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História Muito Além do Sofá - Capítulo III


Escrita por: shimiko

Notas do Autor


Olá, estou de volta. Hehe
LEIAM AS NOTAS FINAIS

Capítulo 3 - Capítulo III


CAPÍTULO III - VAI MORRER POR AMAR

                Lucy Heartfilia e Natsu Dragneel moravam em uma zona movimentada da cidade, contudo cada qual em seu extremo. Lucy no JK mais barato e seguro que encontrara, enquanto Natsu em um apartamento grande demais para se viver sozinho. Ambos acordavam com a cidade e faziam parte do bando que se levantavam às 6 horas da manhã e encaravam o teto esperando que um dia ao acordar se sentiriam plenos consigo. Enquanto Natsu tornava-se prático após seu suspiro longo matinal logo indo fazer sua higiene matinal para ir à academia, Lucy alongava-se calmamente e se atualizava sobre as notícias do dia se distraindo e atrasando-se para o trabalho.

                Cada qual tinha preocupações diferentes e não menos importantes, o Dragneel não precisava preocupar-se com os horários da empresa, contudo precisava mostrar uma constante ascensão e por fim via-se com mais trabalho que poderia conter. Já a Heartfilia ordenava sua agenda de maneira que nada saísse do lugar e conseguisse dar conta de todas as tarefas que sua chefa a dava e mostrar um pouco do seu trabalho, sem deixar os estudos de lado por um segundo.

                Naquele dia ambos lembraram um do outro ao acordar e novamente cada um sentia-se de uma maneira estranhamente parecida, mas contrária, Lucy parecia estar a beira de um colapso mental e desesperadamente aflita para manter a ordem do seu dia e Natsu parecia mais relaxado e disposto que o normal, como se as coisas final tivessem tomando um rumo certo em sua vida. E somente próximo ao almoço Lucy se rendeu e ligou para Erza Scarlet, a única garota que havia lidado de perto com a relação de amor e desgosto entre ela e Natsu, estando ao seu lado nas situações mais complicadas, contudo, estavam afastadas fisicamente desde que a loira havia começado a morar sozinha e passar mais tempo no trabalho e faculdade que em qualquer outro lugar.

— A que devo a honra da ligação essa hora da matina? – resmungou Erza assim que atendeu o celular.

— Boa tarde para você também. Erza vou falar de uma vez antes que eu perca a coragem, estou com problemas e dos grandes.

— E com o que seria?

— Com quem, na verdade. – disse a loira suspirando fundo.

— Chega de drama Lucy. – reclamou alto após a pausa longa da loira. – Quem é essa pessoa? Suponho que ela tenha nome.

— Natsu Dragneel.

                Erza que estava deitada agarrada no namorado levantou-se e caminhou até a janela abrindo-a respirando fundo para o drama que viria.

— Erza, fala comigo. – suplicou a garota sabendo que falar do Dragneel era algo complicado quando se lidava com a sinceridade cortante de Erza.

— Então... Se encontrou com ele? O que aconteceu? – questionou Erza ansiosa.

— Sábado eu fui naquele bar que a gente ia se encontrar, mas um certo alguém me deu bolo para transar.

— Não era para transar Lucy. Fomos visitar a avó do Jellal.

— Que mora perto de uma cachoeira na qual tu sempre quiseste transar.

— Cala boca Lucy. O que aconteceu nesse bar?

— Na verdade, nada demais. Conversamos a noite inteira, conheci o noivo da Mirajane e vi o Gajeel. Ele está outra pessoa totalmente! Enfim, fiquei mais tempo com o Natsu, mas acabei ficando bêbada e indo para a casa dele.

— Paro! – gritou Erza ignorando o namorado que estava dormindo fazendo Lucy afastar o celular da orelha. – Transou com o Natsu?!

— Não Erza! – gritou Lucy fazendo as pessoas do restaurante a olharem brevemente. – Eu não transei com ele. – disse muito mais baixo ficando com vergonha do seu mini escândalo. – Dormi na mesma cama que ele, mas aparentemente não transamos. Pelo menos ele não me falou nada disso e eu também não me lembro de nada.

