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História Movimentos segunda temporada - Capítulo final


Escrita por: Misty8960

Notas do Autor


Demorou mas saiu, desculpa <3

Capítulo 6 - Capítulo final


Fanfic / Fanfiction Movimentos segunda temporada - Capítulo final

Estávamos em maio, mês do nascimento do meu tesouro...eu estava com Castiel e mamãe viajava com Glenda numa semana de amor. Estava uma manhã tão gelada como as outras, na noite anterior eu adormecera sem luvas, e acordei sem sentir as mãos...mesmo tocando meu travesseiro macio, o edredom que me mantinha quente, eu não conseguia sentir minhas pequenas mãos. Levantei para banhá-las em água quente quando encontrei meu noivo ajeitando o cabelo no banheiro.

Brenda: _ onde você vai tão cedo? _ perguntei balançando as mãos.

Castiel: _ são quase duas da tarde, querida, estou indo procurar um emprego novo, algo fixo, coisa de pai de família sabe? _ ele me lançou uma piscadela.

Brenda: _ boa sorte então, maridão. Antes de sair, esquente a água da banheira para mim, não sinto minhas mãos _ voltei para a cama até que tudo estivesse quentinho.

Assim que Castiel saiu e eu tomei meu banho, fui fazer meu almoço, quando tive uma surpresa... minha bolsa estourou, sinceramente, eu me desesperei na hora por estar completamente sozinha e o dia estar congelando. Quando consegui ligar para a emergência, caí no chão com tantas contrações. Não me recordo de quando chegaram, para mim demoraram uma eternidade.

Já acordada no hospital, uma enfermeira veio conversar com Castiel, que eu demorei perceber que estava sentado numa cadeira, olhando fixamente o relógio, que eu tenho certeza que marcava quatro e vinte porque eu me sentia dopada.

Castiel: _ ei meu amor...eu...sinto muito. _ ele pegou minhas mãos.

Brenda: _ pelo que sente muito? Ele não se parece com o pai? _ tentei sorrir.

Castiel: _ era um menino...

Quando ele disse ‘era’ eu comecei a chorar incontrolavelmente, era o meu filho, o meu amorzinho que eu tive tantas complicações para ter, e agora nem isso eu tinha mais.

Castiel: _ nós podemos...

Brenda: _ me deixa sozinha, eu preciso me acalmar sozinha...

Fiquei repetindo para mim mesma até que tive alta e voltei para casa com Castiel, quando chegamos, vimos minha mãe chorando e uma garota deitada, ambas molhadas na entrada da casa. Nos aproximamos. Minha mãe disse que na viagem, Glenda teve um ataque cardíaco e morreu no avião...e quando ela avisou a Letícia, a mesma disse que ia se matar no lago e desligou o telefone...quando minha mãe chegou lá, viu o corpo boiando e o trouxe para casa na tentativa de reavivar a menina, que já estava bem pálida.

Clarice: _ mas afinal, onde vocês estavam? _ ela enxugou umas lágrimas do rosto.

Enquanto eu fui até o meio fio para tentar não morrer, Castiel contou a história, enquanto ele fazia massagem cardíaca no corpo de Letícia, em vão.

Derick: _ lembre-se de manter a calma, Brendinha, vai dar tudo certo no fim _ ouvia sussurros.

Brenda: _ saia da minha cabeça, não é real.

Derick: _ ei, calma, você vai acabar morrendo de estresse, respira garota! _ a voz gritava enquanto eu estava com as mãos na cabeça, desesperada.

Castiel veio e me pegou nos braços, levando para dentro de casa, eu me lembro das luzes da ambulância, dos policiais interrogando minha mãe, e dela sendo levada injustamente pelos guardiões da lei que eu sempre vangloriei. Eu não podia fazer nada para impedir, eu estava encolhida no sofá, que já estava manchado de máscara de cílios, molhado com minhas pesadas lágrimas e quente pela minha presença.

Após alguns copos de chá depois, ajeitei meu cabelo num coque e fui até o banheiro preparar um banho...daqueles que minha mãe costumava me dar. Enquanto a água da torneira da banheira escorria límpida pelas minhas mãos, Castiel se ajoelhou ao meu lado e pôs a mão em meu ombro, como num abraço.

