Nave do Damon, Galáxia Multiversal
Kira come um prato de fondue sentada em uma poltrona enquanto observa a paisagem do painel de frente:
- Que tédio. Nem um ladrãozinho pra matar.
- Tem uma ladrazinha que eu quero matar. Aquela vaca da Luna, sabem? Botando tudo a perder. E onde foi parar o Kuasimodo? Selene descansa na escada.
- Por falar nisso, quando aquela sua amiga sorridente volta? Birth afia a espada.
- Ardelis? Ela é uma doida de pedra, entra em qualquer buraco e volta depois de alguns dias. Sabe -se lá o que ela faz.
- Tenho medo de que sua amiga possa estar conspirando contra nós, assim como a Luna.
- O quê?! Ela, gente? A Delis? Ela é tão avoada, tenho certeza que não pensaria desse jeito. E eu acho que você se mete demais na vida dos outros, espadachim de araque.
- Quer encarar?
- Chega, vocês dois. Damon, quanto falta para chegarmos em Solabun? Kira dá um bocejo.
- Não muito, mais uma hora, pelo menos. Tentem contatar Kuasimodo Kroll, ele é uma peça muito importante nisso tudo.
- Sim. Ela se levanta e deixa os outros dois sozinhos. Ao sair da sala, Selene vira para o Ex - Imperador:
- Escuta, podemos por favor voltar e matar aquela traidorazinha?
- Não. Agora não, Selene. Eu preciso dela para algo bem importante. Isso vai atingi - la, por bem ou por mal, e ela vai ser forçada a voltar rastejando pra mim.
- Humilhação. Gosto disso.
- Escutem, é impressão minha ou estou vendo uma casa naquele asteroide?
Damon e Selene se inclinam para onde Birth aponta, e avistam uma silhueta bem parecida com uma casa, no asteroide 115 contado a partir de Bakuni X.
- ... pior que tem mesmo.
- Operários, alterem a rota agora! Virem para bombordo às 10 horas e sigam direto. Também ativem o modo camuflado! Quem sabe lá tenha algo de interessante, não é mesmo?
Planeta Solabun, meio da estrada
- " Cidade Balão "? Konstantinos pergunta ao escutar o termo em uma conversa entre Flex e Absirto. O flying - car vai voando suavemente pela rodovia, sem nenhum trânsito a essa hora.
- Sim, isso mesmo. A leste daqui tem uma cidade flutuante, levantada por um balão com grande pressão de ar quente. Lá existem vários resfriadores nas ruas para a cidade não pegar fogo, então é bem frio. Por ser uma cidade aérea, é uma das melhores mecânicas e construtoras de naves e carros e motos flying.
- Parece incrível! Byper arregala os olhos de ansiedade.
- Parece divertido. Maya fala do banco de trás enquanto come o almoço junto com Arabelle.
- E o que fica a Oeste?
- Uma cidade em construção. Não é flutuante, mas ouvi dizer que vão construir ela embaixo da camada superficial do solo. Vai ser uma trabalheira. Olhem, estamos chegando perto dela, já dá para ver atrás das nuvens.
- EU ESTOU VENDO, KONST! PARECE O PARAÍSO! Byper voa até as nuvens e avista a cidade.
- Ei, não estraga a surpresa! Arabelle diz com a boca cheia de bolinho de polvo.
- Subindo! Flex move a marcha ainda mais para a frente e acelera, deixando todos assustados. De repente, ele aperta um botão laranja na frente do painel do carro.
- O que isso fAAAAAAAAAAAAAAAA..... eles começam a voar com o impulso das turbinas traseiras, alcançando as nuvens e vendo ainda mais de perto a cidade.
- É enorme. Imagina o balão que segura.
- Estamos chegando em 3, 2... UM!!!
Eles ultrapassam o nível das nuvens e avistam uma metrópole de 153 quilômetros quadrados de extensão, apoiada em uma base de chumbo puro e segurada por um balão de ar quente bem maior. A cidade é recheada de prédios, inclusive um bem grande com várias camadas, assim como um bolo, terminando em uma torre com uma vela do tamanho de uma casa acesa no topo.
- QUE LINDA! Arabelle fala e acaba se engasgando com o bolinho, sendo acudida por Absirto, que fica vermelho ao segurar ela.
- Incrível! Uma revolução nas leis da física! Konstantinos segura o boné azul que trouxe para não sair voando, e seus óculos ficam embaçados com a água das nuvens. Byper e Maya se olham:
- Quer dar uma volta?
