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História MOVA - Bloco M - Quarto 18


Escrita por: FattyKetty

Notas do Autor


Bem gente <3
mais um <3

Capítulo 2 - Quarto 18


Fanfic / Fanfiction MOVA - Bloco M - Quarto 18

Eu não precisava me preparar pra ir pra MOVA, na verdade a partir do momento que decidi por tentar uma vaga naquele lugar, eu tinha absoluta certeza que ia conseguir. Mas essa não era a opinião dos meus pais. Eles estavam ansiosos para que eu voltasse dizendo que não deu certo e subisse para o meu quarto, eu sabia disso. Não porque não quisessem o meu bem, mas porque eles não queriam que eu morasse sozinho na cidade grande. Talvez por isso me impediram de levar a mala para a audição, eles tinham razão se eu tivesse levado, não voltaria nem pra me despedir.  

Finalmente estava olhando pro meu quarto com uma mochila nas costas e segurando a alça de uma mala de rodinhas. Respirando fundo e me despedindo de tudo que vivi ali. Não tinha como esquecer o quanto você se esforçou só porque conseguiu e esse quarto sempre foi meu pequeno refúgio para treinar. Sorri uma última vez antes de sair, observando como ele pela primeira vez parecia limpo e vazio. Meus pais estavam na sala com olhares preocupados.  

-"Você sabe que pode voltar quando quiser não é filho? Eu vou mandar dinheiro pra você todo o mês... Por favor coma bem..."- Minha mãe começou a tagarelar e só consegui faze-la parar quando a abracei forte inspirando seu cheirinho bom. Desejando que ele permanecesse intacto na minha memória.  

-"Mãe, não preciso de dinheiro, eu ganhei uma bolsa, lembra?"- Falei pra ela. Isso era mentira eu sabia que precisaria de dinheiro, afinal eu tinha que comprar roupas e muitas coisas fora a mensalidade e comida, mas nós vivíamos no campo e não tínhamos tanto dinheiro assim, não queria arrasta-la no meu sonho.  

-"Como sempre querendo dar uma de durão. Deixe que te enviemos pelo menos um pouco, pense que é para deixar nossa mente tranquila!"- Meu pai disse quando me virei para abraça-lo. Não costumávamos nos abraçar assim, mas eu queria sentir uma última vez seu carinho paterno. Ele deu batidinhas nas minhas costas de forma envergonhada, desacostumado ao amor.  

-"Tudo bem, mas não exagerem como sempre por favor! Eu quero que esqueçam de mim um pouco. Aproveitem que eu vou sair e trabalhem menos, se divirtam mais. Namorem!"- Brinquei sorrindo e eles se entreolharam rolando os olhos para o que insinuei.  

-"Você está tão feliz meu filho, apesar de estar triste por me separar de você, fico tão feliz por você... Eu confio em você e sei que vai se sair muito bem na faculdade!"- Minha mãe falou sorrindo.  

-"Obrigada mamãe! Eu já tenho 21 anos, já está mais do que na hora de estudar um pouco. Se eu quiser seguir essa carreira! Sabe como a idade conta na dança!"- Avisei sorrindo pra ela. 

-"Quando volta?"- Perguntou. Sorri do seu jeito meigo, nem parecia que ela me acordava com gritos. Mal estava saindo e ela já queria saber quando ia voltar. 

-"Volto nas férias de verão né mãe!"- Falei sorrindo como se fosse obvio e ela me bateu no braço com uma cara de chateação.  

 ○ 

A viagem até a MOVA me deixou com borboletas no estomago e tentei ao máximo aproveitar o que via pela janela do ônibus. Minha intenção era passar esse ano estudando dança como um condenado. Sem ter tempo nem mesmo pras coisas mais simples.  

Finalmente estava na frente do corredor certo. A escola cheirava a produtos de limpeza e tinha piso de madeira. Olhei a chave com o numero 18 e sorri. Escutei um assobio vindo de algum lugar e quanto mais me aproximava do meu quarto, mais alto o barulho ficava. Franzi o cenho imaginando quem deveria ser meu colega de quarto. Eu sabia que teria que dividi-lo com alguém e isso era tão bom, poderíamos passar horas estudando e aprendendo um com o outro. Ele poderia ser um bom amigo e poderia me ajudar a decorar coreografias. Abri um sorriso bonito e tentei relaxar os ombros quando girei a chave na maçaneta e abri a porta.  

