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História Mury-j - Jantar


Escrita por: Nyah_Cat

Capítulo 6 - Jantar


                Naruto no momento se encontrava com o rosto totalmente arranhado, enquanto segurava um gato. Tinha uma expressão raivosa no rosto, mesmo que os ferimentos já cicatrizassem, e o gato tivesse totalmente amarrado com marcas do Hiraishin na barriga.

                – Na próxima vez que esse bicho escapar é você quem pega, Dattebayo! – Aponta pro moreno que se divertia com a atual situação do loiro.

                – Eu peguei na última vez! – Defendeu-se.

                – Na última vez fui eu enquanto você se acabava de rir! – Quase gritou, enquanto segurava o gato com mais força.

                – EI! Cuidado! Tora é de um senhor feudal, estamos recebendo por isso. – A rosada, dessa vez pegou o gato da mão do loiro, desamarrando-o, e o acariciando atrás da orelha, que por incrível que pareça, o gato se acalmou e começou a ronronar, esfregando a cabecinha nas mãos de Sakura.

                – ÓTIMO! Dá próxima vez, você pega! – Definiu o loiro, já andando em direção ao prédio Hokage, sendo seguido pelos outros dois.

                Andava calmamente, embora estivesse indo ao encontro de seu “Pai”. Mas pouco se importava, já havia o encontrado dez vezes pela semana, quando fora procurar o maldito Gato Tora, mas nunca sequer tocavam no assunto família. Apenas algumas poucas palavras e pronto. As poucas vezes que encontrava Kushina era quando a mesma entregava algum relatório, ou passeava com Naomi. Sinceramente, não se importava.

                A qual mais mantinha contato de sua antiga família, era Naomi, sua querida irmã e única que realmente merecia seu respeito. Via várias vezes na semana, já que, Fuu, Sakura, Gaara, até mesmo Sasuke e ele, adoravam passar no Ichiraku. Quem não ama o Lámen de lá?!

                Chegaram na porta do escritório da Hokage, qual Sakura bateu rapidamente na porta, nesses momentos, apenas ela falava, já que tanto o loiro, quanto o moreno pareciam detestar o Hokage, sabe-se-lá-porque. Ela já perguntou várias vezes à Sasuke, mas o moreno vivia dizendo algo como “Não importa. Passado é passado, mas as vezes cria ódio. Só to do lado que julgo certo”.

                – Hokage-sama, encontramos o Tora. – Falou a rosada gentilmente, entregando-o a ele, já que o mesmo dormia tranquilamente. Logo a porta pareceu ser arrombada, e por ela entrou uma mulher que parecia rica até os dentes.

                Cabelos castanhos, presos num coque alto, com lindos enfeites incrustados em joias, diamantes. Uma tiara de pedras preciosas; um pouco gorda, com um jeito parecendo de ‘Menina mimada’, de pele pálida; usa um quimono lindo, rosa-desbotado, mas o que mais destaca é sua gordura em excesso; olhos castanhos, com o que parece, bastante produtos; sapatos incrustados em diamantes, de cano alto.

                Resumindo: Uma velha, gorda, metida a rica, o que ela é, ricaça.

                – Graças a deus, meu Tora ta bem! – Fala pegando o gato das mãos do Hokage e o apertando num abraço, onde ele tentava sair a todo custo. – Tora! Não deve fugir assim, não, não. Aqui está seu pagamento, Hokage. – Entregou-o a quantia certa. 1.000.000$, em outras palavras, a missão era chata, mas ganhavam bem. O único problema mesmo, é que todos ali ficavam com dó do gato.

                Logo a Sra. Feudal saiu, segurando seu gato como se fosse a única coisa de sua vida. O Hokage deu 300000$ para cada um deles, ficando com 100000$ para a melhoria da vila. Logo os liberando, mas antes de todos saírem chamou:

                – Naruto.

                – Pois não, Hokage-sama? – Indagou, fazendo sinal para os outros dois saírem, e assim fizeram.

                – Gostaria de conversar com você, por favor, sente-se. – Ordenou, indicando uma cadeira. Logo que o loiro sentou-se, começou. – Bom... Naomi sugeriu duas semanas atrás que... O convidássemos para jantar, então, gostaria de jantar hoje, na nossa casa?

                – Por que convidaram só agora?! – Dessa vez o loiro ficou um pouco confuso, olhando-o. Que suspirou.

                – Queríamos que a poeira baixasse, sabemos que não lhe fizemos bem durante muito tempo, portanto queríamos que se acostumasse novamente à Konoha.

