Começamos a dançar, era musica agitada, alta, legal, estava até me acostumando.
Exatamente... Estava.
Fábio chegou com uma dose de tequila e me ofereceu, peguei o pequeno copo na mão, ele virou o dele de uma vez.
- não acho uma boa ideia...- falei.
- tenta.- falou. Bebi. Era horrível. Queima onde toca...
- ECA!- falei. Seus amigos festejaram o ocorrido.- isso é horrível.- falei. Concordou.
Pegou mais pra ele e começou a beber mais. Não gosto disso, não curto beber, alguns de seus amigos estavam fumando do lado de fora, e outros estavam bêbados, tinha garota seminua na piscina, aquilo tá pesado pra mim. Fui pedir uma água. Bebi tudo.
Me ofereceu mais uma dose, pensei bem, peguei a dose e disse que tinha que ir ao banheiro, entrei e joguei na privada aquela coisa ruim, uma dose que eu tomei me deixou passando mal. Tomei um copo com açúcar e percebi... Estou quase bêbada com apenas uma dose.
Saí do banheiro e Fábio tinha tomado algo... Fiquei curiosa, mas não perguntei o que era, ele vai me achar chata.
Momentos depois, depois de umas cinco música ele ficou mais elétrico...
- o que você tomo ?- decidi perguntar. Fingiu não ouvir. Peguei seu rosto e repeti a pergunta. Me beijou, o sabor da tequila, vodca e wisk. O beijei de volta mas o afastei quando enfiou a mão dentro da minha blusa.- ei... Chega né?- perguntei. Olhei seus olhos.- tomou êxtase.- falei adivinhando. Sorriu.
- não estraga minha vibe.- pediu. Me puxou pra perto querendo me agarrar. O afastei.
- idiota.- falei irritada. Me mandou beijo sorrindo. Saiu cantando e dançando abduzido por algo que eu não via.
Alguns minutos e ele apareceu.
- quer?- perguntou.
- o que?- perguntei. Me mostrou um comprimido.- claro que não.- falei jogando o comprimido no chão e pisei em cima. Saí andando, agora tem cheiro de maconha no lugar, eu não curto essas VIBES.
Estava saindo da casa quando alguém segurou meu ombro, me virei assustada.
- oi.- um cara alto, com cabelo preto, pele bronzeada, barba bem feita, parece ter 20 anos falou comigo.
- oi.- falei querendo sair logo daqui.
- algum problema? Parece meia perturbada.- falou. Encarei o chão.
- não, eu só preciso ir embora... Não faço parte desse mundo.- falei. Sorriu, nossa... Ele é gato.
- o que aconteceu ?- perguntou.
- o cara que eu estou ficando, está Loucão, eu não suporto esse cheiro de droga, e estou meia enjoada e com medo de Fábio...- falei desesperada pra sair.
- calma, relaxa, você é a garota que está ficando com Fábio então! Medo dele por quê?- perguntou.
- sei lá ele está estranho, ousado, irresponsável, e louco.- falei.
- não é a primeira vez... Mas ninguém aqui vai te fazer mal.- falou.- não freqüenta muitas festas não é ?- perguntou. Concordei.- se acostuma, maioria são assim ou pior.- falou.
- eu vou embora...- falei.
- eu posso te levar.- falou.
- não, não te conheço, está bebendo...- apontei para sua mão com um copo de wisk.- e eu não vou entrar no carro de um estranho que nem sei se está drogado ou não.- falei.
- eu sou Diego, não usei nenhum tipo de droga, e ainda não estou bêbado.- falou. Neguei.
- obrigada Diego, mas não quero sua companhia.- falei o afastando. Saí e pedi um táxi.
Cheguei em casa e fui dormir. Era tarde, vomitei aquela tequila e tomei outro banho para tirar aquela cheiro de mim e fui dormir.
Acordei, tomei café. E fui correr com sword. Vi o tal Guilherme correndo. Me lançou um sorriso, lhe lancei outro.
