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História Mulher Maravilha: O Renascimento Do Amor - Capítulo Único


Escrita por: Amazona

Notas do Autor


Olá pessoal!
Estou postando um capítulo único sobre Diana x Steve e Diana x Bruce... Estava pensando em escrever algo sobre isso faz um tempinho e por isso decidiu escrever e postar aqui para vocês.
Essa oneshot se passa depois de Batman vs Superman e é do ponto de vista da nossa princesa amazona.
Espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Lembro-me da primeira vez que eu o vi.

Ele estava desacordado na praia, com a água do mar ao seu redor. Cabelos loiros, roupas estranhas e um belo par de olhos azuis que me encantaram assim que eles se abriram para me olhar.

Uma onda de sentimentos percorreram pelo o meu ser: fascinação, adrenalina e até mesmo desejo. Tudo ao mesmo tempo. Era muita emoção. Fazia anos que não acontecia nada de novo em meu lar e ter uma figura totalmente diferente bem ali na frente, me deixou completamente deslumbrada.

Perguntei para o rapaz se ele era um homem. Ele me olhou de um jeito confuso e respondeu que sim e depois me perguntou se não se parecia com um. Tinha ferido o seu ego? Talvez. Mas naquela época eu nem sabia o significado dessa palavra.

Minhas irmãs apareceram na praia e fora uma grande confusão.

O homem de olhos azuis e alguns outros companheiros nos olharam assustados e confusos. Um deles até tinha achado que estava morto.

 Vai entender.

Fomos ensinadas desde sempre a nunca confiar em homens. Tínhamos históricos bem ruins com eles. Por isso a sentença para aqueles - do sexo oposto -  que conseguissem entrar em Themyscira, era a pena de morte.

Mas eu não podia deixar que isso acontecesse.

Minha mãe, a Rainha Hipólita julgou cada um dos homens presente com o seu poderoso laço dourado.

Descobri que aquele homem de olhos azuis se chamava Steve Trevor e que ele era algum tipo de guerreiro.

Trevor estava tentando impedir uma guerra e isso logo me chamou a atenção.

Eu nunca tive a permissão para sair da Ilha e mesmo se eu tivesse, não poderia mais voltar. Passei séculos morando em Themyscira feliz, mas sempre pensando em como seria a vida fora de casa.

Um torneio foi feito para levar esses homens para casa e eu ganhei.

Minha mãe a contra gosto me parabenizou e depois me entregou uma armadura que me protegeria no mundo patriarcado.

Ela sabia que seria a última vez que me veria e eu também.

Nunca uma amazona saiu de Themyscira, pois se fizesse isso automaticamente perderia seu lar. Era como se fosse uma espécie de exilio.

E até hoje lido com isso.

Me despedi de minha mãe e irmãs com um grande aperto no coração e logo depois iniciei minha jornada para o mundo patriarcado, onde eu jamais esperaria viver tantas aventuras e tragédias.

Steve tinha me contado que o mundo dele estava em guerra e que cabia a ele e aos outros guerreiros ajudarem a acabar com isso.

Logo me propus a ajudar, mas ele disse que achava que não seria uma boa ideia.

Claro que ele estava errado.

Por mais que Steve não concordasse com os meus métodos, ele sabia que eu poderia ajudar a acabar com a guerra em que seu mundo estava.

E por isso tínhamos passado mais tempos juntos, planejando batalhas e bolando maneiras de impedir que muitos inocentes morressem.

Trabalhávamos bem como dupla e com isso, sentimentos foram surgindo e eu nem sabia o que isso significava. Só me sentia estranha, angustiada, feliz, nervosa, com medo e tudo ao mesmo tempo.

Sempre que Steve saia para uma missão eu temia que algo acontecesse com ele.

Até que um dia eu comentei o que estava sentindo para a minha amiga Etta Candy e ela me disse que isso tudo era porque eu estava apaixonada.

Perguntei para ela o que era estar apaixonada e ela riu e me explicou tudo.

E foi ai que descobri o que era estar apaixonada por alguém, ao ponto de não imaginar sua vida sem a pessoa.

E eu sabia que isso no final iria me destruir.

Descobrimos lá na frente que o culpado era Ares, o deus da guerra.

E me senti tão estúpida por não ter descoberto antes que ele era o culpado de tudo.

Se eu tivesse descoberto antes...

Para encurtar a história: consegui acabar com Ares, mas no processo acabei perdendo o homem que amava.

