História MOVA - Bloco M - É muito cedo pra que eu te ame?

Assim como Kwon me prometeu ele não me pediu mais para acompanha-lo até os ensaios de Liu, ele ia sozinho. Me acompanhava nas aulas e seguia pro Xing Ling em seguida. No começo me sentia pra baixo e agora eu só queria usar meu sapato para matar os dois lentamente. O loiro chegava no dormitório tarde, com olhos brilhantes e roxos nos joelhos. Meu corpo estremecia ao observar isso, preocupação latejando na minha mente. Os dias iam passando e me sentia meio frustrado, meio perdido. Como se Kwon estivesse ficando cada vez mais longe, quando ele deveria se aproximar. Seus sorrisos ainda vinham em minha direção, mas eu sentia meu coração apertar ao ver que sua mente sempre parecia vaguear por outras coisas estando comigo ou não. Ele parecia aéreo e diferente. Como se tivesse descoberto algo único. E eu temia qual era essa descoberta.  

Não o culpo completamente, se ele passava um minuto calado eu me retorcia de volta a minha concha e ficava o dobro de tempo em silêncio. Como se o seu distanciamento me fizesse afastar a também. Eu não só o estava deixando ir, como dava passos pra longe junto com ele. Me sentia num amor unilateral e bobo. Observando-o vezes demais. Sentindo que fui burro ao deixa-lo entrar.  

Enquanto andava sozinho de volta pro nosso quarto segurava mais um daqueles relaxantes musculares que a enfermeira me deu quando fui lá mais cedo. Disposto a entregar a Kwon na primeira oportunidade. O loiro não foi na aula da tarde para ensaiar com Liu.  

Diferente do que eu esperava, me deparei com o loiro assobiando sentado na sua cama. Ele usava um short apenas. O cheiro do seu xampu enchia o quarto e ele parecia deliciosamente lindo com algumas gotinhas de água descendo do seu cabelo para sua clavícula. Entrei em silêncio e engoli em seco apertando mais o saquinho na minha mão. Quando escutou meus passos Kwon sentou na cama sorrindo.  

-"Minnie..."- Ele falou num tom calmo e meu corpo estremeceu ao ouvir meu apelido saindo de seus lábios, olhei pra ele sem conseguir sorrir.  

-"Como foi o ensaio com o Liu?"- Perguntei de uma vez e o loiro coçou a cabeça um pouco suspirando.  

-"Cansativo como sempre!"- Comentou lançando um sorriso satisfeito na minha direção.  

-"E porque ainda não está dormindo?"- Perguntei.  

-"Estava te esperando, por saudade..."- Comentou simplesmente, como se não tivesse me dito nada.  

-"O que?"- Questionei sentindo meu corpo estremecer. Eu queria abraça-lo e chorar.  

-"Ah... A gente passou a semana toda meio ocupado. Você parece tão pensativo desde que a professora te falou aquelas coisas tristes... Eu também andei ensaiando muito... Eu meio que quase não entendi nada do que o Liu disse hoje por que estava pensando em você..."- Confessou. Mordi o lábio sentindo meu coração aquecer aos poucos. Meus ombros relaxaram.  

O olhei por um momento sorrindo um pouco sem separar os lábios, Kwon abriu os braços, como se me chamasse pra um abraço ou me oferecesse um abrigo. Rolei os olhos, mas me aproximei.  

Humanos precisam de ar e também de comida e água, mas certamente e precisava mais daquele abraço do que de qualquer uma dessas coisas. Me aproximei sem desviar o olhar e apoiei o joelho na cama sorrindo mais. Toquei seu rosto com cuidado e ele envolveu minha cintura com seus braços, encostando seu queixo na minha barriga e me olhando de baixo. Joguei o adesivo para dor muscular na cama, para ficar com as mãos livres. 

