Taekwoon e Jaehwan eram casados há quatro anos. A vida dos dois era bastante invejada pelos amigos, pois raramente brigavam, eram bastante unidos e amavam-se incondicionalmente.
Apesar dos conflitos causados no começo do casamento, principalmente vindo da família deles e o fato deles terem casados tão novos, o afeto um para com o outro nunca se abalou. Eles tinham uma bela casa que eles construíram planejada, um carro para cada um – que usavam para irem aos seus trabalhos –, saíam com seus amigos aos finais de semana e nos feriados nacionais faziam pequenas viagens aos pontos turísticos, assim como nas férias de seus trabalhos, onde já era costume irem para outros países.
Mas fazia alguns meses que Jaehwan percebeu que Taekwoon estava um tanto triste e pensativo.
Por mais que tentasse esconder isso dele, o rapaz mais velho era muito transparente. Eles tinham conversado sobre a possibilidade da adoção de alguma criança e Jaehwan foi sincero com ele dizendo que não se sentia preparado para ser pai naquele momento, ainda mais agora que a vida deles estava estabilizada e que seria bom aproveitarem um pouco da vida a dois antes de darem um passo tão importante quanto aquele.
Ele sabia que Taekwoon ficou arrasado com aquela opinião, até porque ele sempre foi apaixonado por crianças – e tudo se evidenciou quando sua cunhada engravidou e seu sobrinho nasceu.
De alguma forma sentia-se culpado em ver seu marido desanimado como ele estava. Chegou a comentar com Hakyeon, melhor amigo dos dois, um dia que fora dispensado mais cedo de seu serviço. Ele precisava desabafar e sabia que Hakyeon era a pessoa mais adequada para aquelas coisas, já que conhecia Taekwoon a mais tempo que ele propriamente dito.
— O Woonie é bastante sentimental, então já era esperado uma atitude dessa. – O mais velho disse, pensativo, enquanto encarava a paisagem de fora do café onde estavam. — Mas existem outras alternativas, não precisam adotar um filho agora. Por que não adota algum animal? Ele iria se sentir mais feliz.
Aquela ideia iluminou sua mente e ele agradeceu o amigo pela grande ajuda, dizendo que ia comprar o cachorro na quarta-feira, onde tiraria um dia de folga.
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A semana passou rapidamente e Jaehwan tentou ao máximo não demonstrar que faria uma surpresa ao marido. Taekwoon havia melhorado em partes em seu humor, até porque no final de semana sua cunhada pediu para o irmão cuidar de Minyul durante o tempo que ela precisou para resolver alguns problemas de seu serviço. O rapaz mais novo achou gracioso em como ele ficava radiante perto do garoto e no fundo, gostaria de presenciar mais aquela cena, ainda mais quando fosse com o próprio filho.
Não disse para o companheiro que iria tirar o dia de folga e saiu como se fosse trabalhar, como qualquer outro dia. Taekwoon ficaria até um pouco mais tarde no escritório, o que facilitaria o processo.
Foi até um pet shop famoso em sua cidade e ficou encantado com os inúmeros cachorros e gatos que tinha ali. Um sorriso foi inevitável ao ver os fofos filhotes brincando, mas um especial chamou sua atenção: um pequeno Akita branco querendo se aproximar dele. Pegou o animal e acariciou seus pelos macios, que davam um aspecto de pelúcia para ele e descobriu que era fêmea. Depositou um beijo na cabeça e disse que ficaria com ela.
Após comprar tudo que precisava, voltou para casa. Tirou uma foto e mandou para Hakyeon, para mostrar ao amigo a nova integrante da família e o mesmo aprovou a escolha, dizendo que queria conhecer logo a pequena cachorra. Deixou-a conhecendo seu novo lar e preparou um jantar com os pratos que Taekwoon mais gostava – geralmente era o marido que cozinhava, já que não era um dos melhores cozinheiros – e sentiu-se ansioso quando o horário que ele chegaria se aproximava.
Deixou o animal dentro do quarto deles e fechou a porta, voltando rapidamente para a cozinha quando ouviu o barulho da porta da sala de estar sendo aberta. Respirou fundo e tentou controlar seu lado empolgado, indo até onde ele estava. Pegou a maleta das mãos dele e com o outro braço envolveu seu pescoço, beijando seus lábios de maneira carinhosa. O outro sorriu e envolveu sua cintura com os braços, trocando um abraço apertado e retribuiu o beijo.
— Foi tudo bem lá? – Perguntou e Taekwoon assentiu com a cabeça, começando a contar sobre o seu dia. O rapaz mais novo guardou a maleta e observou-o desabotoando o terno azul marinho que ele usava, que caíra tão bem com a tez clara que ele tinha.
Era inevitável admirar a beleza dele e sentia-se sortudo por casar com um homem tão bondoso e bonito.
— Hm, amor… – Chamou a atenção do outro, quando já havia retornado a cozinha que terminava de retirar a camisa que usava. — Você poderia ir ao quarto pegar uma camiseta para mim, por favor? Acabei sujando a minha com molho. – Deu a primeira desculpa que pensou. Como estava cozinhando, o outro disse que já iria pegar e que era para ele tomar cuidado, se não poderia se queimar ou se machucar.
Esperou ouvir os passos dele e o seguiu um tanto de longe, de modo que ele não ouvisse os passos que dava. Assim que o mais velho abriu a porta, pôde ouvir a exclamação surpresa dele e o modo que ele travou por alguns segundos, enquanto a filhote começou a latir e ir até o pé dele, como se pedisse carinho.
Taekwoon se abaixou e pegou a pequena no colo, abrindo um sorriso largo e Jaehwan se aproximou do mesmo, colocando as mãos sobre seus ombros.
— O que achou da nossa filha? – perguntou, vendo que o outro encontrava-se atônito. O sorriso não saia do rosto dele e percebeu que ele estava emocionado ao ponto de não conseguir se expressar direito.
— Eu… Eu não sei nem o que dizer, Hwanie! Ela é tão linda! – respondeu enquanto aproximava o rosto dos pelos albinos, depositando alguns beijos. — Eu amei a surpresa!
— Me perdoa por eu ter dito para você aquele dia que eu não queria um filho, eu só me sinto um pouco pressionado a dar um passo tão importante no nosso casamento nesse momento. – disse sincero e olhou nos olhos dele. — Eu quero ser pai, mas só espera um pouco, ok? Enquanto isso temos a nossa pequena para cuidar e darmos muito amor. – disse sorrindo e acariciando as costas dela.
— Eu entendi, querido, me desculpe por não ter pensado no seu lado também. – falou em um tom carinhoso e sorriu para ele. — Quando você estiver preparado teremos nosso bebê, mas por enquanto vamos cuidar dessa pequena aqui. Qual é o nome dela?
— Eu não dei nome nenhum, porque eu queria escolher com você. Você tem alguma ideia?
Pensaram por um tempo e entraram em um consenso que seria Mozzi – que foi uma ideia dada pelo mais novo. Deram risada por acharem o nome um tanto infantil, mas que combinava tanto com o animal
Terminaram a noite deitados na cama, abraçados, assistindo algum filme aleatório que encontraram, ou tentaram, já que Mozzi estava entre os dois e queria a atenção de seus pais.
A vida deles não poderia estar mais feliz.
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