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História Mulher de Elite - 16. Empate


Escrita por: milkandhoney

Notas do Autor


Demorei, mas cheguei.
Boa leitura!

Capítulo 17 - 16. Empate


Julian está vestido com roupas esportivas quando saio do banho. Está bonito e sexy com a camisa azul marinho que lhe cai perfeitamente bem.
— Uau! — Exclamo eu, impressionada demais com sua beleza para não emitir algum som.
— Você quer apenas visitar a Veltins-Arena ou jogar na Veltins-Arenas?
— Como assim? Você pode entrar lá? — Ele dá de ombros e sorri modestamente.
— Eu só precisei pedir.
     Ainda enrolada na toalha azul, corro em sua direção e o beijo fervosamente. Seus braços envolvem meu corpo, suas mãos são hábeis ao derrubar a toalha no chão.
Julian e eu temos uma conexão forte e tudo entre nós ocorre natural e facilmente. Os últimos dias a têm fortalecido ainda mais.
Não estabelecemos limites. Nos deixamos levar pelo desejo e pelo momento. Não encaramos nossa imprudência e excesso como algo ruim. Muito pelo contrário.
Por isso acho estranho quando ele me solta de supetão, mas com a mesma sutileza costumeira.
— Por que não se arruma?  — Sugere ele. As bochechas vermelhas me deixam confusa. O que ele está aprontando?
— Está me dispensando, Julian Draxler?
— Eu nunca faria isso. — Ele faz uma cara de vítima. — Só quero que aproveitemos ao máximo nosso tempo juntos.


— Eu me lembro de quando jogava no Schalke. Não era tão bonito quanto está agora, mas sempre foi um ótimo jogador.
— É bom saber que sempre foi minha fã.
— Não precisa ser pretensioso.
     O dia começa a evadir-se e o céu obedece ao horário, adquirindo tons de laranja e de um azul mais escuro. As nuvens também estão densas e precedem a chuva.
— Acho que devemos ir antes que comece a chover.
— Tem razão. Como se sente por ter perdido por uma não profissional?
— Não foi uma vitória justa. Você roubou.
— Isso é sua forma de dizer "eu sou um péssimo goleiro".
— Isso não é verdade, mas vou aceitar considerar um empate.

                      *      *     * 

É o meu penúltimo dia de descanso da agência, o que significa que é o último em Gelsenkirchen e com Julian.
— Acho que seu braço ainda não está bom. — Ele mexe no gesso. — Você merece mais dias de descanso. E eu mereço mais dias com você.
— Dois dias são o suficiente. Mais do que isso, e você vai enjoar de mim.
      Ele se inclina pra mim e me beija devagar, mordendo meu lábio inferior com o mínimo de força.
— Acho que nunca vou enjoar de você.
— Eu espero que não, porque eu adoro esse beijo.  — Puxo-o para mais perto e o beijo novamente. Sua língua está enroscada na minha enquanto seus lábios exploram os meus com mais sagacidade.
Suas mãos também estão animadas. Sinto seu toque quente em meus quadris a medida que ele me me puxa e me pressiona contra seu corpo.
O algodão de sua camiseta branca não chega nem perto da maciez de sua pele nua. Seu desejo transpira e invade meus poros.
A minha vontade é despi-lo lentamente e tocar cada parte do seu corpo fervente.
Mas eu tenho uma ideia ainda melhor.
— Por que não me ajuda a tomar um banho, para então podermos aproveitar nosso último dia juntos?
    Ele sobe as mãos devagar por baixo da minha blusa e as pousa nos meus seios. Seus olhos excitantes estão fixos nos meus, olhando-me cheios de libido.
— É, essa é uma boa ideia também.
     Passamos vários minutos sob o chuveiro. Cada parte de nossos corpos que antes não conhecíamos, passamos a conhecer bem. Sem dúvida alguma nosso último dia juntos fora o melhor. Fizemos uma visita aos seus pais — quem Julian passara cada minuto tentando convencer de que só não ficara em casa para não incomoda-los —, antes de sairmos para jantar.
Desta vez ele fizera questão de me levar ao aeroporto. Marcamos nossas despedida com um demorado beijo e nos separamos ambos com a dúvida de quando nos veremos novamente.