— Como tu é fraca com bebida Lucy! Simplesmente sai por ai com um cara e dorme com ele e não se lembra de nada.

— Fala como se não conhecesse o Natsu há mais tempo que eu.

— Imagina se fosse outro.

— Provavelmente eu teria transado com ele.

— Como se não quisesse fazer isso com o Natsu. – exclamou alto.

— Ele ‘tá muito gostoso Erza... – resmungou Lucy baixinho como se confessasse seu maior pecado. – Mas antes que tu me fale qualquer coisa e me xingue, não sei lidar com essa aproximação com ele Erza. Ontem eu acabei contanto tudo que aconteceu quando nos afastamos e só resolvi ir para casa porque era noite e me forcei a ir. Ele ainda me levou em casa e por pouco não pedi para ele ficar. Eu to meio desesperada, parece que voltei a precisar dele.

— Cala boca Lucy. Tu sabe melhor que eu mesma que não precisa dele. Tudo que conquistou durante esses três anos sem ajuda de ninguém. Sem precisar de um cara que nunca se prestou a ir atrás de ti sendo que se dizia teu melhor amigo.

— Eu descobri que ele foi atrás de mim e meus pais o afugentaram. E eu já xinguei ele Erza, antes que comece a falar a mesma coisa que eu disse pra ele.

— Chamou ele de pau mandado? – disse rindo.

— Quase isso, disse que ele era sempre muito obediente para o que convinha a ele. O que eu to querendo dizer Erza, é que parece que to em uma montanha russa de sentimentos, sabe?! Eu fugi da ideia de contar ao Natsu aquelas situações por tanto tempo e foi necessário somente um dia ao lado dele que eu desabei. Eu guardei tanta coisa a sete chaves e de repente colocar tudo para fora para ele, justamente, ele...

— Bom Lucy, depois de tanto tempo fugindo é bom encarar as coisas de vez em quando não?! Eu nunca te escondi o que eu acho sobre se afastar do Natsu e não falar as coisas com clareza para ele desde aquela época. Eu sei que ele nunca te deixaria precisando de alguma coisa, assim como eu. Mesmo que até de mim tu tenha fugido quando ficou em apuros e eu não te culpo por isso. Eu compreendo teu medo do mundo Lucy, mas não entendo...

— Eu sei Erza... Já te pedi desculpas por isso...

— O que tu quer que eu te diga Lucy? Para não ter medo de enfrentar teus sentimentos? Deixar rolar? Acho que tu já sabe isso.

— Sendo bem sincera, quero saber como não jogar ele na minha cama hoje mesmo e jogar pro ar toda a merda da minha vida. – Erza riu alto do que a garota dissera, era bom ver Lucy querendo algo além do que estava anotado em sua agenda.

— Simplesmente faça isso.

                Erza procurava comida para pedir em seu notebook e Lucy remexia em sua comida que acabara de chegar.

— Preciso almoçar Erza e voltar ao trabalho, preciso fazer hora extra hoje.

— Ta bem Lucy. Não se esforce além do que aguenta de novo e pensa com a mente aberta a respeito dos teus relacionamentos. Beijos. – disse desligando o celular.

                Após a ligação de emergência com a amiga Lucy começou a relembrar do passado e remoer cada sensação que a fazia questionar os sentimentos de Natsu. O distanciamento repentino, as mentiras sem sentido, as promessas quebradas e a pressão que ele exercia sobre ela sem nem mesmo saber sobre como deveria lidar com aquilo que está por vir, com o mundo e consigo. Não sabia se simplesmente ignorava aqueles temores ou se os usava como precaução para suas ações em relação ao Dragneel. No final de seu expediente já não estava mais com vontade de assistir a aula e a enxaqueca começava a demonstrar sinais que iria a destruir aquela noite.

