História MOVA - Bloco M - Eu sei algo que você quer!

Senti Kwon se mexendo no meu abraço e o libertei calmamente enquanto me esticava e bocejava violentamente. Não sabia como tinha acabado deitado de conchinha com ele. Que sono maravilhoso. Abri os olhos com dificuldade e encarei Kwon escovando os dentes. 

-"Que milagre você acordando antes de mim...”- Murmurei calmamente enquanto coçava minha barriga. Queria ficar nessa cama fofinha pra sempre.  

-“Milagre é você não estar soltando fogo pela venta...”- Comentou e vi toda sua boca cheia de espuma. Fiz careta. 

-“Porque eu faria isso?“- Perguntei preguiçoso.  

-“ Porque estamos atrasados pra aula...”- Falou e cuspiu na pia. Passei um tempo tentando entender o que ele disse, até que a ficha caiu.  

-“O quê? “- Gritei sentando tão rápido que fiquei um pouco tonto. Olhei meu relógio. Tínhamos menos de dez minutos. Praguejei irritado por não ter tomado banho pra dormir.  

Corri pro banheiro empurrando Kwon e escovei os dentes o mais rápido que consegui. Colocar uma roupa decente nunca foi tão difícil e catastrófico. Resolvi respirar fundo e ignorar meu cheiro de gambá morto e minha cara de alienígena e correr pra aula, puxando um loiro chateado por ter esquecido o celular no quarto. Era apenas uma aula e depois de almoçar teria um pouco de tempo para tomar banho. Depois de olhar no celular qual a primeira disciplina de hoje e qual a sala, seguimos até a aula de História da dança.  

Seria legal ter uma disciplina teórica de vez em quando afinal, você poderia dar um descanso pro seu corpo e lembrar que nem tudo é apenas o que a gente gosta de estudar. O problema é que o meu colega de quarto resolveu que essa era a pior aula que eu poderia ter colocado na nossa grade. 

-"Lembra da aula de segunda?"- Sussurrei quando o professor virou para escrever algo no quadro.  

-"Lembro sim... Aula da Raquel né?"- Perguntou baixinho também. 

-"Isso! Lembra como ela falou que a teoria era importante também? A gente precisa de uma disciplina assim!"- Joguei meus argumentos nele e tudo que consegui foi uma revirada de olhos.  

O professor continuou jogando todos aqueles nomes e datas. A maioria dos alunos parecia interessado naquilo. Primeiro eu tinha ficado com um pouco de vergonha por não ter um caderno, mas lá dentro percebi que eram raras as pessoas anotando alguma coisa. Eles só escutavam silenciosamente o professor, pelo menos não tinha nenhuma conversa paralela. 

-"Ya! Eu vou tirar essa disciplina..."- Avisou o loiro baixinho, virei um pouco pra ver sua cara de sono do meu lado e bufei irritado. 

-"Seja feliz!"- Incentivei. Eu não precisava dele grudado na minhas pernas 24 horas por dia. 

-"Você também vai..."- Sussurrou e eu olhei pra ele incrédulo.  

-"Pois mesmo se eu odiar, eu não tiro ela, só pra você parar de ser mandão e manhoso!"- Reclamei virando pra frente. O professor fez um "shhh" e eu me encolhi de vergonha na cadeira.  

-"Se você excluir essa disciplina eu faço massagem em você pelo menos uma vez por dia! É uma promessa!"- Ofertou e eu ri baixinho.  

-"Quem ganha com isso é você!"- Reclamei, fazendo questão de falar baixinho. O professor já parecia notar nossa presença e isso não poderia ser bom, não queria ser chamado atenção de novo e ainda mais por causa de Kim Yu Kwon.  

-"Eu te dou aquela camisa vermelha que você queria!"- Ofereceu mexendo as sobrancelhas, mordi o lábio... Essa era uma ótima oportunidade. 

-"Tem que ter mais alguma coisa..."- Barganhei.  

-"O que você quer?"- Indagou só mexendo os lábios, tentando ser discreto. Fiz sinal para que ele esperasse e continuei fingindo que estava escutando o professor.  

Pensa Lee Minhyuk, o que você poderia pedir pra seu colega de quarto. Qual o melhor jeito de ganhar algo e ainda se livrar de uma disciplina chata? Talvez as massagens não fossem má ideia... Mas conhecendo Kwon ele ia se aproveitar disso pra ficar me enchendo o saco. Quem sabe ele possa pagar um mico na frente de todo mundo... Mas ai ele pode acabar suspenso. O que poderia ser? O que além da sua camisa vermelha, ele poderia oferecer pra mim? 