Com uma das minhas mãos desfiz o circular de seus braços e me abaixei sobre ele o fazendo tombar pra trás na cama. Pairei sobre ele com tanta saudade de olha-lo nos olhos, de tê-lo perto demais. Encostei nossas testas e nossos narizes roçaram. Inspirei seu cheiro com força e meu corpo ficou incrivelmente mais relaxado por causa disso. Naquele silêncio gostoso que se instalou eu conseguia sentir meu coração bater mais devagar. 

-"O que há de errado?"- Indagou enquanto deslizava suas mãos dos meus ombros pra minha nuca, numa pressão leve. Sua voz parecia mais grave e isso me fez arrepiar. 

-"Nada..."- Murmurei, seus olhinhos castanhos estavam tão perto dos meus que eu conseguia enxergar a cor perfeitamente. 

-"Estou em abstinência..."- Sussurrou baixinho passando suas mãos por meu braços num carinho sensual.  

-"Kwonnie..."- Chamei e ele sorriu grande.  

-"Sim?"- Encorajou que eu continuasse falando.  

-"Eu posso tocar em você?"- Já tínhamos chegado tão longe, mas poucos dias me fizeram ter a sensação de que precisava de permissão. Ou melhor poucos dias me deram medo de que ele negasse.  

-"Não!"- Falou sério olhando pra mim. Me assustei franzindo o cenho. Como assim... Não? -"Hoje eu que vou tocar em você!"- Ele murmurou antes de sorrir grande me puxando pra beijar sua boca. Foi um beijo lento e cheio de saudade. Minhas mãos desobedeceram seu comando, senti a pele macia da barriga dele com meus dedos. Ele arrepiou e tive que rir rouco na sua boca. Tão lindo.  

-"Você gosta de mim?"- Perguntei antes de beijar seu queixo e passar pro seu pescoço com carinho. Puxando o ar para inundar-me com seu cheiro e marcando-o propositalmente. Eu precisava que ele fosse o mais meu possível.  

-"Você sabe que gosto Minnie..."- Sua voz saiu sincera e suspirou me apertando mais enquanto tocava sua pele quente. O mordi com força controlado, como se tentasse segurar um pouco dos sentimentos que a sua frase sincera despertou em mim.  

-"Mas quero ter certeza..."- Comentei afastando para olha-lo nos olhos. O garoto riu um pouco e uma das suas mãos foi para minha bochecha num carinho leve. Ele me olhava de um jeito tão bom. Ser olhado assim é como o paraíso. Mesmo naquele clima sensual seus sorrisos não me incomodavam como da última vez. Eu não os interpretava mais como deboche, mas sim como felicidade.  

-"Eu gosto tanto de você... Que eu queria poder ficar te abraçando e beijando o dia todo, mas você ia me bater se eu fizesse isso... Eu gosto de quando a gente conversa, de quando você larga de ser bobo e aceita que gosta de mim... Também gosto quando me olha com admiração e quando me toca como se eu fosse a pessoa mais linda do mundo. Gosto de cuidar de você, é como se me doesse imaginar que ninguém fazia isso por você antes. Gosto da sua boca na minha... Na verdade eu amo..."- Tagarelou me fazendo abrir um sorriso tão grande que nem parecia eu mesmo.  

 -"Ama meus beijos?"- Perguntei antes de beija-lo de novo. Devagarinho.  

-"Eu amo você!"- Sussurrou assim que nossas bocas se separaram. Meu coração acelerou e eu sorri feito um retardado. Passei minhas mãos por baixo do seu corpo abraçando-o forte e isso fez o peso do meu corpo cair sobre ele. Me abraçando de volta Kwon beijou minha testa.  

-"Obrigado Kwon..."- Agradeci. Não queria o amar. Queria não estar tão ligado assim. Queria poder fingir que não me importo. Mas não tinha mais pra onde correr, parece pouco tempo, mas resisti o máximo que consegui. Não tinha saída pra mim desde o dia que olhei em seus olhos pela primeira vez.  

-"Agora você vai me contar o que há de errado?"- Questionou massageando meu cabelo. Ele não reclamava mesmo que esmagasse-o com todo meu peso.  