                Aconteceu um silêncio por um tempo, aquele silêncio desconfortável enquanto o Ootsuki pensava na resposta.

                – Tudo bem, mas não é por você, nem por Kushina. Encararei isso como um pedido direto vindo de Naomi. – Falou antes de levantar-se e sair.

                Assim que saiu, viu o gato novamente fugindo, e a velha senhora Feudal seguindo-o, chorando, até que ele fosse perdido de vista. Suspirou, usou seu Hiraishin para aparecer onde o gato estava, removendo a marca, e andando até a casa de Sakura.

                Até eu to com dó desse gato. – Ouviu Kurama falar em sua mente. – O que vai fazer com ele?

                “Dá-lo a Sakura, ele se dá bem com ela. Como removi o selo do Hiraishin, ela pode simplesmente dizer que é um gato de rua que encontrou, dá outro nome e pronto”

                Você ta mesmo com dó do bichano – Ouviu a raposa rir dentro de si e soltou uma risada junto.

                Chegando ao apartamento da rosada, bateu na janela, vendo-a vir correndo até a mesma e a abrir.

                – O que você pensa que ta fazendo? Esse é o Tora? Entra logo! – Praticamente o puxou para dentro. – Nenhum machucado mais, o que você ta aprontando?

                – Relaxa, Saky, o seguinte. Ele fugiu de novo, eu vi, o peguei, tirei o selo do Hiraishin. Fiquei com dó por causa daquela velha Feudal louca, e to aqui, pedindo humildemente, que fique com o Tora, porque já to com uma boa desculpa para dar se não o encontrarmos na próxima missão. Dattebayo, o que acha?

                – Ah, ta bom. – Respondeu dando de ombros. É, os cinco anos treinando lhe fizeram um pouco rebelde, o que assustou um pouco à Naruto.

                – QUE? A SAKURA QUE EU CONHECIA IA ME MATAR E DIZER “ROUBO É ERRADO”, O QUE TU FEZ COM A SAKY, DATTEBAYO? – Ele tava eufórico, fazendo a rosada tapar a boca do mesmo.

                – Ta. – Deu um soco fraco nele, resultando numa careta de dor vindo do mesmo. – Roubo é errado, agora me deixa escolher um novo nome pro Tora. – Riu, pegando novamente o Gato. – Hm, ele é preto, tem algum nome que significa Noite?

                – Sei lá. Se perguntarem, achou ele ferido num beco, e que ele não tem a marca do Hiraishin não pode ser o Tora. Depois, falo que ele já tava longe demais para achar com o Hiraishin. Só isso mesmo, tchau. – Pulou a janela, de volta, e passou a caminhar calmamente até sua “Toca”.

                Ele ainda não entendia como ninguém imaginou um esconderijo desses, tipo, ele queria se esconder, e tem a RAPOSA de nove caudas presa em si. Onde raposas se escondem?! Em tocas. Mas não deixaria de se sentir agradecido por isso, afinal, não teve de voltar a Konoha graças a isso.

                Ao pular pela toca, e esperar alguns segundos para passar pela proteção de Dounjutsus, e Ninjas sensórias, já viu que estava vazio, já que essa era a época em que mais tinha missões, e as outras duas equipes deram mais sortes, e já estavam saindo da vila. Sasuke provavelmente estava pela vila.

                Foi pra sua cozinha. Como já era dito, o lugar mais parecia uma casa do que uma toca. Preparou um lámen instantâneo, e sentou-se num monte de almofadas enquanto comia, lendo um mangá. Logo ouviu o barulho de passos se aproximando.

                – E aí, Teme. – Falou sem tirar os olhos do mangá.

                – Oi, Dobe. – Falou sentando-se a seu lado, e esperando alguns segundos para falar. – O que o Hokage queria com você?

                – Nada demais, só me convidou para jantar na casa Uzumaki-Namicaze. Só aceitei por causa de Naomi. – Riu.

                – Hm. – Ele tava monossílabo demais. O loiro o olhou arqueando uma sobrancelha.

                – Sei que não é só isso que quer falar. – Olhou-o com curiosidade.

                – Não é nada. – O moreno cruzou os braços

                Antes que você insista, e eu acabe matando os dois. O UCHIHA TA APAIXONADO! – Ouviram a voz de Kurame em ambas as mentes. Pela primeira vez Sasuke corou sob um olhar malicioso de Naruto.

                – KURAME! – Gritou. – Eu não to apaixonado.