Steve tinha sido baleado enquanto vinha em minha direção para me abraçar.

Isso aconteceu logo que eu tinha rendido Ares no chão e sua capanga conseguiu pegar uma arma e deu várias tiros nas costas de Steve bem na minha frente e eu não pude fazer nada para impedir isso.

Não fui rápida o suficiente para salvá-lo.

A última lembrança que tenho dele é de seu olhar triste enquanto ele caia devagar ao chão e enquanto estava em meus braços, Steve disse que me amava e que sentia muito e logo depois a vida saiu de seu corpo.

E depois disso, me afastei de tudo e de todos.

Enterrei Steve e segui minha jornada sozinha.

Cada década passava em um lugar diferente, para que ninguém descobrisse a minha identidade ou que eu levantasse suspeitas por nunca envelhecer.

Minha imortalidade é uma maldição da qual quero me livrar, mas para isso tenho que conseguir voltar para casa e é o que venho tentado fazer durante esses anos todos, mas todos os meus esforços são inúteis.

Os Deuses me castigaram.

Às vezes penso que seria melhor se eu nunca tivesse conhecido o Steve, pois assim não sentiria tanta dor ao lembra-lo. Mas depois me sinto uma pessoa péssima por pensar assim e então me puno.

Amar é algo que pode nos destruir e eu não esperava sentir isso de novo até conhecer Bruce Wayne.

Playboy, milionário, arrogante e metido. Essas eram as características principais dele de acordo com o que tinha pesquisado.

Mas eu sabia também que de alguma forma ele poderia me ajudar (já que Bruce Wayne era dono de uma empresa tecnológica ) a pegar a foto que Lex Luthor tinha de mim.

Esse desgraçado estava me chantageando há alguns meses e por isso decidi vir para Metrópolis e acabar logo com essa palhaçada.

Sim, eu tinha intenções de mata-lo.

Fui convidada para sua festa e aceitei, pois no final disso tudo ele teria uma surpresinha.

Mas no final que teve uma grande surpresinha tinha sido outra pessoa...

Quando bati os meus olhos na figura que havia pesquisado há dias atrás, automaticamente fiquei nervosa.

Bruce Wayne estava presente naquela festa com uma expressão séria, mas quando nossos olhares se encontraram eu percebi que sua expressão vacilou um pouco.

Ele tinha me achado atraente? Tenho certeza que sim. Nunca perguntei isso para ele, mas vamos voltar para a parte em que depois das nossas trocas de olhares eu o segui para os fundos da casa de Lex onde ele tinha colocado uma espécie de dispositivo para grampear o dono da festa.

Bruce também estava investigando Lex e eu tive a sorte de descobrir isso antes de sujar minhas mãos com sangue.

Voltei para o salão principal e ouvi o discursinho idiota de Lex, decidi que seria melhor pegar o dispositivo antes do dono e foi isso que eu fiz e quase tinha sido pega, mas consegui.

Porém tudo tinha sido em vão e não consegui abrir a imagem que aquele maluco tinha de mim.

Por isso tive a bondade de devolver o brinquedinho de Bruce, naquele dia no museu.

Ele tinha ficado bastante irritado e isso era uma coisa muito engraçada de se ver.

Desde esse dia não consegui parar de pensar nem um segundo nele e quando ele me mandou um email com a uma foto antiga minha com Steve e nossos amigos, entrei em pânico e decidi ir embora para Paris.

Mas fui impedida por causa de um monstro enorme que estava atacando a cidade.

Uma parte de mim queria ajudar, mas outra ainda estava bastante irritada com a raça humana, que me impedia de levantar de meu assento naquele avião. Mas quando vi imagens de dois homens vestidos com roupas de combate, eu tive que ir.

Sabia que Steve gostaria que eu ajudasse.

E foi isso que aconteceu, ajudei os dois, mas no processo um deles morreu e isso acabou comigo mais uma vez.

Mal conhecia o Superman e me senti péssima por sua morte.

De alguma forma isso me lembrou do dia em que Steve morreu e que eu não pude ajuda-lo.

O enterro do Superman foi em Metrópolis, mas o enterro de Clark Kent tinha sido em Smallville, onde tinha morado boa parte da sua vida.

Descobri que Bruce Wayne era o Batman. Na verdade eu já tinha as minhas suspeitas...

E hoje nós dois somos companheiros que tentam formar uma equipe de meta humanos para salvar a Terra de alguma ameaça.

