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História Move — A Vida é Feita de Mudanças - Crescendo


Escrita por: ShinEunri

Capítulo 35 - Crescendo


Fanfic / Fanfiction Move — A Vida é Feita de Mudanças - Crescendo

Algumas semanas se passam e Sook se recupera muito bem, apenas as cicatrizes dos pés restaram como um lembrete daqueles dias horríveis vividos com sua sequestradora louca. Felizmente, Yuno tinha sido internada numa clínica especializada em casos como o dela enquanto aguardava o julgamento. Eles souberam depois, que Yuno sofria maus-tratos da mãe desde que ela tinha apresentado quadros de depressão pós parto e, o pai veio a se separar levando consigo a filha, após os maus-tratos se tornarem mais graves, mas a separação e demais problemas acabaram levando a mãe de Yuno ao suicídio.

Sook teve pena dela ao saber de toda a sua história, não que tudo aquilo justificasse seus atos insanos, mas tinham contribuído para que ela se tornasse o que era hoje. De qualquer forma, Sook apenas esperava nunca mais vê-la e só queria deixar tudo aquilo no passado pra sempre.

Era sábado, e Sook saía do psicólogo que a estava acompanhando desde o ocorrido, Namjoon a esperava sentado numa poltrona perto de outros pacientes que aguardavam para se consultar. Sook sai da sala de consulta e o vê com o rosto coberto por um boné, parecia estar tirando uma soneca. Ela cutuca a perna dele e ele se mexe, tirando o boné do rosto.

— Oi...

— Oi — ele sorri para ela e ela retribui.

— Está esperando há muito tempo? — Ela pergunta.

— Não, cheguei há uns 15 minutos — ele se levanta.

— Podemos ir, então...

Eles vão em direção à saída.

— Posso te levar pra almoçar ou você prefere ir pra casa? — Ele pergunta quando chegam à calçada.

— Não, podemos ir almoçar sim — ela aceita.

Ele assente com um meio sorriso e chama um taxi.

 

Após o almoço, eles decidem andar pelo Yongsan Family Park. Os dois caminham de mãos dadas perto do lago e observam os patos nadarem, tentando pegar pequenos peixes mergulhando a cabeça na água. Um pato dá uma cambalhota na água e eles começam a rir.

— Como ele conseguiu fazer isso? — Sook pergunta, ainda rindo.

— Não sei... talvez ele seja uma versão pato do TaeTae — Namjoon diz e Sook ri mais.

— Kim Taepato.

— Você está andando muito com o Jin hyung... — Namjoon faz careta.

— Ah, ele me ensinou umas piadas bem legais, tá!

— Céus... mal posso esperar pra ouvir.

— Eu senti sua ironia — Sook o empurra e o olha com olhos estreitos.

Então, os dois se sentam na grama rindo, atrás de um arbusto, o que parecia ser um lugar mais reservado. Sook passa as mãos sobre a grama.

— Eu me sinto tão... diferente agora — ela diz.

— Diferente, como? — Ele pergunta.

— Não sei... eu sinto que algo mudou em mim desde o que aconteceu — ela diz, não gostava de lembrar, mas isso era necessário nas suas conversas com a psicóloga, para que ela resolvesse suas questões internas e superasse aquilo. — Eu sinto que nunca mais vou ser a mesma de antes... é como se parte de mim tivesse morrido e agora eu tivesse que lidar com outra parte de mim que nasceu.

Namjoon a observa.

— Isso parece ser difícil... — Ele diz.

— Sim, é um pouco — ela admite. — Mas, não é de todo ruim... porque eu sinto que a parte que morreu, era uma parte despreocupada e superficial... uma parte que não conhecia o valor real da vida, entende? Alguém que não conhecia a dor de verdade e não se importava com ela... alguém fraca e despreparada.

— Mas, dizer isso não implica dizer que você deveria passar pelo que passou para evoluir de alguma forma? — Ele pergunta, confuso. — Isso não soa determinista?

Ela pensa um pouco.

