História Movimentos segunda temporada - Goodbye my lover

Brenda: *eu a empurrei para o lado e levantei da cama* _ eu tenho um namorado, eu não posso fazer isso e eu não tenho interesse. Podemos só dormir? * olhei para ela e ela parecia chorosa*

Letícia: *sniff* *sniff* _ podemos..., mas não juntas. *ela apontou o sofá de dois lugares e logo depois se cobriu por inteira*

Brenda: _ certo. *me deitei e logo caí no sono, só sentiria o torcicolo pela manhã*

Amanheceu e eu acordei com o despertador dela. Ela parecia ter o sono pesado então eu levantei, desliguei e coloquei minha roupa com sangue seco. Depois eu fui chama-la.

Brenda: _ Letícia? _tirei o cobertor de seu rosto quando percebi que ela havia tirado seu aparelho respiratório. Peguei rapidamente e posicionei como achei que devia, fiz uma breve massagem cardíaca e ela voltou a respirar, engasgando um pouco.

Letícia: *COF COF COF*_ masoq?

Brenda: _ *suspiro de alívio* _ainda bem que você acordou _apenas a abracei.

Letícia: _ é tão confuso... *ela se livrou dos meus braços e levantou da cama, alongando-se*

Brenda: _ hã?

Letícia: _ certo dia você quase me matou e hoje salvou minha vida...e a custo de que? _ ela pegou alguma roupa e começou a se trocar bem na minha frente.

Brenda: _ chega de mortes... *virei de costas*

Letícia: _ não vai rolar nunca né? Nós duas...juntas. *ela vestiu uma calça, um top e prendeu o cabelo em coque.

Brenda: _ provavelmente nunca.

A mãe de Letícia entra no quarto e estranha a minha presença. Imediatamente ela me manda sair, Letícia tentou contestar, mas foi em vão, eu estava na rua, novamente expulsa por um da família do Henry e num bairro completamente desconhecido. Eu enquanto pensava para onde ir, ouvi gritos vindos do quarto de Letícia.

Mãe: _ você é uma desonra! Não ouse trazer mais garotas aqui em casa, está me ouvindo?!

Letícia: _ eu sou quem eu sou e nada vai mudar isso...e outra, aquela garota nem é lésbica, eu a ajudei ontem à noite, ela iria morrer se não fosse por mim! E agora não venha com broncas para cima de mim, visto que eu provei que não sou inútil e que sou muito corajosa, saia do meu quarto antes que eu saia dessa casa para nunca mais voltar!

Mãe: _ não admito gays na minha casa, eu vou agora exigir uma emancipação! _ ela saiu batendo a porta.

Letícia saiu pela janela e destrancou o carro. _ entra no carro_ ela disse apressada e eu corri até o veículo. Antes que sua mãe pudesse interromper nossa saída, ela acelerou e nós fomos embora. Foi uma viagem tensa, o clima estava pesado. Ela me deixou na rua da escola.

Letícia: _ fora do meu carro. _ ela destravou as portas.

Brenda: _ perdão... _ saí do carro e me deparei com a rua deserta, mas pelo menos eu sabia o caminho de casa. Ela arrancou e em pouco tempo eu não via nem sinal de seu carro. Quando cheguei de fato ao meu bairro minha tensão diminuiu bastante, aquela vizinhança me confortava de certa forma.

Já na minha rua, vi o Castiel sentado no meio fio e me aproximei para falar com ele. _ Cast? _ eu disse meio preocupada, e ele me olhou assustado, como se não fosse para estar ali, alguns segundos depois saiu uma garota de dentro da van dele, toda machucada.

???: _ Castiel, trabalho feito, posso ir embora? _ ela ficou surpresa ao me ver

Brenda: _ quem é ela? _agarrei a gola da camiseta dele.

Castiel: _ ela... _ ele desviava o olhar.

???: _ oh my god

Brenda: _ QUEM É ELA! _ ela se calou e o Castiel se levantou tirando minha mão de sua roupa.

Castiel: _ pensei que você tivesse se matado! Achei sua carta de suicídio, visto que você não chegava em casa nunca.

Brenda: _ aquela carta não é recente, não percebeu a data e eu liguei para a minha mãe! Que porra é essa! Por que tinha uma garota na sua van, Castiel? _ a garota já deva meia volta para ir embora.