-"Você olhou para Liu... Como se ele fosse incrível... Eu... Não sei. Eu só não quero perder você para ninguém."- Comentei envergonhado e Kwon soltou uma risadinha, seu riso fez meu corpo balançar.  

-"Eu não olhei pro Liu como se ele fosse incrível... Olhei a coreografia... Eu não sei eu fiquei completamente apaixonado pelo Ballet... Sabe?"- Comentou e tirei minhas mãos de baixo dele, descendo pela lateral do seu corpo e invadindo seu short, segurando sua coxa nua com as mãos. Inclinando um pouco. Suspirei.  

-"Mas você sabe que pra dançar ballet precisava ser desde criança certo? E seu joelho está machucado! Não aguento mais te ver todo roxo..."- Falei tão intensamente aliviado por ser apenas o ballet que estava sorrindo. Ele pareceu pensativo por um momento e então deu de ombros.  

-"Tudo bem... Eu só queria brincar um pouco..."- Comentou e suas mãos foram pras minhas costas, entrando pelo elástico do meu short e segurando minha bunda nua com as duas mãos. Como se fosse vingança pela minha mão na sua coxa. Estremeci e inspirei com força aproveitando seu toque.  

Virei a cabeça e apanhei o relaxante muscular tirando minha mão dele, apesar de que ele não parecia nada a fim de fazer o mesmo com suas mãos na minha bunda. Mostrei o pacote pra ele depois que ele olhou um pouco seu sorriso cresceu.  

-"Eu peguei pra colocar em você!"- Falei calmamente e mordi o lábio. O loiro fez um bico nos lábios. 

-"Tem certeza que não é para Sandeul?"- Implicou. 

-"É pra você mesmo!"- Reafirmei achando graça. Me afastei separando minhas pernas aos lados do seu corpo. Sentando nele como ele sempre senta em mim. Ele apertou mais minha bunda, fazendo-a comprimir contra ele.  

-"Hum... Que posição deliciosa..."- Comentou com um tom sarcástico e fiz cara feia pra ele. Empurrei suas mãos e sai do lugar perigoso, me movendo um pouco para trás. 

-"Vamos colocar esse adesivo no seu joelho..."- Sugeri levantando as sobrancelhas. Kwon sorriu quando coloquei minhas mãos no cós do short e comecei a puxa-lo pra baixo. As únicas coisas que ele vestia eram aquele pedaço de tecido e uma cueca box. Eu fiz questão de puxar os dois. Deleitando-me com seu corpo bonito. Ah, como eu senti falta dele. Kwon nunca ficava envergonhado com seu corpo nu, ele parecia apenas ainda mais confiante.  

Joguei as roupas pro lado e sem tirar os olhos da cicatriz esbranquiçada o seu joelho e dos roxos ao redor do mesmo abri o pacote, espalhando o cheiro levemente ardoso pelo quarto. Tirei o plástico que isolava a cola e com cuidado coloquei o adesivo no seu joelho. Ele gemeu um pouco e sorri olhando pra ele. Era obvio pela expressão daquele retardado que ele fez de proposito. Minhas mãos passaram por suas coxas com possessão. Tocando-as com vontade. Eu queria deixar marcas dos meus dedos. Lá estava eu cara a cara com o pequeno menino de Kim Yu Kwon, engoli em seco olhando seu pênis. Estava meio desperto. Fiz careta e o loirinho riu alto me fazendo olhar na sua direção. 

-"O que você ta tentando fazer moço?"- Perguntou num tom divertido. Bem, como explicar que eu queria tocar nele? Eu nunca fiz isso antes. Porque me sinto tão envergonhado? Kwon fazia isso com tanta naturalidade. Estendi minha mão lentamente na direção do seu falo, mas parei antes de fato tocar-lhe. Recolhi minha mão e suspirei.  

-"Nada..."- Murmurei e tentei me esgueirar pra perto dele para beija-lo, eu teria conseguido caso ele não tivesse sentado num impulso segurando meus ombros. Seus olhos escuros, ele estava tão sério. Senti meu pau ficar duro só com isso.  