                Natsu havia enviado algumas mensagens à garota pela tarde perguntando-a se iria para a aula, se gostaria de carona até a faculdade ou se poderiam se encontrar por lá. A resposta só veio quando o garoto estava a caminho da faculdade, Lucy dizia que recém estava saindo do escritório e não sabia se chegaria a tempo para eles se encontrarem. Sem perder muito tempo ele ligou para a garota que o atendeu no primeiro toque.

— Lucy! Oi! – disse alto sentindo-se estranhamente nervoso em estar ligando para ela, contudo, resolveu ignorar o sentimento e se deixar levar.

— Oi Natsu, recebeu minhas mensagens? – questionou um pouco tímida, pois apesar de viver pendurada no telefone detestava conversar com seus conhecidos desta forma.

— Recebi e por isso estou ligando. Onde tu trabalhas? Eu posso te buscar, ‘to na rua.

— Não vai ser incomodo? Não trabalho muito longe da Fairy Tail.

— Só me passa onde ‘tá. Se não é longe estarei rápido ai.

                Em poucos minutos o garoto chegou ao local, como havia dito. A Heartfilia reconheceu o carro assim que o avistou, ignorou o nervosismo e as mãos suadas e caminhou até onde Natsu havia conseguido parar.

— Oi, tudo bem? – disse Lucy assim que adentrou no carro um pouco tímida.

— Por que ‘tá estranha Lucy? Entrou toda dura no carro.

— Porque é estranho pegar carona contigo. – explicou simplória fazendo-o levantar uma sobrancelha. – Veja bem, já te falei que é estranha toda essa aproximação repentina e perceber que de repente nós estamos no mesmo carro juntos me faz questionar se tudo que conversamos sobre manter contato se mantém.

— O que está querendo dizer Lucy?

— Achei que íamos falar isso um para o outro e nunca mais conversarmos. Fiquei com medo que isso acontecesse, sinceramente.

— Eu disse que iria te mandar uma mensagem se tivesse tempo hoje. Assim me magoa. – reclamou suspirando pesado. – Parece que não confia mais em mim.

— Não é que eu não confie, apenas estamos muito tempo separados... Não sei o quanto tu mudou.

— Luce, não fala como se mudanças fossem apenas maléficas. Olhe para mim. – Natsu parou o carro na sinaleira. – Confia em mim. Não é só para ti que as coisas parecem estranhas, a diferença é que eu estou feliz com o nosso reencontro enquanto a senhorita só vê problema. Eu confio em ti e sei que tu tens teu tempo e que já passou por muita coisa. – acelerou o carro assim que ouviu uma buzina indicando que estava a mais tempo que deveria parado. – Eu quero estar contigo, basta tu também querer.

                A verdade é aquela frase tinha mais sentidos e sentimentos que a amizade que eles mantinham como relacionamento principal. O Dragneel reconhecia que havia muitos motivos para a loira ficar com o pé atrás com ele, contudo, sabia que durante a confusão mental dela nada a faria ver o lado dele. Ele não conseguia lidar de maneira adequada aos sentimentos que nutria em relação a ela, sentia-se perdido em um parque de diversões querendo experimentar tudo que via pela frente, mas ficando com medo nos brinquedos mais radicais; sabia que estes eram os que lhe trariam mais prazer, contudo esperava a companhia adequada para os vislumbrar.

 

 “Vai doer; Vai durar; Nada impede a onda de passar.
Vai sofrer; Vai chorar; Nada impede a onda de passar.
Vai partir; Vai voltar; Vai morrer por amar.

(Tango Novo (Nada Impede A Onda De Passar) – Esteban)


Notas Finais


Faz muito tempo que não dou as caras e peço desculpas já que consegui 46 favoritos em dois capítulos e a cada notificação fui ficando mais entusiasmada e feliz na minha decisão de escrever MADS. Escrevi esse capítulo em setembro do ano passado e eu realmente fiquei/estou MUITO insegura com ele. É um capítulo de passagem e eu espero que vocês continuem comigo.
Estou fazendo essa história por mim, mas a opinião de vocês conta muito no desenvolvimento.


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