Castiel: _ eu precisava eliminar meu ódio! Não vê o meu lado? _ ele estava lacrimejando. Ele tentou me abraçar, mas eu o empurrei com força para longe.

Brenda: _ pode acreditar que vai ter tempo de sobra agora, pegue as suas coisas e saia da minha casa. Eu fiquei perdida e a Letícia me achou _ levantei a camiseta rasgada _ isso aqui é um corte que um cara fez em mim quando eu reagi a um assalto. Ela me levou para o hospital e depois a casa dela... acredite ela tentou transar comigo, mas eu a empurrei porque eu amo você e não conseguiria te trair, mas voualá, vejo que você não sente o mesmo... como pôde?

Castiel: _ eu pensei que a Clarice tinha dito aquilo para me acalmar, não vi quando você telefonou!! _ ele estava desesperado.

Brenda: _ vai fazer mais trabalhos com ela na casa do caralho porque na minha você não entra mais! _ caminhei até a entrada.

Castiel: _ EU TE AMO, NÃO FAZ ISSO COMIGO!!! BRENDA CASA COMIGO?!!! _ ele levantou uma almofadinha com alianças, estava chorando.

Eu me virei, também emocionada, não sabia o que fazer, nem como reagir...eu queria gritar para o mundo “O QUE ESTÁ ACONTECENDO? ”

Castiel: _ ela não é uma dama da noite, garota de programa, puta seja lá como você caracteriza essas mulheres, ela é paga para ser espancada...eu só queria acabar com o ódio e desespero que me dominou quando eu li a carta, quando eu não via nenhum sinal seu...Brenda você é o amor da minha vida, não interprete errado uma situação dessas, por favor...eu juro que eu não transei com ela, que sua mãe tentou me avisar mil vezes, mas eu sou um tolo! Um tolo apaixonado...

Fui até ele correndo e o abracei, sem dizer nada, logo depois ele se ajoelhou perante a mim e ergueu a almofadinha.

Castiel: _ senhorita Brenda Bleu, você aceita se casar comigo?

Eu queria muito chorar, apenas chorar porque não saía nenhuma palavra da minha boca, mas eu respire fundo, sorri e disse.

Brenda: _ SIM, SIM SIM SIM SIM SIM!!! _ eu disse e então ele colocou a aliança em meu dedo que era simplesmente divina e me pegou no colo, eu era a mulher mais feliz e triste do mundo. Entramos na casa e minha mãe nos recebeu aos prantos _vocês vão me deixar louca_ ela dizia entre lágrimas e risos, sinceramente...a mente dela também devia estar o caos. _ e você, Brenda, daria uma ótima atriz de drama _ ela fez sarcasmo.

Brenda: _ atriz...nossa, faz tanto tempo desde a última vez que eu quis trabalhar com artes cênicas... _ suspirei. _ *risada* obrigada vida _ disse baixinho.

Clarice: _ podemos sair para comemorar, já faz oitenta e quatro anos que eu não saio para beber e comer fora... Brenda! O que é isso na sua barriga, eu mal reparei, que péssima mãe..._ ela pôs a mão no curativo ensanguentado e assim que eu lhe expliquei toda a história ela se acalmou, ficou triste pela bicicleta junto a mim e depois começamos a rir do meu surto mesmo que fosse a coisa mais preocupante para nós...

Tomei um banho longo, lembrei das duas histórias daquele banheiro e....de certa forma, eu estava presenciando a terceira _ impura...dor da perda _ murmurei. Renovei meus curativos e percebi que o corte não tardaria a cicatrizar _ótimo_ pensei, colocando uma fita para fixar o “paninho”. Com um vestido amarelo, sapatilha preta e um sorriso que pede socorro eu fui até a sala encontrar minha mais nova família...a melhor mãe do mundo e meu futuro marido...quem dera Eric fosse boa pessoa e não tivesse que morrer como morreu...num porão cheio de poeira _ prontos? _ perguntei.

Castiel: _ você está linda...como sempre. _ ele bateu palmas. Ele estava com um smoking e aquele cabelo vermelho radiante...mamãe com um vestido longo branco, cor favorita do papai, e um par de botas que o mesmo deu a ela em seu último aniversário de casamento...emocionante.