O maldito me hipnotizou com seu olhar intenso e agarrou minha mão sem me soltar do transe, ele levou a minha palma até sua ereção e arregalei os olhos. Abri a boca para falar alguma coisa, mas Kwon me beijou antes que eu pudesse falar algo. O toque era macio e senti ele endurecer um pouco mais contra minha palma. Eu provavelmente estava tremendo de vergonha quando o meu colega de quarto afastou do beijo sorrindo e largou minha mão sozinha no seu falo. Fiquei paradinho, sem saber muito bem o que fazer. E Kwon ficou por perto se divertindo as minhas custas. O odiava tanto, como podia sorrir daquele jeito e ter os olhos tão escuros em antecipação ao mesmo tempo? Idiota.  

-"Vamos Minnie... Se mexa..."- Comentou segurando a gargalhada e tenho certeza que fiquei mais vermelho com esse comentário desnecessário. Só de mal eu mexi a mão. Sentindo-o deslizar pela minha palma. Um arrepio percorreu meu corpo e o rosto de Kwon se contorceu um pouco enquanto ele arfava pelo simples fato de que eu mexia mão. Uma sensação de poder encheu meu coração. Está sentindo esse cheiro? Isso mesmo, vingança. 

-"Não me diga que você está tão excitado só de eu te tocar..."- Brinquei revidando tudo o que vinha sentindo por ser rápido demais.  

-"Você fica me olhando com essa carinha inocente, sinto como se eu tirasse sua virgindade todos os dias..."- Comentou e arregalei os olhos pra aquelas merdas que saíram da boca dele. Ele gargalhou com a minha expressão e bem, minha mão continuava paradinha.  

-"Imbecil!"- Praguejei mexendo contra ele, pra baixo e pra cima de novo, fazendo uma pequena pressão no toque. Ele ficou completamente duro e sua expressão perdeu qualquer sorriso enquanto ele gemia olhando pra mim.  

-"Você é o meu fetiche Lee Minhyuk..."- Ele comentou e fechou os olhos, jogando a cabeça pra trás.  

Ignorei suas besteiras e tentei fazer direito. Bem, eu tinha uma noção por mim mesmo... O que poderia dar errado? Dessa vez quando subi passei um dedo por sua glande, demorando de propósito. E sentindo meus dedos húmidos pelo pré gozo.  

-"Ah! Eu quero te foder Minnie!"- Kwon gemeu alto e depois soltou essa bela frase. Estanquei na hora. -"Ah não, continua Minnie... Continua..."- Implorou pegando minha mão e fazendo-a se mexer de novo.  

-"Mas eu que..."- Comentei ainda afobado por seu comentário anterior.  

-"Nem me venha com essa Minnie!"- Kwon comentou aproximando o rosto e tirando a mão que me mantinha mexendo. Ele me puxou pela nuca pra beijar minha boca com desejo. -"Eu não sou a porra de uma garota! Eu quero usar o meu pau também!"- Comentou se divertindo em me escandalizar. Soltei-o. Estava desconcertado pelo efeito que sua voz rouca e suas palavras rudes causaram em mim. 

-"Agora eu broxei demais Kwon! Você só fala merda!"- Reclamei tentando me afastar, ele me puxou pelo braço me jogando na cama.  

O rapaz achou uma boa ideia levantar minhas coxas pra que ele ficasse entre elas e também achou uma boa ideia descer sobre mim prendendo-me em baixo de si. Me debati nervoso, sentindo meu coração martelar espancando minha caixa torácica.  

-"Me solte! Você nem me venha com essa agora!"- Falei desesperado. Kwon estava nu, eu estava de roupa. Porque me sinto em desvantagem mesmo assim? Eu deveria ter comprado uma arma no fim de semana. Puta que pariu.  

-"Uh... É isso que você chama de broxar?"- Perguntou rindo roucamente ao tocar meu membro por cima de todas aquelas roupas e perceber que eu obviamente não estava nem perto de broxar. Fechei os olhos numa falha tentativa de manter o controle. 