                – É pela... – Começou o Ootsuki loiro, com um sorriso travesso, logo interrompido pelo moreno.

                – Não ouse terminar a frase.

                – ... Sakura-chan? – Terminou com o melhor sorriso.

                – NÃO ESTOU NÃO! – Gritou já se recuperando da vermelhidão no rosto.

                – TA SIM! – Rebateu o loiro.

                – NÃO!

                – SIM!

                – NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!

                – SIM, SIM, SIM, SIM!

                – NÃO!

                – NÃO TÁ!

                – TO SIM! – Depois o loiro parou de gritar, e logo percebendo a besteira que tinha feito, tapou a boca com as mãos, logo ouvindo uma gargalhada.

                – Ela se tornou difícil depois do seu treinamento? – Rindo, muito mesmo, quase chorando de rir enquanto se contorcia no chão.

                – Eu não to apaixonado. – Cruzou os braços emburrado.

                – Relaxa, deixa rolar, Dattebayo. – Riu. – Me acorda as 19:00 – Deitou numa cama, que tinha ali, logo dormindo.

 

 

 

 

 

                – Ele aceitou? ACEITOU MESMOOO? KAMI-SAMA! – Gritava uma ruiva assim que ouviu a Minato falar que Naruto aceitou jantar ali.

                – Sim, Naomi... – Repetiu pela milésima vez, olhando-a cansado de repetir a mesma coisa.

                – EBA! VOU AJUDAR MAMÃE A PREPARAR LÁMEN! – Gritou correndo para cozinha, deixando um loiro com um sorriso de canto para trás.

                Menos de duas horas depois, dando mais ou menos 17h, saiu toda suja de macarrão e cheirando a alho. Deixou bem claro para sua mãe que o que devia ter no caldo era “Naruto” e não “Menma”, mas não foi preciso, Kushina sabia exatamente disso. Também prepararam outras coisas, por via das duvidas, mas como a cozinha estava uma bagunça, Naomi deu a desculpa de ir se arrumar para não ajudar a limpar.

                Após um bom banho, de água gelada, para não cair no sono, tratou de pegar sua roupa mais casual, nunca gostou de quimonos, então usava uma roupa mais bonita.

                Esta se tratava de uma blusa de gola, com o fecho de zíper, da cor azul, com detalhes em laranja-fogo, parecendo chamas. Destacava um pouco seus seios, já que parava exatamente no umbigo, era de um tecido próximo ao de quimonos, sendo assim bem confortável; short um pouco justo, preto, indo até um palmo acima do joelho; como não tiraria a Bandana de Konoha por nada, amarrou na sua cintura, como um cinto; meias do mesmo tecido que o short, indo dos joelhos para baixo, no pé era mais dura, como uma sapatilha da época; amarrou os cabelos ruivos num rabo de cavalo alto, que ficou bem longo na verdade, e com uma longa franja indo até seu pescoço.

                O azul-arroxeado de seus olhos nunca pareceu brilhar tanto quanto agora, estava animada. Faria o seu irmão perceber que os pais mudaram, e quem sabe, ficar ali com eles. Essa era sua esperança.

                Simplesmente desceu, encontrando seu pai e sua mãe devidamente vestidos. Digamos que, o espírito rebelde já predominava naquela casa, por conta da atitude hiperativa de Kushina. Ninguém lá se vestia como seria num jantar especial. Estavam em suas melhores e confortáveis roupas. Lindos, Naomi tinha que acrescentar.

                Kushina, deixava seus cabelos soltos quase sempre, então não era nenhuma novidade; usa um vestido, vermelho-escarlate indo até seus joelhos, destacando um pouco seus seios. Ela tinha 35 anos, mas pela cara, seria possível pensar que tem 20; usa sandálias ninja de cano-alto pretas; sua badana que também não tirava por nada, estava em sua testa, sendo tapada por uma leve franja.

                Já Minato, usa uma camisa social azul-claro, sem nada demais; uma calça de um amarelo-amarronzado, que combina com suas sandálias ninjas; o cabelo devidamente penteado.

                Ao olhar no relógio, daqueles que fazem o barulho irritante Tic-tac, 19:59, e assim que deu 20:00, alguém bateu na porta. A ruiva, que estava mais eufórica, foi logo abrir a porta, se deparando com seu irmão mais lindo do que já é.

