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História As flores de um Jardim de Sangue (Hiatus) - A Dama do Inverno - Parte 2


Escrita por: Camprella8

Notas do Autor


Às vezes eu penso que passo mais tempo analisando a capa de capitulo do que o próprio texto.

Capítulo 7 - A Dama do Inverno - Parte 2


Fanfic / Fanfiction As flores de um Jardim de Sangue (Hiatus) - A Dama do Inverno - Parte 2

A Dama do Inverno se liberta.

 Esperei que eles pensassem que fui embora após o ocorrido e comecei a segui-los pegando o celular que pouco uso e filmando todo o trajeto, sempre indo por lugares que minha presença não seria descoberta, além de evitar passar na frente de espelhos ou vidros de carros, e, chegando ao meu destino, vi que se tratava de um bairro nobre da cidade e a casa em si era alta, azul bebê e com uma sacada que ficavam relativamente perto do chão.

 Voltei para casa e tratei de memorizar o caminho, para assim poder fazer uma “visita” a minha musa no dia seguinte e cumprir minha promessa.

 Sendo assim, às 3 horas da tarde estava eu no caminho para a sua casa, agora agasalhado devidamente. Chegando lá, vi Lilian na sacada, com um vestido branco mais longo que o do dia anterior e seu sobretudo de urso polar, o vento fazendo com que seus cabelos flutuassem sobre os seus ombros.

 Lilian me viu parado em frente ao portão, acenando melancolicamente, dizendo por meio de gestos que estava sozinha em casa, eu percebendo a sua tristeza quis brincar um pouco, a fim de anima-la.

“Oh Julieta, tua família vos separais, mas tu gostarias de fugir comigo”?

Vi Lilian dar uma curta risada, respondendo a minha pergunta:

“Quero, meu Romeu, porém, como tu pretendes tirar-me daqui”?

“Tu tens a chave da porta”?

“Não, meu amado, gostaria de tê-la em minha posse”.

“Então espere um minuto”.

 Olhei para os lados observando a movimentação e quando vi que ninguém vinha ou estava na rua, peguei um clipe e tentei abrir o portão, depois de algumas tentativas falhas eu abri, entrando e fechando o mesmo, me dirigindo para perto da sacada.

“Lilian, vamos procurar alguma janela para que você possa pular”? Perguntei a ela, que me ouvia atentamente de lá de cima.

“Sim, espere um pouco, que eu vou descer”.

 Esperei alguns segundos e ouvi-a bater em uma das janelas, me chamando, do lado direito da casa as janelas eram maiores, então era por essas que ela passaria, Lilian abriu a janela que era um tanto alta e a ouvi puxar algum banco, ou cadeira para que pudesse alcança-la, e ao vê-la se apoiar na janela, estendi meus braços para pegá-la.

 Ela desceu cuidadosamente e saímos do jardim da casa, demorei um pouco para trancar novamente o portão e fomos direto ao parque, onde adentrei em um bosque que havia em seu interior, para que ninguém nos encontrasse.

 Sentamos nas raízes congeladas das arvores e comecei a conversar com ela.

“Então, o que te aflige”? Eu perguntava, segurando suas mãos vestidas com luvas brancas.

 Lilian demorou um pouco para falar, parecia algo complicado demais para simplesmente botar para fora.

“Bem... Lembra que disse que meus pais haviam morrido por causas desconhecidas”?

“Sim”.

“Eu descobri um tempo depois que era armação do meu tio, ele havia mandado matar nossos pais, para assim poder ter a nossa guarda, já que ele era o único parente vivo, e a herança deixada por eles, afinal, éramos muito novas para tratar de assuntos assim”.

“Como ninguém nunca descobriu sobre isso, Lilian? Não houve nenhuma investigação”? Perguntei, sendo eu um assassino.

“Houve, mas obviamente meu tio havia pagado alguma coisa para eles”.

“É, corrupção é algo normal, mas por que ele quis tanto a guarda de vocês”?

“Meu tio abusava de nós sexualmente, e até hoje ele entra em meu quarto e me força a fazer todo tipo de coisa com ele, minhas irmãs foram acostumadas com isso, incentivam e o ajudam a fazer o que ele quer quando decido usar a força”.

