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História Mutter - Reencontro


Escrita por: MalkBobo

Notas do Autor


Mais um capítulo.

Capítulo 4 - Reencontro


                Após sair da casa do Ichigo, Tatsuki pegou o metrô. Ela se sentou e começou a pensar no que havia ocorrido.

                Nossa, como eu fui doida em subir no muro da casa dele, me convidar pra entrar e ainda vencê-lo em um combate. Bem, ele parece um bom homem, não vejo problema nele doar o sêmen para a inseminação da Hime, e acho que vai ser até legal tê-lo por perto.

                As estações foram passando, e por algum motivo, ela não parava de pensar no rapaz de cabelos alaranjados.

                Lembro de quando éramos crianças, ele era tão bobinho, não conseguia me acertar um golpe quando treinávamos juntos. Deve ser por isso que o sensei sempre me mandava combater com ele, eu era a única menina da turma e assim, ele pensava que o Kurosaki não ia se machucar, mas o que o sensei esqueceu é que eu era melhor do que todos aqueles garotos! Já o Ichigo, por outro lado, sempre me tratou como igual, acho que é por isso que eu gostava dele.

                Ao lembrar disso, o rosto da mulher corou.

                Era engraçado como eu era meio apaixonadinha por ele... Nunca contei isso pra ninguém, e acho que é por isso que eu gostava tanto de bater nele, não sabia como lidar com isso. Mas foi coisa de criança, depois disso eu nunca mais me interessei por homem nenhum.

                Perdida em seus pensamentos, Tatsuki percebeu que havia chegado na sua estação e as portas do metrô já estavam prestes a se fechar, então ela saiu correndo, deu um salto e conseguiu sair a tempo.

                – Ufa, quase perdi minha estação!

                Ela então saiu, caminhou por alguns minutos e chegou em casa, onde foi recebida com beijos pela Orihime.

                – Boa noite, estava com saudade – disse a ruiva.

                – Eu também.

                – Vamos comer, aproveita que ainda tá quentinho.

                Elas se sentaram à mesa e começaram a comer.

                – Como foi a consulta com o médico hoje?

                – Foi legal. Sabia que o médico era o pai do Kurosaki e que ele é um grande especialista em reprodução assistida?

                – Nossa, que interessante.

                – Fizemos a consulta, primeiro ele ficou triste porque achou que eu era namorada do filho dele, mas depois passou uns exames pra mim e pro Kurosaki também, e falou pra voltarmos lá quando tivermos os resultados. Tô querendo fazer os exames ainda essa semana, o que você acha?

                – Por mim tudo bem. Aliás, vou esquecer essa história de investigar ele e coisa e tal, estou vendo que você está muito feliz e confia nesse cara, então se os exames estiverem ok, pode marcar o procedimento.

                – Obrigada, por isso eu te amo! – Orihime deu um beijo mais “caliente” na companheira – você merece algo especial lá na cama hoje, pode escolher o que quiser!

                – Hum, tentador... – a morena ficou pensando por uns instantes – que tal você vestir aquele uniforme de enfermeira bem curtinho que você não usa há tempos?

                – Considere feito! Com calcinha ou sem?

                – Me faça uma surpresa.

                – Está bem. Vá pro banho, vou te esperar na cama do jeitinho que você pediu.

                Elas terminaram de comer, e assim, Tatsuki foi para o banheiro enquanto Orihime foi para o quarto se arrumar. Quando chegou ao quarto, Arisawa viu sua amada deitada na cama, com uma saia branca bem curta que valorizava bastante suas pernas, uma blusa também branca com todos os botões abertos, e como ela estava sem sutiã, a visão dos belos seios da ruiva era total. Para provocar sua parceira, Inoue puxou um pouco sua saia para cima, mostrando uma calcinha branca de renda minúscula e quase transparente.

                – Venha amor, sou toda sua!

