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História Moscow Rain - Prólogo


Escrita por: RubyDevills

Capítulo 2 - Prólogo


"   Eu sou a sombra. 

Pela cidade atormentada,eu fujo.

Pela eterna desolação, corro para escapar  "

- Dan Brown, Inferno

 

Queria que todos pudessem ver o que eu vejo agora.

Todas essas pessoas, chorando.  Com falsos pesares, me dando seus falsos sentimentos. E me olhando como se realmente acreditassem, que o que me dissera fosse me fazer sentir melhor.

Não que em algum momento eu tenha me sentido mal.

Somente me enjoa ver todas essas pessoas que se dizem ser uma familia fingindo sentir a perda de alguém que nem sequer telefonavam à pelo menos quinze anos. Parar e me olhar dizendo " Ei,eu me lembro de você quando criança... " não faz dessa pessoa menos culpada, não inocenta fato de que, se estivesse aqui pelo menos um quarto do tempo que estão agora, dizendo o quanto a amavam, poderiam ter amenizado um pouco do peso em seu coração. E talvez, somente talvez, ela suportasse viver por mais um mês ou dois.

 

"  Maryan Grace Hillel

1975

     Mãe adorada  "

É tudo o que diz em sua lapide. São quarenta e um anos, irmãos, ex-maridos ,anos trabalhando e isso é tudo o que diz na sua lapide.

Mas no fim do dia, isso era o que importava. Sentar no sofá enquanto anoitecia e rever mil vezes as novelas mexicanas do ultimo século, olhar uma para outra e dizer " Hoje foi um bom dia! " ...

Apesar de tudo, ela teve uma boa vida... A minha mãe teve uma boa vida.

Ela encontrou o que poucas pessoas são capazes de ter. Ela encontrou o verdadeiro amor, um amor puro e limpo. Sem interesses, sem contratempos, sem impessilios, se dificuldades. Ela amou, amou e sorriu com todas a forças que restavam em seu corpo... Até que tudo se envaisse e desaparecesse como alcool.

Minhas malas estão no carro, eu vou embora.

Não posso mais ficar aqui, tenho que deixar-la ir... Tenho que me deixar ir.

Posso ouvir leves batidas na porta antes desta ranger enquanto é aberta.

- Meredith, querida temos de ir. O vôo é daqui a duas horas. - Ouvi a já tão conhecida voz grave de sotaque pesado, sempre puxando o " Rrr " em todas as suas falas. 

Era Alaric Nikolaievitch, autor dos melhores dias e pintor dos maiores sorrisos que minha mãe já dera. Agora, também meu guardião legal.

- Eu estou só... Tem razão, devemos ir. - Ele deu-me seu melhor sorriso no momento, fazendo pequenas rugas formarem-se no canto de seus olhos.

- Tudo vai melhorar, acredite. 

- Eu sei.

- Meredith, olhe nos meus olhos e preste bem atenção no que eu estou dizendo. - Colocou suas duas grandes mãos frias em minhas bochechas me fazendo focar em seus olhos. - Eu não estou dizendo que será facil e que não irá doer em seu coração. Mas você vai superar, nós vamos juntos superar isso. Eu prometo, você terá uma boa vida.

- Por que está fazendo isso? Por que se coloca e assume essa posição? Você não tem nenhuma obrigação comigo ou com essa familia... Pelo menos o que resta dela.

- Eu fiz uma promessa...

- Não tem que cumpri-la, mamãe está morta. Acabou, sabe que pode simplesmente ir embora, não sabe?

- Eu fiz uma promessa comigo. Apartir do momento em que pus os olhos em Maryan, jurei que a protejeria pelo resto de sua vida, e posso vela em você. Você não é ela, mas era importante para ela. Maryan te amava como se não ouvesse amanhã, e eu aprendi a amar-te da mesma forma. Eu não desisti dela e não desistirei de você.

- Obrigada por isso, eu nem sei como ...

- Não tem que agradecer, - interrompeu-me - ouça, sua vida irá mudar. Meredith, você terá uma boa vida. Eu prometo...



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