História Mr. Perfect - Bolas roxas.

Eu não pude deixar de esboçar um sorriso depois de ouvi-lo dizer aquilo, finalmente eu estava a um passo à frente das outras, finalmente eu seria a única. Tentei permanecer o mais contida possível, o jogo havia acabado de virar a meu favor, mas ainda não estava ganho.

- Para onde estamos indo? Perguntei notando que estava cada vez mais distante da direção da minha casa.

- Para o meu apartamento.

- Não me lembro de ter concordado com isso senhor Bryan.

Ele  apertou o volante com tanta força que seus dedos estavam brancos, entrou numa rua paralela e freou o carro.  Depois de soltar um longo suspiro ele voltou seu olhar para mim.

- Então o que você quer fazer Kaya?

- Quero ir para casa, ainda tenho que trabalhar  amanhã de manhã, e o senhor também.

- Certo.

Ele fez o retorno e começamos a  fazer o caminho de volta. O silêncio havia se instalado no interior daquele carro, era óbvio que ele estava se sentindo contrariado, mas não dei bola para isso.  já que a viagem de volta iria demorar alguns minutos comecei a ver sua seleção de músicas, surpreendentemente ele gostava de rock anos 80 e algumas bandas de metal ou heavy metal, para falar a verdade não entendo muito disso mas conheço algumas bandas por causa do meu ex namorado, e o estilo dos dois se vestirem não podia ser mais diferente.

- Encontrou alguma que goste? Perguntou ele ainda emburrado.

- Sim, você tem a música que uso para fazer faxina.

- Pode ser que eu me arrependa de perguntar isso, mas a qual música você se refere?

- Eye the tiger, do survivor.

- Santo Deus, você não pode estar falando sério.

Ele começou a rir instantaneamente, seus olhos até se encheram de lágrimas, eu fiz cara de ofendida mas na verdade estava feliz de ver ele sorrindo. Ele tinha um sorriso lindo e brilhante, poderia muito bem ser modelo de comercial de creme dental.

Não demorou muito para a pequena árvore de ipê roxo que ficava na calçada da minha casa entrar em meu campo de visão, ele estacionou o carro, desligou o motor e sorriu pra mim.

- Tenha uma boa noite Kaya.

Soltei meu cinto rapidamente e montei em cima dele, por causa da minha posição, minha saia subiu e revelou quase que totalmente a minha calcinha, me aproximei de seu ouvido e sussurrei “ quero que me beije”.

Ele imediatamente agarrou meus cabelos e colou seus lábios aos meus, sua língua faminta buscava pela minha, sentindo meu gosto em longas e deliciosas lambidas. Ele sem dúvida era muito habilidoso, sempre usava a quantidade ideal de agressividade para me deixar morrendo de tesão. Meus quadris ganharam vida e começaram a fazer movimentos circulares, ele jogou a cabeça para trás e gemeu, como se implorasse para que o fizesse se sentir ainda melhor,  agarrei seus cabelos e o trouxe novamente para minha boca.  Separamos nossos lábios e  eu olhei para seu lindo rosto, ele ainda estava arfando e com os olhos fechados, seu pênis pulsava loucamente debaixo de mim, me chamando.

- Obrigada por me trazer, te vejo amanhã.  disse com a voz trêmula.

Ele abriu seus olhos e lá estava ele, aquele olhar pronto-para-foder que eu conhecia tão bem, meu clitoris estava implorando por atenção a muito tempo,  eu estava louca para gozar , mas eu não diria isso a ele.

- Me deixe fazer você gozar, eu penso nisso a dias. Disse ele enquanto mordia o lóbulo da minha orelha.

Ok, agora você também sabe ler mentes? Mãe Diná que se cuide.

- Não podemos…

Ele me calou com um beijo e levou suas mãos para meus seios, soltei um gemido quando ele beliscou de leve os mamilos. Mesmo através das roupas eu podia sentir a intensidade de seu toque, e como aquilo era bom, meu corpo estava todo excitado, eu estava toda molhada e louca para ser penetrada por ele.

- Senti tanto sua falta... você também sentiu certo? Você está toda molhadinha pra mim.

Ele enfiou um dedo cuidadosamente em mim, entrando e saindo suavemente num ritmo torturante, minhas costas se curvaram e minhas pernas o apertaram com vontade.

- Ah! Mnh!  Agora eram dois dedos que entravam e saiam da minha bucetinha sedenta.

- Não se  segure, me use para gozar.

Eu estava ofegante, girando os quadris sem nenhuma vergonha ao ritmo dos dedos que estavam dentro de mim, eu levei uma de minhas mãos ao meu clitoris e comecei a fazer movimentos circulares, eu estava louca para gozar olhando pra ele enquanto ele me fodia com os dedos.

Sua respiração estava descompassada, pesada, seus olhos estavam cheios de tesão, gotas de suor se formavam em seu rosto, seus dentes estavam cerrados e seu pau pulsava violentamente em baixo de mim. A visão daquele homem querendo me dar prazer antes do seu próprio era intoxicante, um orgasmo avassalador tomou conta de mim  e eu explodi em seus dedos.

Ele levou os dedos até os lábios e os lambeu como se aquilo fosse algo delicioso.

- Amo o seu sabor. Disse ele com aquela voz rouca cheia de tesão.

- Quero você dentro de mim. Respondi enquanto levava minhas mãos ao seu cinto.

Ele agarrou meus pulsos, detendo meus movimentos.

- Estamos no meio da rua Kaya, não é hora nem lugar de começar uma coisa que só vamos poder terminar daqui a várias horas. Já abusamos demais da sorte, estou enlouquecendo com o que aconteceu agora, e o fato de estar com o pior caso de bolas roxas do século é sua culpa.  Se quiser me excitar tanto assim na próxima vez,  melhor aceitar ir até o meu apartamento.

- Vou pensar no seu caso senhor Ross. Respondi enquanto descansava a cabeça em seu ombro em sinal de rendição.

Abri a porta do carro e saltei para fora, arrumei minha saia e lhe dei um ultimo beijo.  Vamos pernas, não me deixem na mão agora. Caminhei com as pernas meio trêmulas até a porta de casa e me virei, ele acenou, ligou o carro e desapareceu rua abaixo.