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História MOVA - Bloco M - Vamos fugir


Escrita por: FattyKetty

Notas do Autor


<3

Capítulo 27 - Vamos fugir


Fanfic / Fanfiction MOVA - Bloco M - Vamos fugir

Kwon estava deitado completamente nu, me olhando com seu rostinho perfeito. Sua mão deslizava lentamente por sua cintura, deixando um rastro de chocolate por sua pele branquinha. Humedeci meu lábio lentamente, ansiando em colocar minha boca naquela parte do seu corpo e sentir seu gosto misturado ao doce. Chegava a salivar desejando-o.  

-"Minnie..."- Ouvi um sussurro ao longe. Me remexi na cama, enfiando mais minha cara no travesseiro.  

O loiro estendeu a mão e mexeu o dedo, chamando-me. Instigando a me aproximar. Mordi meu lábio em meio a toda aquela tensão sexual e me aproximei lentamente.  

-"Minnie... Acorda..."- Ouvi a voz, um pouco mais alta dessa vez e ignorei completamente.  

Estava tão perto, abaixei-me e entreabri os lábios. Pronto para provar-lhe, tocar-lhe, ingerir-lhe completamente.  

-"Lee Minhyuk!"- Dessa vez o grito foi tão alto que pulei na cama olhando pros lados. Tudo estava na mais completa escuridão e eu só conseguia ouvir a respiração de Kwon e os grilos. Tateei a cama desesperado atrás do meu celular e depois de quase cegar com a luz repentina do aparelho, percebi que era apenas duas da manhã.  

-"O que foi Kwonnie?"- Perguntei já irritado, morrendo de sono.  

-"Eu estou com fome..."- Reclamou baixinho. Suspirei pesado e cai deitado na cama novamente. 

-"Nossa! Eu quero te matar!"- Reclamei coçando meus olhos. Eu não ia conseguir dormir de novo tão cedo.  

-"Eu to te pedindo ajuda, to passando mal de fome!"- Reclamou enquanto passava as mãos pelo meu corpo me abraçando. Como se isso fosse me comover. 

-"Eu estava tendo um sonho tão perfeito e você estragou tudo..."- Impliquei tirando suas mãos de mim e bufando.  

-"O que pode ser mais importante do que o bem estar do seu namorado?"-Choramingou de novo e rolei meus olhos.  

-"Meu amor... O refeitório está fechado essa hora. O que você quer que eu faça?"- Falei cansado já de olhos fechados, implorando pra Deus me fazer ter o mesmo sonho novamente.  

-"Minnie... Se você não fizer nada, eu vou acordar morto..."- Se fez de vitima o gatinho. Suspirei pesadamente uma última vez antes de levantar da cama. Me espreguicei e estalei as costas lentamente.  

-"Você deveria ser menos idiota e parar de seguir o que aquele Xing Ling fala. Se você comesse normalmente não estaria me enchendo o saco agora..."- Não perdi a chance de reclamar sobre isso com ele e então liguei a luz rapidamente.  

O loiro estava todo enroladinho pelas cobertas e seus olhinhos fecharam pela luminosidade, deixando-o malditamente fofo. Sorri um pouco, esfregando meus olhos mais uma vez, para acostuma-los. 

-"E então, agora que já me acordou... Qual sua ideia genial pra arrumar alguma comida?"- Indaguei enquanto coçava minha barriga. Bocejei esperando por sua resposta. Eu provavelmente deveria estar todo amassado e com o cabelo todo bagunçado.  

-"É o seguinte! Eu vou falar com seu Antônio e ele vai deixar que a gente saia, ai a gente vai até uma dessas lojas de conveniência 24h e pega uns miojo, pede água quente e come lá mesmo. Depois que eu me empanturrar, você faz um juramento que nunca vai contar ao Liu sobre isso, nós voltamos e dormimos. Simples e prático."- Ele tagarelou mexendo as mãozinhas.  

-"Mas quem diabos é Antônio?"- Questionei confuso.  

-"O porteiro Minnie!"- Comentou como se eu fosse burro.  

-"E porque você é amigo do porteiro? Quando você ficou amigo dele que eu não vi isso?"- Indaguei irritado e cruzei os braços numa postura incisiva.  

-"Sabe... As suas roupas também sempre aparecem limpas na sua cômoda e eu nunca te vi perceber isso... Você não sabe de tudo que eu faço Lee Minhyuk!"- Brincou comigo, franzi o cenho. É verdade, eu nunca lavei roupas aqui na MOVA, mas elas sempre aparecem limpas e dobradas. Como eu não liguei pra isso? Como eu pude ser tão cego.  

