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História Mutter - Desencontro


Escrita por: MalkBobo

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 5 - Desencontro


                Naquela noite, Tatsuki chegou em casa e encontrou Inoue dormindo no sofá, com a televisão ligada.

                – Tadinha, ficou me esperando e acabou caindo no sono.

                Tatsuki pegou sua esposa no colo e a colocou na cama. Ficou por alguns instantes olhando para a companheira, que dormia tranquilamente.

                Após deixar Orihime confortável na cama, Tatsuki desligou a TV e foi para o banheiro, afinal, ela esteve fora o dia inteiro e precisava de um banho. Ao entrar, tratou logo de se despir e entrar em baixo da água.

                Enquanto a água caía sobre o seu corpo, Tatsuki começou a pensar sobre o seu dia. Ela não acreditava e sequer entendia o porquê de ter telefonado para o Ichigo e menos ainda porque foi encontrá-lo. E quando pensou nele, percebeu que a imagem do homem de cabelos laranjas não saía da sua cabeça.

                – Mas que droga é essa, por que ainda estou pensando nele?

                Com o intuito de afastar aqueles pensamentos, Tatsuki tratou de acelerar o banho. Começou a se ensaboar, e ao passar o sabonete pelo seu corpo, percebeu que sua pele estava arrepiada.

                – Estranho eu ficar arrepiada, a água nem está gelada...

                Apesar de ter estranhado inicialmente, a sensação era boa, então ela prosseguiu. Quando suas mãos tocaram seus mamilos, eles endureceram imediatamente.

                – Nossa, não sabia que eu estava tão sensível, pena que a Hime já esteja dormindo.

                Tatsuki continuou a se ensaboar. Em pouco tempo seus seios já estavam limpos, porém isso não a impediu de continuar tocando neles. Começou os massageando com as mãos e logo passou a deslizar levemente a ponta dos dedos nos pequenos e rosados mamilos. Depois, ela os apertou com um pouco mais de força, o que fez a mulher se contorcer de prazer.

                A essa altura do campeonato, a água já havia tirado toda a espuma que cobria o seu corpo e Tatsuki, ainda excitada, começou a tocar seu sexo, que aliás, estava bem molhado e não apenas com água.

                – Hum, como isso tá bom...

                Ela continuou massageando o seu clitóris e gemendo baixinho. Até então, apenas o rosto do Ichigo estava em seus pensamentos, porém nesse instante, involuntariamente ela começou a imaginar que o rapaz estava nu e entre suas pernas, usando sua língua para lhe dar prazer. Em poucos minutos, ela estava prestes a chegar ao clímax.

                – Ichigo...

                Tatsuki chamou pelo nome do homem em meio a um alto gemido. Foi um orgasmo rápido, porém intenso. Depois disso, suas pernas ficaram trêmulas e ela sentou no chão para não cair.

                A mulher ficou cinco minutos no chão do banheiro e imóvel, com a água do chuveiro caindo na sua cabeça.

                – Não é possível, eu devo estar ficando louca. Me masturbar pensando num homem? E o pior, naquele panaca do Kurosaki?

                Enfim ela levantou, se secou e saiu do banheiro nua mesmo. Se vestiu e deitou ao lado da Orihime.

                – Prometo que nunca mais vou vê-lo, meu amor – ela sussurrou e em seguida beijou suavemento os lábios da ruiva, sendo  vencida pelo sono um pouco depois.

                Na manhã seguinte, Tatsuki acordou e percebeu que Inoue não estava ao seu lado, então levantou e a encontrou na cozinha preparando o café.

                – Bom dia amor – cumprimentou Tatsuki.

                – Bom dia – Orihime respondeu quase monossilabicamente e sem olhar para sua parceira.

                – Me desculpe por ter chegado tão tarde ontem, eu fiquei ajudando os alunos do clube de caratê.

                – E quando meu filho nascer, vai me abandonar pra ficar com seus alunos?

                – Poxa Hime, é o meu trabalho...

                – Eu sei que você é uma sensei exemplar, mas compreende que já faz muito além do necessário? - Inoue falava baixo, mas com muita firmeza.

                – Prometo que não vai se repetir.

                Orihime ficou em silêncio, concentrada na sua tarefa, quando Tatsuki chegou perto dela com cara de cachorro pidão.

                – Posso te dar um beijo? – a morena pediu.

                – E desde quando eu resisto a você – Inoue fechou os olhos e se deixou ser beijada pela amada – agora vai sentar que já vou te servir o café.

                Assim que a refeição ficou pronta, as duas foram comer.

                – Sabe Hime, esse sábado eu vou junto com você fazer os exames.

                – Tem certeza?

                – Claro. Eu tenho um banco de horas lá na escola, hoje eu falo com o diretor e tenho certeza que ele não vai se opor.

                – Que bom, sabe que a sua participação é muito importante pra mim.

                – Sempre estarei com você... - Tatsuki segurou na mão da sua esposa, e as duas mulheres sorriram. Depois de terminar o café, Arisawa saiu para o trabalho.

                A semana passou tranquilamente. Arisawa ficou "comportada" e não procurou pelo Ichigo, embora tenha pensado bastante nele.

                Finalmente o sábado chegou. Embora o laboratório só abrisse às sete da manhã, antes das cinco Orihime já estava acordada.

                – Acorda, acorda amor – a ruiva cutucava a companheira, que ainda dormia.

                – Que horas são – perguntou Tatsuki, mais dormindo do que acordada.

                – Já passou das cinco, falta menos de duas horas pro laboratório abrir.

                – Me deixa dormir – a morena colocou o travesseiro em cima da própria cabeça e voltou à terra dos sonhos.