-"Eu desisto não tem nada que eu queira de você!"- Falei baixinho e fiquei olhando pra ele, seu sorriso foi crescendo e quase vi chifres saindo da sua testa. Um arrepio subiu pelas minhas costas, mas que careta é essa? Valei-me jesus. 

-"Eu sei de uma coisa..."- Cochichou mexendo a mão para que eu me aproximasse. Olhei confuso pra ele e neguei mexendo a cabeça e apontando pro professor. Ele estalou a língua e chamou com mais força, se aproximando.  

Já que o professor parecia absorto em explicar algumas coisas no quadro, me dei ao luxo de aproximar meu rosto dele, e ele sussurrou lentamente no meu ouvido.  

-"B-U-N-D-A"- Foram as cinco letras que ele me disse. Me afastei decifrando aquele código e quando a ficha caiu olhei pra ele desconcertado.  

-"Ya! Kim Yu Kwon!"- Falei alto, irritado pela sua audácia. O professor ficou em silêncio e me olhou com cara feia.  

-"Hey aluno, sente naquela ponta! Não é possível que eu tenha que ficar separando vocês... Vocês não estão mais no ensino médio, precisam pensar direito no futuro de vocês, se não se levarem a sério ninguém vai e..."- Continuou seu sermão e sentei longe de Kwon.  

Poderia simplesmente ficar realmente triste por causa do professor, mas eu nem ouvia mais seu sermão. Kwon ofereceu a bunda dele pra mim por causa de uma disciplina? Eu deveria ter enchido a grade com disciplinas teóricas. 

○ 

-"Você não tem medo de ter diabetes ou pressão alta? Pra que comer tanto?"- Reclamei irritado enquanto via ele com seu prato enorme na minha frente. Ele deu um sorriso sarcástico.  

-"Você está preocupado comigo?"- Ele começou falando e arregalei os olhos, mas antes que ele conseguisse continuar foi interrompido.  

-"Eai!"- Baro gritou sentando ao lado de Kwon e Sandeul sentou junto com ele ao meu lado. Olhei pra Kwon com o canto do olho e ele olhava para Deulie com a sobrancelha erguida. O ciúme dele era mais que obvio. Eu comecei a rir tanto que a comida desceu pelo lugar errado e tive um ataque de tosse. 

-"Ai meu deus! Ta tudo bem Minnie?"- Sandeul perguntou e Baro estendeu um guardanapo pra mim, que aceitei de bom grado.  

-"Tudo bem..."- Falei pigarreando um pouco. Meus olhos estavam marejados de tanto tossir.  

-"Devia ter se engasgado até morrer..."- O meu colega de quarto comentou aleatoriamente, fazendo nossas companhias se olharem tentando entender.  

-"Hey meninos, estamos pensando em mudar nossa disciplina de hoje de manhã... Não achei tão bom. Qual a disciplina de vocês?"- Indaguei curioso e Baro sorriu largo.  

-"Nossa aula de hoje é realmente incrível! É "Ateliê de criação I"... Fala sobre como percebermos a música e o nosso corpo para criar coreografias... É muito bom!"- Recomendou Baro, realmente parecia divertido. Olhei para Kwon e ele assentiu positivamente. 

-"Qual o professor?"- Perguntei curioso. 

-"É uma tal de Jéssica!"- Respondeu simplista o esquilo. 

-"Entendo... Acho que vou na coordenação falar sobre isso depois da próxima aula..."- Comentei e voltei minha atenção para minha comida.  

Enquanto os nossos amigos conversavam animadamente sobre algo que uma garota fez na aula deles, percebi que Kwon estava anormalmente calado. Então decidi observa-lo. Ele estava comendo tão rápido e com tanta força que as veias do seu pescoço estavam aparentes. Ele nem conseguia fechar a boca direito. Continuei comendo normalmente, perdido em pensamentos sobre os cílios longos de Kim Yu Kwon.  

-"O que acha Minnie?"- Baro chamou minha atenção e pisquei várias vezes, eu não tinha escutado nada. Sorri amarelo.  

-"Eu estava pensando em outra coisa... O que foi?"- Perguntei meio envergonhado, mas o garoto não se importou. 