-"Espera... Você está dizendo que todo esse tempo você lava minhas roupas?"- Perguntei incrédulo e Kwonnie sorriu enquanto mexia sua cabeça positivamente.  

-"A MOVA tem uma lavanderia. Quando eu vou lavar minhas roupas, levo as suas também, lá tem maquinas para lavarem e secarem então eu já trago tudo prontinho quando volto. Costumo ir bem cedo de manhã, porque depois fica um inferno de tanta gente..."- Comentou. Eu estava de boca aberta, como nunca pensei nisso.  

-"Não acredito! Eu sou muito dormente, como nunca percebi isso?"- Falei retoricamente bagunçando mais meu cabelo, procurando lembrar de algo assim.  

-"Você também nunca se preocupa se a pasta de dentes acabou, ou se o quarto está arrumado. Eu me pergunto como você vivia sem mim antes!"- Murmurou o loiro e revirei os olhos.  

-"Ta eu entendi! Mas se você não me mimasse tanto, eu não seria tão dependente! Agora eu não vou conseguir viver direito nunca mais. Vou ser um imprestável pro resto da vida. Você precisa ser responsável pelo que faz!"- Brinquei apontando pra ele.  

-"Quando a gente casar, eu ainda vou fazer tudo por você, então não tem problema confiar em mim."- Ele falou tão normalmente que tive que sorrir grande, vendo-o tratar aquilo como verdade universal. Aquela certeza gostosa que ele tinha, que da vontade de morde-lo. Como quando ele diz que confia em mim sem nem piscar o olho. Ele estava sendo sincero. Eu percebia isso porque ele não disse: "Se a gente casar.", ele disse: "Quando a gente casar.". O que mostra que quando ele pensa no futuro, eu estou lá também.  

-"Ta bom papai! Vamos logo atrás do seu Joaquim ou sei la quem! Eu quero voltar o quanto antes e dormir."- Reclamei vestindo uma camisa qualquer. A funcionária da loja teria que lidar com um Minhyuk calça de moletom, camisa do namorado e cabelo bagunçado. Eu não estou com saco pra me arrumar as duas da manhã. 

-"O nome dele é Antônio e não me chame de papai, me chame de Daddy!"- Kwon falou e piscou pra mim. Revirei os olhos.  

-"Olha aqui seu pseudo ativo, se você continuar falando bosta e não levantar dessa cama, eu vou deitar ai e te mostrar quem é que manda!"- Falei apontando pra ele. Mordendo o lábio o loirinho ficou de pé e pegou um moletom grande na sua cômoda.  

-"É uma proposta realmente tentadora, mas no momento estou com mais fome do que tesão, então vamos."- Comentou abrindo a porta e enfiando suas mãozinhas nos bolsos por causa do frio. Ri um pouco das merdas que ele gosta de falar e fechei a porta quando sai.  

Seguimos um pouco pelo bloco. Era tão estranho ver aquilo tudo silencioso, escuro e vazio. Só as luzes amareladas dos postes ainda davam alguma luminosidade. Chegava a ser meio assustador. Finalmente chegamos em frente a pequena casinha com uma portinha de vidro. Kwon bateu duas vezes lá e um homem baixinho e com um bigode saiu de lá, ele sorriu grande quando viu Kwon e eu apertei os olhos pra essa intimidade dos dois. 

-"Eai seu Antônio, tudo certo?"- O loiro perguntou batendo na mão do homem. 

-"Tudo certíssimo! Esse é o famoso Minnie?"- O homem perguntou apontando pra mim.  

-"Ele mesmo!"- O loiro afirmou olhando pra mim e depois voltando a olhar pro porteiro.  

-"Ah, eu achei que ele fosse mais bonito, você fala dele como se ele fosse a última bolacha do pacote!"- o homem falou e fiz careta. Meu gatinho deu um tapinha fraco no ombro do homem e os dois riram. 

-"Que nada! É porque ele está meio bagunçado, eu acabei de acorda-lo. Quando você ver ele dançando vai se apaixonar também! Pena que ele já me namora!"-kwon comentou tranquilamente e arregalei os olhos. Como ele pode falar essas coisas com um porteiro bigodudo, assim ser vergonha alguma? O homem apenas riu um pouco e negou com a cabeça como se Kwonnie fosse louco demais.  