Bruce tinha pedido para que eu morasse em sua casa enquanto íamos atrás dos recrutas. No inicio não gostei muito da ideia, mas concordei contanto que eu tivesse a minha privacidade e não fosse interrompida por ninguém enquanto treinava.

Durante cem anos tinha aprendido a ficar sozinha e tinha me acostumado com isso. A sensação era ótima, mas às vezes se tornava um tanto solitário.

Estou treinando na Batcaverna quando Bruce chega com o seu Batmóvel.

Esses nomes eram um pouco idiotas, mas tinha me acostumado com ele colocar “ Bat “ em tudo.

– Desculpe te atrapalhar, já estou me retirando – ele diz enquanto digita algo em seu computador.

Termino de socar o saco de areia e depois bebo água.

De uns dias para cá, ele estava agindo de maneira estranha comigo e até agora eu não tinha entendido nada.

Isso estava começando a me deixar angustiada e isso não era bom.

Ficar angustiada por causa de alguém, significava algo a mais e eu tinha muito medo desse algo a mais.

– Pronto – ele diz e se vira para mim – Vou tomar um banho e depois quero falar com você.

– Okay – respondo e ele vai embora me deixando sozinha ali.

Tínhamos conseguido um novo recruta chamado Barry Allen e isso tinha deixado Bruce um pouco aliviado depois do fracasso que foi chamar Arthur Curry para se juntar a gente.

Victor Stone estava pensando em nossa proposta e acho que eu tinha conseguido convencê-lo a se juntar a equipe. Só espero estar certa.

Decido que é melhor subir e tomar um banho também.

Encontro Alfred no caminho e ele abre um sorriso para mim.

De uns tempos para cá, tinha começado a gostar bastante do mordomo de Bruce. Ele era muito engraçado e sempre tinha uma resposta na ponta da língua.

– Senhorita Prince, deixei suas roupas limpas em cima de sua cama, assim como toalhas de banho – ele fala.

– Alfred, pode me chamar de Diana – digo pela milésima vez.

– Perdão, é a força do hábito – ele se desculpa.

– Está perdoado – digo sorrindo.

– Agora vou ver se o patrão precisa de alguma coisa – ele diz e se afasta.

Vou para o meu quarto e dou de cara com o patrão de Alfred, que estava sentado em minha cama.

– Quantas vezes eu tenho que dizer que não gosto de ninguém no meu quarto? – pergunto irritada.

– Alfred entra em seu quarto – ele diz.

– Ele pode – digo.

Bruce coloca a mão direita sobre o peito esquerdo e faz cara de dor.

– Estou ofendido – ele diz e eu reviro os olhos.

– O que você quer Bruce? – pergunto.

– Queria falar com você sobre Arthur Curry – ele fala.

– Estou ouvindo – digo.

– Pesquisei mais a fundo sobre ele e sobre Atlantis e descobri que as amazonas tinham algum laço com a cidade e seus moradores – ele fala sério.

– Atlantis e Themyscira eram parceiros de armamento – digo.

– E você nunca conheceu Arthur? – ele pergunta num tom de voz que não gosto.

– Eu fui banida de casa lembra? – pergunto.

Eu tinha contado para Bruce algumas coisas sobre o meu passado, menos de Steve.

– Entendi – ele diz e se levanta da minha cama – Só queria saber isso mesmo.

– Queria saber se eu conhecia Arthur?

– Sim.

– E se eu o conhecesse? Seria algum problema?

– Não  – ele responde friamente.

– Não estou entendendo o seu tom de voz Bruce – digo.

– Eu vou embora – ele diz e se aproxima da porta, mas eu o impeço.

– Por que você queria saber se eu conhecia o Arthur? – pergunto.

– Diana, não temos tempo para perguntas idiotas – ele diz e se solta.

Ele sai do meu quarto e eu pego o meu laço dourado que estava de baixo da minha cama. O sigo pelo o corredor, até que ele entra em seu quarto e fecha a porta o mais rápido possível assim que me vê.

– Você sabe que eu sou mais forte do que você e essa porta né? – pergunto e tento abrir a porta que está fechada – Depois não diga que eu não avisei.

Quebro a fechadura e consigo entrar em seu quarto.

Eu nunca estive aqui e de alguma forma me sinto uma intrusa.

– Vamos acabar logo com isso – digo e jogo o laço ao seu redor – Quero saber por que queria saber se conhecia o Arthur.

Ele olha para mim com raiva, mas a verdade sai da sua boca.

