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História Mury-j - Muryõ-jü


Escrita por: Nyah_Cat

Capítulo 1 - Muryõ-jü


                Nas ruas de Konoha estava um pequeno garoto, seus olhos azuis estavam cansados, e o rosto um pouco sujo, corria o mais rápido possível, dando a entender alguns respingos de sangue. Algumas kunais foram lançadas sobre o pequeno, e pegaram de raspão, seus braços, sua bochecha e por pouco não pegara o pescoço. Não tinha mais de cinco anos.

                Dessa vez não eram apenas os moradores da vila, tinham três gennins lá também, virou em um beco e ao não ver saída o pequeno se jogou na lixeira, e a tapou. Pôde ouvir passos a sua volta, o estavam procurando. Inconscientemente começou a chorar, até a tampa da lixeira ser retirada brutalmente e dali, um homem o pega pelo braço, e o ergue no ar, gritando vitória. Ele se debatia, mas de nada adiantava.

                Logo o acertaram uma joelhada, mas sem larga-lo, o que fez com que o pulso do loiro doesse ainda mais, depois o largaram e o jogaram na parede. Sem esperança apenas se protegeu com os braços enquanto recebia os mal tratos.

                Demorou mais ou menos uma hora, mas para o pequeno eram séculos, lutava para se manter acordado, sabia que se desmaiasse iam o levar para algum lixão, pouco se importando se seria de ajuda à aldeia futuramente. Quando o deixaram lá quase inerte, mas já se curando.

                Alguns passos foram ouvidos, e alguém se aproximou dele, fechou os olhos, sabendo que seria alguém para se certificar que o trabalho estava feito, mas se surpreendeu, foi ao ser arrastado de forma cuidadosa para algum lugar. Ninguém teria esse cuidado com ele. Deveria ser alguém mais ou menos de sua idade.

                Com medo abriu os olhos, vendo que se encontrava perto de um pequeno laguinho, e alguém limpava seus ferimentos. Surpreendeu-se mesmo ao ver quem era.

                – S-Sasuke? – Indagou ao moreno de olhos ônix, que o encarava.

                – Fica quieto, você fez alguma coisa a aquelas pessoas? – Falou friamente, parando de súbito de tratar os ferimentos do loiro, e se sentando ao seu lado. Surpreendeu-se mesmo foi ao ver o loiro se sentar rapidamente, como se não estivesse machucado, e realmente, ele estava coberto de sangue, mas seus ferimentos simplesmente sumiram.

                – Pera... O EMO GÓTICO DAS TREVAS DA ACADEMIA ME AJUDOU?! QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM O BAKA DO MEU RIVAL?! – Gritou, e literalmente, Sasuke caiu pra trás nesse momento. Mesmo depois disso, o Naruto seria o mesmo idiota da Academia Ninja.

                – Quem nos considera rivais é você, não tenho culpa se sou consideravelmente melhor que você. – Deu de ombros, falando baixo e seriamente, mas ao mesmo tempo um pouco divertido. 

                – Por que me ajudou? – Perguntou agora, curioso.

                – Deu vontade. – Respondeu simplesmente, e o Uzumaki fechou a cara.

                – Baka.

                – Dobe.

                – Baka.

                – Dobe.

                – Baka.

                – Dobe.

                – Baka.

                – Dobe.

                Encararam-se mortalmente por fim, logo começando a rir.

 

 

 

                Desde aquele dia, Naruto e Sasuke eram ótimos amigos, mas não deixavam de lado certa rivalidade, embora agora, o moreno livrasse o loiro de alguns espancamentos, mas a grande maioria era quando o Uzumaki estava sozinho.

                Naruto chegara a casa, já de tarde, andava tentando treinar com Sasuke, pedia constantemente só para melhorar as notas da academia, já que não poderia reprovar em quatro anos, no outro dia seria seu aniversário, mas mal se importava. Passou de fininho pela sala de casa, para não ser notado pelos pais, que por acaso, não passavam de outros monstros a seu ver. Porém, sua tentativa fora arruinada quando sua irmãzinha Naomi Uzumaki-Namicaze o gritou:

                – NARUTO-NII, BEM VINDO DE VOLTA! – Sorriu, a irmã era uma das poucas pessoas da aldeia que lhe davam valor. Era ruiva, com as pontas do cabelo em um loiro, chegado a dourado; os olhos azuis cristais, bem claros, mas envolta da pupila era um pouco arroxeado; tinha um risquinho na bochecha esquerda; pouco menor que o irmão; tinha um sorriso animado e inocente no rosto; usava apenas um top, que lhe cobria até o umbigo e uma calça de pijama roxa, de gatinhos.

                – Yo, Naomi-nee. – Deu um singelo sorriso, enquanto seus pais o olhavam com desaprovação, mas não disseram nada, afinal de contas estavam na frente do mimo de suas vidas, Naomi. – Boa noite, Kushina-Sama, Hokage-sama – Disse devolvendo o olhar de desaprovação, só que depois deu um lindo sorriso. – Brincadeira, vou pro meu quarto, tchau, mãe, pai. – Disse rindo e entrando em seu quarto, ou melhor, porão. Que apesar de estar aos trapos, estava muito bem organizado. Pulou no colchão que era o que mais se aproximava de uma cama ali, e simplesmente ficou pulando lá.

                Gaki, minha cela ta balançando, para de pular – Ouviu uma voz sinistra e ameaçadora, olhou em volta, mas não viu nada – Você não é lá muito inteligente né?

                – Eiii! Quem é você, Voz-sinistra-que-ta-por-aqui?

                Feche os olhos e se concentre no seu subconsciente – A voz ordenou, mas o loiro continuou pulando. – AGORA!

                – H-Hai. – Sentou no colchão e fechou os olhos, mas em menos de dois segundos uma musiquinha lhe veio à mente e começou a cantarolar, mas após levar uma bronca que assustaria até Kami se concentrou. Então apareceu em frente a uma enorme cela, estava escura, mas logo dois enormes olhos vermelhos, com uma fenda no meio apareceram. – UAU!

                A enorme raposa se aproximou, e só viu os olhos do loiro brilharem cada vez mais, estava admirado, curioso, mas também pensativo.

