História Mundo sem volta - Weak and Strong...

As luzes são realmente uma bela distração e agonia, estou ainda presa junta a essas pessoas das quais não conheço de verdade nessa sala, é difícil conviver com pessoas estranhas e ainda mais quando tudo está muito complicado e a única coisa que você pode fazer e esperar para sair pela porta e encontrar sua futura amiga. As luzes piscam e a porta se abre fazendo com que todos que estavam sentados se levantem e saiam para a outra sala.

_Celina?- pergunta Dulce com tristeza -você está aqui?

Mas não a resposta alguma e a sala continua a mesma: branca, moderna e assustadora.

_Ela deve estar bem Dulce- diz Anahí- se acalme.

_Me acalmar?! você só pode estar brincando, ela é minha amiga e eu quero encontrar ela!- diz Dulce sem paciência.

_Eu também quero encontrar ela, todos nós queremos.- digo me afastando dela.

Onde ela poderia estar agora?, porque ela não está mais conosco?, Porque eu estou destinada a viver nesse lugar tão sombrio e sufocante?, essas perguntas pairam sobre minha mente mas não busco resposta pois sei que não conseguirei responder nenhuma delas, posso até ter feito algo ruim no passado, mas eu mudei, sou uma nova pessoa e não tenho nada a temer, não mais.

_Como você está?- pergunta Alfonso me tirando dos pensamentos.

_Estou bem, mas não deixo de estar preocupada, esse lugar..- digo sem jeito.

_Este lugar é ruim eu sei, mas como você mesma disse ela vai ficar bem, não é?- indaga ele com um sorriso torto.

_É o que eu espero.- digo retribuindo seu pequeno sorriso.

Uma voz grave e potente, começa a se espalhar pela sala, e todos ficam parados para ouvir com atenção.

_Prestem bastante atenção, vocês passaram pela primeira fase de nosso treinamento, porém cometeram certos erros que não deveriam ser cometidos jamais, terão que se esforçar mais, lutar mais, se quiserem vencer e ganhar o grande prêmio, e se caso alguém quiser desistir diga antes que seja tarde demais para voltar atrás, e não se esqueçam somente os fortes conseguiram seguir em frente, e os fracos.. bem isso não vem ao caso nesse momento. Enfim bem vindos a seu novo mundo com seus segredos e sua identidade deixando ser somente sua.

Fico perplexa e sem entender ao certo o que aquela voz queria dizer com tudo o que falou, olho para os outros e eles também aparentam não entender o que foi aquilo.

_Então quer dizer que algumas pessoas dessa sala, tem segredos?- diz Gastão com ironia.

_Sim, eu tenho um segredo- diz Christopher- mas é claro, eu não vou compartilhar com nenhum de vocês.

_É eu também.- diz Christian.

_E eu guardo um comigo.- diz Maite sem expressão.

_Parece que todos aqui tem, e vocês dois?- diz Dulce olhando para mim e Alfonso.

_Eu não tenho porque mentir, eu tenho e sempre terei.- diz Alfonso olhando para mim, assim como todos os outros.

_Eu.. prefiro não falar sobre isso.- digo tentando colocar um fim a essa conversa.

_Ora, ora ora, o que ouve com a princesa?- provoca Gastão- você é fraca Anahí?

_Não sou fraca como você, e não me ponha apelidos, não te dei liberdade para isso.- digo com raiva e me aproximando dele.

_Você não manda aqui senhorita princesa, e não estipula regras..- diz Gastão.

_Cala a boca Gastão.- diz Alfonso com a voz alta.

_Não estou falando com você Alfonso, então..- diz Gastão sendo cortado no meio da frase.

_Chega dessa briguinha sem graça- diz Dulce- temos que encontrar Celina.

_E se ela não estiver mais viva?, já parou para pensar nisso.- diz Christopher fazendo todos ficarem espantados.

_Ela está viva, porque ela é forte, e não tem segredos ao contrário de todos aqui.- diz friamente.

As luzes piscam repetidas vezes e se apagam me assustando para variar, é quando do nada sinto um ar gelado com cheiro estranho e começo a ficar tonta e sonolenta, será que todos estão assim também?, e alguns tossem nessa escuridão, consigo ouvir alguns gritos de medo, mas não posso evitar tudo isso e já estou caindo no chão, sinto uma mão indo de encontro a minha, sinto que é a mesma mão que me carregou quando estava caída, é a mão de Alfonso, tudo fica ainda mais escuro para mim, minha respiração ofegante, minhas palpebras se fechando lentamente e eu apago, todos se apagam e talvez esse seja o nosso fim.