História Mr. Perfect - Capitulo 24

 

-  Você está pronta? – Bryan perguntou no domingo de tarde, entrando no quarto e beijando rapidamente meu rosto. A maior parte da manhã foi assim: um beijo escondido no corredor vazio, uma agarração apressada na cozinha. Eu nunca pensei que ele fosse do tipo tímido, mas era assim que ele agia na frente de seus pais.

- Quase. Estou arrumando algumas coisas que sua mãe quer que eu leve.

- Como o que? Senti seus braços envolverem minha cintura com força e me recostei nele.

- Livros de receita. Respondi levantando os ombros. - Ela quer mesmo que eu aprenda a cozinhar. sorri.

Bryan empurrou meu rabo de cavalo para o lado enquanto seus lábios subiam por meu pescoço, parando um pouco abaixo da orelha. Ouvi o tilintar das chaves em sua mão e senti o metal frio contra minha barriga, onde minha camiseta havia subido um pouco.

Fechei a mochila e comecei a carregá-la para fora da cama, mas Bryan esticou o braço ao redor do meu corpo e agarrou a alça.

- Eu cuido disso.

Senti seu calor e o perfume de seu xampu. Quando ele se endireitou, ele não se afastou, não se moveu para colocar distância entre nós. Fechei meus olhos e comecei a sentir uma tontura com a maneira como sua proximidade sugava todo o ar ao redor. Ele baixou o queixo e pressionou os lábios na minha boca, apenas um toque macio e demorado. Eu me inclinei para frente, perseguindo aquele beijo. Ele sorriu.

- Vou por isso no carro e então podemos ir embora, certo?

- Certo.

Ele então passou o polegar em meu lábio inferior e ficou me olhando nos olhos.

- Logo estaremos em casa – ele sussurrou.

- Eu vou tirar a tala amanhã, já posso voltar para minha cas-

- Shh. Depois conversamos sobre isso. Disse ele colocando um dedo no meu lábio.

Ele sorriu vitorioso, levantou a mochila e saiu do quarto. Quando desci as escadas, encontrei Helena, David e Jane na sala.

- Já estão indo embora querida? Perguntou Helena ao se aproximar e me dar um abraço carinhoso.

- Sim, precisamos descansar para o dia de amanhã.

- Entendo. Mas volte mais vezes, adoramos ter você aqui.

- Eu volto sim. Sorri.

Assim que nos soltamos de nosso abraço, David se aproximou e me deu um abraço rápido.

- Foi um prazer tê-la conosco neste final de semana Kaya, e novamente, foi um prazer lhe conhecer. Disse ele sorrindo.

- Igualmente. Sorri de volta.

- Vamos? Disse Bryan entrando pela porta e passando o braço pela minha cintura.

- Se despeça dos seus pais primeiro. Disse dando um tapinha na sua mão e franzindo a sobrancelha.

Helena abriu um sorriso enorme e se aproximou para abraçá-lo, depois foi a vez de David, com aquele típico abraço de homem de dois tapinhas nas costas. Jane se aproximou de Bryan e lhe deu um longo abraço, depois voltou sua atenção para mim.

- Aquele nosso passeio vai sair? Pergunta ela ao me abraçar.

- Sim. Vou aproveitar para convidar uma amiga e podemos fazer uma noite das mulheres. Respondi enquanto retribuía o abraço.

- Você é baixinha. Ela provoca ao me soltar.

- Você que é alta demais. respondo sorrindo.

- Certo, até a próxima.

- Até.

Munida de duas garrafas de água para a viagem, acenei pela janela do carro para minhas novas pessoas favoritas no mundo, e assim que Bryan partiu com o carro, eu resolvi checar meu celular, o qual eu estava negligenciando totalmente desde que saí de casa.

Você tem 4 novas mensagens na sua caixa postal.

Primeira mensagem : - Ei gatinha, como você está? Estava pensando em sair para beber qualquer dia desses. Se estiver afim me avise.

Segunda mensagem: - Ei amiga, tenho novidades! Vou estar na cidade neste final de semana, ou seja, vou ficar na sua casa. Sei que você deve estar dando feito chuchu na cerca e por isso não ATENDE a porra do celular, mas vê se me liga. Beijos.”