                – Se você ta aqui... Então sou seu Jhincuuriki? – Perguntou com um semblante curioso. A raposa nada respondeu. – QUE INCRÍVEL! AGORA VOU TER OUTRA AMIGA ALÉM DO SASUKE! – Falou super animado e entrou na cela, sem medo, e abraçou uma das caudas da enorme Kyuubi.

                – Você ao menos deduze as coisas rápido. O QUE PENSA QUE TA FAZENDO, PIRRALHO? – Naruto teve certeza que ia ficar surdo, mas não ficou, graças a Kami, ao invés disso, ele apenas sorriu.

                – Você é solitária que nem eu, só é chata assim porque é incompreendida, então a partir de agora sou seu amigo. – Falou animado. Não queria explicações nem nada, só estava animado por finalmente ter uma amiga.

                – Você é um Gaki muito estranho...

 

 

 

 

 

 

 

                – Aí a Kurama me contou como ela foi parar lá, e que ia agir como uma mãe que nunca tive: Resumindo: Agora tenho uma mãe. – O loiro contava ao moreno, enquanto iam para a Academia Ninja.

                – Isso é muito louco, Dobe. – Respondeu o moreno com um sorriso de lado, mas como ele queria também ter uma mãe, como agora.

                – E já que te considero um irmão, topa sermos treinados por ela? – Falou com um sorriso alegre.

                – Sério? Claro! Depois da Academia começamos. – O moreno sorriu.

                Naruto usava uma camiseta laranja, com detalhes em azul-escuro, que era bem larga; e uma bermuda roxo-azulada, um pouco acabada. Seus cabelos estavam desgrenhados e bagunçados, carregava consigo um sorriso travesso no rosto.

                Sasuke tinha o cabelo bem arrumado, mas que insistia em ser meio rebelde atrás; um casaco azul e preto, aberto, com uma regata preta por baixo; usa uma calça, que chega até as canelas de sua perna, larga e preta. Está com uma expressão divertida, mas somente com um sorriso de canto.

                – Tô dentro. – Falou fazendo o “V” De vitória com as mãos – Assim vou me tornar o maior hokage de todos, e superar até o Jiji! – Disse animado.

                – Não se eu conseguir primeiro. – Sasuke rebateu.

                – Quem chegar à academia primeiro vai ser o melhor Hokage. – Desafiou Naruto com um sorriso no rosto.  Nem esperou a resposta, e já foi correndo, seguido por Sasuke.

                – NÃO VALE, VOCÊ COMEÇOU PRIMEIRO! – Ouviu Sasuke gritar, mas felizmente, ele corria bastante, em outras palavras era bem rápido. Porém quando chegou à Academia, viu um amontoado de pessoas lá, de imediato lembrou, era seu aniversario, porém, estavam a volta só de sua irmã. SÓ DELA!

                Parou de correr dando a chance de Sasuke o ultrapassar, apertou os punhos com força, e deu um longo suspiro. Nunca ligara pra isso e não seria agora que ligaria. Deu a volta no amontoado indo em silêncio para sua sala. Finalmente encontrou o moreno que o procurava agora. Sorriu, mesmo que um pouco forçado, e fora com ele para a sala.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                A aula acabara, e o loiro esperava pelo moreno no balanço, Sasuke sempre tinha uma aula a mais, deve ser porque é o gênio da classe. Ele se balançava levemente, enquanto esperava.

                Finalmente sentiu a aproximação de alguém, ao se virar ao pensar ser Sasuke, só se viu de cara com um dos valentões que o espancavam...

                – Oh... Não. – Falou antes de tentar sair correndo, mas foi segurado pela gola da camisa, e esperneou. – ME LARGA SEU IDIOTA! – Esperneava e tentara soca-lo, só que em vão, apenas foi jogado no chão, com força o suficiente para abrir um ferimento na testa. Logo após, sentiu ser pisado no estomago, e perdendo o ar ouviu:

                – Morra, moleque-raposa. – Disse o lançando um típico olhar de desprezo enquanto o apertava ainda mais no estomago. Logo outros dois apareceram e, o que pisava no loiro o imobilizou.

                Começaram a lhe dar diversos socos, que doíam, doíam demais, mais do que se pode imaginar, mas o loiro não emitia sequer um gemido. Porém, um deles pegou uma faca, e sorriu macabramente, antes de começar a fazer vários cortes superficiais no Uzumaki – Ou melhor Ootsuki – ele tentava sair, a todo custo, até o largarem no chão, agonizando. Por fim, antes do último deles sair, lhe deu um chute nas partes baixas.

                – Aiaiaiaiaiai. – Murmurava se contorcendo. Precisava de treino, urgente. Não sabia se defender, muito menos usar técnicas para escapar.

                Eu durmo por um segundo e isso já acontece? – Pergunta a raposa, se materializando fora do selo, em forma humana. Seus cabelos eram ruivos, intensos, da cor do sangue e do ódio. Chegavam até sua cintura, não eram lá muito lisos, só no inicio, e no fim, vai recebendo um corte encaracolado, e também meio alaranjado; os olhos são vermelhos também, só que entorno da pupila em forma de fenda, era mais alaranjado. Até o formato dos olhos era felino; usa apenas um quimono, negro, que vai até seus calcanhares; está descalça; tem um dos dentes mais pontudos, que a dá uma aparência meio... Sedenta, e ao mesmo tempo fofa. Ela tinha curvas incríveis também; além de que, tem duas orelhas e uma cauda de raposa meio alaranjados.

                – Hm... – Colocou a mão sobre o peito do loiro e de imediato seus ferimentos fecharam. – Realmente, você precisa mesmo de treino.

                Naruto como estava cansado dessa sessão-espancamento, a ignorou completamente e abraçou sua cauda, cansado, simplesmente.

                – Me deixa adivinhar... – Falou Sasuke chegando perto de ambos, à aula acabara há algum tempo, e esteve observando desde que Kurama saiu do selo. – Primeiro ele recebeu um presente de aniversario dos moradores, e depois da senhora?

                – Senhora tua mãe, meu nome é Kurama. – A kitsune bufou irritada.  

                – Certo, Senhora Kurama. – Parou de provocar ao ver que as unhas da Kitsune cresciam como se fossem garras prontas pra estrangulá-lo. – Ta parei. Agora acorda o Naruto... – Riu, mas lembrou do que o Uzumaki disse “E já que te considero um irmão...” – Mãe... – Sussurrou a última parte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                Já era fim de tarde, o loiro voltava para sua “casa”, totalmente acabado, tudo o que desejava era uma cama, o treinamento de Kurama era intenso, o mesmo jurava que ia acabar morrendo lá. O que não era muito diferente de Sasuke, que fora para o apartamento ao lado do Ootsuki, que parecia dormir em pé.

