito dele.

Fazendo sinal de zíper na boca e ele rindo com isso também.

-Eu sei que você deu um belo show,mas eu fiquei com medo que ela lhe machucasse e tirei de cima de você...vai que ela acertava sua barriga?-pergunta ele.

-Deus me livre..eu nem desconfiava naquela época e mesmo assim já podia perder ele.-fala colocando a mão perto da dele sobre a barriga .

-Ele é um dos Anjos,neguinha,é duro na queda,além de ser meu filho claro..-Miguel fala.Eles se deitaram novamente na cama.Abraçados,ele sem nunca perder o contato com o pequeno calombinho da barriga dela..

-Verdade..tomara que não seja mulherengo também.-fala brincando e provocando ele.

-Ei!tu já tá me difamando pro nosso filho?-Ele se finge de indignado e ela o beija.

-Brincadeira!-ela ri da cara dele.

-Então se for menina a gente torce pra que não seja cabeça dura,que nem certas pessoas que eu conheço...-ele fala.

-Eu sou cabeça dura?-ela pergunta rindo.

-Se a carapuça serve...-ele ri .

-Mas que cínico!-os dois riem.

Depois de mais um tempo,eles decidem voltar para a fazenda Piatã.Depois de vestidos têm de voltar separados,uma vez que estavam em dois carros...

Chegam ao mesmo tempo na fazenda,ela desce nervosa do carro,e o olha.Ele estava com olhar firme iriam enfrentar isso juntos.Afinal não eram crianças,muito pelo contrário...

Enquanto andavam ele puxa a mão dela e sussurra aquilo que ela mais queria ouvir:

-Não se preocupe, meu amor.Nós vamos fazer isso juntos... nós três.