História Mr. Perfect - Happy Birthday, Samy.

O senhor Bryan  se tornou uma especie de entorpecente, eu estava cada vez mais viciada no seu toque, na sua voz, nas suas provocações, nunca recusava seus convites e investidas indecentes, a possibilidade de recusa-lo ja não passava pela minha cabeça e isso me deixava inquieta.

- Por que será que não consigo tirar esse homem da minha cabeça?

- Falando sozinha?

- Ah, oi Samy, estava só pensando alto.

- Entendo...ei  Kaya, hoje é meu aniversário, e ja que amanhã vai ser sábado, vamos sair para beber. Não aceito desculpa dessa vez, você tem que vir.

- Se você insiste, eu vou.

- Vou ignorar essa cara de bunda e fingir que você ficou animada.

- haha certo, certo.

Fomos a um um barzinho perto da estação assim que terminou o expediente, chamado Pirilampus, la havia mesa de bilhar, show ao vivo de bandas de rock locais e covers, porções, e o mais importante: Cerveja!

Era um lugar legal, fazia tempo que eu ouvia meus amigos comentarem sobre como a musica era boa e o banheiro era bom para transar. Não que fosse meu feitio sair transando em qualquer lugar, mas por uma força misteriosa adorar pregar peças na minha vida, eu sempre era convidada a esses lugares.

- Feliz aniversario Samy, hoje a conta é toda sua!  Todos gritamos em uníssono.

- hahaha que isso pessoal, eu ja vendi meu rim na vez passada para poder pagar, hoje a conta é de vocês!

Não sei quantas cervejas eu tomei, mas estava tudo rodando, eu ja havia contado todos os meus podres da época de escola e ja havia cantado algo parecido com Last Kiss o mais enrolado que ja fiz na vida. O grande mal de beber cerveja nem é o porre em si, mas a vontade absurda de ir ao banheiro depois.

- Gente, eu vou ali… ali no banheiro e já volto.

- Ok, não demore porque vamos fazer o Samy subir no palco pra cantar, você não pode perder isso!

- haha certo, eu jah volto.

Fui caminhando trançando as pernas e esbarrando nas mesas até que achei o banheiro, olhei meu reflexo no espelho e comecei a rir.

- Kaya, kaya… você esta de porre.

Abri a torneira e joguei uma água no rosto para ver se eu recuperava um pouco dos sentidos, foi nesse momento que meus ouvidos se desligaram da musica que vinha de fora e focaram nos gemidos abafados que vinham da parte de traz da ultima repartição do banheiro.

- Cara, eles realmente transam aqui…que inveja.

Ouvir o casal transando no banheiro me fez lembrar do meu sr. perfeito, sim o apelidei dessa maneira, se ele estivesse comigo naquele banheiro provavelmente seria eu a tentar esconder os gemidos. E a lembrança dele me fez pegar o celular e discar seu numero.

- Meia noite… será que ele esta acordado?

Talvez a bebida estivesse me deixando mais ousada, ja que eu nunca havia ligado pra ele antes, mas eu realmente queria trepar com ele naquele banheiro.

Assim que o celular começou a chamar, um som estridente começou a vir de traz daquela repartição. Meu coração gelou, todo o álcool presente na minha corrente sanguínea evaporou me deixando sóbria imediatamente.

- Não pode ser…

Enquanto aquele telefone tocava incansavelmente sem o menor sinal de ser atendido pelo dono, fui me aproximando da repartição devagar, e ao final dela encontro o que desejava desesperadamente não ser verdade.

Bryan estava entrelaçado com uma mulher loira, linda, ela estava com a cara de satisfeita que era a que eu provavelmente também fazia quado estava em seus braços.

Eu sabia que não era a única, sabia que era apenas mais um corpo, mais um sexo na vida daquele homem, nosso mundo era apenas dentro daquele escritório, então porque? Porque ver aquilo me machucava tanto?

- Ei docinho, acho que estamos sendo observados.

A mulher loira disse sorrindo entre tomadas de folego enquanto se agarrava nos cabelos dele, com um leve movimento de pescoço ele se virou para ver de quem ela estava falando.

- Kaya?

- Sua companheira? Perguntou a loira.

- Não, apenas trabalhamos juntos.

- Pretende ficar ai olhando ou quer participar? O sonho de todo homem é foder duas mulheres, e garanto que este consegue fazer isso perfeitamente bem.  Ela me lançou um sorriso lascivo enquanto lambia os lábios.

- Ah,  me desculpe… eu não queria atrapalhar.

Me virei de costas, guardei o celular e sai apressada para fora do banheiro, passei pela mesa dos meu colegas e sai correndo o máximo que pude.

- Ei Kaya, me espera!

Parei um quarteirão depois do bar, depois de perceber que Samy estava me seguindo.

- Me deixa em paz, volte para sua festa…

- Dane-se a festa, me conta que merda foi essa? Saiu correndo do nada porque?

- Me deixe sozinha….

As lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto e eu não consegui mais parar de chorar, Samy se aproximou e me segurou firmemente nos seus braços enquanto afagava meus cabelos.

- … Você esta assim por causa dele?

Eu fiquei muda, não sabia o que ele estava querendo dizer com aquilo, um turbilhão de coisas começou a passar pela minha cabeça e eu me senti como se estivesse em queda livre em um penhasco.

- Não pense em mais nada... pelo menos por hoje me aceite, seja minha.

Meu corpo estava ali mas minha mente estava num completo caos, eu não me importava com mais nada, então sem dizer nenhuma palavra o beijei.