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História Muito mais do que doce - Vega


Escrita por: Hynori-San

Notas do Autor


Boa leitura 😙😙😙😙

Capítulo 43 - Vega


Desde ontem as palavras de Nathaniel martelam na minha cabeça, não apenas elas, ele estava lá constantemente, eu queria entender meus sentimentos mas o que exatamente eu deveria tentar entender?

Já havia perdido a conta de quantas vezes  me fiz essa pergunta, além disso um detalhe muito importante fazia questão de sinalizar a sí próprio, ele morava na mesma casa que eu portanto evitá lo e fingir que nada daquilo tinha acontecido seria impossível, agora eu estava penteando seu cabelo, ah...não se engane, não fui eu que me ofereci, ele me pediu, estava de olhos fechados como se estivesse dormindo


-Está tudo bem...Nat?-Passei a escova mais uma vez


-Anh..?


-O que foi?-Parei de pentear seus cabelos e ele olhou pra mim irritado


-O que foi o quê?


-Por que está com essa cara?-ele riu


-Desculpe, é que eu gosto quando você penteia meu cabelo-Minha cara ficou vermelha, o que diabos estava acontecendo alí?


-Eu queria ter essa cor de cabelo, como antes, agora meu cabelo é...como o de um fantasma


-Candi...eu acho a cor do seu cabelo linda


-Você está sendo gentil…


-Vem cá-chegou um pouco pra trás e bateu no espaço da cama a sua frente, eu me sentei alí e ele soltou meu cabelo preso por uma xuxa


-O que vai fazer?


-Arrumar seu cabelo-ao mínimo toque dos seus dedos na minha cabeça eu senti um tremor estranho, como se meu corpo estivesse sendo puxado pra baixo, ele passou a escova devagar, desembaraçando cada nó e depois fez um rabo de cavalo arrumado


-Pronto…


-Você vai comigo ver o Kille?


-Vou sim-Me deu um beijo na bochecha e se levantou


-Só vou colocar uma camisa, me espera-Voltou depois de alguns minutos e abrimos o portal.Kille e Elara conversavam, eu ia me aproximar mas Nathaniel me puxou pra trás de uma árvore


-Não faça muito barulho…


-Kille eu não vou discutir sobre isso com você, eu vou fazer isso sozinha, ela é minha irmã, eu preciso fazer isso-Ela gesticulava sentada no balanço enquanto ele resmungava em pé


-Não quero discutir, mas você está sendo imprudente.Você sabe que não vai conseguir nada sozinha, além disso ela não vai te levar a sério, ela não quer você, é a Candi


-Você e a Stella…-Ele segurou as mãos dela


-Não, eu e a Stella nunca tivemos nada, ela sempre foi minha filha, nada mais do que isso, eu a amava sim mas não como amo você.Por quê?Está com ciúmes?-Se abaixou perto dela sorrindo


-Eu...acho que...-Ela ficou vermelha e escondeu o próprio rosto, eu fiquei sem graça também e me afastei


-O que foi Candi?


-N-nada não…-meu peito doía, pus a mão pra ver o que exatamente estava acontecendo, meu cora coração parecia um motor


-Acho melhor voltarmos depois, agora acho que deveríamos só pegar um receptáculo de quando a Vega foi escolhida


-Como faremos isso sem ele saber?


-É fácil, eu só preciso estar um pouco perto-Ele se aproximou umas duas árvores a frente e fechou os olhos, estava completamente concentrado, ri da sua careta de concentração


-Pronto?-Ele não me respondeu e depois de alguns minutos assentiu com a cabeça


-Aqui-Me mostrou a bolinha transparente de reflexo colorido e voltamos pra casa, Vincent estava dormindo


-Nat, eu quero entender o que eu sinto, mas eu não sei nem por onde começar-ele me puxou pela mão até meu quarto e me sentou na cama


-Eu ajudo-Ele fez carinho no meu rosto com a mão, eu gostava quando ele fazia isso, me sentia amada mesmo, quase como se ele fosse meu pai, mas não era a mesma coisa


-O que você sente quando eu faço isso?


-Eu...gosto…-Sorri involuntariamente mas corei ao perceber o que eu tinha acabado de falar e ele riu


-Gosta quando eu faço isso?-Me abraçou forte e passou a mão pelos meus cabelos, estava quase dormindo em cima dele, aquilo era muito reconfortante, só consegui afirmar com a cabeça


-Você gostou ontem quando eu te beijei?-Eu pensei a noite toda sobre isso, e eu não consegui chegar a uma conclusão


-Eu já entendi…vou te contar o que eu sinto.Quando você sorri pra mim eu fico tão feliz que meu peito dói, quando chora eu fico tão triste e com tanta raiva que poderia fazer alguma loucura, quando está feliz me sinto em paz e quando está comigo...eu me sinto eu mesmo...-Passou as mãos pelos meus ombros, eu estava muito vermelha aquela altura, me sentia assim também, era exatamente daquele jeito, mas eu não sabia o que isso significava


-Quando você está triste, eu sinto dor, quando chora eu também choro, eu não sei dizer o que é isso, mas é como se…


-Fôssemos uma pessoa só?-me interrompeu


-isso...é exatamente isso-ele sorriu


-Vamos ver o que aconteceu-Tirou a bolinha do bolso do sobretudo


-Segure minha mão e se concentre na Vega, lembranças são como dados de um computador, você tem que fazer busca se quiser encontrar alguma coisa-Fiz o que ele pediu e me concentrei naquela mulher, logo aparecemos num jardim, era a casa dela, ela saia pela porta feliz, Kille a estava esperando

Passado on


-Estou pronta Kille!-Sorriu para ele e se aproximou


-Tenha paciência, em breve estará pronta


-Kille, eu sinto que já posso ser comandante, eu sei lutar, sei controlar minhas habilidades e como escondê las quando necessário


-Vega, minha querida eu já te disse que ser comandante vai muito além dos poderes


-Eu sei, sempre colocar a proteção das pessoas em primeiro lugar…-bufou entediada


-Exato, vamos treinar?


