História Movimentos segunda temporada - I miss you

A semana passou, nós dois fizemos trabalhos da escola, fomos medianos nas provas e minha mãe estava cada vez mais feliz...uma verdadeira guerreira emocional.

Castiel: _ vamos numa lanchonete antes de irmos para casa? _ ele sugeriu enquanto arrumávamos nossos livros nos armários que eram, coincidentemente lado a lado.

Brenda: _ claro, minha alma precisa de um ultra hambúrguer. _ simulei um grande sanduíche com as mãos e ele riu.

Castiel: _ hey, aquela não é a Letícia...prima do Henry? _ ele apontou discretamente uma garota cabisbaixa e eu assenti, indo falar com ela.

Brenda: _ quer conversar? _ a ajudei com uns livros que mal conseguia carregar.

Letícia: _ não com você, com licença. _ ela se aproveitou da minha ajuda e saiu irada.

Castiel se aproximou de mim _algumas personalidades nunca mudam_ ele disse e nós saímos da escola. No corredor eu precisei parar para ir ao banheiro vomitar, eu senti um enorme enjoo naquela hora, na volta, pudemos seguir normalmente para a lanchonete mais próxima.

Chegando no paraíso, Cast me pediu para esperar enquanto ele fazia o pedido...então fiquei na mesa ouvindo a música de ambiente...um jazz bem calmo. Ele chegou com duas bandejas, uma com duas embalagens de hambúrguer e outra com apenas uma...ele colocou a com duas na minha frente.

Brenda: _ não sou um elefante _ ironizei. Ele pegou uma e colocou na dele. _coma depois essa então _ ele disse e nós nos esbaldamos.

Depois de comer ele novamente colocou a outra embalagem na minha frente e eu curiosa abri.

Brenda: _ o que é isso? Parece um..._ peguei o negócio que parecia um termômetro.

Castiel: _ um...teste de gravidez? Desculpa ter pego seu xixi de madrugada, eu fiquei ansioso, a propósito, mamãe, deu positivo. _ ele deu um sorriso de orelha a orelha.

Brenda: _ pera, que? _ eu soltei o teste na mesa com medo e coloquei a mão na barriga recém cicatrizada _scars and babies_ eu disse, poderia ser o nome de uma música...né...

Castiel: _ a música da nossa vida, meu amor, nós vamos ter uma linhagem nossa! _ ele se levantou, visto que eu estava parada e boquiaberta, as funcionárias que sabiam de tudo aplaudiram, assim como os outros clientes. _ ela vai ser mãe dos meus filhos! _ ele repetia para o pessoal do recinto e eu chorava de alegria, imaginando a vida dizendo “agora sim já basta de sofrimento”. Aquilo foi...único.

(Semana seguinte)

Clarice e Brenda: _ feliz dezoito anos!!! _ comemoramos _ agora você é um jovem adulto, senhor Melbour Bleu.

Castiel: _ HAHA agora o mundo não me segura! _ ele exclamou. _ amanhã eu vou me alistar no exército...essa é a parte ruim. _ suspirou.

Brenda: _ está tudo bem, eles não chamam de fato, as guerras acabaram. _ tentei animá-lo _ mãe, podemos ficar sozinhos? _ pedi encarecidamente e ela assentiu, indo para o quarto.

Castiel sentou-se ao meu lado, tocando minha barriga e depois meu rosto _ eu zerei a vida _ ele riu.

Brenda: _ esse ser agora precisa descansar então vamos logo dormir..._ peguei sua mão e fomos para o quarto roncar até o dia amanhecer.

Na manhã seguinte, Castiel se levantou primeiro e se vestiu. Me deu um beijo de bom dia e foi para o tal alistamento...que eu era totalmente contra. Ele voltou desapontado, dizendo que estavam desesperados em busca de jovens maiores de idade porque na semana seguinte teriam de manda-los para o Oriente Médio...como reforço...

Brenda: _ você não pode Castiel, e o nosso bebê? Não faça isso comigo! _ comecei a lacrimejar enquanto ele fazia as malas. _ por favor _ eu molhava os lençóis.

Castiel: _ eu não queria, mas é meu dever...eu vou conseguir e eu vou voltar para casa, eu prometo. _ ele soltou a mala e me deu um beijo na testa _ prometo para vocês _ ele colocou a mão na minha barriga _ wow, está me chutando, acho que está se rebelando para que eu não vá embora. _ lacrimejou e sorriu.