– Queria saber se vocês já tiveram um romance.

Fico perplexa e tiro o laço de Bruce.

– Era só você ter me perguntado – digo.

– Você não se abre para mim Diana, sei que também não posso te cobrar muita coisa... Mas estamos morando juntos nessa casa faz alguns meses e eu só sei poucas coisas sobre você. Quero te conhecer melhor, quero saber de tudo e eu nunca quiser tanto sobre uma mulher como quero saber de você – ele fala e eu fico surpresa.

Bruce não era uma pessoa de demonstrar sentimentos.

– Tem muita coisa sobre mim que é melhor você não saber – eu falo.

– Mas eu quero – ele diz e se aproxima de mim.

– Por que você quer saber?

– Porque eu me importo com você Diana, sinto que de alguma forma estamos conectados. E isso não é uma loucura? Te conheço faz alguns meses e mesmo assim não pude evitar de me apaixonar por você – ele fala e de repente me sinto fraca.

Ah não.

– O que disse? – pergunto de novo, porquê acho que ouvi errado.

– Estou apaixonado por você – diz e toca o meu rosto com delicadeza, mas eu o afasto.

– Você está ficando louco – digo.

– Diana...

– Bruce, você não pode gostar de mim – falo séria.

– Por que Diana? Me conta. Se abre comigo.

– Porque você vai morrer.

– Todos vamos morrer um dia – ele fala e eu me sinto mal.

– Eu não vou morrer, mas você vai! Assim como ele também morreu – falo triste e me viro em direção a porta – Tenho que ir.

Ando pelo corredor apressada, mas Bruce me alcança e me faz virar para ele.

– Quem morreu que você amava? – ele pergunta sério e eu me seguro para não chorar.

Não choro desde aquele dia em que Steve morreu e hoje seria a primeira vez desde então.

– Por favor Bruce, me solta – eu peço.

– Eu quero saber! – ele fala alto e isso me deixa irritada.

– Steve! Porra, Bruce! – falo e me solto dele.

– Você amava o Steve certo? – ele pergunta.

– Sim.

– E ele morreu e você se culpa por isso?

Onde que ele quer chegar com isso?

– Sei exatamente como se sente Diana. Anos atrás também perdi uma pessoa que eu amava e até hoje luto com a perda e a dor e o sentimento de culpa por isso – ele diz e sua expressão fica triste.

– Quem você perdeu? – pergunto.

– Jason – ele responde.

– Sinto muito – digo.

– Ele era como se fosse um filho para mim e eu não consegui salvá-lo – ele diz.

Me aproximo dele e o abraço para poder reconforta-lo.

– Não sabia disso – eu digo.

– Eu sei como você se sente Diana, sei como é doloroso perder alguém que ama e também sei o que é se culpar todos os dias por não conseguir chegar a tempo de mudar as coisas – Bruce fala e eu o solto.

– Estávamos apaixonados e ele morreu diante os meus olhos – falo ao me lembrar da cena.

– Eu sinto muito – Bruce fala.

– Se eu perder mais alguém que eu amo, não irei suportar – digo e uma lágrima escorre.

– Diana, eu corro riscos todas as noites que eu saio como Batman e até mesmo sendo Bruce Wayne na luz do dia, acho que sei me virar – ele fala.

– Mas...

– Eu sei o que eu sinto e sei que poderemos dar certo se você me der uma chance – ele fala.

– E quem disse que eu me sinto do mesmo jeito?

Bruce abre um sorriso.

– Suas ações e seu corpo gritam “ Bruce Wayne, eu te amo “ toda vez que você me vê – ele diz e eu solto uma risada.

– Você está muito engraçadinho – digo.

– Convivência com o Flash – ele responde.

Sorrio para ele e passo os meus braços em volta do seu pescoço.

Queria poder ter uma noção do que vai acontecer daqui para frente, queria poder saber se Bruce estará a salvo enquanto estiver comigo e queria saber também se nós dois iremos superar cada armadilha que o destino quiser nos pregar.

Mas agora, eu tinha certeza de uma coisa: eu estava completamente apaixonada por Bruce Wayne e com medo do que viria a seguir.

Dou um beijo em Bruce e depois sorrio para ele.

– Acho que Steve gostaria que eu fosse feliz de novo – digo.

– Steve é um cara sábio – Bruce responde e eu sorrio.

Sim, Steve era um cara sábio e fora o meu primeiro amor.

Mas Bruce Wayne, seria o meu último.


Notas Finais


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