                A Kitsune o fizera fazer vários clones, e mesmo ele não sabendo como, a fúria da Kurama faz milagres, e cada clone fez cerca de... 50 abdominais, 50 flexões, 50 voltas pela vila e depois o dobro. Olha que ela só deu cinco minutos de descanso, para depois fazer o dobro! Em outras palavras, ele está acabado. O pior, foi mandar um terço dos clone lerem pergaminhos secretos que ela furtou da sala do Hokage, enquanto o verdadeiro tinha que aprender o estilo das raposas de lutar. A fúria dela faz milagres mesmo.

                Eram mais ou menos 21h, a festa de Naomi devia ter começado, e sinceramente, ele estava pouco se importando.

 

 

                A festa se desenvolvia na mansão Uzumaki-Namicaze, tudo estava perfeito para a pequena Naomi, todos a paparicavam , davam brinquedos, roupas, pergaminhos ninjas, de tudo, e tudo isso ia se acumulando no baú de seus presentes. Tocava uma música animada, e todos se divertiam. Alguns cochichavam “Que bom que o garoto-raposa não veio, ia estragar tudo”, alguns dançavam. O Hokage liberou todos de suas funções só para virem à festa.

                – Atenção. – Ouviram Minato que fez um palco com Doton, e estava encima do mesmo, como o óbvio todos o ouviram. – Tenho um anúncio a fazer.

                A esse momento, um loiro estava praticamente na porta de sua casa, parou, só para ouvir.

                – Escolhi meu sucessor para posto de Hokage. – O coração do Ootsuki bateu mais forte, na esperança. – Ou melhor, sucessora. Minha filha, Naomi Uzumaki-Namicaze. – Falou por fim, e Naruto se encheu de um ódio jamais visto antes, sabe-se lá influencia da Kurama ou não. Ele estava raivoso.

                – O QUE?! – Gritou a plenos pulmões, todos se viraram pra ele. – VOCÊ VAI MESMO ME TIRAR A ÚNICA COISA QUE ME IMPORTA NESSA MERDA DE ALDEIA? – Todos ainda o olhavam, agora com desaprovação, e ódio.

                – Cale-se moleque insolente. – Disse Kushina com os cabelos voando de raiva se aproximando de Naruto.

                – Vai me obrigar? – Ironizou. –Eu, por ser o mais velho deveria ser o sucessor, mas não, o Hokage de merda tem que escolher a mais nova, claro. – Soltou. – VOCÊS ME ODEIAM POR ALGO QUE EU NÃO FIZ E SIM ELE. – Apontou para o próprio irradiando deboche, ódio e raiva. – Vocês me tiraram tudo...  Tudo, e ainda assim insistem em tirar ATÉ MEU SONHO? – Gritou a plenos pulmões.

                – Se você quer assim, moleque, assim será. NAOMI VENHA ATÉ AQUI – Ordenou Kushina, e logo Naomi obedeceu-a indo até lá. – Os irmãos devem lutar, quem vencer, será o sucessor no posto de Hokage.

                – Mas... – Tentou dizer a pequena Naomi, mas foi interrompida por aqueles que torciam pela briga. – EU NÃO QUERO MACHUCAR O NARUTO-NEE-SAN! – Gritou já chorando.

                – Eu vou embora... – Disse Naruto por fim. – E NÃO ME PROCUREM! – Falou indo pro porão, que por acaso era seu quarto, pegou sua mochila da Academia e colocou tudo que precisava ali. As poucas peças de roupa que tinha, o chapéu de Hokage, que o sandaime lhe deu de presente aos quatro anos, e algumas outras coisas. Pulou a janela e saiu correndo, as lágrimas insistiam em cair, e ele não fazia questão de segurá-las.

                Não, não jogou na cara que Kushina passava por uma situação quase que igual. Não, não jogou na cara os espancamentos. Só jogou na cara, que a culpa não foi dele, aquilo o fizera perder o sono, mesmo que estivesse fisicamente acabado, então deixou que Kurama assumisse seu corpo e corresse pro portão da vila, onde encontrou Sasuke.

                – O que ta fazendo aqui? – Perguntou Naruto novamente no comando de seu corpo.

                – Com aqueles seus gritos, até em outra vila eu escutaria. Vou com você. – Disse com um sorriso fraco. – Eles não mereciam aquela esperança que você tinha.

                – Sei disso, agora vamos antes que nos encontrem. – Falou Kurama, novamente no controle do corpo, enrolou sua cauda em Sasuke, e correu o arrastando junto.

 

 

 

 

 

 

 

                Passaram-se três dias desde então, Minato ignorou o pedido de Naruto, assim enviando dois esquadrões dos melhores ANBUS de rastreamento que tinha, queria consertar o que fizera, mas parecia tarde demais. Realmente, É tarde demais, Só se dá valor quando perde, assim o diga. O loiro muitas vezes se pegava pensando no filho, e em como seria se tivessem agido diferente. A família perfeita, talvez? É, deve ser, afinal: O Yondaime Hokage, a Pimenta Sanguinária de Konoha e seus filhos, que provavelmente seriam bem fortes. Afinal, teriam recebido ótimo treinamento, com os próprios sannins lendários e os próprios pais, iriam mudar a visão que tinham todos dos Jhincuurikis.

                Também tem o caso, que ele foi injusto, afinal, selou o chakra da raposa em sua filha, e a alma em seu filho, mas ele mal sabia que a alma iria se restaurar em menos de oito anos, e que, apesar de Naomi ter a reserva de chakra da raposa, isso acaba, mas se tendo a alma pode restaurar-se.

                Pegava-se diversas vezes se xingando mentalmente, ou sonhando acordado, afinal, Naruto tinha razão, a culpa foi inteiramente dele, e realmente, ele se pegou chorando algumas vezes.

                Chamara os sannins, Jiraya Ayamata (Autora inventou) e Tsunade Senju, para treinamento de sua filha e no momento os esperava no escritório do Hokage.