-"Kim Yu Kwon!"- Falei tentando afasta-lo, mas minha voz saiu como um gemido fraco. Segurando minhas duas mãos ele beijou a ponta do meu nariz com carinho.  

-"Você acha que eu faria algo que você não quer?"- Perguntou manso e relaxei um pouco. Desviei o olhar dele e o mais novo usou a oportunidade, cheirando meu pescoço. Suas mãos não prendiam mais as minhas, apenas trabalhavam em desabotoar meu short e retira-lo calmamente. Respirei fundo tentando não morrer por ele me ver assim. Kwon sóbrio era bem mais perigoso.  

-"Você pode apagar a luz?"- Pedi olhando pra ele e o loiro abriu um sorrisão, depois mordeu o lábio. Como se me achasse fofo. Idiota. 

-"Nem pensar!"- Comentou passando suas mãos pela minha barriga enquanto tirava minha camisa. Levantei um pouco o meu corpo para ajuda-lo. Seu olhar me fez encolher os ombros e morder o lábio, como se ele fosse me devorar. Mas que diabos? 

-"Não olha pra mim!"- Falei irritado e empurrei sua cabeça, ele riu alto e ignorou minha irritação. 

Seus beijos me faziam arfar vulnerável e sua mão começou uma masturbação lenta no meu falo. Me sentia quente, estava suando. Todo meu corpo reagia aos seus estímulos. Ele me tinha nas mãos e elas não paravam em um lugar só, como se explorassem cada parte do meu corpo. Lentamente tocava na minha coxa e bunda com força. Sem sair de cima de mim, sem abrir mão do controle. Minhas barreiras foram enfraquecendo mais e mais a cada beijo e eu nem tentava mais fazer nada. Apenas me deixei ser tocado por ele.  

-“Você é tão gostoso...”- Comentou me fazendo comprimir meus lábios para não arfar. Seus dedos passavam levemente nas minhas coxas e puxaram-nas para melhorar o atrito entre nossas ereções. Tive que gemer com isso, segurando em seus braços. Seus movimentos simulavam uma penetração intensa e funda, ele empurrava meu corpo pra cima e voltava, gemendo contra meu ouvido e me tirando qualquer rastro de sanidade. O loiro pôs um dedo na boca em silêncio e chupou, não estava em condições de me perguntar pra quê ou entender. 

Seu toque foi baixando e ele teve que me beijar para conter o meu grito. Seu dedo rodeando-me. Ele circulava devagar enquanto meus dedos apertavam seus braços com tanta força que eu rezava para ele chorar de dor. Um onda de prazer me tomou e parei de beija-lo para gemer alto. Minha respiração afoita me deixando tonto. O loiro entendeu meu desespero como uma permissão e começou a empurrar seu dedo em mim.  

-"Y-Yu Kwon... Você disse... Que não faria algo que eu não quisesse..."- Ralhei contra ele, lutando obstinadamente para não acabar gemendo. Kwon pareceu se irritar com minha sanidade repentina e se afastou o mínimo possível para me olhar nos olhos. Aqueles olhos escuros e famintos que me faziam tremer por dentro. Então ele enfiou o dedo inteiro, com força e de uma vez. Abri a boca com o susto e ele me não quebrou o contato dos nossos olhos. Eu odiava quando ele avaliava meu rosto assim. 

-"Mas você quer..."- Sussurrou começando a se mexer dentro de mim, Ele acertou um lugar que não sabia que existia e gemi choroso contra seu toque. O baque das suas palavras e das sensações me paralisaram por um momento. E lhe encarei com puro medo. Eu me sentia vulnerável demais. Pequeno demais. Meu aperto afrouxou e soltei seus braços deixando os meus caírem fracos aos lados do meu corpo. Não conseguia desviar o olhar do seu rosto.  

