Eu tinha um amigo, tinha, infelizmente o destino o levou. Depressivo era a palavra que o definia, seu nome era Miguel, as vezes chegava ao ponto de se tornar um psicopata. Suas olheiras e sua pele levemente amarelada era indícios de tanta violência. Sua vida mudou depois que conheceu as drogas, caiu cedo no mundo do tráfico. A realidade choca, mas é a triste e cruel verdade.
Cansada de tanto sofrimento de ambas as partes, resolvi dar um fim em tudo, fui até sótão onde guardava meu revolver, sai perambulando pelas ruas com a lua em seu tamanho máximo. Encontrei o dormindo em sua cama, ao seu redor havia drogas, anabolizantes e bebidas alcoólicas. Com minhas mãos trêmulas atirei em seu peito, o matando no exato momento. O arrependimento bateu, corri até minha casa para me livrar das provas o mais rápido possível, fui até o jardim, me sentei em um banco em baixo de um salgueiro e comecei a chorar litros de lágrimas, estava com nojo do monstro que me tornei, peguei o mesmo revolver e atirei em mim mesma, acabando com a minha vida e a dor que sentia em meu coração.
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