Castiel: _ eu estarei com você aconteça o que acontecer, fique tranquila. Vai ficar tudo bem, é normal a vida machucar as pessoas, dar motivos e mais motivos para que desistam, mas sabe...a natureza faz isso para conseguir achar os verdadeiros anjos perdidos...e você é um deles, meu amor, não desistiu nunca, superou obstáculos que eu tenho certeza que eu teria tropeçado e caído... eu te amo, vamos sair dessa situação e superar outras mil se for preciso. _ ele sorriu e tirou meu vestido, a fim de me colocar na banheira.

Brenda: _ obrigada _ murmurei, me esticando um pouco na banheira, mergulhando meu pálido rosto na água.

Durante minha submersão eu me lembrei de quando meu pai acordava e ia para o serviço e mamãe cantarolava na cozinha, de como a comida cheirava bem e de como o gosto era inesquecível...depois que meu ensino médio começou minha vida sofreu uma grande reviravolta...eu nunca pensei que fosse virar esse roteiro dramático.

Castiel: _ vou pedir comida italiana, ok? _ ele me levantou do meu transe e me deu um beijo.

Assenti enquanto ele saia. Fiquei pensando durante um tempo enquanto minhas mãos enrugavam.

Uma garota que sempre sorria, abraçava sempre sua mãe, sua vida

Seu único medo era o pai, que tinha problemas psicológicos

O ensino médio a fez sofrer, foi taxada de vadia, esquisita

Perdeu amigos, familiares, perdeu as forças e os sentimentos eufóricos

Monotonia, salve sua melancolia, ficar chapada com a brisa

Sonhos e pesadelos frequentes, tudo tão preto, tudo tão melancólico

Seja forte, seja isso e aquilo, faça aquilo que precisa, não desista de sua vida...

Castiel chegou e eu estava em meu pijama, olhando para o nada, a cabeça no mundo da lua, ele me levou até a cozinha, colocou a mesa e nós comemos. O macarrão estava quente, mas eu mal sentia, o gosto das coisas eu não conseguia identificar...

Castiel: _ vamos viajar, é disso que precisamos, sair desse lugar. _ ele sugeriu, enquanto tirava a mesa.

Brenda: _ minha mãe está numa prisão imunda sendo condenada sem provas nem nada, meu irmão está se decompondo no porão, meus amigos morreram, meu filho não resistiu e você quer viajar? Serio? Me poupe de uma dessas. _ fui até o sofá e me deitei _ eu não quero nada além do meu passado... família completa, decidindo para qual escola me mandar...eu poderia ter feito escolhas diferentes, Castiel, eu me condenei ao vazio.

Castiel: _ pelo menos nós nos conhecemos, certo? _ ele jogava as embalagens de macarrão no lixo.

Brenda: _ passei meu ensino médio contigo, não nos demos o luxo de conhecer outras pessoas, viver outros momentos, aventuras... nós nos isolamos do amor externo.

Castiel: _ nunca quis conhecer outra pessoa enquanto estive com você, você sempre foi suficiente para mim, me deu motivação para continuar mesmo quando estava de mau humor, não me diga que eu vivi todo esse amor para você simplesmente jogar fora. _ ele veio até o sofá e sentou-se. Me ergui e dei um beijo em seu rosto.

Brenda: _ claro que não, você é a minha vida, eu só estou cansada de ver pessoas morrendo, cansada de chorar...

Termino meu desabafo e alguém bate na porta, que eu levanto e vou abrir.

Henry: _ eu soube do que aconteceu e paguei a fiança de sua mãe, ela não teve culpa. _ ele disse enquanto estava junto a minha mãe, que me abraçou e entrou desesperada.

Brenda: _ obrigada Henry, muito gentil da sua parte. _ dei um sorriso triste, e Castiel apareceu do meu lado abraçado com Clarice.

Henry: _ eu ainda tenho a cicatriz da cruz, panaca. _ ele levantou a blusa e a marca do dia do meu quase estupro se revelou, a marca de que o Castiel realmente havia salvado minha vida.

Castiel: _ você mereceu.

Clarice: _ mas o que é isso realmente? _ mamãe perguntou confusa, e eu apenas a abracei, tentando confortá-la.

Brenda: _ já que a senhora está sã e salva em casa e eu estou bem com o Castiel, eu vou sair para espairecer... prometo que volto. _ disse subindo para o quarto, colocando meu all-star, colocando meu moletom preto, uma meia calça e um shorte. Fiz um coque no cabelo, peguei o celular e saí.