                Era impossível Tatsuki não ficar excitada com aquela situação, então ela esqueceu totalmente o seu “encontro” com Ichigo de horas antes e partiu para cima da sua parceira com bastante vontade. Ela não estava muito no clima para beijos ou afagos, tratou de ir logo para os seios da ruiva, sugando um enquanto apertava o outro com a mão, revezando entre o direito e esquerdo de tempos em tempos, e em alguns momentos, deu suaves mordidas nos rosados mamilos.

                – Continua amor, tá uma delícia! – Orihime incentivava.

                Tatsuki não dizia nada, apenas se deliciava nos fartos seios da sua esposa. Depois foi descendo mais o seu rosto, dando algumas mordidas na lateral do abdômen da Orihime, que gemeu bastante. Ela estava muito excitada e sensível, de forma que gemia involuntariamente.

                – Essa é a enfermeira mais gostosa que eu já vi – disse Tatsuki, maliciosamente.

                – Eu sou a enfermeira, mas você que tá me dando um trato – ela deu uma risadinha – vem, cuida mais de mim!

                A morena levantou totalmente a saia da Orihime, colocou sua calcinha para lado e caiu de boca no seu sexo. A ruiva já não conseguia pensar em nada, apenas gemia com a habilidosa língua da sua parceira, e em menos de dez minutos, Inoue começou a gemer mais alto e a sua vagina ficava cada vez mais molhada. Tatsuki, que conhecia perfeitamente o corpo e as reações da sua parceira, intensificou os movimentos até que Orihime teve um intenso orgasmo.

                Depois disso, as duas deitaram lado a lado, ofegantes.

                – Nossa, como isso foi bom, você está se superando! – disse Orihime.

                – Você é quem me inspira a me superar – respondeu Tatsuki.

                – E pensar que em pouco tempo seremos mães... – Inoue tinha um brilho no olhar.

                – Que bom que está feliz!

                – Tá me dando sono – Orihime bocejou.

                – Então vamos dormir. Boa noite!

                Tatsuki deu um suave beijo na boca de Orihime. A ruiva dormiu poucos minutos depois, porém a outra continuava acordada.

                – Eu vou ser mãe? Madrasta? Pai? Não sei o que vou ser, isso ainda é muito estranho pra mim...

                Um vasto espectro de pensamentos passou pela cabeça de Arisawa durante aquela noite, que iam desde sua infância batendo, quer dizer, treinando com o Ichigo até a insegurança que sentia com o novo membro que chegaria à família em breve. Na primeira vez que conversou com sua esposa a respeito disso, ela estava totalmente certa de que também queria isso, mas agora que Orihime estava mais próxima de conseguir a sua tão desejada gravidez, Tatsuki descobriu que talvez não fosse tão “bem resolvida” como sempre achou que era. De toda forma, no meio da madrugada o sono foi mais forte e enfim, ela adormeceu.

                No dia seguinte, tudo aconteceu conforme a rotina de sempre, Orihime acordou cedo, preparou a café da manhã e só então, acordou sua companheira. As duas comeram juntas, depois Tatsuki se arrumou e partiu para o trabalho.

                Na hora do almoço, Arisawa pegou o seu celular, assim como o papel aonde havia anotado o número do Ichigo. Foi para o banheiro das professoras, se trancou lá dentro como se estivesse se escondendo do resto mundo, então discou o número. Após tocar duas vezes, a mulher desistiu e desligou.

                Quando estava saindo do seu esconderijo, o seu telefone tocou, e quando olhou no identificador de chamadas, percebeu que era o número do Ichigo.

                Atendo ou não atendo...

                Mesmo na dúvida, Tatsuki resolveu atender a chamada.

                – Alô?

                – Agora a pouco alguém me ligou desse número, posso saber quem está falando?

                – Esse número é do Ichigo Kurosaki?

                – Sou eu mesmo, quem deseja?

                – Aqui é Tatsuki Arisawa, fui na sua casa ontem, lembra? – as mãos da mulher suavam.