 Por dentro eu sentia meu corpo queimar, a raiva que se formava era tanta que poderia encontrar essa “família” dela e simplesmente destruí-los, fazia tempo que não tinha vontade de planejar algo movido a ódio.

 Lilian a minha frente estava com a mesma expressão triste de quando suas irmãs fizeram com que nós nos separássemos, e permiti que ela me abraçasse.

 Fiquei muito tempo a consolando e acariciando seus cabelos enquanto ela se apoiava em meu peito num abraço além de longo, lembro que já cheguei a fazer a mesma coisa com um conhecido, mas isso não vem ao caso agora.

 Não iria deixar que ela voltasse para aquele inferno que era aquela casa, novamente as aparências não fazem jus a realidade, então, levei-a até a minha casa, onde tentei a acalmar. Já eram 4h30 quando tomamos café da tarde, ou mais especificamente chá da tarde, já que não costumo tomar muito café, e deixei-a sentada no sofá, enquanto lavava a louça que havíamos sujado.

 À noite, fui para o sofá para ela ter um lugar decente para dormir, e acordei no dia seguinte, fazendo um lanche para ela, era como se estivéssemos casados.

“Lilian, fiz um café da manhã para você, você vai até a mesa ou quer que eu traga aqui”?

“Não... Eu vou até a mesa, não precisa me tratar assim”...

“Tudo bem então, é que é uma mania minha”.

 Tomamos o café tranquilamente e depois de organizar tudo, peguei algumas coisas e avisei-a que iria sair, mas quando voltasse ela devia se esconder em um dos banheiros por um tempo.

 Para onde eu estava indo? É obvio, para a casa da “família” da Lilian.

 Cheguei lá e toquei a campainha rapidamente, não queria perder mais tempo com isso. E logo estava uma das irmãs da Lilian na porta.

“Ah, é o moço daquele dia, você quer entrar”?

“Quero sim, vim trazer uma proposta a você e sua irmã, claro, com a permissão do tio de vocês”.

“Então espera um pouco que vou pegar a chave, só não se importe muito com a bagunça, a nossa irmã idiota fugiu e o titio está uma fera por causa disso”.

“Certo”...

 Assim como disse, ela fez, abriu o portão para mim, e me deixou sentado na sala de estar, chamando o tio e a irmã.

“O que você quer com elas, que veio diretamente a nossa casa”?

“Bem, apenas quis convida-las para ir até a minha casa, percebi depois daquele dia que elas haviam gostado de mim, e como não podia simplesmente excluir uma delas, decidi chamar ambas”.

“Ai, não acredito Dani”! Uma delas quase gritava de emoção.

“Nós duas ainda”?! A outra perguntava.

“Sim, por mais que não achei isso muito comum”.

“A gente pode titio”?

“Por favor”!

 O senhor pensou, me analisando por completo e disse:

“Vocês podem ir, mas espero que o rapaz saiba satisfazê-las”.

 As duas berraram, e correram para o andar de cima, provavelmente se arrumar, e eu por dentro me sentia podre por fazer uma mentira tão nojenta dessas. Para quem não entendeu, era para ser um algo como um sexo a três, e felizmente não pretendia fazer isso.

 Elas desceram tão animadas quanto subiram e praticamente se jogaram em mim num abraço apertado e exagerado, o tio delas abriu o portão e saímos.

 Permaneci quase que em completo silêncio enquanto seguíamos caminho até minha casa, respondendo uma ou outra pergunta que elas lançavam a mim. E ao chegar, tive certeza que Lilian faria o que pedi, então comecei a segunda parte do meu plano.

 Deixei-as sentadas na sala enquanto fazia um suco, a desculpa seria de que eu estava nervoso e queria beber alguma coisa antes do que “queria” fazer. Colocando o mesmo produto que havia feito Marylin desmaiar no copo delas eu segui para a sala e as servi.

“Para que o suco, amorzinho”?

“Estou um pouco nervoso, e suco de maracujá acalma, não”?

“Mas por que está tão nervoso? Nunca fez isso antes”?

“Já, é claro”. Essa é a maior mentira de todas, com certeza. “Mas nunca tive a oportunidade de convidar duas mulheres, ainda mais tão bonitas quanto vocês”.