- Claro, olha só essa brisa!!! Maya parece até mais crescida agora, Konstantinos nota. Byper coloca ela nos ombros e pula do carro. Flex se assusta, mas logo se tranquiliza ao ver o pequeno robô voando livremente com ela nas costas.
- Bem vindos à Ville Ciel, a Cidade - Balão. Diz uma voz feminina de algum lugar nas nuvens quando eles chegam perto do porto de naves. Algumas naves também chegam: algumas grandes, outras menorezinhas, e tinha um cruzeiro aéreo, bem maior que o carro de Flex. O ciborgue tem algumas lembranças de ter andado em um cruzeiro daqueles. O nome do cruzeiro era o mesmo daquele: Croisière Air. Eles estacionam na vaga 115 e Byper chega logo atrás após várias pessoas no cruzeiro terem tirado fotos dele.
- Não chegue assim se mostrando. Arabelle puxa a orelha dele. Embora ele não sinta dor, ainda não gosta disso.
- Eu sei, eu sei! Me solta, sua chata.
- Bem, Belle, temos que ir até um aluguel de naves. Nos despedimos aqui, gente. Konstantinos e Arabelle cumprimentam todos:
- Cuida bem deles, Flex. Até!
- Tchau! Maya acena animada. Ok, aonde vamos agora? Os dois tutores já vão se distanciando enquanto conversam. Flex tranca o carro e olha para Absirto:
- Am...
- Estão com fome? Podemos ir a uma lanchonete. Sabe onde fica um lugar bom para comer, Flex?
- Ah... tem o Delaine's. É bem temático e tem um parque. É o melhor que eu já fui.
- Bem, então vamos! Os quatro saem andando pela rua animados, Flex olhando para os lados. O cruzeiro desce a ponte para os passageiros descerem.
Casa de Hysterium, Asteroide 115, galáxia Multiversal.
Zoë sobe em cima do mastro do telescópio e fica observando as estrelas. Dessa vez, ela veste um agasalho verde claro com uma rosquinha fofa estampada, um jeans preto e chinelos de praia verdes também. Ela bebe um gole de chocolate quente.
- Que estranho. Jurava ter visto uma nave ali agora a pouco. Deve ter sido reflexo de algo.
- Ei, Zoë! Você já chamou seus amigos, certo? Ardelis grita lá de baixo, lavando as roupas da recém - chegada.
- Sim, chamei! Isso é algum problema?
- Não, não mesmo. Não tenho mais nenhum interesse em agredir vocês, só para deixar claro.
- Que bom, Ardelis. Assim posso confiar em você!
As duas sorriem uma para a outra, e Ardelis vê seu pai mexendo na espada dentro de um quarto. Ele parece bem tentado. Parece que vai...
- Ei, pai! PAI! Ela corre para dentro de casa, assustando Zoë, e sai de casa puxando o pai com todas as forças, agarrado à espada. A tutora pula do mastro e cai em pé, ajudando Ardelis. Hysterium parecia em transe e violento.
- O que houve com ele?!
- Não sei, ele estava analisando a espada e, de repente, alguma coisa o deixou assim! Estava prestes a partir minha cama em dois! Ela vai segurar a espada pela lâmina, e acaba escorregando e levando um corte feio de Hysterium do torso ao ombro esquerdo. Ela grita de dor e cai no chão segurando o braço. Zoë percebe que ele realmente não sabia o que estava fazendo, e o imobiliza rapidamente.
- Senhor Bloom, o que aconteceu com você? De repente, você fica louco e atacou a sua filha? ARDELIS, VOCÊ ESTÁ BEM? Ela pula, já tendo amarrado as mãos dele e tirado a espada delas, e vai checar Ardelis.
- Estou bem... Zoë, você tem que tomar cuidado com essa... espada. Olha só o que ela fez com meu pai!
Hysterium volta a si depois de um tempo, e vê Ardelis ferida no chão. Em seguida olha para a espada:
- ARDELIS! O QUE EU FIZ COM VOCÊ?! O QUE ACONTECEU COMI --
Uma grande rajada de vento interrompe a fala dele, e alguma coisa fez um estrondo enorme na lateral da casa. Zoë corre até lá, e cai no chão, assustada.
- Não pode... ser...
- Quem diria que nos encontraríamos de novo em um lugar tão inesperado, hein, tutora? Selene pega suas adagas e começa a descer da gigante nave de ouro que acabara de pousar bem ali.
Fim do capítulo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.