História Mr. Perfect - Estranha

A quarta-feira começou com o pau de Bryan pressionando minhas costas, que tinha se tornado numero um na minha lista de jeito favorito de acordar.

— Ora, ora, você ja está animadinho pela manhã. Eu disse com a voz rouca, esfregando os olhos para espantar o sono enquanto seu braço envolvia minha cintura e me puxava para mais perto de seu peito quente e forte.

— E você está linda e gostosa como sempre.  Ele murmurou, mordendo meu ombro. - Adoro acordar e ver você peladinha ao meu lado.

— Não estou pelada seu pervertido, estou de pijama.

— Esse pequeno pedaço de pano não pode nem ser considerado roupa.

— Oh, é mesmo? E eu achando que este pijama era comportado até demais.

— Você me provoca assim porque sabe que não posso te foder.

— Quem disse que não pode? Rebati esfregando minha bunda no seu pau duro

— Ah minha pequena, não me provoque assim…. Disse ele arfando e afundando o rosto no meu pescoço. - Eu quero ser gentil, mas você está dificultando as coisas.

— Só a cabecinha. Implorei enquanto me esfregava mais e mais rápido contra sua ereção.

— ... Nunca é só a cabecinha, minha pequena, você sabe que eu meto forte e bem lá no fundo. Quanto mais você gemer, mais forte eu meto, sinto que eu poderia partir você em duas.

— Isso é uma promessa?

— É um aviso. Disse ele rosnando e mordendo a minha orelha.

~~ trim...trim~~

— Quem ligaria a uma hora dessas, puta empata foda!  Gritei frustrada.

— Não posso ignorar pode ser do trabalho. Disse ele se esticando e pegando o celular no criado mudo.

— Hum… entendo, provavelmente é falha no servidor, alguém já entrou em contato com a assistência técnica?.... Certo, vou me arrumar, chego ai em 20 minutos.

— Não, você não pode me deixar assim! Protestei

— Assim como? Perguntou ele levantando uma sobrancelha e se divertindo com minha reação .

— De pau duro… respondi fazendo biquinho

— Da última vez que olhei não tinha nada ai. Não me diga que cresceu algo durante a noite? Já devo lhe advertir que não brinco de espadas meu anjo. Disse ele se divertindo.

— Pode ter crescido por você estar sendo tão egoista a ponto de me negar prazer!

— Oh é mesmo? Deixe-me conferir.

Ele desceu pela minha barriga enquanto mantinha contato visual, sua respiração quente arrepiava toda a minha pele, atiçando ainda mais o desejo entre minhas pernas. Ele percorreu a lateral do meu corpo com os dedos indicadores e então começou a descer aquele shortinho minúsculo junto com a calcinha, abriu minhas pernas devagar e deu uma pequena lambida do meu clítoris.

— Isso… assim…. continua garotão.

Eu gemi e levantei meus quadris, para oferecer-lhe livre acesso ao meu sexo exposto e molhado.

— Parece que tudo continua no lugar certo aqui embaixo. Respondeu ele enquanto deslizava um dedo dentro de mim.

— … Me faça gozar, por favor…

— Desculpe minha pequena, mas preciso me arrumar agora para chegar a tempo na empresa, o sistema operacional deu erro e fodeu o banco de dados, eles precisam de mim la  o mais rápido possível…

— … Por favor…

— Deus, você é mesmo uma safada.

E então ele deslizou o segundo dedo dentro de mim e os curvou levemente, encontrando meu lugar mas sensível. Eu me arqueei erguendo ainda mais os quadris enquanto ele investia contra meu sexo faminto, lambia e chupava meu clítoris num ritmo incrível e então ele usou os dentes.

— Ah! como isso é bom!

— Goze pra mim, minha pequena.

Estremeci e fiquei toda tensa,  cheguei ao clímax com um grito abafado, toda arrepiada enquanto o orgasmo se espalhava por meu ventre, ele manteve o movimento com os dedos para prolongar meu prazer, e então os deslizou para fora.

— Vou deixar seu café pronto, volte a dormir.

Ele tomou uma ducha rápida e se vestiu mas rápido ainda, me deu um beijo e foi para a cozinha. Fiquei na cama sentindo o vestigio do orgasmo que acabara de ter, não estava com sono para voltar a dormir, então me levantei e fui tomar um banho.

Enquanto cantarolava More than Words, do extreme, e passava shampoo nos cabelos, ouvi um barulho vindo da sala. Hum, parece que ele esqueceu algo. Pensei comigo. De repente ouvi uma voz doce e passos em direção ao chuveiro. A porta se abriu e uma jovem de aproximadamente 1,80, com cabelos  pretíssimos, grossos e lisos, cortados num chanel elegante, e que usava uma camiseta preta que caia graciosamente em seus ombros, me viu e fechou o cenho .

— Quem é você? Perguntou ela.

— Eu… espera ai, quem É você? Como entrou aqui !?

— Eu tenho as chaves, gênio. Disse ela levantando um molho de chaves e balançando perto do rosto. - E sei que você não tem.