Lá estava ele, com seus cabelos loiros molhados, pés descalços e calça de moletom. Sem se dar o trabalho de ao menos de vestir uma camisa ou enxugar direito o corpo, ele assobiava e dobrava suas roupas, tirando-as da mala e organizando contra a cama do lado esquerdo. Finalmente ele percebeu que entrei e me olhou diretamente nos olhos. Sorrindo, ignorando meu estado estático de pura descrença. Olhei para a chave na minha mão confirmando o número e então olhei na porta de novo. Era o quarto certo. Eu dividiria quarto com o número 08. 

-"Hey! Eu lembro de você da audição! Eu sou Kim Yu Kwon, mas pode me chamar de Kwonnie!"- Falou sorrindo de um jeito tão bonito que engoli em seco entrando no quarto e fechando a porta com cuidado. Quando finalmente sentei na outra cama e olhei pra ele, minha cabeça ficou realmente cheia.  Só poderia ser uma macumba pra mim. Ter que ficar perto da pessoa que menos entendia sobre qualquer coisa naquele lugar. O pior sobre tudo isso é que seu peitoral continuava atraindo meu olhar, mas prefiro pensar que olhei para aquela gotinha de água deslizando pela tatuagem no ombro dele. 

-"Me chamo Lee Minhyuk!"-Respondi finalmente e ele nem se importou com meu tom chateado, voltando a arrumar suas coisas. 

-"Pensei que só teria um colega de quarto mais perto das aulas começarem, quem diria que você também quis vir mais cedo..."- Comentou sorrindo.  

-"Eu estava realmente animado."- Falei curto abrindo minha mala e cuidando para fazer o mesmo processo que ele. Esperava que ele fosse desorganizado, mas ele não era. Suas roupas eram arrumadas bem e por cor. E o cheiro que vinha delas e dele era realmente algo bom.  

-"Então Minnie... Me fale sobre sua vida, sua idade..."- Ele insistiu e revirei os olhos quando ele me empurrou aquele apelido feio, mas não quis falar nada sobre. 

-"Tenho 21 anos e você?"- Perguntei desviando o foco pra ele. Esperando que ele começasse a tagarelar e me deixasse em silêncio.  

-"Tenho 20! Eu terminei a escola e me formei no fim do ano passado, então eu pensei que seria uma boa começar a me focar em outras coisas agora."- Comentou, sua voz era anasalada e interessante. 

-"Você fez faculdade de que?"- Perguntei um pouco curioso, admito. 

-"Música, eu canto e toco alguns instrumentos, mas sei que o que mais gosto de fazer é dançar."- Respondeu. 

-"Não acha ruim perder uma formação e começar outro objetivo assim, do nada?"- Indaguei insanamente irritado com isso. Como ele pode ter dois sonhos ao mesmo tempo? 

-"Não é outro objetivo. Pra mim, tudo que for relacionado a música é bom. Pode ser compor, cantar, tocar, fazer, dançar..."- Tagarelou e terminando de tirar tudo, guardou numa pequena cômoda que tinha ao lado da sua cama. Observei ele fazendo isso e mordi o lábio pensando.  

Minha vontade era ignora-lo, fingir que não era comigo, mas         Yu Kwon frequentemente agia de forma simpática, mesmo que minhas respostas fossem secas e sem vontade alguma de responde-lo. Era absurda a força que eu tinha que fazer pra simplesmente não começar a tagarelar com ele e perder o dia todo nisso ou talvez ver o filme que ele indicou dizendo que as aulas ainda não tinham começado, então estávamos de férias. Depois que finalmente me instalei no quarto, fiz questão de sair de perto dele. Sua influência sobre mim não poderia ser nada além de negativa e retrocessa. Ele agia como se tudo estivesse bem ou pior, como se tudo fosse ficar bem. E isso me dava vontade de apertar seu pescoço até que ele parecesse menos bonito. Esse tipo de atitude descuidada me dava nos nervos. 

