História Music Beats - Três

POV´S J. Dallas

No dia seguinte, fui depois do almoço para a KB e passei no estúdio para ver se os meninos estavam lá. O lugar era enorme e muito mais profissional que o pequeno que existia na sala do grupo. Depois, fui à sala do SS e não encontrei uma alma viva. Chequei meu celular para ver se não estava atrasada ou adiantada (se estar adiantada fosse possível para mim). Nada de errado, hora exata para ser sincera. Fui para o elevador e desci até o térreo, me aproximei das recepcionistas.

- Boa tarde, sabe-me dizer onde estão os Suns? – Perguntei para uma recepcionista.

- Os Suns saíram com o produtor há – Olhou na tela do computador – uma hora mais ou menos. – Ela disse por fim.

- Certo. Você tem o número de telefone de algum deles?

-Vou procurar. – Ela me respondeu com um sorriso – Então, apenas do Jay, pode ser?

Anotei o número dele no meu celular e agradeci. Fui chamar o elevador enquanto esperava ele me atender.

- Oi oi? – o rapaz disse.

- Ei Jay, é a Julie. Vocês desmarcaram nossa reunião por acaso? – Soou um pouco grosso, mas eu não liguei muito.

- Não Julie, mas tivemos um imprevisto – Ele disse um pouco chateado – Estamos no estacionamento da KB agora, já vamos subir. Espere-nos lá na sala.

- Certo.

Quando estava fechando a porta da sala do SS vi os garotos saindo do elevador, com expressões zangadas. Eu fiquei super confusa e mais ainda quando Charle e Companhia passaram por mim sem nem dar um oi. PERFEITO. Eles já me odeiam e eu nem sei por que raios.

Jay era o último da filinha da tristeza e parou na minha frente, dando um sorriso torto.

- Sabe Julie, é melhor marcamos para conversar sobre a música amanhã.

-Ué, por quê? Eu já estou com ela praticamente pronta – Falei de uma forma desapontada.

- Pior ainda! – Ele quase gritou e minha cara de WTF aumentou ainda mais – Acabamos de receber um email dizendo que nossa participação em um programa aí foi cancelada, os garotos estão putos e vão acabar descontando na música.

- Está bem. Então amanhã cedo resolvemos isso, tá? – Falei contrariadinha.

- Ok Ok, até amanhã fofa – Ele mandou um beijo no ar.

Hm, massa. Viagem perdida.

- Nat...Nathan - Eu disse entre gemidos – Mais Rápido!

O rapaz aumentou a velocidade das estocadas, me fazendo delirar e implorar por mais. Eu estava quase no ápice, enquanto Nathan sussurrava imundices no meu ouvido. Cheguei ao ponto máximo e ele penetrou em mim mais algumas vezes até deixar cair seu corpo mole sobre o meu.

Depois de se recuperar, saiu de cima de mim e foi em direção ao banheiro. Porém, no meio do caminho, parou e se virou.

-Ah, sabe aquela ruivinha que eu te falei há algum tempo atrás? – Respondi com um aceno positivo – Então, eu acho que realmente estou afim dela.

Explodi em uma gargalhada com direito a um leve barulho de porco.

- Não é possível!  Você transa e vaza, não fica “afim” de ninguém, colega.

- Mas eu nem transei com ela ainda! – Arregalei os olhos – Tô te falando, ela é diferente Julai.

- Primeiro : Complicado acreditar nisso já que você é um canalha de uma noite só – Ganhei um dedo do meio com essa frase – Segundo : Não me chama de Julai.

Eu odiava aquele apelidinho infame, tudo culpa da nossa professora substituta do ensino médio que passou duas malditas semanas me chamando assim (mesmo depois de dizer para ela a pronúncia correta). Claro que Nathan faz questão de me chamar dessa forma.

- Certo certo. Bom, ainda vou provar que ela é especial, mas agora vou embora porque o transito agora ta foda. – Ele me deu um beijo na testa, vestiu as roupas rapidamente e saiu pela porta do quarto.

Fui para o banheiro tomar um bom banho, e depois disso peguei o computador voltando para as músicas. Fiquei tão entretida que só fui parar na hora em que meu estomago roncou alto me obrigando a largar tudo e pedir comida, porque eu não ia cozinha definitivamente.  

Assim que o despertador tocou, levantei e fui para o banheiro amaldiçoando tudo. Minha rotina era bem simples: Acordava cedo, me arrumava, tomava um bom café da manhã, corridinha básica no parque aqui na frente e passava o resto da manhã em compromissos ou fazendo vários nadas. Porém, hoje eu tinha marcado com o SS mais cedo, então não daria para ter a corridinha.

Após me arrumar, peguei o carro e fui para a K-Boom. Chegando lá, encontrei na cafeteria do edifício Zack. Pensei realmente em ignorá-lo, mas ele me viu primeiro e me chamou ( eu sou super simpática, não é mesmo?) , não tinha como fingir que não ouvi então o melhor a se fazer foi caminhar até ele e sentar.

- Fiquei sabendo que você já está com uma música nova pronta, você é rápida garota! – Ele falou com muito entusiasmo.

- Eu tive um tempinho livre – Ri um pouco.

- Bom, os rapazes já devem estar chegando, vamos subir?

Aceitei e juntos fomos para o oitavo andar.