                Tsunade era uma das que só desprezava Naruto quando ele lhe pedia algo, ou então simplesmente se afastava. Ela sentia no fundo que o que estava fazendo era errado, mas a mesma se ignorava e continuava com o mesmo comportamento.

                Já Jiraya, ignorava Naruto completamente, para ele era como se o Ex Uzumaki não existisse, sequer trocou duas palavras com ele, somente o ignorava, o que de certa forma doía mais que um golpe de facada, afinal a dor física passa, mas a dor no coração não.

                Foram informados do que aconteceu, e ambos sinceramente, discutiram sobre o que ele (a) não devia ter feito, tipo aquelas discussões de criança em que um culpa o outro. Mas depois simplesmente assumiram o erro.

                Depois de uma breve discussão entre o Hokage e os Sannis, ambos saíram deixando o loiro completamente só em pensamentos.

 

                Kushina, por sua vez, passou o primeiro dia inteiramente chorando, como pôde? Ela mesma já passou pelo que o filho passara, mas mesmo assim o culpara por tudo que ocorrera no dia de seu nascimento. Queria voltar no tempo, e fazer exatamente tudo de novo, mas isso não era possível. Pegava-se chorando pelo filho, encolhida em seu quarto enquanto Naomi estava na Academia e Minato no trabalho, tinha que ser constantemente repreendida, pois com tudo isso perdera a fome, e assim comeu notavelmente menos.

                Desde o primeiro minuto que passara no segundo dia, resolveu que ia esperar o filho no portão da vila, ele não conseguiria passar tanto tempo na floresta, certo? Ficou até a hora do jantar lá, ignorava os pedidos que devia voltar pra casa de seu corpo, mas teve de voltar uma hora.

                Após tudo, passou a treinar sua filha, com cada vez mais empolgação, afinal, necessitaria de uma menina forte também, apostava suas esperanças na pequena Naomi, sabia que um dia, sua filha conseguiria trazer seu irmão de volta, ou talvez não, mas preferia aumentar sua pequena chama de esperança.

 

                Naomi, a pequena mal se abalou, ficou confusa, mas principalmente determinada, desde que seu irmão saíra da vila, ela treinava dia e noite, recebendo treinamento dos Sannis, de sua mãe, e do Hokage, durante a noite, ia de manhã pra Academia, e dormia de tarde. Foi melhorando bastante, tipo MUITO mesmo. Tinha que trazer seu irmão, que sempre fora o melhor garoto que queria ter a seu lado, de volta, custe o que custar.

                Onii-san, eu posso quebrar todos os ossos de seu corpo, mas vou te trazer de volta, é uma promessa!

                Sua posição na Academia foi logo subindo, ficando atrás dos irmãos H  aruno logo ao terceiro dia.

                Neji Hyuuga

                Rock Lee

                Seiji Haruno

                Ino Yamanaka

                Sakura Haruno

                Naomi Uzumaki-Namicaze

                Hinata Hyuuga

                Shino Aburame

                Shikamaru Nara

                 Sai Shuichi

                Essa era a colocação dos 10 melhores da Academia, sendo que em algumas semanas ela poderia chegar ao primeiro lugar, e isso ela estava determinada.

               

 

 

 

                O loiro e o moreno fizeram um acordo silencioso de não tocar no assunto que ocorrera na aldeia, e agora, estavam na Floresta da Morte, em uma toca de raposa. Como? Oras, Kurama pediu gentilmente a duas raposas para que pudessem morar lá, e assim que chegaram, invocou outra, para expandir o lugar, e estava mais ou menos do tamanho médio. Iam morar lá somente por mais ou menos três meses, enquanto ela tratava de fortalecer a resistência de seus filhos, e para que ambos possam lutar pelo menos com um chuunin baixo, porque apesar de pegar pesado, o máximo que ocorreu com o primeiro treinamento de ambos, foi um pouco mais de força.

                Naruto a tirara de dentro do selo, mas só o arrancou pela metade, e isso foi suficiente para que ele desmaiasse por cerca de 30 horas, um dia e Seis horas. Pelo selo não ter sido arrancado por completo, Kurama não podia se afastar mais de um quilômetro dele, e isso pra ela, era horrível, pois quer ser livre, mas teria de ter paciência.

                Por fim, Sasuke não aguentou mais e perguntou:

                – O que vamos fazer assim que sairmos daqui?

                – Bom, eu estava pensando... – Começou Kurama. – Que tal se juntarmos os Jhincuurikis, só os que quiserem, conosco, e formar uma pequena organização, claro, todos sendo treinados por suas bijus e possíveis aliados que encontrarmos. Provavelmente, ao menos seis é provável que consigamos, ou seja, dois times de três... – Continuou, mas pegou um graveto e desenhou na terra alguma coisa. – Para os líderes da vila, podemos dizer que fomos atacados e as bijus extraídas, mas como vamos tirá-los da vila? Simples, para os que não controlam suas bijus, damos a desculpa que vamos ajuda-los a controla-las, e para os que sabem damos a desculpa que precisamos de ajuda. No fim, devemos conseguir ao menos UMA vila aliada, para termos abrigo, mas para nos identificar, cada um deve ter esse símbolo. – Apontou para o que desenhara, revelando ser o desenho composto unicamente de alguns traços. (Símbolo da Aliança Ninja) – Tatuado onde seria o selo, poderíamos morar no subterrâneo da vila.

                Pensou um pouco e completou:

                – Vamos ter que passar pelas cinco Grandes Nações Ninjas, então, em cada uma, inventamos algo e pedimos treinamento aos kages, sendo que aqui, no País do Fogo, devemos simplesmente usar essa toca como esconderijo.

                – Mas eu não tenho nenhum selo. – Murmurou Sasuke, um pouco emburrado.

                – Isso não será problema. Selarei metade de mim em você, no caso minha parte Yang. Já que estou selada no Naruto, ambos ficaram apenas com metade de meu poder, embora isso possa causar alguma alteração física. – Completou.

                – Que tipo de alteração? – Indagou agora desconfiado.

                – Bom... Você poderá ter traços mais afeminados, digamos assim.

                – Quer dizer... Tornar-me uma menina? – Engoliu em seco.

                Kurama começou a rir da cara dele, ou melhor, gargalhar, tipo muito.