Ele queria me seguir quando disse que precisava respirar um pouco de ar, mas consegui desvencilhar dele quando afirmei que precisava fazer uma ligação pessoal. Ele pareceu meio cabisbaixo quanto a isso, mas não me importei o bastante para continuar lá. Andei por todo o colégio. Avaliando as estruturas bonitas e as pessoas conversando educadamente. Fui nos quatro blocos. Primeiro o meu, bloco M. Todos pareciam rir muito e faziam muita linguagem corporal. Gestos exagerados e animados. Da mesma forma que agiam como gatos, deitando em qualquer lugar de forma aleatória.  Podia ser no meio do caminho, na grama ou em qualquer superfície que coubesse seu corpo. Fosse ela projetada para isso ou não.   

Depois fui para o bloco O. Uma grande placa de metal explicava que era o bloco dos alunos de musica. Entre as várias aulas. Tinha composição de letra e melodia, canto e historia da musica. Era realmente interessante. A grande maioria dos alunos naquele bloco tinham cabelos grandes, mesmo os homens. E suas tatuagens eram tão parecidas que quase os reconheci como um clã. Sempre letras de musica em fontes cursivas ou partituras bem desenhadas sobre a pele. Por cima dos bancos e em baixo das arvores, eles se reuniam ouvindo alguém cantar e alguém tocar violão.  Alguns estavam sozinhos e escreviam calmamente em papeis ou anotavam algo depois de tocar no teclado. Era um bloco bem barulhento.   

Logo depois me dirigi ao bloco V. Lá estavam espalhados os alunos de figurino.  Sem dúvidas eles se vestiam diferente. As roupas eram mais elegantes e nem pareciam moda do nosso país.  Os sapatos eram lustrados e acessórios da moda. Eles conversavam baixo e se mexiam devagar. Tinham muitos brincos e piercings. Diferente dos outros blocos não era maioria que tinha o corpo tatuado, mas os cabelos chamavam atenção suficiente, pendendo entre cores vivas e tons pasteis não teve nenhuma cor do arco-íris que eu tenha deixado de ver enquanto zanzava por lá. Os penteados eram bonitos e bem feitos. Eles eram claramente os que mais se preocupavam com aparência. Alguns faziam pequenas costuras com as mãos, ou liam livros com capas coloridas.   

Logo passei ao último bloco, o bloco A. Ali habitavam os alunos de montagem de cenário pessoas altamente perfeccionistas e centradas. Como percebi isso? Simples, muitos deles estavam jogando cartas ou resolvendo aqueles joguinhos de velhos como Sudoku. Outros faziam trabalhos artesanais enquanto murmuravam alguma canção. Como se fosse realmente divertido. Percebi como naquela parte muitos usavam cordões. Bem diferentes e pulseiras também.  Todo o tipo de assessório. Como se eles mesmos desenvolvessem aquilo com carinho. Eles usavam roupas bem desleixadas e cabelos presos em coques. Muitos usavam óculos de grau e tinham posturas erradas, como se passassem tempo demais com a coluna curvada. Os dedos manchados de tinta ou as roupas com um pouco de cola eram de praxe.   

Todos naquele lugar eram muito interessantes e não consegui conter o sorriso com a flora daquele lugar. Tantas arvores e flores. Tantos cantos para praticar. As estruturas como mesas e cadeiras eram de madeira e muitas arvores rasteiras cobriam o chão e as paredes.   

Só dei conta de parar meu passeio quando senti uma dor na barriga. Estava morrendo de fome. Marchei de volta para o bloco M e andei a deriva até. Encontrar o refeitório. Muita gente estava lá comendo. Quando parei em frente aos recipientes e a moça que serviria meu prato, notei que na maioria tinham muitas coisas saldáveis e que davam força física. Achei engraçado como era perfeitamente plausível. Logo foi impossível segurar a curiosidade sobre como cardápio variava pelos blocos. Escolhi minha comida e a senhora que serviu ficou animada quanto a isso. Dizendo que todos estavam muito magros e precisavam comer direito. Sorri pra ela e fui me sentar em uma das mesas sozinho. Ela era redonda e grande e me senti meio acuado de comer sozinho, mas logo ignorei isso pensando na minha fome. 