-"Eu e Deulie estamos fazendo um ano de namoro na sexta... Você acha que tem chances deles nos liberarem pra sair... É tão perto do fim de semana..."- Ele falou pra mim e arregalei os olhos. Eles realmente namoravam.  

-"Vocês namoram a tanto tempo assim? Achei que tinham se conhecido aqui..."- Comentei curioso. 

-"A gente resolveu vir estudar aqui por ser sonho do Deulie, eu nunca pensei em dançar seriamente, mas ele me convenceu... Como nossos pais vieram conversar com a Raquel, ela mexeu alguns pauzinhos para acabarmos no mesmo quarto!"- Explicou Baro calmamente e eu balancei a cabeça mostrando que tinha entendido.  

-"Na verdade Baro ya... Acho difícil eles abrirem mão das regras, ainda mais tendo começado a tão pouco tempo... Mas você pode ligar pros seus pais, eles podem inventar alguma desculpa pra vocês irem mais cedo... Sei la..."- Dei a ideia e Baro estalou o dedo. 

-"Você realmente é o melhor!"- Falou sorrindo, como uma espécie de prémio ele colocou seu pudim na frente do meu prato e Sandeul fez a mesma coisa sorrindo.  

-"Podem ficar com isso!"- Brinquei devolvendo.  

-"Terminei..."- Kwon falou e olhamos pra ele. Ele suava e ainda mastigava parcialmente o bolo de comida na sua boca. Fiz careta pra aquele absurdo, nem eu tinha terminado de comer e ele tinha colocado praticamente o triplo.  

-"Que loucura..."- Comentei voltando a comer. O garoto me olhou atentamente ao ponto de eu ficar desconfortável. E só descansou quando eu terminei de comer também.  

-"Meninos, nós temos que ir! Podem levar as nossas bandejas pra nós?"- Kwon falou rodeando a mesa pra me puxar pela mão. Ele fez questão de entrelaçar nossos dedos.  

-"Tudo bem! Tudo pelo Minnie!"- Baro falou alto demais e eu quis me jogar de um precipício, porque todo mundo acaba desenvolvendo uma obsessão estranha por mim. Será que eu dou motivos pra isso? 

-"Ei não esqueçam em! Vamos ensaiar depois das aulas da tarde!"- Gritei  apontando para os dois doidos e eles bateram continência de um jeito desajeitado.  

Nós andamos um do lado do outro, depois que saímos do refeitório o loiro estava mais tranquilo. Uma de suas mãos segurava a minha avidamente, enquanto a outra massageava a própria barriga. Sorri olhando pra ele e pros seus brincos redondos.  

-"Você é muito ciumento..."- Comentei brincando com ele e o garoto olhou pra mim apertando seu olhar na minha direção. 

-"Baro é muito lerdo! Será que ele não vê o namorado dele perto demais de você?"- Reclamou alto mexendo a mão como se fizesse um discurso. Tive que rir.  

-"Que absurdo Kwonnie..."- Usei seu apelido de proposito. Ele olhou pra mim e sorriu de lado. 

-"Você só usa o apelido quando a gente está sozinho de propósito né? Você não tem coração!"- Reclamou soltando minha mão e cruzando os braços. 

-"Te garanto que ninguém nem presta atenção em como eu me refiro a você Kwonnie..."- Comentei mais uma vez usando o apelido e ele bufou irritado.  

-"Mas pelo menos eles iam perceber nossa intimidade, nosso feeling, nossa química..."- Divagou mexendo as mãos. Gargalhei alto jogando meu braços numa árvore e abraçando-a como se fosse minha vida.  

-"Feeling? Qual seu problema?"- Perguntei observando seu sorriso. 

-"Você..."- Brincou fazendo careta e voltando a andar. Segurei um sorriso e voltei a andar ao seu lado. 

-"Da pra você me dar meu espaço pessoal? Você está fedendo!"- Falou, mas não tinha credibilidade nenhuma quando reclamava com um sorrisinho no rosto. Aguente meu cheiro, a culpa foi sua se eu não acordei a tempo de tomar um banho. 

-"Ela é minha de qualquer jeito!"- Impliquei baixinho e ele olhou pra mim franzindo o cenho. 

-"O que?"- Indagou. 

-"Nada!"- Falei e ele quis me bater, mas fugi antes que ele conseguisse, rindo mais. Não daria o gostinho de falarmos sobre sua bunda me pertencer. 