                – Você caiu direitinho. É mentira, o máximo que fará é que suas unhas pareçam garras, você ganhe uma enorme cicatriz na testa, e ficar um pouco mais bronzeado, se bem que acho impossível. – Riu mais ainda, e Naruto? Já estava gargalhando há muito tempo.

                – Sendo assim, ok.

                – Vai ser um tédio ficar aqui sem vocês aprontando durante alguns dias. – Deu um longo suspiro, fez um selo, e logo uma fumaça apareceu ao seu lado e tomou uma forma feminina. – Essa é Kurame, minha parte Yang. – Falou com uma voz mais suave que antes.

                – Só muda o finalzinho do nome. – Comentou Naruto distraidamente.

                Kurame era sem duvidas do mesmo tamanho que Kurama. Tem cabelos de início liso, mas logo depois encaracolados que chegam até os ombros, mas ao invés de ser ruivo, como o de sua parte Yin, é castanho um pouco arroxeado; Seus olhos são mais vermelhos e escuros que o da ruiva, e a fenda é um pouco menor, além de que, ao invés de ser manchado de laranja, era manchado de roxo; a pele é um pouco mais pálida. Usa um quimono negro, que chega até seus calcanhares, porém, cai às vezes sobre os ombros, deixando a mostra um pouco de seu seio esquerdo.

                – Cala a boca, Gaki. – Respondeu a agora Kurame, com a voz parecida com a de Kurama antes. Logo a mesma colocou a mão sobre a testa de Sasuke, abrindo um corte, e logo entrando. Os olhos do moreno mudaram levemente de tom, para um mais avermelhado, e logo voltou ao normal. Porém sentiu seu chakra se agitando numa certa ardência e caiu desacordado.

                O loiro, simplesmente sentiu uma tontura pela perda de metade do chakra de sua biju e caiu também desacordado. Logo Kurama o colocou num colchão velho, que sempre se encontra por aí, já que tem gente que não sabe o que faz de mal a natureza. Colocou Sasuke a seu lado e os cobriu, olhando-os com um amor maternal, para depois voltar ao selo.

 

 

 

 

 

 

                Três meses se passaram, aquela toca de raposa parecia mais uma casa subterrânea, com uma entrada circular no teto do que uma toca. Era um esconderijo perfeito. Kurama se provara uma ótima arquiteta, as paredes que antes eram de terra, ela cobriu de pedras, e cimento, tornando literalmente uma casa circular, mas não foi só isso, ela cobriu tudo com uma fina camada de metal, onde colocou seu chakra, protegendo da visão do Byakugan e de sons que saíssem de lá. Já Kurame, cavou uma entrada mais a fundo fazendo um campo de treinamento perfeito que não destrói nada, tinham vários outros tuneis dando pra quartos, cozinha e banheiro, cujo qual, o vaso sanitário e um banco com um furo que cabe os dois, e outro túnel levando ao esgoto. Usavam uma raposinha como informante da Folha, por via das dúvidas.

                O treino dos mais novos Ootsukis – A única diferença era que Sasuke ainda gostava do sobrenome Uchiha, e quando ia se apresentar, era normalmente como Sasuke Uchiha Ootsuki – Fazia um enorme progresso, tanto um quando outro, aprendiam rápido, tanto, que ambos conseguiram voltar a Konoha as escondidas e roubar alguns pergaminhos. O estilo das raposas era incrível, se moviam com agilidade, rapidez, maciez e em completo silêncio, nem um simples ruído era ouvido. O Moreno descobrira com qual tipo de chakra tem afinidade, apesar de Katon ser óbvio, jamais pensara em dominar o Raiton. Já o Ex Uzumaki domina Fuuton, Doton e Katon, em outras palavras, os dois faziam a dupla perfeita.

                Naruto aprendera o Hiraishin, Rasengan, Rasen-shuriken e Sakki (Intenção assassina); Sasuke, quase o mesmo, mas como não tem afinidade para vento aprendeu: Hiraishin, Gokakyuu no Jutsu, Chidori, Raikiri e Sakki. Embora seus níveis estejam relativamente baixos, poderiam enfrentar um chuunin alto.

                Os Ootsukis tinham a marca que Kurama lhes falara, no selo, mesmo que bem discreta. Era agora, ou nunca. Iriam começar pelo Uma cauda, do Jhincuuriki Gaara no Subaku.

                – Ei, Teme, o último a chegar terá de casar com o Minato. – Falou Naruto, rindo, já começando a correr. Isso causou uma expressão de nojo no Sasuke, que correu logo após, se igualando na linha reta ao loiro, que correra um pouco mais rápido, mas infelizmente o moreno o ultrapassou em alguns segundos. O mesmo concentrou chakra nos pés para se igualar a ele. Raramente faziam barulho, era quando se desequilibravam e pisavam com força demais ou pisassem em alguns galhos. Mas simples civis nem os veriam.

                Era boa a sensação do vento batendo no rosto, de se libertar correndo por ali, se não fosse o cansaço, ambos correriam até morrer. Mas depois de três horas, os dois tiveram de parar e descansar, o mais engraçado era a cara de ambos, os olhos quase fechavam, enquanto lutavam para mantê-los abertos e a língua pra fora, ofegantes. Dentro deles duas raposas se contorciam com lágrimas nos olhos de tanto rir.

                – Teme... Que tal... Continuarmos... Amanhã? – O loiro perguntara ofegante.

                – Claro, Dobe. – Falou e depois de três segundos, ambos caíram pra trás, já praticamente dormindo.

                 “Fala sério, vamos ter que esconder eles. Mas topa, daqui à uma hora acordá-los com uma barulheira?” – A voz de Kurama foi ouvida pela morena, que abriu um sorriso demoníaco. Ambas estavam em sua forma Raposa dentro dos meninos, e a única diferença era que Kurame é mais escura.

                 “Com certeza.”

                Uma hora depois...

                 “ACORDEM, SEUS MOLEQUES DUMA FIGA, OS ANBUS DE KONOHA TÃO AQUI PERTO!”

                 "MOLEQUE, UCHIHA, CHATO, FEIO, TROUXA, EXTREMAMENTE EGOCENTRICO, ACORDA! TEM TRÊS ANBUS AQUI PERTO!”

                Os dois levantaram num pulo, dando um grito, depois se olham e dão outro grito, provavelmente com a visão embaçada por conta do jeito que acordaram, e devem ter achado que tanto um quanto o outro era algum ANBU, e logo ambos correram pra direção oposta, se escondendo rápido. Logo o susto foi interrompido por risadas em suas mentes... A expressão de ambos deve ter ficado vermelha de raiva, e os olhos de um assassino.