-"Ta bom! Mas me diga o que você está aprontando acordado de madrugada?"- Questionou finalmente mudando daquele assunto vergonhoso.  

-"Eu estou morrendo de fome! Será que você não me deixaria ir até a loja de conveniência ali na esquina? Vamos só comer e voltar o mais rápido possível!"- Implorou o loiro. O homem suspirou e olhou sério meu namorado.  

-"Não cara! Você conhece as regras."- Foi a única coisa que ele disse.  

-"Te trago cigarros!"- Propôs o loiro. O homem pareceu pensar um pouco.  

-"É sério, eu poderia levar um advertência por sua culpa!"- Ele disse sem força alguma.  

-"Ta bom, eu compro uma maço inteiro!"- Falou o loiro num tom de rendição. 

-"Agora você falou a minha língua!"- Antônio disse rindo e andou até o portão pequeno, escolhendo as chaves e abrindo-o pra nós.  

-"Vão na loja de conveniência da esquina e voltem! Não me inventem de morrer nem nada desse tipo em!"- Advertiu o porteiro e olhei-o descrente. Que falta de profissionalismo.  

A estrada estava vazia e tudo estava quieto demais. Mas foi fácil atravessar a rua e dar de cara com a loja de conveniência brilhante e chamativa. Entramos e o gatinho correu quase mordendo as prateleiras de fome.  

A parte da frente da loja de conveniência era toda em vidro e isso permitia-nos ver a estrada vazia e o portão de entrada da MOVA. De frente pra esse vidro tinha um balcão estreito e banquinhos. Num dos cantos tinha um pote com talheres e copos de plástico e um micro-ondas.  

Deixei o loiro escolhendo o que queria comer e fui me sentar num dos banquinhos. Mal sentei já fui bocejando. Acho que só existia uma pessoa que tinha fome as duas da manhã desse jeito e eu tive sorte o bastante pra namorar logo com essa pessoa. Deitei minha cabeça no balcão olhando para o micro-ondas, como se ele fosse super incrível.  

Finalmente Kwon sentou do meu lado. Ele lambia os lábios constantemente, devia estar realmente morrendo de fome. Primeiro ele abriu o grande pote de miojo, depois ele despejou metade de uma garrafinha de água dentro e colocou-o dentro do micro-ondas com cuidado. Escolheu seus talheres e abriu seu refrigerante de limão, oferecendo pra mim. Que recusei silenciosamente. Observei o gatinho fazer careta ao beber aquilo, parecia até que ele estava bebendo álcool.  

O gatinho observava a comida girando e girando dentro do aparelho com um desejo férreo, estava começando até a ter um pouco de ciúmes. Quando o barulhinho indicou que o lanchinho da madrugada estava pronto. O gatinho virou um leão faminto. Comendo como sempre, aquele apetite infinito e aquela ansiedade tão grande que ele continuava enfiando macarrão dentro da boca, mesmo que ela já estivesse cheia, resultando nas suas bochechas infladas cheias de comida. Eu apenas continuei ali, com a cabeça deitada no balcão, observando-o devorar três daqueles enormes potes de miojo.  

Foi um dos poucos momentos que me senti tão satisfeito em perder tanto tempo observando alguém. Fazia semanas que não o via comer como sempre fazia e mesmo que eu fosse o primeiro a reclamar do seu desespero em relação a comida, não tinha nada mais tranquilizador do que vê-lo todo laranja por causa do tempero artificial do miojo. O amava a esse ponto.  

-"Aaaah... Estou finalmente satisfeito! Meu Deus, fazia tempo que não ficava satisfeito assim..."- Murmurou ainda cheio de comida na boca. Soltei uma risadinha. Ele não demorou em pegar aquilo tudo, jogar as embalagens no lixo, passar alguns guardanapos para limpar e depois pagar pelo macarrão e pelos cigarros.  

Finalmente voltamos pra MOVA, tendo certeza de entregar os cigarros contrabandeados pro vigia bigodudo e então voltar pro nosso quarto.  

-“Ah... Fazia tempo que não comia tão bem!”- Afirmou caindo sobre a cama. Virei os olhos e me livrei dos sapatos e da camisa.  

-“Eu já entendi...”- Reclamei do gatinho que insistia em ficar repetindo aquilo constantemente.  

-“Me pergunto quando você vai parar com essa irritação Minnie. A gente deveria passar dessa fase, eu já sei que você é caidinho por mim.”- Avisou o loiro e abri um sorriso me jogando na cama.  

