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História Mortal loucura - Festança(parte 2)


Escrita por: Mione16

Notas do Autor


Como um pequeno barco no oceano
Enviando grandes ondas em movimento
Como uma única palavra
Pode fazer um coração se abrir
Eu posso ter apenas um fósforo
Mas posso fazer uma explosão

E todas aquelas coisas que eu não disse
Bolas demolidoras dentro do meu cérebro
Vou gritar bem alto hoje à noite
Você pode ouvir minha voz?

Desta vez este é o meu grito de guerra
Pegue de volta o meu grito de vida
Provar que este é o grito certo
Meus poderes estão ligados
À partir de agora eu vou ser forte
Eu vou cantar o meu grito de guerra
E eu realmente não me importo
Se ninguém mais acredita
Porque eu ainda tenho
Muita força em mim
(Fight song- Rachel Platten.)

Capítulo 6 - Festança(parte 2)


Foi tudo muito rápido e inesperado.Num instante a moça sorria feliz,cercada por todos os que amava.No outro ,caia desacordada.A sorte foram os braços de Lucas,já que era quem estava mais próximo dela e foi quem aparou sua queda.

-Olívia!-os pais gritaram assustados.

-Valha me Deus!-dona Ceci se agoniava.

-O que foi que houve com ela,gente?-Bel abanava a irmã.

Lucas ainda a apoiava ,sentado no chão e com seu corpo desacordado  nos braços.

-Olívia,minha filha!-Luzia se aperriava ,preocupada com a filha.Se debruçando sobre ela.

-Espere meu povo! é melhor todo mundo se afastar de cima da menina pra deixar ela respirar...-Tereza disse.

-Isso mesmo,Lucas você pode trazer ela pra dentro?-Santo pergunta .Já que o namorado da filha tinha um porte meio magricela..

-Eu p..-Lucas começa a falar.

-Eu levo ela ,painho.Lucas pode deixar ela cair.-Miguel rapidamente se voluntariou.Saindo de perto da namorada,largando sua mão e pegando Olívia dos braços de Lucas .Ele a segurou com firmeza junto a seu peito,sentindo seu cheiro familiar,que sempre lembrava a ele o cheiro de morangos.

-Ótimo, meu filho venha com ela,cuidado com a cabeça da bichinha.-disse dona Piedade preocupada.

-Coloque ela aqui mesmo,o quarto é muito abafado.-Santo dizia ao filho.

Que com cuidado pôs o corpo pequenino da garota no sofá,apoiando cuidadosamente sua cabeça em uma almofada grande.

-E agora ,o que que a gente faz?e se a menina teve um passamento?-pergunta a avó agoniada.

-Eu acho que eu vou chamar um médico-Miguel demonstrava claramente sua preocupação.Sophie permanecia inabalável com o acontecimento,sem demonstrar um tiquinho de preocupação,foi postar-se mais longe do sofá, já que era terminantemente ignorada por ele.

-Num carece de médico não meu fi,nesse caso só é bom não acordar a menina de forma brusca.-disse dona Ceci.

-Como a gente acorda ela, então?-pergunta Lucas.O mesmo estava mais no fundo da sala,junto de Beatriz,Isabel e a carrancuda Sophie.

-Dona Ceci  deve ter alguma erva de cheiro uma coisa assim pra acordar ela , não tem não?-Bento pergunta.

-Tenho sim,uma mistura boa pra isso.Mas como tá em casa.Eu peço que dona Piedade me ajude a preparar aqui mesmo.Só precisa de algumas coisinha...-ela diz se levantando.

-Claro.-a matriarca dos Anjos fala ,seguindo a outra até a cozinha.

-Eu ajudo a senhora ,vóinha.-Bel fala indo à cozinha.Ficar ali estava lhe deixando aflita.

-Mas o que será que fez essa menina passar tão mal assim?-Santo divaga.Enuanto eles observam seu peito subir e descer divagar.

-Eu sabia,avisei pra ela..-Luiza fala,sentada do lado da filha mais velha no sofá.