“Ai, que fofo, agora vamos terminar esse suco e ir ao que interessa”.

 Pois é, elas eram puro interesse mesmo, e eu também tinha os meus interesses próprios, tanto que aguardava ansiosamente para o produto fazer efeito, e eu sabia que ia.

 Parei as observando com uma expressão orgulhosa em quanto ambas reclamavam estar sentindo tontura.

“Amor, não acha que o suco fez efeito demais? Quantos maracujás você colocou”?

“Só o bastante para que adormeçam não se preocupem”.

 Mais alguns poucos minutos passaram, e ambas estavam caídas no sofá. Levei uma de cada vez ao porão, amarrando uma delas fortemente a uma cadeira, e simplesmente deixando a outra jogada no chão. Depois disso, subi trancando a porta e avisei Lilian que ela já podia sair, e levando-a até a delegacia para prender o seu tio.

 A polícia acabou ouvindo todos os relatos dela, e nós seguimos a sua casa, lá o tio dela foi apreendido, e vários documentos comprovaram o que havia acontecido, além de terem feito diversos exames que deram positivo sobre os abusos. Mas isso não acabava por aí.

 Levei Lilian de volta a sua casa, e ela havia conseguido ficar com a heranças dos seus pais, para que fosse divida entre suas irmãs, que no momento, vieram em sua cabeça:

“Leonard, onde estão as minhas irmãs? Esquecemos de cita-las no interrogatório”?

“Elas terão o castigo que merecem, pode ter certeza”. Eu dei um pequeno sorriso e me despedi de Lilian, que me deu um abraço caloroso.

“Obrigada pela ajuda, se não fosse você, nunca teria conseguido me libertar de todo esse peso”.

“Fiz o que era certo, acho que qualquer um teria essa reação. Bem, até algum dia”.

“Até”.

 Voltei para casa com pensamentos tão maléficos que até o mais cruel vilão teria medo de mim, e assim como as irmãs torturaram a mais nova, eu pretendia dar-lhes o troco. Peguei a maior faca que tinha descendo ao porão novamente, e encontrei as duas acordadas e apavoradas, e a que estava amarrada grita:

“O que está fazendo conosco, seu canalha”?!

“Quieta! Se não corto sua cabeça fora”!

 Ela logo se calou, vendo em meu tom que não estava brincando.

“Você não vai nos matar, não é, por favor, me diz que não vai”!

 Era incrível a diferença emocional entre elas, uma já estava abalada só de pensar que sua vida estaria correndo risco, e a outra se fazia de forte, era a “louca” da família provavelmente.

“Eu faço o que eu quiser, minhas queridas, agora suas vidas pertencem a mim. Alias, dessa vez quem pagara por sua irmã serão vocês, só para deixar bem claro que irei jogar tudo que ela segurou durante anos nas suas costas, só que bem pior”.

“Você não pode fazer isso! O nosso tio vai descobrir e você vai ver”!

“Ah, seria uma pena se ele não estivesse preso como um pássaro agora encarem os fatos, ninguém mais irá se importar com vocês, e essa é a primeira coisa que vocês têm que lembrar nesses dias que passaram aqui, entenderam”?

“Não, não faça isso, por favor”!

“Eu irei descer aqui duas vezes por dia, vocês irão comer o que eu der, vocês vão segurar suas necessidades até que morram, a não ser que usem esse balde aí, e para você da cadeira, meus pêsames”.

 Eu sai do porão, deixando-as sozinhas com o balde delas e mais nada, meu porão era completamente vazio, como vocês provavelmente imaginaram, e realmente trataria-as como lixo, já que foi assim que elas trataram a irmã, e assim, chegou a terceira parte do meu plano.

 Esperei um ou dois dias, e preparei um bolo, em um dos pedaços desse bolo coloquei 5 miligramas de cianureto, um produto completamente tóxico que destrói células do sangue, causa parada respiratória e debilita o sistema nervoso central, e levei até a prisão, onde dei de presente para o tio das meninas falando que uma das gêmeas o fez.

 No final dessa história, o tio delas acabou morrendo e como esperado, a culpa caiu nas irmãs, que por não terem sido encontradas, o caso se deu como não solucionado.


Notas Finais


Eu escrevo muito XD A cada capítulo parece que aumenta.


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