-"É raro te ver tão animado..."- Externou sério de repente, seus olhos procurando os meus.  

Realmente que bicho me mordeu? Parece que tudo é motivo de riso. Tudo é motivo de felicidade, tudo é motivo pra sair por ai feliz. Talvez fosse por finalmente estar na MOVA, talvez fosse pelos novos amigos que andei fazendo e talvez, só talvez, fosse pelo YuKwon.  

Tomei meu banho calmamente. Animado por finalmente me sentir fresco. Até mesmo lavei o cabelo e murmurei uma musiquinha.  

-“Quero tomar banho também! Anda logo!”- Kwon gritou irritante como sempre.  

-“Será que eu não posso nem tomar banho em paz?”’ Gritei irritado, aquele idiota estava destruindo meu banho relaxante.  

-“Pode sim é só não demorar! Eu odeio ficar sozinho!”- Gritou de volta e eu ri da sua cara.  

-“Pois vem tomar banho comigo...”- Ofereci como uma piada, mas logo me dei conta das minhas palavras. Droga, era Kwon ele provavelmente entenderia tudo errado.  

Tinham duas alternativas naquele momento. Ele começaria a rir, gritaria alguma coisa engraçada e eu terminaria meu banho. Ou ele entraria pra tomar um banho comigo. Venhamos e convenhamos não tinha nenhuma forma de que ele escolhesse a opção dois, mesmo assim meu coração bateu forte nos segundos que ele ficou calado. Ele estava realmente pensando na sua resposta? Ele tinha desistido de encher meu saco depois dessa? Ele estava rindo tanto que nenhum som saia? Que porra ele estava fazendo em silêncio? 

O trinco girou e Kwon entrou no banheiro devagar. O problema não era esse e talvez até fosse, mas o que piorava um pouco mais a situação é que eu descobri o que ele estava fazendo no tempo em que ficou calado. Ele estava tirando a roupa. Sim. Kim Yu Kwon estava na porta do banheiro, pelado. E eu estava no box olhando pra ele com a boca aberta, também pelado. A água estava sendo perdida porque eu não conseguia me mexer, era como se isso não fizesse sentido algum. Não fazia realmente sentido nenhum. Em que mundo eu Lee Minhyuk pensaria que o meu colega de quarto entraria no banheiro pelado? Eu nunca imaginaria isso. Pelo menos não comigo dentro. 

-"O-O-O que você..."- Tentei falar alguma coisa dando passos pra trás. Tão aturdido de uma forma, que nem me cobri. Eu só conseguia olhar nervosamente pro corpo dele e isso tirava qualquer raciocínio de mim.  

Seus ombros fortes, sua barriga sequinha, as suas cochas, a cicatriz branca a cima do joelho, seus pés, suas mãos, as veias no seu antebraço, os músculos no seu bíceps, sua boca e seus olhos. Neles me perdi por tempo demais, procurando um jeito disso tudo ser menos louco. A verdade é que eu tinha achado aquilo muito bom, extremamente maravilhoso e isso me assustava. Eu estava em baixo de um chuveiro, molhado com água fria e mesmo assim sentia meu pênis rapidamente reagir. Minha respiração estava difícil.  

-"Você me chamou... Eu vim..."- Ele falou e passou sua mão na nuca, sem parar de olhar pra mim. Como se esperasse alguma coisa.  

-"Você odeia tanto assim ficar sozinho?"- Eu sei que isso é idiota, mas me dê um desconto, como eu deveria pensar em uma coisa boa pra se falar nessa situação? Só consegui falar isso e encarar seu sorriso crescendo enquanto olhava pra mim dos pés a cabeça. Senti meu rosto ficando vermelho.  

-"Admito que não odeio tanto assim..."- Falou quando começou a andar na minha direção. Engoli em seco tentando olhar apenas pro seu rosto. Ou eu ia acabar tendo uma ejaculação precoce. Não conseguia formular nada pra dizer e nem uma resposta, então permaneci em silêncio.  

Kwon entrou no box e eu prendi a respiração. Seus olhos exibiam um divertimento meio lascivo e isso fez um arrepio correr por todo meu corpo. Ele chegou perto e mais perto. E ficou lá, parado. Já se molhando um pouco por causa do chuveiro ligado.  