                – Ah sim, e aí, como vai?

                – Vou bem. Você está livre hoje à noite?

                – Eu saio do trabalho às seis.

                – Você poderia me ajudar a encontrar minha antiga casa?

                – Claro. Me encontre na minha casa às sete, pode ser?

                – Está bem, combinado  – ela desligou o telefone rapidamente, sem se despedir.

                Eu devo estar louca. Que desculpa é essa de encontrar antiga casa? Será que devo ir? É claro, sou segura de mim, casada com a Orihime há quase dez anos e fiel em todo esse tempo, nunca me interessei por nenhuma outra mulher desde que a conheci e muito menos por algum homem. Homens são feios, peludos e fedidos, eca, que nojo! Isso mesmo, vou encontrar com o Kurosaki, passear pelo bairro, conversar sobre os velhos tempos e, principalmente, conhecer melhor o futuro pai do filho da minha esposa. É isso, não tenho do que ter medo.

                Assim que as aulas terminaram, às seis horas, Arisawa tomou um banho e trocou o quimono que usava nas aulas por uma calça comprida, blusa e tênis e partiu para a casa do Ichigo. Chegando lá, o viu de pé em frente da sua casa usando seu uniforme do trabalho, visivelmente a esperando. Enfim, ela foi ao seu encontro.

                – Boa noite Kurosaki kun!

                – Boa noite Sensei! – cumprimentou, um tanto brincalhão – Você tem alguma ideia de onde fica a casa que está procurando?

                – Não lembro mesmo...

                – Sem problema, vamos perguntar pela vizinhança. Família Arisawa, não é isso?

                Tatsuki balançou a cabeça concordando, então o casal começou a andar pela vizinhança. Ichigo, que era bem conhecido no lugar, perguntou para alguns conhecidos, até que uma velhinha fofoqueira afirmou que sabia onde ficava a tal casa.

                – Bem, pelo que aquela senhora falou, fica perto daqui – disse Ichigo.

                – Que ótimo!

                Eles andaram durante quinze minutos até chegarem ao endereço indicado pela senhora.

                – Bem, aqui estamos. Quer chamar e conversar com os moradores atuais?

                – Não, eu queria apenas ver a casa, muito obrigada pela ajuda!

                A mulher fingia admirar a residência, que na verdade nem era o lugar onde ela morou.

                – Posso te ajudar em mais alguma coisa? – perguntou Ichigo.

                – É... – ela coçou a cabeça – você já jantou?

                – Não, eu ia pedir alguma coisa quando chegasse em casa, por quê?

                – Ah, eu queria te pagar um jantar como agradecimento por ter me ajudado.

                – Não precisa, não foi nada.

                – Eu insisto. Não conheço nada por aqui, pode escolher onde vamos comer.

                Diante da posição tão firme da sua nova amiga, Ichigo teve que aceitar o convite, então ele a levou até um trailer, que estava estacionado em um acostamento de uma rua próxima dali.

                – Desculpe pelo lugar ser no meio da rua, mas é que não tem tantas opções aqui nesse bairro.

                – E tu acha que eu estou ligando se vou comer num bistrô cheio de frescura ou sentada no meio fio da rua? Se a comida for boa tá tudo certo.

                – Então estamos no lugar certo, aqui eles fazem o melhor udon que existe, pode acreditar.

                Assim, eles pediram dois pratos de udon. Tatsuki pegou sua carteira para pagar a conta, porém Ichigo insistiu que ele deveria pagar. No fim, para acabar com a discussão, cada um pagou pelo que ia comer e sentaram em banquinhos de plástico colocados na calçada.

                – Por que os homens tem essa mania de que tem que pagar a conta? Será que vocês se sentem tão menos machos se uma mulher pagar?