— Parece determinismo sim, mas não é... e sobre eu ter que passar por isso ou não, eu não sei dizer. Sabe, se era necessário ou não para o meu crescimento — ela explica. — Porque, mesmo que a gente tenha linhas de pensamento diferentes, não tem como a gente saber se as coisas acontecem com um propósito ou não... eu não sei se elas acontecem por um motivo, ninguém sabe, então não posso dizer que o que me aconteceu foi necessário pra eu crescer e mudar, entende? Eu prefiro pensar que não foi, porém, mesmo que tenha sido horrível e traumatizante, eu ainda pude tirar uma lição disso. Algo positivo, mesmo que pareça impossível. Nossa, isso está confuso...

— Não, eu entendi o que você quis dizer — ele diz. — Realmente, não tem como saber se as coisas acontecem por algum motivo ou não, seja ele físico, kármico, espiritual, religioso, ou seja lá o que mais. E eu também acho que o que aconteceu não era necessário pra você, mas fico feliz por você conseguir enxergar algo bom nisso... é difícil ver algo positivo no meio de tanta coisa negativa, e quem consegue fazer isso, tem realmente um dom. E você consegue... isso é incrível.

Ela sorri pra ele e descansa a cabeça no seu ombro, ele passa um braço pelos ombros dela e ela se sente aconchegada ali, ela adorava os abraços dele, sentia que dentro deles ela estava protegida de tudo e de todos, mesmo que só por um momento.

— Sook... — Ele sussurra após vários minutos de silêncio.

Ela apenas murmura de olhos fechados.

— Eu preciso te dizer uma coisa... — Ele diz.

— Pode dizer.

— Ok... eu... eu gosto de você — ele diz.

— O que? — Ela se afasta dele para o encarar.

— Eu disse que gosto de você...

— Eu também gosto de você, Namjoon oppa — ela sorri.

— Não, eu gosto mesmo... de você — ele tenta se explicar. — Eu penso em você o tempo todo... principalmente, quando estamos longe um do outro. Eu quero estar com você sempre, quero te ouvir falar, te ver sorrir, te proteger... quero poder conversar como a gente está fazendo agora ou só ficar junto sem dizer nada... eu sei que você não pensa em mim desse jeito, que prefere outra pessoa... mas eu só queria que você soubesse como eu me sinto.

— Espera... eu prefiro quem? — Ela se prende nessa frase que ele tinha acabado de dizer.

— Eu sei que você prefere outro... eu vi como você falava dele desde o início, como olhava pra ele, como agia perto dele... — Namjoon diz sem jeito.

— Quem? — Ela insiste o olhando nos olhos.

— O Jimin.

Sook ri.

— Por que você está rindo? — Ele parecia confuso.

— Você é um bobo.

— Eu, por que?

— Porque é, oras — ela diz. — Eu não sinto nada pelo Jimin além de amizade. Quer dizer, claro que eu gostava dele antes de conhecer vocês todos... gostava dele como fã, sabe? Mas, as coisas mudaram de lá pra cá...

— E... o que isso quer dizer agora? — Ele espera ansioso.

— Isso quer dizer que... — Ela respira fundo. — Eu quero te colocar num potinho.

— O que? — Ele realmente não estava entendendo nada.

Sook ri da expressão de confuso no rosto de Namjoon.

— No Brasil, quando a gente ama muito alguma coisa ou alguém, a gente diz que quer colocar essa pessoa ou coisa num potinho, para amar, alimentar e proteger para sempre — ela explica sorrindo, e coloca os dedos nas covinhas dele quando vê ele sorrindo também. — E então, eu quero fazer isso com você, te colocar num potinho. Principalmente, por causa dessas covinhas fofas...

— Sendo assim... eu quero te colocar num potinho também — ele ri e se aproxima dela, passando os braços pela sua cintura e puxando-a pra perto. — Você é meio estranha, sabia?

Ela ri e o beija.

— Não é a toa que eu sou prima do Tae... — Ela diz. E eles sorriem e se beijam novamente.


Notas Finais


Oi, amorinhas!
Passando pra avisar q provavelmente esse é o penúltimo capítulo da fic, então aproveitem a leitura! Como eu disse, há a possibilidade de uma segunda temporada num futuro não tão distante, ou na segunda fic q eu fizer (com o Jackson), vou fazer um crossover apenas... acho q vai ficar legal 😍 To amadurecendo a ideia ainda, não me decidi, mas estou aberta a essas possibilidades kk
Beijinhos no kori e vou guardar todas vcs num potinho 💙


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