Terceira mensagem: -  Nada ainda? Meu Deus, o pinto desse cara vai acabar caindo, dêem um tempo!”

Quarta mensagem: -  Primeiro eu vou chutar o seu traseiro, depois vou chutar o traseiro dele, depois vou chutar o traseiro de vocês dois ao mesmo tempo! Aaaaah, que saco!

Eu não aguentei e comecei a rir das mensagens da Lucy. Bryan me olhou com o canto do olho e perguntou qual era o motivo de tanta alegria.

- Minha amiga Lucy está vindo me visitar neste final de semana, e disse que daria um chute no seu traseiro por me fazer esquecer de ligar para ela.

- Se ela for do seu tamanho, ela vai precisar de uma escada. Provoca.

- Vejam só quem está engraçadinho hoje. Quero ver você zombar da minha altura quando eu fizer greve de sexo.

- Como se você fosse capaz de resistir. Disse ele com um sorriso malicioso.

- Isso é um desafio? pergunto ao arquear uma sobrancelha.

- Não meu anjo, isto é um fato.

- Veremos.

Seguimos a viagem trocando brincadeiras e pequenas provocações, até que finalmente chegamos no apartamento.

- Você pode ir tomar banho primeiro, eu vou preparar um lanche pra gente. Eu disse ao caminhar até a cozinha e abrir a geladeira.

- Não quer deixar o lanche para depois? Estou louco para comer você no chuveiro.

- Desculpe, mas eu preciso comer.

- E eu preciso comer você. Agora.

- Nada disso, vá já para o banho.

- Vai mesmo me recusar? Pergunta ele se fazendo de ofendido.

- Já recusei. Respondi lhe mostrando o presunto e o queijo que tinha acabado de pegar.

- ok...

Ele começou a tirar a roupa devagar enquanto eu abocanhava o tomate que tinha acabado de pegar na geladeira, o filho da mãe era incrivelmente sexy e sabia disso. Ele tirou cada peça de roupa deliciosamente devagar, enquanto me lançava aquele olhar mortal e cheio de luxúria, me fazendo quase estraçalhar aquele tomate de frustração, mas eu não iria perder aquele desafio.

- Não se esqueça de lavar as orelhas. Disse me virando de costas assim que a sua cueca box atingiu o chão.

Ele pegou a roupa que estava no chão e foi sorrindo para o banheiro.
 

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Quatro copos de suco de laranja e dois lanches depois, eu estava satisfeita. Passamos o restante da tarde assistindo filmes e conversando. Bryan me provocou o tempo todo, me fazendo questionar o porquê não esquecer aquele desafio idiota e me render ao prazer, o que eventualmente acabou acontecendo quando fomos para a cama. Eu poderia ter resistido? Sim.  Mas pra que?  Como Lucy costumava dizer, se a vida lhe der limões, adicione açúcar e cachaça e faça uma caipirinha, o que traduzindo para essa situação seria: Se a vida lhe der uma rola, relaxa e goza.

- Preciso arrumar minhas coisas. Disse enquanto tentava arrumar meu cabelo pós foda.

- Não, você não precisa.

- Preciso sim, tenho que ir pra minha casa, fazer uma faxina e deixar tudo pronto para o fim de semana.

- E o que exatamente vocês vão fazer no final de semana? Diz ele ao se apoiar em um cotovelo e direcionar seu olhar para mim.

- Noite das garotas.

- Não gostei nada disso. Diz ele franzindo o cenho.

- Lucy é casada, e eu também vou chamar sua irmã, não precisa ficar preocupado porque não faremos nada indecente.

- Esse não é o problema.

- Não? Então porque a cara feia?

- Porque não vou te ver no final de semana.

- Não vai ser o final de semana todo, é só um dia meu anjo. Você pode sair com algum amigo seu também.

- Aceito liberar você por um dia, mas  com uma condição.

- E qual seria?

- Você vai ter que ficar aqui a semana toda.

- Até sexta. Especifiquei.

- Certo. Agora venha aqui que eu ainda não me saciei de você.