                – Não vou discutir essa guerra dos sexos agora, mas é que esse convite para jantar veio bem a calhar. Hoje eu fechei contrato com um grande hospital e vou receber uma boa comissão, comer com você está sendo minha comemoração.

                – Ah, vai receber uma boa comissão? Devolve o meu dinheiro então!

                – Nada disso, você não fez tanta questão de pagar? Girl Power!

                Eles discutiram por mais algum tempo, até que Tatsuki meio que mudou de assunto.

                – Me desculpe ter te atrapalhado quando te liguei, você deve ter desmarcado alguma comemoração com os seus amigos por causa de mim não é?

                – Na verdade não, meus planos pra essa noite eram apenas tomar um banho, pedir alguma coisa pra comer junto com o meu pai pelo telefone e depois dormir.

                – Seu pai não vai se aborrecer?

                – Que nada, se eu falar que estava comendo com uma garota ele vai pular de alegria!

                – Minha mãe também ficaria eufórica se me visse agora com você... – Tatsuki deu um suspiro.

                – Acho que temos pais parecidos.

                – É verdade. Mas você não tem um grupo de amigos?

                – Eu tenho amigos sim e até algum tempo atrás saímos muito juntos, mas agora todos são casados e alguns já têm até filhos, então encontrar com eles fica mais difícil.

                – Entendo. E namorada, você tem?

                – Sempre que me fazem essa pergunta, eu responda da mesma forma: eu sou extremamente azarado quando o assunto é mulher. Eu até gostaria de namorar, casar e coisa e tal, mas acho que vai ficar pra próxima vida.

                – Mas você já namorou? – Tatsuki insistia em saber da vida amorosa do Kurosaki.

                – Com seriedade só uma vez, era uma boa garota de uma família tradicional, mas o irmão dela me odiava e acabamos terminando. E você, tem namorado?

                – Não – ela corou ao dizer isso.

                Meu kami, por que eu estou perguntando essas coisas pra ele? E por que não digo logo que sou lésbica e vivo com outra mulher?

                – Eu terminei meu udon, é melhor comer o seu logo antes que esfrie – falou Ichigo.

                – Ah, tá certo – Tatsuki se apressou em terminar sua refeição e eles se levantaram para ir embora.

                – Arisawa kun, posso te fazer uma pergunta?

                – Pode.

                – Como você conseguiu o meu telefone?

                Realmente ela não esperava por essa pergunta, e ficou por alguns segundos em silêncio, pensando em alguma explicação para dar.

                – Foi pelo seu endereço.

                – Mas esse serviço funciona com o telefone fixo, você ligou pro meu celular.

                – Ih, tá tarde, tchau!

                Tatsuki saiu correndo, sem dar qualquer explicação.

                – Essa aí é doida, mas quer saber, até que eu gosto dela. Será que... Não, eu sempre me engano com esses assuntos, melhor eu ir pra casa e esquecer essa história.

                Assim, Ichigo foi caminhando para casa, que não ficava longe dali. Ao entrar, foi checar o seu celular e viu que havia uma mensagem de Inoue.

                “Kurosaki kun, já fez os seus exames? Eu vou fazer os meus até o fim de semana, tomara que esteja tudo certo e possamos programar o nosso bebê.”

                 – É verdade, tenho que fazer os exames – o rapaz lembrou.

                Ichigo retornou a mensagem.

                “Olá Inoue. Eu ainda não fiz os exames, mas prometo ajeitar tudo ainda essa semana, quando eu tiver feito te aviso.”

                Depois de mandar a mensagem, ele parou para pensar no assunto.

                – Deve ser legal ter um moleque, levar pra jogar baseball, acordar ele dando uma voadora... E se nascer uma menina? – ele refletiu profundamente sobre a hipótese –  Bem, eu a levo pra jogar baseball e acordo dando voadora também.

                Assim, ele foi tomar um banho, e logo que o seu pai chegou, foi dormir.

 


Notas Finais


Obrigado por lerem. Até o próximo capítulo.


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