História Mundo dos sonhos. - Prólogo

Acordo em um lugar estranho, árvores me rodeiam, eu estou um pouco tonto e ao mesmo tempo enojado pela carcaça podre que vejo logo a minha frente. Tento me levantar, mas minhas pernas estão um pouco bambas, um cheiro forte da carne podre me faz ter pressa, sair daquele local era o melhor a se fazer. Vejo ao meu lado uma bolsa velha, cor marrom e com uma alça rasgada, com um pequeno símbolo de uma Forca, pego a bolsa e a abro, algumas coisas dentro.

Um Mapa parcialmente manchado, o lado direito indica que foi rasgado.

Uma pequena faca cega e enferrujada.

Um Cantil seco.

Por fim, um caderno de capa dura com uma caneta Presa por uma corda.

Coloco os itens dentro, vou cambaleando por alguns metros, indo em uma direção qualquer, vou observando cada detalhe nas árvores, algumas tinham marcas de garras, outras com cartazes de procurado com uma recompensa em Dinheiro, era um homem aparentemente velho, culpado de homicídio, peguei um cartaz, o guardei na bolsa e continuei caminho, quem sabe seria útil.

Me aproximo de uma árvore grande, vejo que está escurecendo, preciso de uma fonte de calor, coloco minha bolsa na base da árvore e pego a faca, vou em busca de madeira seca.

Recolho alguns galhos, algumas folhas e as levo para base, as organizo e volto a procurar por recursos.

Encontro um ninho de pássaros no meio da árvore, subo a árvore com dificuldade, chego ao ninho ofegante

-Vazio...
Mas quem sabe eu possa...

Pego o ninho, desço da árvore e volto para onde estava a bolsa

Uso duas pedras para criar uma brasa e queimar o ninho, uso para queimar algumas folhas e coloco galhos para aumentar o fogo.

-Bem ma hora, já tá escurecendo, espero que me proteja dos animais.

Na mesma hora escuto um uivo, meu corpo treme, minha única resposta é me encolher na base da árvore e esperar amanhecer.

Acordo pela Manhã, me levanto e recolho as coisas, coloco a bolsa nas costas e sigo caminho.

~Algumas horas depois...

-Que sede, que fome...

No mesmo minuto, tropeço e vou rolando colina a baixo.

-Onde eu estou?

Vejo uma torre de sino, provavelmente de uma vila, meu único pensamento é: "Estou salvo", vejo agora o quão ingênuo eu sou.

Caminho em direção a vila com passos acelerados, sentia um calafrio na nuca, algo me dizia que eu devia dar meia volta e ir embora, para longe daquele lugar, mas não, continuei indo até a vila, até que eu piso em falso, acabo caindo em um buraco, meio tonto eu me sento e Observo o céu, me pergunto onde estou e quem diabos fez aquela armadilha.

Um tipo de sombra aparece em frente ao Sol, meu olhos tentam focar no rosto, sem sucesso, ele apenas amarra uma corda no começo, joga a ponta e manda eu amarrar em mim.

Após ser puxado pela sombra, sou nocauteado com algum tipo de barra de ferro, acordo em uma cama feita com folhas e couro de animal.

Me pergunto onde estou...