Inclinando minha cabeça no ângulo que ele queria, Bryan me beijou com um sentimento poderoso de possessividade, me saboreando com movimentos lentos e profundos com a língua. Sua paixão e seu desejo levavam os meus sentidos à loucura. Eu gemi e me agarrei com força aos seus cabelos. O grunhido que ele soltou em reação reverberou pelo meu corpo, endurecendo meus mamilos e fazendo a minha pele inteira se arrepiar.

- Você é tão gostosa ...

Ele me puxou com um dos braços posicionado nas minhas costas, e me ajeitou melhor na cama antes de se colocar sobre mim. Sua boca desceu para o meu seio, seus lábios quentes e macios me chuparam com vontade enquanto sua mão apertava meu outro mamilo possessivamente.

Envolvi suas panturrilhas com as pernas e estendi a mão para apertar sua bunda firme e musculosa. Eu o puxei para mim, arqueando os quadris para sentir seu pau contra o meu sexo.

Ele me surpreendeu com um hábil movimento de quadril e me penetrou. Prendi a respiração ao sentir o prazer se espalhando pelo meu corpo, meus mamilos enrijecidos encontraram seu peito nu, e o roçar de leve de seus cabelos na minha pele me deixaram morrendo de tesão.

Eu o arranhei com minhas unhas dos ombros até os quadris, ele arqueou o corpo diante daquela carícia mais brusca e soltou um grunhido, jogando a cabeça para trás.

- De novo.   Ele ordenou asperamente, com o rosto vermelho e a boca entreaberta.

Eu repeti e ele se enfiou mais fundo dentro de mim. E então ele me imobilizou e me penetrou... de novo e de novo... atacando o meu sexo com estocadas poderosas. O atrito do seu pau grosso se esfregando e entrando e saindo sem parar por vários minutos, foi demais pra mim. Eu me contorci violentamente e gozei mais uma vez, cravando as unhas nas laterais de seu corpo.

- Caralho… estou quase.

Estremecendo, Bryan acelerou os movimentos pressionando seus dedos firmemente em meu quadril, enquanto empurrava uma vez, duas vezes, gemendo alto em meu pescoço quando finalmente sucumbiu ao orgasmo, derramando seu gozo dentro de mim.

Sensações se infiltraram em volta de meu corpo e em todos meus membros. Eu me sentia pesada e mole, de repente, tão exausta que mal conseguia manter os olhos abertos. Bryan desabou em cima de mim, seu hálito quente no meu pescoço, sua pele úmida de suor. Ele se apoiou pelos cotovelos e olhou para mim, com sua expressão sonolenta e doce, e então me beijou carinhosamente antes de cair para o lado e dormir.

 

(...)

 

- Kaya.

Senti o cheiro de café antes mesmo de abrir os olhos.

- Bryan… Sussurrei com a voz sonolenta. - Se ainda não forem sete horas, você vai se ver comigo.

O som da risada dele fez o canto da minha boca se curvar num sorriso.

- Está cedo, mas precisamos passar no médico.

- Ah, é?  Eu abri primeiro um olho, depois o outro, e então pude admirá-lo por inteiro, já vestido com seu terno completo. Ele estava tão gostoso que me deu vontade de arrancar peça por peça.

Com os dentes.

- Eu mesma posso tirar,  não preciso ir ao médico.

- Nada disso, quero ter certeza de que está tudo bem.

Eu me sentei e me apoiei à cabeceira, sem fazer qualquer esforço para cobrir meus seios, pois sabia que isso iria provocá-lo. Bryan  me entregou a caneca de café que estava em suas mãos e depois acariciou meu mamilo com o polegar.

- Você é tão linda. Ele murmurou. - Cada pedacinho de você.

- Está tentando me seduzir?

- Você é que está. E a sua estratégia está dando certo.

Será que ele admirava o meu corpo da mesma maneira que eu admirava o dele? Só de pensar nisso, abri um sorriso.

- Tome um banho e se apronte, mais tarde eu castigo você. Disse ele ao me dar um beijo rápido e voltar para a cozinha.

Escolhi uma saia lápis preta e uma blusinha cinza de seda sem mangas que combinava com meus olhos e uma sapatilha preta, já que não dava para colocar salto por causa da tala. Como não tinha o menor talento para me pentear, prendi meus longos cabelos em um rabo de cavalo simples e me maquiei, e quando senti que estava apresentável, saí do quarto.