De repente toda a minha segurança foi embora, quem era ela e porque ela tinha a chave do apartamento dele? Porra, e eu ainda estava pelada! Peguei a toalha que eu tinha deixado em cima da pia e me enrolei rapidamente. Ela virou as costas e foi em direção ao quarto.

— Onde o Bryan está? Perguntou ela se sentando na beirada da cama e cruzando suas longas pernas.

— Provavelmente no trabalho. Preciso me trocar, você pode me dar licença?

— Não, a intrusa aqui é você.

— Quem é você? Perguntei irritada.

— A garota dos olhos dele. Respondeu ela com um sorriso provocador.

— Impossível… Não pode ser.

— Ah sim querida, é totalmente possível. Sei tudo sobre ele, se não acredita pode perguntar.

— Não vou fazer isso.

— Ele nasceu dia 03 de junho de 1983, signo de gêmeos, possui tatuagens no braço direito e uma no quadril, cozinha maravilhosamente bem, aprendeu com a avó,  tem uma pequena cicatriz no queixo, que ganhou num jogo de futebol na faculdade. Você sabia que ele é formado em ciência da computação? Mas ele não quis trabalhar na área porque o salário não era tão bom, ele calça numero 42 e ...

— Basta! Eu entendi...

— … Onde conseguiu esses machucados? Perguntou ela depois de me olhar atentamente - Não me diga que foi durante o sexo? Completou ela com os olhos arregalados.

— Não lhe interessa, estou de saída.

Peguei qualquer coisa que fosse fácil de vestir e enrolei meus cabelos molhados num coque mal feito, peguei minha bolsa e meu celular e fui mancando até a porta.

— Ei espera!

— Pra que? Pra ouvir o quanto mas você sabe sobre ele que eu não sei? Sobre o quanto você é especial? Não pretendo ser sua platéia.

— Ótimo! Vá embora sua piranha! Ela me mostrou o dedo do meio.

— Que maduro de sua parte. Diga a ele que mando alguém vir buscar minha mala mais tarde . Disse antes de abrir a porta e deixar aquela atrevida falando sozinha.

O porteiro ficou com pena de mim e me chamou um táxi assim que me viu saindo feito um saci do elevador, pouco mas de 15 minutos e eu estava na segurança da minha casa, de onde por sinal não deveria ter saído.

Me joguei no sofá e liguei pra lucy, para desabafar mas uma vez.

— SUA FILHA DA PUTA!!! COMO PODE ACONTECER TUDO ISSO E EU NÃO FICAR SABENDO!? SUA VACA, EU NÃO TINHA TE DITO PARA ME MANTER ATUALIZADA?

— … Desculpe.

— Mas… Você está bem mesmo neh? Não foi sério o lance das escadas? Perguntou ela aflita.

— Não foi sério, sai apenas com algumas manchas roxas e uma torção leve no tornozelo.

— Graças a Deus. Sussurrou ela aliviada. - Mas e ai o sr. pau de mel está cuidando direitinho de você?

— Estava, até o orgasmo de hoje pela manhã.

— Puta merda, o que foi que ele fez dessa vez?

— Ele nada, mais apareceu uma mulher que sabia até a cor da cueca dele..

— Isso não é novidade, considerando o passado dele achei que você sabia que mulheres assim iriam aparecer ao longo do caminho.

— Eu sei, mais não imaginei que seria assim. Ela tinha a chave do apartamento dele Lu… e depois do nosso momento íntimo onde ele compartilhou um pouco do seu passado comigo eu estava me sentindo meio especial sabe? Achei que era diferente das outras, que com elas era apenas sexo mesmo, mas acho que me enganei… esperei demais dele.

— Porra, vai se benzer gata, porque a urucubaca esta forte pro seu lado...logo agora que eu estava botando fé nesse cara... que merda! Quer que eu vá ai cuidar de você?

— Não precisa, mais alguns dias e eu já retiro a tala e fico nova em folha.

— Tem certeza? Posso chegar ai em algumas horas.

— Está tudo bem, sério. Eu só queria conversar mesmo.

— Entendo….Ei amiga, preciso desligar, mas eu te ligo mas tarde. Você pretende ficar em casa?

— Sim.

— Ok, até depois.

— Até.

Tomei um novo banho para retirar o resto do shampoo que estava endurecendo no meu cabelo, e me lembrei que minha escova de dentes e meu condicionador haviam ficado lá. Me enrolei na toalha e fui olhar no meu guarda roupas para ver se eu tinha algum vidro de reserva, e foi então que vi uma mensagem piscando na tela do meu celular.

“ Saudade do seu cheiro, minha pequena. O que vai querer para o jantar”

Revirei os olhos e simplesmente desliguei o celular.  Sabia muito bem que estava sendo infantil e que talvez ela tivesse aparecido apenas para devolver as chaves e decidiu curtir uma com minha cara, mas o fato dela o conhecer tão intimamente me deixava irritada demais para agir feito uma adulta.

Continua….