Realmente aquele era o momento mais feliz da minha vida. Quando teria oportunidade de apreciar coisas tão legais e novas ou uma comida tão gostosa assim? Tudo estaria perfeito, caso meu colega de quarto fosse alguém diferente. Mesmo que eu tentasse parar de pensar nisso, esse assunto estava estragando meu humor. Era uma das únicas coisas que realmente poderiam me atrapalhar, quando estamos perto de alguém que não se importa a tendência é que deixemos de nos importar também pouco a pouco. Enquanto mastigava tomei a decisão de que faria de tudo para não ficar próximo demais de Yu Kwon. Seriamos apenas colegas de quarto e apenas isso. Não era como se o odiasse ou algo assim, mas sua atitude para com o mundo realmente me deixe recuado e alerta. Como se isso fosse contrário a tudo que acredito ser certo e realmente não quisesse me sujar com pensamentos assim.  

Segui até o quarto depois de brincar um pouco com meu celular e devolver a bandeja com os pratos para a moça da cozinha. Suspirei e bobamente treinei a cara mais fria possível, planejando entrar no quarto, tomar banho e dormir sem falar com meu colega do quarto 18. Mas quando entrei ele já estava dormindo calmamente. Foi um alivio. Fechei a porta, andei até minha cama e comecei a tirar meu sapatos. Observando por um momento o peito dele subir e descer. Os lençóis estavam bagunçados e a boca dele levemente aberta. Peguei meu celular segurando o riso e bati umas duas fotos da sua expressão fácil, antes de desistir e dormir pesadamente contra o travesseiro. Preguiçoso demais para apagar as luzes, tirar a roupa ou mesmo me cobrir com o lençol.  

○ 

Abri os olhos lentamente, sentindo um gosto ruim na boca. Esfreguei meus olhos com força por não conseguir enxergar nada e finalmente tudo tomou foco na minha frente. Me remexi um pouco na cama e percebi que estava com o cobertor sobre mim e que a luz estava fechada, mas uma leve luz vinha da janela. As cortinas tampando boa parte da claridade e voando com o vento calmo. Logo olhei pra cama do meu lado e não tinha mais ninguém, só lençóis dobrados. Observei aquilo com uma preguiça boa, estava mal dobrado, mas ainda assim estava dobrado. Sorri comigo mesmo sem segurar a graça daquilo em si e me remexi na cama.  

Um assobio começou e retesei no lugar para ouvir. Era realmente diferente de tudo que eu mesmo poderia assobiar. Yu Kwon realmente parecia ter folego. O mais interessante é que ele estava reproduzindo uma famosa música clássica que eu não tenho conhecimentos o suficiente para saber qual é. Na minha mente sempre imaginei que ele nem mesmo soubesse o que é música clássica. Enquanto levantada repreendi a mim mesmo pelo pensamento negativo quanto ao meu colega de quanto, no ponto de que, era claro que ele conhecia afinal, era formado em música. Olhei para a janela com cuidado para ver Kwon bem sentado contra ela, assobiando calmamente.  

-"Bom dia..."- Falei. Estava querendo me redimir por pensamentos tão ruins quanto a ele. Mesmo que obviamente, ele não soubesse deles.  

-"Bom dia!"- Respondeu parando de assobiar e virando para pular da janela. Ignorei seu sorriso e andei até o banheiro. Passei a escovar os dentes preguiçosamente enquanto observava uma espinha que estava nascendo na minha bochecha esquerda. -"Eu estava te esperando para comermos juntos."- Kwon avisou.  

-"Ok!"- Falei com a boca cheia de creme dental. Enquanto terminava de escovar os dentes, lavava o rosto, fazia xixi e lavava as mãos, minha mente estava meio grogue imaginando como me tornei tão preguiçoso. Uma culpa me bateu por não ter treinado nem uma vez ontem. Mesmo querendo conhecer o lugar ou estando cansado, deveria ter ao menos feito alguns alongamentos. Suspirei e sai do banheiro. Fui até minha cômoda franzindo o rosto ao notar que Kwon tinha arrumado minha cama. Resolvi que não falaria nada, dava para perceber que as pontas do lençol não estavam perfeitamente alinhadas e que ele não me preocupou em bater a colcha. Isso era interessante.  