-Como assim mulher,sabia de quê?-pergunta Bento.

-Esse passamento dela,eu sabia que ia acontecer.Eu e tia Piedade cansamo de avisar a ela.-fala.

-Avisar ?-Beatriz se pronuncia.

-Sim,ela não come mais direito,passa muito tempo sem se alimentar,já emagreceu mais de um kg .-fala a mãe, acariciando o rosto da filha.

-Olívia anda sem comer?-pergunta Miguel surpreso e ainda preocupado.Seus braços estavam cruzados na frente do peito e sua sobrancelhas estavam franzidas.Como não percebera isso?.

-Anda,não come,não conversa com ninguém e Bel já veio me falar que ela sempre aparece com cara de choro.-disse ela com voz baixa.

Ele escuta aquilo e é como uma facada em seu coração.Uma onda de culpa o varre.Era tudo culpa dele..se nunca tivesse aparecido ela nunca teria o conhecido e não precisaria sofrer tanto como sofria agora.

-Ela já devia de ter acordado,num era não?-pergunta Tereza , também demonstrando inquietação.

-A mão dela tá ficando gelada!-Luzia se assusta.

-Calma! tá pronto o chá.-dona Ceci reaparece com uma xícara fumegante nas mãos.

-Aqui..-ela se põe no lugar de Luzia e coloca a xícara embaixo do nariz de Olívia.

O resultado é quase instantâneo.Imediatamente, a agrônoma começa a se mexer,primeiro abrindo os olhos minimamente e depois soltando um pequeno gemido.

-Tá sentindo alguma dor ,fia?-pergunta a mulher .

-Não.. tô com uma ânsia muito grande.-ela fala começando a se sentar.A cor parece ter voltado a seu rosto.Mas ela permanece com os olhos fechados,como se estivesse cansada.

-Beba esse chá aqui que tudo vai melhorar,visse?-diz a mulher,lhe entregando a xícara e se erguendo do sofá.

-O que ela pode ter ,dona Ceci?-pergunta Santo.

-A pressão dela só baixou,deve ser uma virose que tá começando a se manifestar.Mas ,pra curar antes que ela fique arriada,tomar esse chá sempre que sentir alguma moleza ajuda bastante.-disse ela.

-Obrigada, dona Ceci.-a morena sorri , já mais revigorada do mal estar e pondo a xícara vazia na mesa de centro.

-De nada, minha flor.-ela sorri.

-Oxe...eu estraguei a festa,tava tão boa...-ela fala triste.

-Que nada menina,a festa ainda pode continuar sim.-Bento sorri.

-Melhor não,vai que ela se sente mal de novo?-Beatriz se preocupa.

-O que a senhora acha,dona Ceci?-Piedade pergunta.

-Não há de fazer mal não,deixe a menina se divertir ,ainda é aniversário dela.-diz.

-Oxe! então de volta à festa!- Bento pulava animado,fazendo os outros rirem.

-Tudo bem mesmo,Olívia?-pergunta Luzia antes de sair com o resto para o lado de fora.

-Tá sim,mainha.Eu vou só trocar de roupa e já vou voltar.-ela diz.

Assim que ela levanta ,prontamente Lucas se coloca ao seu lado,apoiando sua cintura para que andasse ,sem perigo de cair novamente.

Miguel exitou em sair também.Observou eles entrando pelo corredor e quase fez menção de segui-la.

-Vamos Miguel,sua irmã já está bem.Ela não vai quebrar se você afastar .-Sophie fala puxando seu braço.Mesmo contrariado,ele segue o caminho contrário da morena.

 

-Precisa de alguma coisa mais?-Lucas pergunta a deixando sentada na cama.

-Não,eu vou só me trocar bem rápido e já saio.-diz ela.

-Tudo bem -fala o rapaz,indo beija-lá,ela vira discretamente a face e ele beija sua bochecha.Mesmo levemente chateado,ele sorri mais uma vez e sai do quarto.

