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História Muito além dos Campos da Justiça - IV - A primeira invasão do Vazio


Escrita por: Skyeeeeeeee

Notas do Autor


Faaaala galera!
Mais um cap aqui pra vcs pq eu sou daora :)

Capítulo 4 - IV - A primeira invasão do Vazio


Fanfic / Fanfiction Muito além dos Campos da Justiça - IV - A primeira invasão do Vazio

Enfim chegara o momento o qual Yasuo esperou por todo esse tempo. O assassino de seu mestre, ou agora já podemos chamar de assassina, estava totalmente rendida após a luta.

-O que...você está esperando?- Riven sofria para fazer qualquer tipo de movimento. -Termine logo.

Yasuo permaneceu firme como uma estátua, apenas com sua espada apontada para o coração da assassina.

Os únicos sons que poderiam ser escutados naquele momento eram os gemidos de dor e a respiração ofegante de Riven...até Yasuo acabar com aquele suspense.

A lutadora começou a se afogar em seu próprio sangue quando a espada do samurai perfurou-lhe o peito. Aquele gosto de ferro que começou a sentir na boca a convenceu de que estava tudo acabado. Naquele momento, Riven já não sabia se ainda estava viva, apenas via um clarão e então veio a escuridão, consumindo-a, levando sua alma para longe.

Seu corpo desabou naquela clareira, e transformou seus campos verdes límpidos em um mar de sangue vermelho rubro. Enquanto Yasuo observava o corpo de Riven caído no chão, sentiu algo que nunca havia sentido antes. Sentiu um desconforto emocional.

Não entendo...era para eu me sentir feliz por ter feito a justiça.

-Por quê me sinto tão mal?

O samurai observava ao seu redor com seus olhos espantados, estava atônito, não sabia o que tinha feito de errado. Até que Riven deu um leve riso e em seguida cospiu muito sangue. 

-V-você é tolo...

Ela mal conseguia abrir seus olhos, mas aquilo fez com que Yasuo se sentisse humilhado. Uma mulher praticamente morta, ainda olhar para ele e dizer que era tolo. Porém o samurai estava perdido em suas idéias, mas aquele rosto de Riven o deixava atormentado. Yasuo tinha certeza que ela sabia de algo a mais, algo sobre ele mesmo, algo sobre aquelas batalhas sangrentas de Ionia. Ela sabia.


/-\


Quando Riven abriu seus olhos, a luminosidade do sol que ardia através daquelas janelas a fez piscar forte e ter uma dor de cabeça, em seguida olhou em seu redor na tentativa de descobrir aonde estava. Levou suas mãos perto do rosto para conseguir enxerga-las. Parecia...tão viva. Então Riven se lembrou da luta que teve com Yasuo, e quando tentou levantar-se, sentiu um choque percorrer por todo seu corpo, uma dor terrível a acertou naquele momento, ela soltou um gemido alto e sofrido, até que novamente, lembrou-se das lutas, mas dessa vez fora dos ferimentos que teve. Fez um grande esforço para mexer a cabeça tentando ver sua situação, percebeu que havia uma manta que a cobria. Ainda assim, Riven começou a se levantar, para que pelo menos pudesse sentar na cama, foi então que percebeu que estava no seu próprio quarto, quando olhou para o espelho ao lado do pequeno guarda-roupas.

Ela estava completamente nua, coberta apenas por faixas e esparadrapos, que estavam por todo seu corpo. Na rosto tinha apenas um, em baixo de seu olho esquerdo, o que parecia consequência de um corte. Mas já o resto...Riven preferia nem pensar em como estava o resto de seu corpo, até porque foi completamente interrompida pela porta que se abriu.

Seus olhos se arregalaram ao ver aquele olhar que havia levado-a aquela situaçao.

-Ora ora, a bela adormecida decidiu levantar!

Riven permaneceu sem reação, seus olhos encaravam os de Yasuo como se tivessem travando uma batalha.

-O que foi? Não está feliz após eu ter te tirado da morte? - Não parecia ser a mesma pessoa, Yasuo estava com um bom humor, bem diferente de quando tentou matá-la.

-Bom...por mais que não pareça, estou bem feliz. -E soltou aquele seu sorrisinho de canto. -Mas, parece que você está bem mais, né? Foi legal "cuidar" de mim pelo que parece.

Yasuo riu, e quando se recompôs, disse:

-Acredito que ficar vendo esse seu corpinho foi uma recompensa por ter tido tanto trabalho pra te enfaixar toda.

Riven então corou imediatamente, não sabia onde se esconder, o que queria naquele momento era uma pá para cavar o buraco mais fundo para se enfiar la dentro.

-Não precisa ficar envergonhada! Você não estava nem acordada, então não teve nem graça.- Yasuo saiu com as mãos apoiando no pescoço, e quando chegou ao final do corredor, gritou:

-Aliás, temos muito o que conversar! Espero que não faça nada essa noite, arrumei até uma rede pra você.

-EI!- Riven gritou. -Você me deu banho?!

Ela conseguiu escutar uma gargalhada bem alta vindo de perto do rio que margeava sua casa.

-SÓ PASSEI UMA ÁGUA! COM AS MÃOS!

Samurai tarado...