                – BAKAS! – Gritaram ambos em uníssono, antes de olhares a cara um do outro e começarem a rir também, depois de perceberem o mico que estariam pagando, mesmo que não tenha ninguém por perto, cruzaram os braços e viraram para os lados opostos emburrados.

                – Eu não sou chato, feio, trouxa e extremamente egocêntrico, sua raposa ridícula. – O Uchiha murmurou, mas parou, assim que ouviu um rosnado, e um par de olhos selvagens o encarar. Suou frio.

                Depois de uma leve discussão, ambos voltaram ao caminho a Suna, andando dessa vez, calmamente. Às vezes riam baixo lembrando-se do ocorrido.

                Chegaram ao portão de Suna, tinham dois Jounins lá.

                – Com licença. – Começou Sasuke, atraindo a atenção dos dois.

                – Pois não?

                – Gostaríamos de falar com o Kazekage.

                – Podem enviar um recado, o Kazekage-Sama está em uma reunião com o conselho. – Era óbvia a mentira, com um suspiro, Naruto pegou um pedaço de papel e os entregou, o provavelmente mais inteligente dentre os dois leu.

                “Senhor Kazekage

                Não somos de nenhuma vila específica, mas recebemos um recado de que a uma organização atrás de Jhincuurikis, nós já fomos amigos de certo Jhincuuriki que fora capturado, e gostaríamos de pedir sua ajuda, sabemos de um templo, cujo qual é possível aprender e fazer amizades com seu Biju, e gostaríamos de sua permissão para que levássemos o Ichibi para lá, para que ele aprenda a controlar-se.

                Cabe somente a você acreditar ou não. Caso a organização nos encontre, e capture o Biju de seu Jhincuuriki, com certeza iremos enviar uma boa quantia de dinheiro, como compensação para melhoria de vossa aldeia. A quantia mínima será um milhão de Yenes.

                Ah, quase que nos esquecemos, se o senhor puder prestar alguns treinos básicos sobre alguns Jutsus, afinal, o Grande Kazekage tem ótimos Jutsus , não?

                                                               Menma Namizuki e Han Uchitsuki, meros mercenários da floresta”

                – Poderiam nos prestar abrigo durante alguns dias? – O loiro perguntou com um sorriso.

                – Ahn... Claro.

                Sem que percebam Naruto e Sasuke se entreolham e sorriem minimamente. Tudo conforme o planejado, a Aldeia da Areia, Sunagakure, era bem pobre, então no caso seria uma proposta tentadora...

 

 

 

                Já saiam da Aldeia, juntamente com seu Jhincuuriki, Gaara no Subaku. O menino era ruivo, talvez um ou dois meses mais velho que Sasuke. Tinha olheiras profundas, que davam um contorno negro envolta de seus olhos; a pele era pálida; tinha grandes olhos verde-água.

                – Então agora vamos para Kumogakure encontrar a Duas Caudas? – Perguntou por fim, em um sussurro.

                – Sim. Mas agora estamos longe o bastante da Aldeia. Quero ver a forma humana do Shukaku. – Falou o loiro travesso.

                Logo uma areia saiu do selo de Gaara. Que por acaso era o Kanji “Amor” no canto direito de sua testa. Logo se materializou um menininho, que chega até a cintura de Sasuke, devia ter uns quatro anos. Cabelos castanhos lisos, e claros que chegam até sua cintura; olhos da cor areia, com um sinal de cruz no meio, caindo, como se tivesse com sono; usa um quimono, largo demais para seu tamanho, azul claro; os pés estavam descalços; abriu um sorriso, dando pra ver seus dentes certinhos.

                – MANINHOOOOO! – Gritou Kurama saindo do selo de Naruto e pulando nele, praticamente o amassando.

                – Oi... Kura-chan. – Disse com uma voz infantil.

                – Você é criança? – Naruto perguntou com a boca aberta em um completo “O”.

                – Ele é o caçulinha, oras. Tem aparência de quatro anos – Kurame saiu do selo de Sasuke. – Quanto maior o número de caudas, mais velho se parece.

                – Oi, lado chatinho da Kura-chan. – Falou fazendo Kurame o olhar com o olhar assassino.

...

                Foram interrompidos por uma gargalhada vinda de Gaara, nunca imaginara que seu Biju fosse menor que ele, e muito menos que seria tão... Infantil, Naruto que até agora segurara o riso por um milagre, começou a rir, ou melhor, gargalhar .

                Shukaku emburrou a cara, cruzou os braços, e voltou pro selo sem dizer uma palavra sequer.

                – Maninho dramático. – Disseram juntas, Kurama e Kurame.

 

 

 

 

 

 

 

 

                Os três se postavam em frente à Kumogakure no Sato, ou Aldeia da Nuvem, esta tinha dois Jhincuurikis, o de oito e a de Duas. Deram um jeito de enviar uma mensagem através de uma raposa de invocação, porque ambos tem certa parceria demais com o Raikage, que é bem explosivo, pelo o que saibam.

                No fim, ao receberem a confirmação de Yugito, vestiram o casaco da Akatsuki e cobriram seu rosto, a fim de encenar um ataque e fingirem captura-la, Gaara e Naruto os distrairiam, enquanto Sasuke a tirava da vila desacordada, mas evitariam confronto direto, sabiam que não eram páreo.

                Entraram na vila silenciosamente, sem que os outros percebam, sem trocarem sequer uma palavra, Sasuke se separou deles e foi até o apartamento de Yugito.

                – Papeis bomba. – Sussurrou Gaara e Naruto entendeu, jogando vários pela vila, porém, somente nos lugares com poucas pessoas, ou reservados. A explosão não seria tão grande, então o máximo que fariam era ferir alguém gravemente.

                Postaram-se no meio da vila, sem que as pessoas veja-os, e esperaram as explosões, em menos de cinco segundos já tinha pessoas correndo para fora da vila. Como o esperado, vários Jounins apareceram. O pior era alguns ANBUS NE, o que dificultaria as coisas.