-Sim, mas hoje, depois da escola, quando vier me trazer em casa, será que...poderia ficar um pouco mais aqui?


-Por quê?Quer treinar mais?-Ele sorriu esperançoso


-Não é isso...eu queria te falar uma coisa muito importante, preciso de um pouco mais de tempo entende?


-Claro…-pela sua cara dava pra ver claramente que estava decepcionado.O tempo se adiantou e logo eles dois voltavam da escola dela juntos, conversavam sempre sobre o trabalho de comandante e seus desafios, a garota tentava em vão mudar de assunto, a intenção de Kille era que ela se mantivesse focada, mas ela parecia não dar a mínima para a função que exercia, ela chegou em casa e subiu direto pro quarto, tomou banho passou perfume e vestiu um belo vestido branco, estava muito bonita, havia preparado um jantar na noite anterior e  tudo estava perfeitamente arranjado para que Kille saísse dali apaixonado por ela, só tinha se esquecido de um pequeno detalhe: ele não sentia o mesmo


-Kille...por quê?


-Vega, você se desvirtuou do seu caminho, sua missão é proteger as pessoas com o seu poder, usá lo em prol delas, e não perder tempo se apaixonando,muito menos por mim, eu sou seu pai, fui enviado pelas árvores para cuidar de você


-Eu te amo!-Gritou enquanto bagunçava os próprios cabelos


-Eu não me importo em ser comandante ou não! Eu quero você!


-É por isso que você não pode mais ser comandante, Vega, você está destituída de seu cargo como comandante da dimensão doce e da convivência entre as dimensões para sempre-ela se ajoelhou e esperneou enquanto gritava psicoticamente, kille estava triste, eu sabia que ele via nela uma comandante promissora, a visão acabava daquele jeito e se repetia naquela mesma cena várias e várias vezes


Passado off


-Essa cena deve tê lo marcado para repetir tantas vezes assim..


-Tem razão, eu chamo de memória arranhada, é quando uma cena marcante se repete mais do que as outras, isso deve ter ficado se repetindo na cabeça dele durante anos


-Deve ter sido horrível pra ele ver isso todo dia durante anos, ele deve ter se culpado muito


-E se culpou, olha-voltamos às memórias e nelas Kille estava sentado no seu velho balanço analisando o anel símbolo da minha dimensão


Passado on


-Vega...eu tentei te ajudar...eu juro, eu...se eu tivesse tentado mais…-se formou um borrão e as memórias voltaram ao início


Passado off


-Alguma coisa aconteceu com ela Nat, nós temos que descobrir o quê


-Tem razão, mas precisamos ter uma ideia, saber por onde começar


-Do começo, sempre começar do começo


-O que quer dizer, vamos voltar a casa dela Nat, não é perto daqui mas se pegarmos a moto de Vincent chegaremos lá em trinta minutos


-Eu não sei dirigir aquilo


-Eu dirijo


-Você não tem habilitação


-E você não tem consciência da importância do apoio moral-ele riu


-Como se isso fosse mesmo dar certo


-Nat, você lê pensamentos, eu resolvo problemas-saímos de casa e eu subi na moto


-Você vem ou não?


-Alguém tem que te manter viva.Vincent Guarda a chave no compartimento-sentou atrás de mim explicando ao me ver correndo os olhos procurando a chave


-O.k-Dei a partida e comecei na velocidade mínima, estava difícil controlar aquilo


-Calma Candi, assim você vai capotar a moto e se fizer isso o Vincent vai te decapitar…


-Estou com medo!-estava ofegante tentando manter o controle da moto quando senti suas mãos na minha cintura


-Tenha foco, diminua a velocidade e olhe pra frente-Tentei fazer o que ele pediu e estava dando certo, em menos de trinta minutos chegamos a antiga casa de Vega, afinal o velocímetro marcava quase oitenta por hora


-Deus garota, você é maluca-ele desceu da moto completamente tonto, eu ri


-Você que parece mais um frango assustado-desci da moto mas me desequilíbrio na mesma hora, minhas pernas tremiam


-O que você ia dizendo…?-segurou meu corpo quase no chão com um sorriso satisfatório


-Idiota…-Ele riu


-Pode me pôr no chão, eu me viro daqui-~Ele me colocou no chão e andamos até a casa, estava perfeitamente intacta, a fachada de madeira azul e a telha de mesma cor da cerca branca, a grama verde e baixa e as flores bem cuidadas, o assoalho estava em perfeito estado, como aquilo era possível?


-Nat...quanto tempo faz que aquilo aconteceu?


-Vega morava aqui fede que nasceu então essa casa está aqui há 31 anos


-E como pode estar assim?


-Eu não faço ideia, ela ficou abandonada por 15 anos, a grama estaria enorme e a casa estaria infestada de animais, estamos do lado de um bosque.Temos que entrar e saber o que houve


-Eu concordo


Notas Finais


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