Assim que conseguiu encontrar suas roupas, vestiu-se e deitou na cama. Era bom voltar para o "lar", desde que Riven abandonou Noxus, passou todas suas tardes livres construindo seu chalézinho numa floresta Ioniana. E ela gostava daquilo, daquela tranquilidade que aquele ambiente passava, mas...desde que o Instituto caiu, não existe mais lugar seguro em Runeterra. Malzahar trouxe o Vazio de volta à Valoran, e agora suas crias e até mesmo os mais terríveis monstros vagam por essas terras, caçando os habitantes. As grandes cidades como Noxus, Demacia, Piltover, e Freljord construíram muralhas mais reforçadas e quadriplicaram a guarda. Há boatos de que um grupo de campeões formou uma resistência nos subterrâneos de Piltover, e que todos que chegassem lá eram bem-vindos. Riven sabia que Ionia não era mais segura, por diversas vezes tivera que trancar sua casa e esconder-se das hordas do Vazio. Entretanto, naquele momento ela queria esquecer aquilo, queria descansar de verdade, para poder agradecer ao homem que apesar de ter "matado" ela, decidiu voltar atrás em sua decisão. E foi assim, que Riven caiu no sono.


/-\


-Olha, se você tiver mesmo com muito sono, eu posso dormir aqui com você até se sentir satisfeita.

A primeira coisa que a garota viu ao abrir os olhos, era o rosto de Yasuo frente a frente com o seu.

Nossa, de perto ele é bem mais bonit...?

-Sai pra lá!- Riven empurrou Yasuo suavemente enquanto se espreguiçava. -Que horas são? To com fome!

-São...- O samurai olhou para os céus através da janela.- Eu acho que são umas 22 ou 23 horas.

E deu um sorriso bem alegre, talvez por ter colocado em prática suas técnicas astronômicas, ou por ter feito Riven fazer uma careta ao perceber que dormiu quase que o dia todo. 

-O jantar está pronto.

A pequena mesa que a lutadora tinha em sua cozinha mal conseguia suportar os dois ao mesmo tempo, mas isso não foi desculpa para que jantassem um delicioso macarrão que o próprio Yasuo fizera. Riven comeu como se não comesse a dias, e realmente, desde que desmaiou naquela clareira, não tinha mais colocado nada em seu paladar. E voltar a comer com uma refeição tão bem feita, fazia com que a mulher mais impaciente tornasse uma dama dócil e simpática. E Yasuo estava feliz por ter conquistado aquilo, quando ele a colocou toda ensanguentada na cama, realmente titubeou se ela aceitaria suas desculpas, mas parece que Riven é uma jovem tranquila socialmente.

-Ei. Yasuo.

-Hum?- O samurai chupou o fio de macarrão numa só vez e olhou atentamente para Riven.

-Quando você diz que, eu matei aquele ancião que você tinha que proteger...- Yasuo senrou-se esquisito ao ver que os olhos de Riven lacrimejavam e seus lábios começaram a tremer. -Droga, desculpa, é...eu.

-Ei, calma. -Yasuo acariciou as mãos da moça enquanto também enxugava suas lágrimas. -Eu não faço idéia do que você passou em sua vida, mas as palavras que você dizia enquanto sonhava me pareciam que pesadelos antigos te atormentam incansávelmente.

-Você repetiu várias vezes "Singed", "salvem suas vidas", e "eles são inocentes". Se não quiser me contar não precisa, ok?

Riven escutou aquelas palavras de Yasuo com outros ouvidos, e tentou recuperar o fôlego e se acalmar.

-Yasuo, eu só quero que saiba que não fui eu quem matou aquele ancião. Junto de mim, eram mais 3 generais. Sion, Darius e Tharel, meu mestre, o grande professor que me ensinou a manejar a espada com o poder do vento. Fomos ordenados de invadir e aniquilar toda Ionia, e estava dando certo, até que meu pelotão foi cercado pelo exército Ioniano, então pedi ajuda, foi assim que Singed matou seus inimigos e seus próprios aliados. Não tinha como prosseguir, e eu vi meus companheiros morrerem um a um diante dos meus olhos, e eu nada pude fazer, meu mestre seguiu diante do perigo químico de Singed, pois "um verdadeiro noxiano não foge à luta".

-E foi lá que ele...- Yasuo já sabia o que iria acontecer, então poupou Riven de contar a história completa. -Mas então, porque a culpa caiu para você?

-Pois Noxus sabia do que eu tinha feito, e a covardia é um crime mais sério que a morte em Noxus. Como meu mestre estava morto, e a causa da morte foi um golpe de vento, porque não culpar uma dersertora covarde e livrar a culpa de Noxus? E desde então venho sendo perseguida por noxianos e ionianos em busca de vingança.

Yasuo sabia que ela dizia a verdade, pois noxianos não choram, a não ser que deixem suas emoções tomarem conta de seu corpo.

-E pensar que eu quase te matei, por intuição...eu sou ridículo.- Yasuo desprezava a si mesmo. -Aquele dia, nos campos da justiça, você me derrotou, e me ajudou a levantar. E eu, com você derrotada aos meus pés, lhe dei um golpe de misericórdia. Seriamos muito mais amigos se eu tivesse lhe dito ,"foi uma boa luta".

Riven se emocionou novamente ao ver que até Yasuo tinha um coração amolecido, e foi sua vez de consolá-lo.

-Yasuo, isso não quer dizer nada! Olha o que você fez por mim em tão pouco tempo. Apesar de ter sido muito abusado na parte de me dar banho, mas eu entendo que era preciso. Sem falar nesse manjar dos deuses que você fez hoje! Esse macarrão tava delicioso demais!

Então os dois gargalharam. Finalmente, parecia que havia um clima harmônico pelo ar, afinal, o samurai que buscava justiça decidiu dar um fim à sua jornada de xerife, e a lutadora que sofria sozinha com seus segredos e memórias, agora já podia abrir-se com alguém. Foi por volta da meia-noite (de acordo com o relógio à base de chutes criado por Yasuo), que ele a convidou para beber seu lendário sakê enquanto descansavam nas redes que o samurai armou outrora. E ali ficaram, até não aguentarem mais, sorrindo e jogando conversas fora.









Notas Finais


;)

Em breve vcs verão meu famosíssimo romance. (Sério, to tentando)


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