-"Kwonnie... Por favor..."- Murmurei devagar. Kwon fechou os olhos com força. Praticamente rugiu numa luta interna obvia e finalmente tirou suas mãos de mim. Caindo pesado em cima do meu corpo. -"Obrigado..."- Sussurrei fechando os olhos e tentando normalizar minha respiração. Alguns segundos passaram e meu peito estava pesado. Ele poderia me forçar, eu estava obviamente entregue demais, mas ele respeitou e isso quebrou qualquer força que eu tinha antes.  

Quando Kwon saiu de cima de mim deitando de barriga pra cima com o braço tampando os olhos, eu consegui enxergar seu desejo contido. Kwon não tinha nada de passivo, ele provavelmente agia assim por mim, era obvio como ele gostava de estar por cima e como ele conseguia me ter nas mãos. Isso me assustava mais do que eu queria que assustasse. Seu peito subia e descia numa respiração pesada, como se mandasse comandos para que seu corpo se acalmasse. Mas bem, seu falo permanecia bem duro. Engoli em seco.  

Me aproximei encarando-o e me abaixei um pouco, reunindo a coragem de uma vida toda. Kwon tirou o braço para levantar a cabeça e olhar o que eu estava fazendo, bem na hora que eu segurei seu falo pela base.  

-"Puta que pariu Minnie... Você não está ajudand... Hummmm..."- Ele comentou jogando a cabeça pra trás e interrompendo as próprias palavras com um gemido deleitoso.  

Eu tinha lambido sua glande. Não era tão ruim quanto imaginei. Tentei colocar um pouquinho na boca e chupei um pouco. Ele soltou outro gemido de aprovação e sua mão agarrou meu cabelo. Quando eu tentei por um pouco mais o loiro perdeu toda a paciência e descontou sua frustração empurrando sua pélvis e me fazendo engoli-lo quase completamente. Fechei os olhos com força para segurar a vontade de vomitar. A medida que sua mão foi ditando um ritmo pra mim eu comecei a me acostumar. Era bom também. Eu testei lamber, testei arranhar-lhe devagar com meus dentes, mas ele só correspondeu do jeito que eu queria quando chupei um pouco mais forte e isso me incentivou a aumentar a pressão cada vez mais. Fazendo-o gemer alto. Os cantos dos meus olhos estavam húmidos e os cantos da minha boca ardiam um pouco, mas não parei. Nem mesmo quando ele começou a gemer longamente, tremer ou puxar meu cabelo com mais força. Ele finalmente gozou dentro da minha boca e tomei um susto tão grande que não sabia o que fazer. Sua mão me forçou a continuar por lá mais alguns segundos e ele estocou minha boca mais algumas vezes se acalmando até finalmente largar meu cabelo e me deixar largar seu pênis. Olhei pra ele com um pouco de sêmen descendo minha boca e com cara de nojo, eu só queria chorar. Mas Kwon me olhou com um meio sorriso e uma cara satisfeita, ele riu um pouquinho da minha cara com aquele olhar... Aquele olhar... Meio... Amoroso?  

Corri dali o mais rápido que consegui cuspindo na pia. 

-"Ugh..."- Gritei depois de encher a boca de água e bochechar três vezes. -"Como você engole isso?"- Gritei voltando pro quarto. Kwon apenas sorria de canto me olhando daquele jeito, minhas bochechas ficaram vermelhinhas e tive que me jogar na cama de bruços, porque não queria mais encara-lo. Kwon passou sua mão na minha cintura me puxando pra perto e só agora eu sei como conchinha é confortável pra quem está sendo abraçado. Ele puxou o lençol para nos cobrir e deixei meu corpo relaxar no seu abraço. Suspirei fechando meus olhos. Não tinha mais nenhuma força vital.  

Depois de vários beijos na minha nuca e risadinhas sua mão desceu num toque calmo até o meio das minhas coxas.  

-"Você não cansa? Uh..."- Falei antes de gemer tentando segurar sua mão. 

-"Não vou te deixar dormir assim, depois que você me ajudou tão bem..."- Sussurrou e mordiscou o lóbulo da minha orelha. Eu certamente o mataria se ele não estivesse com a mão no meu pau.  

Eu, Lee Minhyuk declaro pra todos que... Fudeu.