                “Tome controle do meu corpo, Shukaku, e os deixe somente desacordados e feridos, não os mate, por favor”

                Ta bom, mas depois quero doces de recompensa – Ouvi-o, e o mesmo riu, normalmente, para depois assumir uma risada macabra. Seus olhos mudaram para os do Shukaku, ou mais chamado, Ichibi.

                Naruto seguiu seu conselho, ficando com os olhos de Kurama, nem ele era tão idiota a ponto de entrar em tantos confrontos com especialistas, no máximo, um deles e olhe lá.

                O máximo que faziam era lançar várias kunais, na opção de passar de raspão, mas várias fizeram graves ferimentos, mas nada fatal. Quando um entrava em confronto com um deles, rapidamente o imobilizavam e o desmaiavam.

                O Raikage apareceu depois de algum tempo, e já foi com um Lariat preparado, direto no Naruto, ainda sendo controlado pela Kurama. Para sua surpresa, o loiro desviou e olhou para o lado, vendo outro lá, com Yugito nos braços, a mesma estava ferida e desmaiada. Ela tinha voltado de um treino, e estava dormindo, mas mesmo assim, deu a impressão que ouve um combate em que ela perdeu.

                – Já conseguimos o que queremos. – O ruivo falou, e logo ambos sumiram num shunshin, para depois voltarem e se esconderem na Floresta.

                – EBA, CONSEGUIMOS, MAIS UMA! – O loiro comemorava gritando, e pulando, era bem idiota, mas fazer o que.

                – Dobe, pra que tanto escândalo? – Indagou Sasuke, com uma cara de “Não te conheço, cara”.

                – Porque conseguimos, ué. – Deu de ombros.

                – Tá, gente, vamos dormir aqui, já nos afastamos bastante de Kumo e eles nunca imaginariam nosso esconderijo. – O Subaku, ou Ootsuki agora, falou, olhando em volta, para garantir que não os seguiram.

                – Certo, Gaara. – Disse Sasuke, entrando num tipo de caverna, com um buraco, eles tiveram tempo de sobra pra fazerem mais esconderijos enquanto caminhavam.

                Sasuke segurou Yugito, e pulou antes que todo mundo. Mas o que ele não esperava era que a loira, acordasse no meio da queda, saísse do colo dele, desse uma cambalhota em pleno ar e caísse de pé.

                Agora, reparando melhor nela. Os cabelos eram de um loiro desbotado, que estavam presos num rabo-de-cavalo frouxo. Os olhos eram pretos, ônix na verdade, tinham um brilho de inocência. A pele era numa tonalidade normal, e os lábios levemente avermelhados. Era um ou no máximo dois anos mais nova que os três, que tinham oito e nove anos.

                Usa uma calça, acinzentada, meio larga, mas bem firme. Está usando sandálias ninja. Uma camiseta, preta, mas dos seios para baixo lilás. Luvas daquelas que deixam os dedos de fora e os braços estavam enfaixados.

                Ela os observou por algum tempo e depois abriu um sorriso.

                – Finalmente sai daquele lugar. – Olhou os outros dois, que a essa altura pularam também para dentro. – Gaara e... – Tentou lembrar o nome do loiro, que ficou irritado com isso. – Naruto, isso, Naruto, né? – Sorriu felina. Depois se virou para Sasuke. – E você é Sasuke, certo?

                – Sim... – Assentiram. Para depois Gaara dizer: – Agora entendo quando dizem que gatos sempre caem de pé. – E depois todo mundo riu.

                – É, tenho que cair em pé mesmo. – Ouviram uma voz, doce, melodiosa e selvagem. – Prazer, Matatabi, mas podem me chamar de Tabi. – Uma menina, de aproximadamente 10 anos saiu do selo de Yugito.

                Tem cabelos azuis-claro, longos que chegam até o chão, e se enrosca um pouco em seu pé; Pele pálida, porém, macia. Na opinião de todos fofa; Os olhos são inteiramente negros, exceto por uma fenda, uma amarela no olho direito e uma azul no esquerdo; tem pouco mais que um metro. Talvez 1,15cm, em outras palavras, ela era bem baixinha, tanto que tipo, até todo mundo ali era mais alto, eram mais novos do que ela aparentava ser; também tem duas caudas de pelos azuis balançando, e um par de orelhas de gato.

 

 

 

 

 

 

 

 

                Três semanas se passaram, pois o Jhincuuriki de quatro e cinco caudas recusaram a oferta, em outras palavras necessitavam do seis e sete caudas, mas isso devia ser fácil, afinal, souberam que uma semana atrás Utakata, o Jhincuuriki de seis caudas, se tornou um Nukenin por matar seu mestre, bastava oferecer, lar, apoio, amizade, e treino que ele com certeza iria. Era um fato.

                Os quatro/três Jhincuurikis juntos, já conseguiam sentir a vibração do Seis caudas, enquanto se aproximavam, até algo se aproximar. Ao se virarem viram uma bolha de sabão. Imediatamente se afastaram antes de uma explosão acontecer.

                – Utakata, Jhincuuriki de Kiri, viemos em paz, relaxa. – O ruivo Ootsuki disse, olhando pro ponto em que o mesmo estaria escondido. – Só temos uma proposta a fazer. – Resumiu, enquanto o próprio saia de seu esconderijo, deixando a Yugito corada, porque tipo, ele é muito lindo.

                O cabelo era meio acastanhado e lhe cobria o lado direito do rosto, e chegava até a nuca, macio e sedoso; pele do tipo bronzeada, mas no rosto era um pouco mais clara; olhos castanho-claros, lindos, que parecem ver no fundo de nossa alma. Corpo definido para a idade, dava para ver alguns músculos; magro.

                O mesmo usa uma bermuda preta, e um quimono azul-claro, com detalhes em azul-escuro. Parecia desconfiado, e segura com força uma argola para bolhas.

                – O que querem? – Falou sério.

                – Negociar ué. – Disse o moreno Ootsuki, olhando o rapaz a sua frente. – Olha, é o seguinte, estamos fazendo uma organização de Jhincuurikis, para treino e amizade com os bijus, temos esconderijos indecifráveis por todas as nações. Como você se tornou Nukenin, deve ser uma boa. Também esperamos que nos demos bem, então, topa? – Falou tudo, rapidamente, mas para sua surpresa, o rapaz não acreditou nem um pouco, e soprou várias bolhas em direção aos mesmos.

                Todos se afastaram num puro instinto, assim que as bolhas explodiram.