Eu sabia o que queria, assim como entendia que não era o certo, mas quem poderia me culpar, eu era uma jovem adulta querendo ser adolescente de novo. Entrei numa festa eletrônica, a primeira que eu achei, e não sei quanto tempo eu fiquei dentro daquele lugar. Logo fiz amigos e nós bebemos juntos caipirinha e tequila. No fim, saímos fumando pela rua, eu me sentia tão revigorada, mesmo sabendo que não era a forma correta de reconstruir minha autoestima, mas eu não estava no mundo para saber exatamente o que fazer, estava?

O grupo de pessoas que estava comigo foi para um lado e eu caí numa praça perto de casa, mas acordei em casa.

Castiel: _ acorde meu amor, eu estou saindo para o trabalho _ eu fui acordada pelo Castiel e assim que ele saiu eu pude ouvir a mamãe cantando na cozinha. Fui até o banheiro e lavei meu rosto, que ainda tinha maquiagem, o que me fez perceber que fora tudo real. Fui até a cozinha e mamãe estava em suas melhores roupas, o cheiro das panquecas estava maravilhoso, tudo parecia feliz, o que me deixava intrigada.

No final do dia, fomos tirar uma foto para o mural de famílias do bairro, quando chegamos lá ela tirou da bolsa uma foto de família antiga, que ela disse ter tirado do mural do antigo bairro, da outra cidade...eu era pequena, Eric não estava internado e meu pai estava vivo e vivaz ao lado de minha mãe. Hoje, nós tiraríamos a nossa, para gravar nosso estilo de família.

Castiel: _ antes de tudo eu preciso que você assine isso aqui meu amor _ ele me estendeu uma folha que eu não entendi bem o que era. Quando terminei ele entregou a um agente que logo me entregou uma menininha do cabelo preto, muito linda...

Brenda: _ quem é essa garotinha? _ eu a segurei nos braços.

Castiel: _ nossa amada filha, Lauren. _ ele sorriu e minha mãe começou a chorar de emoção.

Eu não pude conter minha emoção na hora, o que nos fez ficar por último na hora da foto, mas lá estávamos nós, uma jovem confusa, noiva, mãe de uma joia, um rapaz confiante, romântico, noivo da jovem confusa, nossa garotinha e a guerreira que nunca me deixou desistir e sempre foi tudo que eu sempre amei, mamãe Clarice...

Os anos foram passando, eu e Castiel nos casamos numa festa linda, minha mãe me incentivou a começar a escrever e para a minha surpresa, foi um sucesso, minha “história” comoveu milhares e ganhamos até reconhecimento do prefeito da cidade. Lauren não cresceu triste, sempre foi muito amada, eu fiz questão de contar a verdade a ela quando completou dez anos e ela me disse que “eu não quero conhecer aqueles que me abandonaram sendo que eu tenho uma família tão maravilhosa aqui”.

Certo dia, minha filha chegou da escola cantando com uma amiga, eu saí na porta e aplaudi, sorrindo.

Brenda: _ que lindo, quem é esse dueto maravilhoso, posso saber? _ cumprimentei a menina do cabelo ondulado.

Lauren: _ essa é a Camila, não tenho conhecimento do adjetivo certo para caracterizar ela porque ela é mais que perfeita...sou muito nova para conhecer tal palavra

Camila: _ olá, prazer.

Lauren: _ tão educada, no way que pode ser real, that’s my girl_ elas sorriram e entraram.

Brenda: _ bem-vinda Camila.

Camila: _ obrigada senhora Bleu.

Quem visse a foto da nossa família, sem nos conhecer, saber de nossa história imaginaria o quão conturbada a vida de uma adolescente pode ser? Como um amor pode ser? Nunca saberei a resposta certa, fica totalmente no ar. Minha mãe deixou de sofrer com a ida do papai, meu irmão fica no meu coração como o cara que eu queria ter amado, meu melhor amigo Derick está sempre conversando comigo quando eu sobrecarrego meus sentimentos, sempre me dando uma luz, um caminho novo e uma maneira nova de superar meus problemas.

Castiel é um ótimo marido e um pai excepcional, acho que poucos conseguem se igualar a ele, isso se algum ousa dizer que sim. Mas, e quanto a Brenda? E quanto a mim? Parei de culpar a vida por todos os problemas que eu tive, todos os dias que eu chorei e os obstáculos por onde passei. Posso dizer que sou feliz agora, por aceitar meu novo mundo, mais colorido, mas eu sei que lá no fundo eu ainda grito por ajuda, ajuda para voltar no tempo e salvar todos aqueles que cedo ou tarde cairão no esquecimento.

Castiel: _ eu te amo Brenda Bleu.

Brenda: _ eu te amo Castiel Melbour 


Notas Finais


fim


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