Se tinha um coisa que sempre me incomodou é como sempre que eu tentava aprofundar as coisas, Kwon me segurava. Sempre que eu pegava na sua bunda ou estávamos perto demais de algo pior ele interrompia sem dó. Mas agora ele estava a poucos centímetros de mim, pelado e me olhando daquele jeito. Eu poderia respeitar o fato dele obviamente não estar a fim, por causa das suas atitudes antigas. Tomaríamos um banho. Mas quem eu estou tentando enganar? Eu não era tão forte assim. Estendi as mãos encaixando-as em sua cintura e o puxei pra perto, acabando com aquela tortura. Soltei o ar que prendia com força contra seu pescoço quando sua pele tocou na minha completamente. Ele estava quente e era tão macio. Meu Deus. Um arrepio tomou meu corpo e perdi algum tempo aproveitando aquelas sensações. 

Ele passou suas mãos por meu pescoço puxando meu rosto e então nos beijamos. Calmamente e intensamente. Eu só queria sentir a textura dos seus lábios contra os meus. Mexendo levemente, invadindo minha boca com sua língua macia. Minhas mãos subiam por suas costas num carinho calmo e então desciam um pouco para tocar sua bunda bonita. Ele insistia em rir entre o beijo, mas eu não compartilhava a graça. Só queria saber de beijar-lhe por todo o lugar. Logo meus beijos passaram pro seu pescoço e Kwon fechou o chuveiro atrás de mim enquanto eu mordia-o.  

-"Vai gastar a água do mundo todo...?"- Reclamou, mas sua voz falhou um pouquinho na última palavra quando mordi com um pouco mais de força. Virei ele encostando-o na parede com um baque molhado. Kwon fez careta e me olhou com um sorriso contido.  

-"Você realmente não tem medo do perigo?"- Perguntei baixinho e selei sua boca repetidas vezes, sem me cansar de tomar seus lábios.  

-"Que perigo? Você se acha demais..."- Comentou rindo um pouco e me empurrando pro lado oposto. Fazendo minhas costas baterem na parede dessa vez. Ele beijou meu ombro com carinho e falou no meu ouvido. -"Vou te mostrar quem é perigoso aqui!"- Prometeu e eu só consegui ficar parado recebendo qualquer coisa que ele quisesse me dar.  

Seus lábios macios foram descendo do meu ombro, passando por minha barriga e suas mãos passavam pelas laterais do meu corpo. Num impulso meio instintivo coloquei uma das minhas mãos calmamente no seu cabelo. Minha respiração tão rápida quanto meu coração. Eu estava tremendo de excitação e ansiedade. Antecipando o que viria depois. Fechei os olhos e deixei minha cabeça tombar pra trás. Suas mãos pegaram fortemente nas minhas coxas como apoio. Eu pensei em rezar umas ave marias ou algo assim, mas eu não lembrava como e nem queria manchar a imagem dela nesse momento impuro. O que diabos estou pensando?  

Sua mão tocou meu pênis pela base, ele já estava meio ereto e eu gemi grosso contra seu toque, olhando pra baixo, encontrando seu sorriso de canto. Puta que pariu. Ele deslizou seus dedos macios pela minha extensão suavemente, conseguindo me deixar completamente desperto sem muito esforço. Lá estava eu, duro em sua mão, como um louco. Eu não conseguia nem ao menos olhar pra outro lugar, era como se seu sorriso me hipnotizasse. Seus lábios bonitos abriram um pouco e ele se aproximou do meu falo, apertei mais minha mão no seu cabelo, antecipando o prazer que ia sentir em alguns segundos.  

E como uma maldita onda, ou melhor uma Tsunami devastadora e cruel, aqueles lábios macios tocaram a minha glande, sua respiração levemente soprando-a. Eu gemi apenas com isso, louco por ele. Tão ansioso, apenas completamente perdido na situação, como se fosse loucura. Ele deferiu um beijo demorado contra meu membro e endureci completamente contra seu rosto. Não demorou nada pra sua boca bonita deslizar por meu membro, aquecendo cada pequena parte do meu corpo e nublando completamente minha visão. Estava arrepiado e meu coração batia rápido. Sua língua mexeu um pouco contra meu falo e soltei um gemido que pareceu um grito desesperado, puxando seu cabelo. Ele riu um pouco e a vibração que partia da sua garganta me fez fechar os olhos com mais força. Seus movimentos audaciosos tomaram velocidade e não tinha lucidez nenhuma. Eu nem tinha mais controle do que saia da minha boca. Eu poderia estar dizendo qualquer coisa. Como um molequinho na sua primeira vez eu gozei rapidamente na sua boca, com um gemido rouco. Olhei pra ele e Kwon engoliu olhando nos meus olhos e sorrindo torto. Seu corpo elevou-se, ele estava de pé de novo. Minhas bochechas estavam com certeza vermelhas, meus olhos arregalados e minha mão saiu do seu cabelo pro seu ombro quando ele ficou de pé. Eu encarava-o completamente assustado com meu estado deplorável.  

