Erza saiu do quarto e Gray e eu fomos com ela até a escada. Como eu não poderia aparecer para ela. Despedimos-nos ali com um beijo rápido.
- Gray-sama! – Gritou Juvia ao ver o moreno descer as escadas.
Aquela voz me irritava. Fiquei observando a cena meio escondido na escada.
- Porque veio aqui Gray-sama? – Já perguntou Juvia.
- Apenas vim pegar essas camisetas que acabei esquecendo aqui. – Disse Gray apreensivo.
- Ah entendi. Juvia acredita no Gray-sama. – Sorriu. – Vamos?
- S-Sim, vamos.
Saíram os dois pela porta.
- Essa garota não espera pelo que virá. – Ouvi Erza dizer.
- Erza, o que você pensa em fazer com ela? – Perguntei apreensivo, pois sabia que quando alguém deixava Erza irritada, todos devem correr de perto.
- Nada demais Natsu. – Sorriu Erza. – Agora se arrume para irmos para casa.
Saímos do hospital e logo já estava em casa. Finalmente. Odeio o clima de hospital, sinto que vou ficar mais doente ou morrer só de ficar ali mais algumas horas.
- Natsu! Finalmente você chegou! – Gritou uma menina loira. – Não aguentei esperar e já quis vir ver como você está. – Lucy veio me abraçando.
- O que você faz aqui? Quem te deixou entrar? – Perguntei.
- Ah, a porta estava aberta e resolvi te fazer uma surpresinha. – Sorriu.
Erza ao entrar em casa e ver Lucy senti sua aura maligna dominar todo ambiente, fuzilando Lucy com o olhar. Já estou pressentindo que sangue vai jorrar. E será o sangue da Lucy. Por mais que a Lucy mereça levar uma lição, não quero que a Erza seja presa assim.
- Lucy. – Chamei a atenção dela.
- Sim?
- Melhor você ir para casa no momento.
- Hã? Como assim? Eu acabei de chegar. – Disse fazendo bico. Essa garota me dá nos nervos.
- Como pode ver eu já estou melhor. Porém não estou cem por cento, preciso descansar um pouco. - Levei a mão até a cabeça, fingindo uma tontura.
- Verdade! Que descuido o meu. Vou indo então Natsu, qualquer coisa só me chamar e venho rapidinho. – Falou se despedindo.
- Okay, vou chamar sim. – Sorri falso.
Lucy saiu passando pela Erza e por um segundo senti que Erza iria dar um soco nela ou algo assim. Ainda bem que nada aconteceu.
- Você percebeu na hora que eu não gostei dela aqui. – Erza disse fechando a porta.
- Claro, eu te conheço Erza. – Ri.
- Temos que falar para o idiota do seu pai trancar a porta quando sair, vai que entra um ladrão aqui ou um demônio igual esse que acabou de sair.
- Sim. – Falei subindo as escadas. – Vou dormir um pouco. Se acontecer algo me chame.
- Não precisa se preocupar, pode descansar.
Minha cama, único lugar do mundo que amo estar. Nem se compara com aquela cama do hospital. Lucy e Juvia não podem simplesmente seguirem as vidas delas e me deixarem em paz? Espero ansioso por esse momento, em que ficarei livre dessas duas. Minha cabeça está doendo um pouco, vou dormir para ver se melhora.
- Natsu? Está aí? – Ouvi Erza bater na porta chamando.
- Sim, já vou levantar. – Falei procurando meu celular. – Nossa, dormi muito, já são seis horas da tarde. – Levantei e quando olho para o travesseiro. - O que é isso?!
Sangue. Meu travesseiro cheio de sangue. Levei a mão até meu nariz e senti uns vestígios de sangue. Corri para o banheiro lavar. Peguei a fronha e o travesseiro e joguei junto com as roupas para lavar. O lenço pelo menos não sujou. Não quero preocupar mais ninguém, deve ser apenas alguma veia que se rompeu. Nada demais.
- Melhor eu descer antes que Erza venha até aqui novamente. – Abri a porta e segui pelo caminho até a cozinha.
- Natsu, olha só quem voltou correndo ao saber o que aconteceu. – Disse Erza apontando para a menina de cabelos prateados.
- Mira!
- Vem aqui Natsu. – Senti os braços dela me envolvendo em um abraço aconchegante. – Eu fiquei muito preocupada sabia? – Senti algumas lágrimas pingando no meu ombro.
- Calma, eu estou bem. – Falei acariciando sua cabeça.
Ela se afasta e Erza entrega um lenço para Mira secar as lágrimas.
- Você vai ficar por quanto tempo Mira?
- Nossa, mal cheguei e já quer saber quando vou embora? – Fez cara de choro.
- Não é nada disso, sua boba. – Ri, ela estava muito fofa.
Erza preparou o jantar e começamos a comer.
- Então vai ser aquilo mesmo que me disse Erza? – Perguntou Mira enquanto mastigava.
- Sim. Com você aqui será mais fácil concluir o serviço.
Elas pareciam estar falando algum tipo de código.
- Do que vocês duas estão falando? – Será que era sobre a vingança que Erza disse que faria?
- Não é nada Natsu. – Sorriu Mira. Aquele sorriso me assustava.
Terminamos de comer e cada um foi para o quarto. Fiquei realmente muito feliz por Mira ter voltado, estava com saudades dela já. Gray não mandou nenhuma mensagem até agora. O que será que aconteceu? Parece nem se preocupar comigo. Fio olhando o celular na esperança de alguma mensagem surgir, ou uma ligação. Porém, nada disso aconteceu. Meia hora encarando o celular e nada de um sinal de vida. Melhor ir dormir, espero que ele me dê uma ótima explicação desse sumiço, ainda mais que estava com a Juvia.
- Seu idiota. – Murmurei enquanto adormecia.
Abri os olhos e vi os raios solares passando pelas brechas da janela, iluminando o quarto. Rapidamente levei minha atenção para o travesseiro. Um alivio, não sangrou mais. Mas um detalhe me incomodou, a porta não estava fechada e sim encostada. Sendo que sempre fecho a porta, isso significa que alguém entrou no meu quarto durante a noite enquanto eu dormia. Melhor ir perguntar para Mira ou Erza, para confirmar qual das duas que entraram.
- Erza? Mira? – Chamei descendo as escadas. Nenhum sinal das duas na cozinha, nem na sala. – Erza? – Abri a porta do quarto da ruiva e estava vazio. – Mira? – Também estava vazio. – Que estranho... – Decidi voltar para o quarto.
Fechei a porta e ouvi alguém a trancar pelo outro lado.
- Ei, quem está aí? – Comecei a bater na porta. – Abre essa porta agora! – Gritei forçando a maçaneta para abrir.
- Beep –
Uma mensagem no celular.
Peguei o aparelho e ao abrir a mensagem estava escrito:
“C-U-I-D-A-D-O”
- Você sentiu minha falta? – Uma voz meia rouca falou vindo do guarda-roupa.
- O que você faz aqui?
Continua~~
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