Tenho duas surpresas ao retornar à Munique. Uma delas é moderamente boa; a outra é pior que horrível.
Ambas chegam a mim através de ligações.
— O bonitão Julian Draxler e sua namorada misteriosa novamente juntos.
— Então você já viu.
— Todo mundo já viu. Parece que alguém mudou de ideia.
— Eu acho que gosto dele.
— Então, você estão juntos agora? 
— Eu não posso me comprometer por enquanto, mas acho que talvez tenhamos um futuro.
— Isso significa que não vamos mais nos ver?
— Marco, se você quer me ver, é só pedir. Não precisa de rodeios.
— Eu só liguei pra desejar felicidades. Eu vou sentir sua falta.
— Você é um safado, Reus, mas eu também vou.
   Ele gargalha. 
— Você vai parar mesmo?  Falo sério.
— Em alguns meses.
— Isso é bom. Quero dizer, bom pra você.
— Pra sua namorada também.
— Mas não para mim. Bom, eu preciso desligar.
— Certo. Obrigada por ligar, Marco. Isso foi muito gentil. Tschüss.
— Evelyn?
— Sim?
— Você está feliz?
— Você se importa com minha felicidade?
— Eu sempre me importei. Somos amigos, não somos?
— É, somos sim amigos. Eu acho que estou mais feliz do que já estive qualquer outra vez.
— Isso é ótimo, Evelyn. Você merece. Se Draxler pisar na bola, me avise.
— Claro, Marco. Obrigada.
     Mal tenho tempo de guardar o celular,  e já estou recebendo outra ligação.
Nina parece irritada mesmo antes da primeira palavra.
— Evelyn, onde esteve?
    Não me faço de boba e a respondo com convicção:
— Em Gelsenkirchen, tia, aproveitando meus dias de descanso.
— Com Julian Draxler?
— Como a senhora já deve saber, sim. Qual o problema?
— Ele foi um cliente, Evelyn. Não deveria ter saído com ele de novo. O que deu em você?
— Você não entende. Nós não "saímos", Nina. Não foi pago.
— Então está me dizendo que... — Ela se detém e fica em silêncio por longos segundos. — Acho que acabei de entender tudo. É por ele que está desistindo de tudo? 
     Pela primeira vez na vida, vejo minha tia, a mulher que fora sempre como uma mãe para mim, de uma maneira totalmente diferente.
Ela não parece nem um pouco interessada na minha felicidade ou respeitosa em relação às minhas escolhas. E perceber isso me magoa profundamente.
— Eu não estou desistindo de nada. Eu só estou fazendo o que eu quero, pela primeira vez na vida. Incomoda a você que eu esteja finalmente me me tornando uma mulher independente?
— Você só está sendo burra, Evelyn. Eu vou até Munique e vamos conversar...
— Você não precisa vir, eu não quero que venha. Obrigada por me apoiar tanto, tia. Não se preocupe com seus clientes, eu lhe dei minha palavra e vou honra-la. Por favor, não me ligue mais.
     A vida toda eu sempre senti como se fosse o tipo de pessoa que não podia ter algo bom acontecendo em sua vida sem uma ruim ao mesmo tempo.
E até hoje o sentimento permanece comigo, como se a vida adulta o tornasse ainda mais certo. 
Eu estou feliz com Julian, entretanto, a pessoa mais importante para mim acaba de despedaçar meu coração.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Quero a opinião de vocês. Acham que esse casal vai dar certo?
Vamos lá, quero só ver no que a maioria aposta.
Até os comentários e/ou próximos! XO♡


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