-Meu Deus,o que será que foi isso?-pensa alto consigo mesma.Quando termina de colocar um vestido florido e leve,que não a apertava tanto quanto a outra roupa.Só o que lhe faltava mesmo agora era ficar doente.

Alguém bate na porta.

-Pode entrar.-ela fala,estava sentada na frente da penteadeira,tirando os frisos do cabelo e guardando os brincos que estava usando .Se surpreendeu ao ver  atrás de seus ombros pelo reflexo do espelho,a imagem de Sophie,bem ali,parada no meio de seu quarto.

-Sophie,posso lhe ajudar em alguma coisa?-ela pergunta educada.Se virando para a outra e levantando.

Esta da um pequeno sorrisinho de deboche.

-Não precisa fingir para mim.-ela diz cruzando os braços no peito.

-É o quê?-pergunta a aniversariante, confusa.

-Mon dieu!que chato isso!-ela exclama,parecendo realmente incomodada.("meu Deus!")

-Olhe,cê me desculpe ,mas eu não tô entendendo o que você quer aqui.-ela fala,na defensiva e se aproximando um passo.

-Pois logo vai entender...eu sei que você fingiu aquele teatrinho todo,pra chamar atenção.Não pense que não notei como você e Miguel agem perto um do outro.Sei bem o que acontece  aqui- fala.

Olívia sentiu o sangue sumir de todo seu corpo a começar pelo rosto.Tinham finalmente sido descobertos!e agora?!o que ela faria? será que Sophie ia chamar todos que estavam lá fora e contar o maravilhoso caso incestuoso de uma vez só?imaginou por um instante a cara que seu pai faria.

-Eu e Miguel?-pergunta ela, nervosa.Agora,regredindo um passo.

-Sim,eu sei que são próximos,são amigos.Também sei que não gostou de mim de cara, não posso lhe culpar,pois também não fui com a sua..mas não adianta tentar fazer eu me separar dele,só pra que ele não saia de casa.-ela fala num ar sizudo.Pondo as mãos na cintura e olhando para Olívia com ar de superioridade.

Ao mesmo tempo que o alívio a percorre,uma inquietação também chega.

-Eu não tenho a menor intenção de fazer nada di..-ela tenta se pronunciar.

-Nem precisa terminar..sei o que pretende e estou atenta a ti.Apenas lembre-se que eu sou a namorada de anos dele,você é só a irmãzinha que acabou de aparecer.-ela fala com imenso ar de deboche e sorri cinicamente,fechando a porta as suas costas.

Olívia senta na  cama cansada ,Sophie pelo que parece era mesmo uma megera.

Ela lembra o que a francesa falou e deixa escapar algumas lágrimas sem querer.Era dolorido saber que nunca poderia ser como Sophie para ele.Na verdade o seu amor era dolorido,ele era um tormento,errado e estúpido ,isso sim!Mas,por que tinha que senti-lo?

Com​ raiva, ela se levantou e saiu do quarto,pronta para enfrentar qualquer desaforo que a francesa pudesse voltar a lhe falar.Só o que faltava em seu aniversário era que aquela entojada quisesse vir pra cima dela querendo brigar.

Ao invés disso,encontrou todo mundo lá fora dançando e rindo.Bento contava algo,mas ela não chegou a prestar atenção.

-Oxe!pensei que tinha adormecido.-Lucas a surpreende abraçando por trás.Se sentindo impelida a sair de seu abraço ela não o faz, não queria ferir os sentimentos dele.

-Tava só procurando a roupa -diz,a cabeça baixa e a voz também.

-Eu chega fiquei preocupada..ia até lá ,mas Sophie se ofereceu e disse que você tava bem.-a avó fala alisando o braço da neta.

-Precisa não,eu tô melhor.-ela percebe de esguelha,a figura de Sophie alisando o braço de Miguel.Este tem uma expressão séria no rosto.

-Se é assim, tudo bem.-diz a mais velha.