Quando passei pela sala, vi que Bryan estava sentado no balcão tomando seu café e lendo o jornal.

O contorno de suas feições, as sobrancelhas arqueadas, os olhos castanhos com cílios grossos e aquela boca... perfeitamente talhada para ser igualmente sensual e perversa.

Que maluquice é essa? Abri um sorriso ao me lembrar do quanto me irritava ouvir minhas amigas descrevendo poeticamente a beleza de seus namorados, e aqui estou eu, sempre de queixo caído diante do visual irresistível desse homem complicado  e sexy por quem eu sou perdidamente apaixonada.

- Vai ficar parada ai ou vai se servir? Disse ele ao apontar para as panquecas no balcão.

- Estava admirando meu namorado, não posso?

- Pode, mas agora não temos tempo.

- Estraga prazeres.

Ele sorriu e então voltou sua atenção para o jornal. Eu tomei meu café da manhã e fomos para o hospital.

Quando cheguei lá o ortopedista examinou meu tornozelo para confirmar se não havia mais lesão e então me liberou, mas disse que teria que usar sapatos confortáveis por mais alguns dias.

Segundo o médico, eu poderia voltar a trabalhar normalmente, e já que meu atestado acabou na sexta, fomos direto para o escritório.

- Kaya!

Samy veio correndo na minha direção e me deu um abraço assim que passei pela porta do escritório, não demorou muito para Bryan passar o braço pela minha cintura e me puxar para perto dele. O pessoal do escritório começou a rir com a competição de testosterona o ar, mas logo o silêncio se fez, ao notarem o olhar irritado no rosto de Bryan.

- já chega meninos, vamos trabalhar. Disse me afastando dos dois e me direcionando o meu computador.

O expediente começou e eu estava a todo vapor, foi bom descansar por uma semana, mas eu sentia falta de trabalhar, de fazer parte daquele lugar. E o que não faltava naquele escritório era trabalho.

Assim que deu meu horário de almoço, eu convidei Samy para conhecer o novo restaurante mexicano que abriu a dois quarteirões da M&B. Me despedi de Bryan com um aceno e o ouvi praguejar por ainda ter trabalho a fazer e não poder nos acompanhar.

Escolhemos uma mesa perto da janela e pedimos alguns tacos e duas cervejas.

- E então, como foram as suas férias? Perguntou Samy ao abocanhar o seu taco.

- Foram ótimas.  Sorri. - Ah e por falar nisso, eu meio que te arrumei um encontro.

- Como é? Disse ele surpreso.

- Eu acabei prometendo para minha cunhada que a  apresentaria para alguém legal, e o único homem confiável que conheço é você.

- Você me odeia? fala a verdade.

- Não fala assim, Jane é uma mulher interessante. Garanto que vai ser no mínimo divertido.

- Qual a idade dela?

- Se me lembro bem, ela tem 20.

- Ela por um acaso tem barba e é marombada igual ao irmão?

Eu preciso dizer que minha mente fértil fabricou essa imagem? Eu praticamente cuspi a cerveja que estava na minha boca quando comecei a rir.

- Não se preocupe, ela é linda.

- Sei…

-Não estou dizendo que você precisa ficar com ela nem nada do tipo, eu só queria que vocês se conhecessem e se divertissem.

- …

- Por favor? Disse apelando com os olhinhos do gato de botas.

- Quando? Disse ele derrotado.

- Neste final de semana, se estiver tudo bem para você.

- Tudo bem. Mas me diga uma coisa, que truque sujo você usou para que seu namorado possessivo te liberasse no fim de semana?

- Segredo. Disse ao lançar um olhar malicioso.

- Vocês mulheres tem o poder para dominar o mundo, sério. Disse Samy sorrindo.

- Nós sabemos. Pisquei.

Eu combinei de mandar mensagem para o Samy no sábado de manhã, com o horário e o local de encontro, e claro, pedi que ele guardasse segredo do nosso pequeno  passeio.

O restante do período passou rapidamente, e antes de ir para casa, Bryan e eu demos uma rapidinha no escritório, como nos velhos tempos.