-"Isso foi rápido!"- Implicou segurando o riso e eu engoli em seco, tão perdido olhando pra ele que nem conseguia me defender. -"Ta tudo bem...?"- Ele perguntou rindo um pouco e me encarando obviamente achando engraçado. Suas mãos tocaram os lados da minha cintura, como ele temesse que eu caísse no chão do banheiro, morto. Ele deveria se preocupar mesmo, porque eu estava quase morto mesmo.  

Passei alguns minutos encarando-o. Eu não era virgem, já tinha transado com algumas bailarinas algumas vezes, mas nenhuma delas tinha esses lábios tão macios. Na verdade eu nunca fiquei tão excitado apenas pela pessoa em si e não pelo ato. Era como se manchar aquela linda imagem que sua carinha bonita exalava fosse tudo que meu pau queria. Talvez até porque nunca tinha tentado com um homem antes, mas caralho não chegamos nem a penetração e eu estava lá quase um inocente, gozando em três segundos. 

Me odiei um pouco em silêncio e depois odiei um pouco Kwon, a culpa era toda dele. Então desvencilhei do seu contato carinhoso demais pra minha mente conturbada e sai do banheiro. Ele não veio atrás de mim como sempre e agradeci a Deus por isso. Parecia que ele ia tomar o banho mesmo. Fechei a porta do banheiro com calma e o ambiente ao meu redor vazio e silencioso foi a única testemunha do meu pequeno ataque. Corri até minha cama, me jogando e molhando tudo. Mordendo o travesseiro de tanto ódio. Será que ele estava rindo agora mesmo de mim? Como ele pode fazer aquela piadinha? Meu deus, não foi tão rápido assim! Eu só queria estar morto. Choraminguei, socando a minha cama, pelado. Era realmente digno de pena nesse momento. Acho que pior que isso, só se eu tivesse brochado... Na verdade séria melhor. Eu poderia dizer que a cara dele de sonso não me da tesão, mas na verdade a cara dele pode estar distorcida em qualquer careta que vai me dar tesão. 

Suspirei cansado e fechei os olhos. Foi uma péssima ideia. Lá estava eu imaginando tudo de novo, lembrando dos seus toques, do jeito que ele mexeu a mão e até mesmo do atrito leve dos seus dentes quando ele colocou o máximo do meu pênis que conseguia dentro da sua pequena boquinha. Lembrei dos seus olhos e do seu sorriso logo depois. Pensando nisso por um tempo, não poderiam me culpar... Quem aguentaria? Levantei da cama mais consolado. Realmente qualquer um se sentiria assim no meu lugar, eu não era menos viril por causa disso.  

Vesti minha roupa o mais rápido possível e Kwon finalmente saiu da porcaria do banheiro. Eu estava sentado completamente rígido na minha cama. Com medo e raiva ao mesmo tempo, só esperando pelas suas piadinhas que acabariam com qualquer orgulho que eu tinha. Ele apenas mexeu-se pelo quarto assobiando levemente, tranquilo como sempre. Escolheu uma calça saruel particularmente horrível e uma camisa cavada branca. Passou desodorante, meu perfume e Penteou os cabelos pra trás com cuidado. Pegou seu celular na cômoda, sussurrando algo por ter esquecido da outra vez. Então finalmente olhou pra mim curioso. Seus olhos brincaram olhando-me.  

-"Vamos...?"- Perguntou levantando uma sobrancelha e suspirei tranquilo por não ter vindo nenhum ataque sobre o que aconteceu no banheiro. Meu bom humor de antes se transformou em muitos sentimentos. Coisas como tensão sexual, medo, raiva e até vergonha. 

-"A aula... Já deve ter começado."- Falei levantando, com o queixo erguido, como se eu ainda fosse um pouquinho superior. Kwon assentiu positivamente e seguimos até a aula.