Cheguei em casa e subi tirando a roupa suada. Tirei a camisa e entrei no quarto. Fábio estava lá. Me vesti novamente.
- Fábio?- perguntei. Me observou.- o que está fazendo aqui ?- perguntei séria.
- eu... Não lembro do que aconteceu ontem.- falou. Me aproximei.
- eu me lembro, você se drogou, bebeu, e queria me drogar, e me embebedar... Tentou me agarrar e me deixou sozinha a maior parte do tempo.- falei irritada.
- eu... Êxtase, eu lembro, você saiu andando e eu acordei jogado no chão te procurando como um louco.- falou.
- me achou.- falei.- decidi vir embora já que você estava louco, completamente alienado.- falei. Se sentou na minha cama e tampou o rosto da claridade. Fechei as cortinas.
- obrigada.- falou. Concordei.- desculpa Elisa, eu estava louco.- falou. Levantei e o olhei em seus olhos.
- ainda está.- falei segurando seu cabelo sem delicadeza alguma.
- não posso ir para casa ainda, meu pai é médico, vau surtar se saber que abusei das drogas alucinógenas.- falou o encarei.
- usou mais de uma ?- perguntei irritada. Concordou.
- LSD.- falou.
- as vezes eu tenho vontade de dar na sua cara.- falei. Concordou sem forças.
- eu também.- falou.- ainda vejo você com um chifre de unicórnio, e pele cor de rosa, e a parede tá viva.- falou estranhando. Sorriu.- é uma loucura.- falou.
Eu tive pena... Deixei ele deitar na minha cama e dormir.
Algumas horas depois o acordei.
- ei, drogado ou não tem que ir para casa, tem compromissos.- falei. Acordou.
- ah é...- falou. Foi embora me dando um selinho.
Fui com minha família almoçar na casa da tia Ana, Sofia cresceu e está linda. Ficamos a tarde toda lá e a noite fomos para casa. Esse foi meu final de semana, que bosta.
Fui dormir tarde.
Acordei cedo, me arrumei e fui para a escola.
Fábio chegou e veio diretamente em minha direção. Se sentou e deitou a cabeça em meu ombro.
- o que foi ?- perguntei seca.
- ressaca.- falou.- você magoada comigo, eu tentando te drogar, te embebedar, vou entender se me odiar.- falou.
- eu estou decepcionada sim...- falei, levantou a cabeça, não o encarei.- eu achava que te conhecia, mas parece que nem tanto.- falei. Enrolou a mão em meu rabo de cavalo.
- desculpa. Não vou mentir pra você... Eu não sou nenhum santo, quando estou entre amigos eu me sinto livre, e o uso daquelas coisas não acontece muito, eu juro que não sou nenhum drogado...- falou. Concordei.
- eu sei... Sei que não é nenhum santo, e nem quero que seja... Sei que não é nenhum drogado, só não esperava... Só não curti te ver daquele jeito, estava diferente...- falei.
- eu estava chapado.- falou.- como soube o que eu tinha usado?- perguntou estranhando.
- eu já fiz trabalhos sobre drogas sintéticas, sintomas, e efeitos.- falei. Acariciou meu pescoço.
- me desculpa.- pediu.- por qualquer merda que eu tenha feito, ou atitude chata... Me desculpa.- pediu. Tocou minha veia pulsante. E a beijou. O afastei.
- está louco?! Estamos na escola!- falei. Me olhou sorrindo, amoleci.
- estou louco por você e esqueci completamente dos outros.- falou. Sorri.
- bobo, não gosto de ficar me agarrando aqui...- falei.
- a gente pode ir ali se preferir.- falou malicioso. O empurrei.
- não!- o sinal tocou. Me levantei.- eu vou para a sala que ganho mais.- falei saindo do banco. Se levantou e me deu um beijinho tão rápido que nem senti direito.
- até o intervalo.- falou saindo. Fiquei ali, morgando.
Subi para a sala. No intervalo ficamos conversando com Monica.
Sai da escola e fui trabalhar, cheguei em casa no fim da tarde.
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