-“Vou parar quando você parar com esse apelido chato!”- Reclamei. Se ele acha que eu sou teimoso, tem que se olhar no espelho porquê ele é tão teimoso quanto eu.  

-“Qual o seu maldito problema com o apelido? Você disse que eu podia.”- Reclamou o loiro. Ri um pouco e fiquei por cima do seu corpo, beijando-o e sentindo gosto de macarrão instantâneo na boca dele.  

-“Você é tão gostoso...”- Murmurei contra sua boca e ele gemeu deleitoso. Toquei suas coxas fartas, sentindo-as.  

-“Não fuja do assunto!”-Reclamou baixinho enquanto atacava-o com beijos molhados no pescoço cheiroso.  

-“Não estou fugindo!”- Ditei mordiscando o lóbulo da orelha macia.  

-“Então me diga a verdade...”- Pediu e sua voz soou tão perto, como se ele conhecesse todos os meus motivos. 

-“Só tinha uma pessoa no mundo que me chamava por apelidos... Ela me chamava de Mimi...”- Falei o mais baixo que pude rezando pra que ele não conseguisse me ouvir.  

-“Chamava...?”- Indagou, dando ênfase ao verbo no passado. Suspirei enfiando minhas mãos por sua calça e forçando-a pra baixo.  

-“Chamava.”- Confirmei. O meu gatinho ficou em silêncio pelo tempo que levei parar arrancar suas roupas, mas resolveu voltar a conversar enquanto beijava sua barriga.  

-“Eu realmente não posso te chamar por apelidos?”- Perguntou devagar e eu ri soprado contra sua pele, fazendo-o encolher-se contra minha respiração. 

-“Poder pode... Mas saiba que pra mim, quem me chama por apelido... Me ama.”- Expliquei voltando a pairar sobre seu rosto bonito. Ele riu um pouco, com os lábios vermelhos por suas constantes mordidas no mesmo.  

-“Então, não tem problema algum... Eu nunca amei tanto alguém como amo você.”- Ditou fechando o sorriso e passando seus braços por meu pescoço. Franzi o cenho.  

-“Como é possível que eu ame alguém tanto assim?”- Perguntei retoricamente olhando diretamente nos seus olhos. Kwon parecia tão feliz com minhas palavras, distribuindo beijos ternos pelo meu rosto enquanto eu roçava meu membro completamente duro contra o seu no mesmo estado.  

-“Vamos parar de falar, não consigo pensar direito nesse estado...”- Sussurrou quase num gemido.  

-“ Eu queria tentar uma coisa...”- Falei afastando um pouco dele.  

-“Eu deixo...”- Falou manhoso e entregue. Ri diabolicamente.  

-“Não quer nem saber o que é?”- Instiguei mexendo minhas sobrancelhas de forma sugestiva.  

-“Eu confio em você.”- Comentou piscando. Sorri pra aquela afirmação.  

Pousei minhas mãos em sua cintura violentamente e o forcei a virar de bruços, imitando o que ele já fez comigo. Kwon gemeu ansioso com minha atitude e sozinho empinou-se na minha direção.  

Estalei minha palma contra sua bunda de forma tão carinhosa que foi quase um carinho.  

O lubrificante que Liu nos deu estava quase no fim, mas deu pro gasto. Empurrei em preparação alguma contra o loiro e ele gemeu longamente.  

-“Estava com saudade de estar dentro de você...”- Comentei e senti o loiro se arrepiar enquanto distribuía beijos apaixonados por suas costas e esperava-o acostumar-se.  

-“Mais fundo...”- Falou rouco empinando mais contra meu membro. Mordi o lábio pra conter a vontade de ir fundo e violento contra ele. Apenas me foquei em aumentar aos poucos as investidas e senti-lo contra mim calmamente. Respirando fundo, contendo-me pra não entrar em combustão a qualquer momento.  

-“Foi o seu recorde...”- O gatinho comentou sorridente quando terminamos. Beijei sua testa ternamente ignorando o comentário irritante.  

-“Eu não sei porque sempre quero te tocar...”- Sussurrei exausto.  

-“Eu queria morar nos teus dedos...”- Sussurrou de volta já com seus olhinhos fechados.  

Amanheceu em pouco tempo, mas não saímos da cama até a hora do almoço. Ignorando a aula da manhã e dando atenção apenas pra cama macia.  


Notas Finais


Um lemonzinho de despedida <3 O último dessa fanfic <3


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