                Ele trajava uma camiseta social preta-acinzentada, com o símbolo desconhecido por eles (“忍”), e que também deixava a mostra os músculos que tinha (Bastante pela idade); uma bermuda laranja, que parecia ter saído da loja agora; a badana na testa; os cabelos pareciam ainda estar um pouco molhados, provavelmente tinha se banhado recentemente.

                – Konbanwa, Naomi-nee. – Sorriu, do jeito que só ele sorria, daquele modo sereno, gentil, e até mesmo travesso.

                – Konbanwa! – Abriu a porta, deixando-o entrar. A casa estava no mesmo jeito de quatro anos atrás, e observou sua irmã dos pés a cabeça.

                – Está linda, Naomi-nee. – Falou sem tirar aquele sorriso do rosto. – Olá, Hokage-sama, Kushina-sama. – Cumprimentou aos outros dois que foram a encontro de ambos.

                Em alguns minutos, todos já estavam sentados a grande mesa da sala. A conversa não foi muito presente, mas toda vez que o loiro se dirigia a seus “Pais”, parecia soar de forma neutra, enquanto ao contrário, eram muito amáveis.

                “Fala sério. Mesmo que tenham mudado, isso não muda o passado”

                Gaki, cê sabe que isso rimou.  Né?

                “Só percebi agora”

                Naruto tentava disfarçar que aquele Lámen se equiparava ao do Ichiraku, mas era meio impossível. Em menos de dez minutos, com ele tentando se comportar, comeu duas tigelas. Mas também, com a mão de sua querida irmãzinha no meio.

                Ele finalizava a história de uma de suas aventuras com Sasuke vivendo na Floresta. Contando bem quando um dia, estavam treinando, pararam sem chakra, e do nada aparece um porco-espinho bem onde o moreno sentaria, o que alertou os dois que saíram correndo. Uma das mais engraçadas.

                – ... Aí ficamos parecendo loucos correndo, mas depois infelizmente caímos de frente a um Gambá. Aquele cheiro ainda me persegue. – Contava a Naomi que ouvia tudo atentamente, soltando varias gargalhadas.

                – Hmm... Persegue mesmo Nii-san, juro que senti um cheirinho. – Atuou, olhando-o como se estivesse farejando-o.

                – Ah... Fala sério, Dattebayo! – Riu.

                Depois disso foram só alguns comentários a mais e outras histórias, cortando o fato que se fingiu de Akatsuki para pegar os Jhincuurikis e sair impune.

                – Ahn... Naruto, você estava com mais quatro quando chegou  em minha sala. Como os encontrou? – Minato falou calmamente olhando-o.

                – Bom... Os irmãos; Gaara, Fuu e Yugito, eram os mais fortes de uma aldeia que já esqueci o nome. Por serem muito fortes, foram expulsos, e passaram a viver na Floresta. Aí no meio de um treino os achamos a beira da morte, e os ajudamos. Agora Utakata, era um amigo deles que estava os procurando, e por causa disso nos cruzamos também, e ele ficou com a gente. – Mentiu, de forma neutra, olhando-o nos olhos.

                – Entendi. Bom, foi uma ótima atitude, até porque vocês sete são os melhores Gennins de Konoha, creio eu. – Sorriu. Incluiu sim a Naomi, porque treinava muito, e estava no primeiro lugar da Academia antes da graduação.

                – É mesmo! Ouvi sobre os combates pela Amaya, o Kuro e o Kakashi. Realmente foram surpreendentes! – Kushina dizia animada, lembrando-se de quando os senseis dos times contaram a Minato, e como ela estava junto ouviu também.

                – Obrigado/Obrigada – Disseram os dois, Naruto e Naomi, para depois o loiro continuar. – Direi sobre isso a eles, Kushina-sama. – Sorriu, um pouco falsamente.

                Depois de poucas horas de conversa, o loiro já sairia de casa. Naomi estava com sono, então já estava dormindo. Antes de girar a maçaneta sentiu uma mão sobre seu ombro.

                – Pois não, Kushina-sama?

                – Naruto... Só queria pedir uma coisa... Sei que não mereço seu perdão, mas uma chance. Nos dê uma chance de provar que mudamos. – Falou calmamente, olhando-o nos olhos. Viu-o se virar com a expressão neutra.

                – Kushina-sama. Eu sei que mudaram, mas isso não muda o passado. Tudo o que pensa que passei, não passa de um mísero quinto. – Falava com a calma indecifrável. – Olha, quem sabe eu te dê uma chance. Algum dia. – Tirou a mão dela de seu ombro rapidamente, logo saindo pela porta, e caminhando até sumir de vistas.



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