Andamos juntos e em silêncio até o refeitório. O cheiro estava realmente delicioso. Eu definitivamente comeria bastante e treinaria o dia todo.  

Depois que as moças da cantina encheram nossos pratos não pude deixar de notar como Kwon comia muito. Ele sempre pedia mais de uma porção do que quer que as tias oferecessem e elas entregavam a ele alegremente. Na verdade estava até duvidando um pouco que ele conseguiria comer tudo.  

-"Então Minhyuk o que fez ontem o dia todo?"- Kwon perguntou de boca cheia, tentei suprimir um sorriso, mas não consegui. Olhei diretamente pra minha comida, esperando que a pessoa a minha frente não notasse.  

-"Estava conhecendo o campus..."- Falei curto como sempre.  

-"Serio? Eu realmente esperei que você voltasse para que fizéssemos isso juntos, então gastei todo meu dia no quarto!"- Kwon reclamou com uma voz engraçada, olhei pra ele e ele parecia atordoado.  

-"Você não me disse..."- Foi a única coisa que disse. Não queria sair andando com Kwon por ai, mas não poderia falar isso pra ele, seria cruel demais.  

-"Eu achava que teria longos dias aqui... Mas passou muito rápido o primeiro dia, acho que segunda feira chegará num piscar de olhos..."- Vagueou o loiro mastigando lentamente. Não me importei em responder, mas concordei por dentro.  

O silêncio caiu sobre nós e era interessante notar que meu companheiro de quarto não parecia incomodado quanto a isso. Ele comia normalmente, revezando entre olhar ao redor e beber muita água. Eu tentei segurar minha língua pra não falar com ele. Primeiro notei como ele vestia roupas folgadas, forçando minha memória a lembrar se sempre era assim e depois notei como suas mãos eram bonitas. O jeito que elas mexiam nos talheres era realmente fofo. Como sempre sua atitude era despreocupada, mas ele realizava a ação perfeitamente mesmo assim. Me assustei um pouco quando a mão dele saiu do meu foco e colocou um dos seus bolinhos no meu prato. Encarei o bolinho e logo o encarei também indagando silenciosamente o que deu nele. 

-"Você parecia querer comer isso..."- Comentou e sorriu facilmente. Desviei o olhar do seu sorriso, antes que ficasse cego com todo seu brilho. Era melhor mesmo que ele achasse que eu queria o bolinho.  

○ 

Depois de falar com uma das coordenadoras do bloco M, aprendi que tinham algumas salinhas para ensaio no bloco. Então, peguei emprestado uma das chaves. Era um lugar grande e agradeci mentalmente por ter vindo antes, duvidando que depois que todos chegarem tenha alguma chance de ensaiar aqui sozinho de novo. Andei até a caixa de som no canto enquanto arrumava meu cabelo no grande espelho, encaixei meu celular e fiz uma música soar animada enquanto me alongava.  

Horas e horas se passaram como segundos enquanto eu me mexia contra as batidas de todas as músicas que minha playlist permitia. Tentei alguns movimentos para deixar minhas pernas mais fortes e eu sabia que isso me custaria alguns dias de dor, mas valeria a pena. Tinha que estar preparado para as novas aulas e os novos estilos, eu tinha que ser bom o bastante para tentar de tudo ou não valeria a pena.  

Já estava bem cansado e cogitando parar quando aquela música conhecida soou ao meu redor. Imediatamente rolei os olhos lembrando de Kwon, eu nunca mais escutaria Cold Water sem pensar nos seus movimentos peculiares do outro dia. Essa música trazia um pouco de raiva pra mim e a injustiça ainda estava doendo no meu peito. 

-"Como ele pode ter conseguido o primeiro lugar?"- Gritei a cima da música irritado e ao longo da música lembrei dos movimentos dele durante a sua performance e não demorou para que o imitasse de forma exagerada e engraçada. Gargalhando comigo mesmo enquanto fazia caretas e mexia meus braços como um boneco de posto. -"Posso ganhar o primeiro lugar agora?"- Gritei rindo antes de cair cansado no chão e deitar com os olhos fechados. Pelo menos essa história era engraçada.  


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não deixem de comentar <3


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