                Um rapaz saiu do selo do moreno, e segurou seu braço. O mesmo tinha aparência de uns 16 anos.

                Tinha a pele negra desbotada, o cabelo era arroxeado, uma cor de gosma talvez; olhos da mesma cor do cabelo, sem nenhuma pupila ou coisa do tipo; tinha tanquinho, e dos bons; era alto, tipo uns 1, 75 de altura, sem querer exagerar; tem um sorriso na boca, de um jeito divertido, mas também sério. Ao invés de caudas, tem um pano, todo gosmento, amarrado pouco acima de sua virilha. Além de um quimono, o que tornava aquilo menos... Estranho.

                – Eles são de confiança, sinto o chakra da Kurama, Matatabi e Shukaku, relaxa, estão falando a verdade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                Só faltava uma aldeia, Takigakure no Sato, ou simplesmente Taki. Para a Jhincuuriki de Sete Caudas, Fuu. Uma garota, mais ou menos da idade de Yugito. E está também seria a aldeia em que eles fariam uma aliança. Por ser pouco populosa, e mais isolada era perfeita. Apesar de que Ame também seria uma opção, algo os dizia que não era boa ideia.

                Eles não se esqueceram do principal, treinavam no caminho e ao chegar numa vila pedia treinamento ao Kage, seus poderes de persuasão eram tantos, que todos acabaram aceitando, menos o Raikage, mas como Bee, o Oito Caudas sabia suas técnicas, ele quem as ensinou, antes que o plano fosse colocado em ação, a um bunshin de cada um deles.

                Sempre que entravam em alguma vila, usava o Henshe, para que nãos os reconhecessem. As suspeitas sempre caiam para a Akatsuki, que não devia estar gostando nada disso.

                Estavam há quase um ano fora, já, poucas vezes encontravam alguém no caminho, e estavam construindo um vínculo, do tipo irmandade entre si.

                Chegaram ao portão da vila, e como não encontraram nada, entraram calmamente, indo até a casa do líder, ou Takikage – Um dos kages de nações pequenas –, caminhavam calmamente, como se não estivessem sendo observados por quase todos os cidadãos.

                Ao chegarem, bateram na porta, até ouvirem um “Entre” abafado. Ao entrarem viram um jovem quase dormindo enquanto assinava algumas papeladas.

                – Olá, em que posso ajudar, crianças? – O mesmo os olhou e sorriu.

                – Em primeiro lugar, deixando essa papelada de lado e nos ouvindo. – Yugito falou, se colocando nas pontas dos pés para encarar o homem, sorrindo.

                O Kage apenas arqueou as sobrancelhas, mas não disse nada, e esperou que eles explicassem, ouvia tudo atentamente, assentindo de vez em quando.

                – Então, tudo bem sermos... Aliados? Eu acho... – Utakata se pronunciou, depois de um tempo, em que todos ficaram em silêncio.

                – Sim, claro, faço de tudo para que parem com esse tratamento com Jhincuurikis, ao menos aqui, mas nunca me escutam. Ficaria mais que feliz em deixar Fuu ir com vocês, portanto, quero que ela apareça na vila duas vezes por ano. – Sorriu. – Atrás da vila, ainda tem um espaço deserto, podem fazer tuneis pela vila e até mesmo até aqui, e prometo, como Kage não contar a ninguém.

                – Ótimo, obrigado – Falaram todos ao mesmo tempo.

                – Por favor, chamem Fuu aqui. – Ordenou o Kage a um de seus ninjas, que logo sumiu, e apareceu com uma garota em mãos.

                – Eiii! Pera, Taki-sama, esses são alguns dos cem amigos que prometeu? – Perguntou com um sorriso extremamente infantil. A garota tinha pele bronzeada, mulata, e macia; olhos laranjas, exalando inocência praticamente, sendo dona de muita fofura; cabelos esverdeados, armados e rebeldes, tinham uma coloração parecida com grama; o corpo era bem infantilzinho, mas ela tinha sete anos no momento, não era esperado de menos.

                – Bom, de certo modo sim. Olha, você vai ficar fora da vila com eles um tempinho, okay? – Sorriu. – Vai ficar com eles, e te garanto que vão te tratar super bem. – Falou com um sorriso, bagunçando de leve o cabelo da mesma.

                Depois de tudo explicado para a pequena que só entendeu parte da explicação, como Naruto era meio idiota como ela, a explicação dele ela entendeu. Sorriu, animada, com a idéia.

                – Oba! Oba, oba, oba! – Comemorava, gostou muito da idéia e principalmente do plano. – Vou ficar muito forte, aí vou me tornar reconhecida pela vila, e depois terei cem amigos!

                Depois de algum tempo, uma mulher saiu do selo, com uma cara de tonta. Pra que pular tanto assim?

                – Gaki, para de pular, ta me deixando tonta já. – A mulher falou. – Sabia que minha cela balança se você tiver fazendo isso?

                A mulher tem cabelos alaranjados, com as pontas em um leve amarelo-ouro, na raiz de seu cabelo tinha um tom mais esverdeados. Curtos e bagunçados; os olhos eram como o de uma mosca, cobriam quase toda a extensão, mas mesmo assim ainda tinha uma coloração branca a sua volta. Com os cílios extremamente pretos; a pele era meio pálida, mas as bochechas levemente rosadas; lábios carnudos e avermelhados; tem quase a altura de Kurama – Que tem 1, 75.

                Ela também usa um quimono diferente dos outros, este cobria-a os seios, amarrando-se atrás do pescoço, de modo que somente a sua coxa direita aparecesse e muito pouco. Era de uma cor amarelada, e também tem sete asas, do tipo, asas de aleluia, mais resistentes, amareladas e pretas, postadas para baixo. As orelhas são levemente pontudas.

                Yo, gente, sou a Choumei.


Notas Finais


Para quem não entendeu:
O Shukaku, tendo o menor número de caudas é o caçula, de aparência de 4 anos.
Matatabi - Dez anos
Isobu - Doze anos
Son Goku -Quatorze anos
Gokuen - Quinze anos
Saiken - Dezesseis anos
Choumei - Dezoito anos
Gyuuki - Vinte anos
Kurama - Vinte e cinco


Eles nunca envelhecem, é um fato.



NÃO ENTENDERAM ALGO? Perguntem nos comentários que logo respondo.


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