Brenda: _ não tem tamanho para chutar ainda meu amor..._ sorri melancolicamente.

Castiel: _ não estrague minha piada de pai, não seja esse tipo de noiva _ ele me beijou e voltou para a mala enquanto eu repetia “desfaça, fique comigo, fique conosco”

Nos últimos dias eu tentei aproveitá-lo ao máximo e confesso que tentei convence-lo mil vezes a não ir, a se rebelar contra o governo...qualquer coisa, mas foi em vão, o compromisso dele com o país era maior...ele iria honrar sua terra dando força aos que precisam. O carro com uma plotagem de camuflagem chegou, o motorista que parecia um soldado, general não sei bateu a porta. Eu e Clarice o acompanhamos até a porta e eu o abracei bem forte e lhe dei um beijo demorado que foi interrompido pelo homem, então ele se despediu de minha mãe, que também o abraçou forte e entrou no carro.

Eu desabei completamente, mesmo sabendo que era impossível que o país aceitasse a contradição dele e o deixasse ficar, mas eu vi o pai do meu filho indo embora sabe Odin para onde e sabe Loki quando iria voltar...se fosse voltar...ao lar...para me amar...e criar...nosso...filho.

Foram meses de sofrimento, o ano iria acabar, Castiel ganhou uma nota a mais por ir para a guerra e eu adquiri seu certificado de conclusão do ensino médio, juntamente com o meu. Estávamos no início de dezembro, barriga de três meses, lágrimas de uma eternidade incontável.

Clarice: _ será que ele volta até maio para o nascimento do bebê? _ mamãe perguntou enquanto colocava a mesa do café da manhã.

Brenda: _ eu espero que sim, mas, acima de tudo eu espero que ele esteja bem, vivo. _ deitei a cabeça na mesa _ vontade de comer cookies, o Castiel os amava.

Mamãe já havia pressentido que eu pediria coisas que me lembrariam o Cast então ele já havia os feito. _ obrigada mãe _ olhei para a parede da cozinha, tinha uma foto do meu pai, fardado, em preto e branco _ ele sobreviveu a guerra _ comentei.

Clarice: _ como um nobre soldado _ suspirou.

Quando acabei de comer, pedi a ela que me levasse ao cemitério, na van do Castiel. Chegando lá, fui até o túmulo de Derick, quando percebi que alguém já estava prestando lamentos...me aproximei, pensando ser algum amigo em comum.

Brenda: _ foi uma grande perda _ cheguei ao lado do homem, que se virou para mim.

Henry: _ com toda certeza..._ ele jogou rosas brancas no túmulo.

Brenda: _ Henry? O que te traz de volta? _ me assustei.

Henry: _ ao cemitério? Eu quis ver meu falecido melhor pior amigo...morto pela melhor pior prima...que, em acréscimo, você trucidou.

Brenda: _ ela mereceu, não conteste. _ ficamos parados lado a lado, ele não tentou nada, não comentou mais nada, apenas terminou o prestamento de luto, se despediu e foi embora.

Ajoelhei-me em frente a lápide.

Brenda: _ faz tanto tempo desde a última vez que a gente se viu, né? Tanta coisa mudou...eu quebrei o nariz da Letícia e ela ficou extremamente menos popular e metida...a diretora ganhou uma perna biônica muito top, e essas duas se separaram completamente. Castiel me pediu em casamento e eu descobri que estava grávida...mágico. Sinto sua falta todos os dias que eu me encontro sozinha, sem alguém para me fazer piadas ou...entregar flores personalizadas em verde água e amarelo como pedido de perdão. _ comecei a chorar _ poderia ter sido diferente? Me pergunto isso todos os dias...foi culpa minha? O que eu faço derick? Como proceder..._ dou um sorriso triste _ como?

Derick: _ você só precisa acreditar...assim como acreditas em Odin, outros em Hórus, você precisa acreditar...acorda Brenda a realidade está tocando a campainha...ei...não durma...acorde…acorde Brenda eles vão achar que você está morta!

O que está acontecendo? Como eu pude ouvi-lo dizer para acreditar? Me senti chacoalhada.

Clarice: _ Brenda! Acorde filha! _ mamãe me levantava da grama.

Brenda: _ Derick? É você? Hã?

Clarice: _ levante-se, você está tão fraca que está tendo alucinações, vem comigo...

Eu o sinto tão próximo...cadê você agora quando eu mais preciso...