-Eita,acabou os salgadinhos-diz Bento.Após colocarmos último na boca.

-Vou lá pegar mais,perai.-diz Isabel levantando.

-Pode sentar Bel,eu vou-disse a filha mais velha de Santo e sem esperar resposta saiu para dentro da casa.

No fundo havia sido só desculpa para sair do abraço de Lucas sem parecer grossa.

Na cozinha da casa,a mesa estava esparramada de salgados e doces cobertos.

Assim que os viu. Olívia começou a matutar onde estaria a bandeja que sua avó guardava sempre perto da pia.

Revirou em cima,revirou embaixo e não achava a bendita da bandeja.

Estava abaixada ,olhando no armário de produtos químicos(sim,pois só faltava aquele lugar!).

Já começando a ficar irritada ,levantou rapidamente ,bambeando alguns passos para trás com uma desorientação que a abateu de repente,uma tontura.

Puxou uma cadeira e sentou ,colocando a cabeça para trás e respirando fundo.

Depois,cansada,deitou a cabeça sobre a mesa cobrindo com os braços e fechando os olhos com força.

-Ô Olívia pediram pra...-Miguel adentra a cozinha.

-Que foi,tá se sentindo mal de novo?-ele pergunta alarmado e abaixando até ela.

-Nada não..o que você ia dizer mesmo?-pergunta,retirando os braços da cabeça.

-Pediram pra eu ver se você tava bem por que faz um tempinho já que veio buscar esses salgados.-ele diz.Ficando de pé.

-E foi?nem percebi tava atrás de uma bandeja.-diz.

-E eu que pensei que tu tinha era comido tudo.-ele brinca.

-Muito engraçadinho,viu.-ela diz sorrindo um pouco e levantando a cabeça.

Foi aí que para sua raiva e maior irritação , lá estava,bem em cima do armário de louças a bandeja de prata tirando sarro dela.

-Achei!-diz arrastando a cadeira e pondo na frente do armário.Logo depois,subindo nesta.

-A bandeja?esse tempo todo,a bicha tava mesmo na sua cara.-ele ri.

Ela bufa de cima da mobília.Pegando a bandeja e descendo de um pulo só,logo depois​ dando uma pequena pirueta pra fazer graça.

Miguel ri dela.

-Nossa,uma verdadeira bailarina,viu?-ele brinca rindo  e ganha dela um soco de brincadeira no ombro.

Assim​ que terminou de arrumar as coisas na mesma fez menção de sair.

-Tu num vem,não?-pergunta ela a Miguel,que está encostado na parede pensando e devaneando.

-Hã?..claro,claro,vou já,mas antes queria falar contigo.Na verdade  lhe dar uma coisa.-diz,tirando do bolso uma caixinha.

Ela larga a bandeja na mesa novamente e recebe ,com um sorriso envergonhado.

-Que coisa linda ,Miguel.Mas não carecia de gastar nada não.-fala ela,olhando o colar fino e dourado,com uma pedra  que lembrava leite de tão branca.

-Não gastei,na verdade tenho há tempo.Foi uma cigana de Paris que me deu uma vez..disse que eu saberia a quem dar de presente.Guardei durante meses.-ele fala.

-Nossa,nem sei como lhe agradecer.Obrigada.-fala dando um breve abraço nele.

Ele sorri.

Ela o encara meio encabulada e sem saber o que fazer.

-Eu vou guardar ele bem direitinho,depois vou lá pra fora.-diz ela envergonhada,saindo para seu quarto.

-Tudo bem ,vou levando logo a bandeja,antes que esse povo chame a polícia pra nos procurar.-diz risonho,pegando a bandeja e saindo para a sala.

-É muito lindo..-fala baixinho,passando a mão sobre a delicada peça.

Quando já estava para fechar a porta do guarda-roupas,ela revira os olhos e sorri um pouco.Abrindo a caixa , colocando em seu pescoço o presente e saindo para poder voltar a festa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Comentem!! favoritem!!
Bjs😘


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