                Uma hora depois Orihime acordou definitivamente a Tatsuki. O laboratório não ficava longe, então elas resolveram fazer uma caminhada até lá. Ao chegarem, as mulheres esperaram um pouco até que Inoue foi chamada à sala de coleta, enquanto sua companheira ficou na sala de espera. Cinco minutos depois a ruiva saiu, com um band-aid no braço.

                – E aí amor, como você está? – perguntou Tatsuki.

                – Com o braço doendo – respondeu fazendo biquinho.

                – Não tô querendo te desanimar, mas com certeza um parto dói bem mais do que uma agulhada.

                – Tá querendo me fazer desistir é? Se ferrou, agora estou mais determinada do que nunca a ter esse bebê.

                Tatsuki sorriu, segurou na mão de Orihime e as duas saíram do laboratório.

                – Ah, antes que eu me esqueça, tenho que ligar pro Kurosaki – Inoue pegou o seu celular na bolsa.

                – Vai ligar pra ele? – Tatsuki perguntou, sem graça.

                – É claro, tenho que avisar que fiz os exames e saber quando ele vai fazer os dele.

                Ela discou, o telefone tocou várias vezes e nada do ruivo atender.

                – Ele não vai atender, vamos logo pra casa e outro dia você tenta falar com ele – apressou Tatsuki.

                Logo que a morena disse isso, o telefone da Orihime tocou e ela atendeu rapidamente.

                – Alô? Kurosaki kun? Aqui é a Inoue. Isso, mesmo. Acabei de fazer meus exames, quando você vai fazer os seus? Ótimo! Estou com a minha esposa. Boa ideia, você sai que horas? Tá bom, combinado - enfim, ela encerrou a conversa.

                – E aí, o que ele disse?

                – Que já fez os exames e está aguardando o resultado.

                – Que ótimo! – Tatsuki fingiu empolgação.

                – E vamos almoçar hoje no Karakura Shopping, vou apresentar vocês.

                – O quê? - Tatsuki não conseguiu conter o susto – assim tão de repente?

                – E por que não?

                – Sei lá, é que...

                – Então não tem desculpa, vamos pegar o shopping abrindo, tenho que comprar umas roupas pra mim e pra você também, é sério, se não fosse por mim você ia até em casamento com calça jeans ou então kimono de caratê.

                Por mais que a Tatsuki tenha tentado argumentar, acabou sendo arrastada para o shopping pela Orihme.

                Elas chegaram ao shopping cedo e esperaram um pouco até que ele abrisse. Assim que as portas se abriram, as mulheres percorreram lojas de roupas e Inoue comprou alguns vestidos já pensando em sua futura gravidez, também escolheu uma calça comprida e algumas camisas bem ao gosto despojado da sua companheira.

                Depois das compras, elas tomaram sorvete e logo depois o telefone da ruiva tocou.

                – Oi Kurosaki kun! Já está no shopping? Ah sim, te encontro lá – Orihime desligou o telefone – ele está nos esperando em frente ao Mac Hondalds,vamos lá.

                Tatatsuki não disse nada e apenas caminhava para o local do encontro como se fosse gado indo para o abatedouro.

                Oh meu Kami, como eu vou explicar pra Hime que eu já conheço o Kurosaki? E como vou explicar pro Kurosaki que eu sou casada com a Hime? Pensa rápido, pensa rápido...

                Quando elas já estavam próximas do local a ponto de serem capazes de ver o ruivo de longe, Tatsuki começou a correr na direção contrária.

                – Aonde você vai Tatsuki, é pra lá que temos que ir! – Orihime apontou na direção da lanchonete.

                – Vou no banheiro e já volto! – ela sumiu do campo de visão da sua esposa em frações de segundos.

                Como Orihime não queria deixar Ichigo esperando, foi logo ao seu encontro.

                – Olá Kurosaki kun.

                – Oi Inoue kun. Ué, pensei que a sua esposa ia vir com você.

                – Ela teve um contratempo mas já deve estar vindo.

                Ichigo e Orihime ficaram em pé esperando por quase meia hora, e ao contrário do que a ruiva pensava, Tatsuki estava demorando para voltar e não atendeu nenhuma das dezessete ligações de Inoue.

                – Me desculpe Kurosaki kun, não sei o que aconteceu...

                – Sem problema. Eu vou comer alguma coisa, daqui a pouco o meu horário de almoço acaba.

                – Eu almoço com você, tenho certeza que a Tatsuki vai entender.

                – Tatsuki? Eu conheço uma Tatsuki...

                – Não é um nome raro. Por falar em nome, eu pensei em alguns nomes de bebê, vamos discutir isso enquanto almoçamos?

                Ichigo acabou se distraindo com o entusiasmo da moça e começou a ouvir as suas sugestões de nomes enquanto foram pedir suas refeições.

                Enquanto isso, Tatsuki estava escondida no banheiro, ignorando as ligações de Orihime, esperando o tempo passar e se odiando porque não conseguia simplesmente ir até lá, admitir que mentiu para os dois e resolver isso logo de uma vez.

                Depois de uma hora e meia, Arisawa enfim saiu do banheiro e foi procurar por sua esposa, que a esperava no mesmo lugar que havia combinado com Ichigo.

                – Hime chan! – cumprimentou, com um sorriso amarelo.

                – Onde você se meteu? - Inoue tinha uma expressão de raiva, mas também de preocupação.

                – É constrangedor dizer isso mas... eu tive uma diarreia terrível.

                – Tadinha! Pode deixar, vamos pra casa que eu vou cuidar de você.

                Assim elas foram para casa. Tatsuki tentava a todo custo evitar o encontro que quase aconteceu hoje, porém no fundo ela sabia que em breve teria que enfrentar o problema que ela própria causou.

 

 


Notas Finais


É Tatsuki, você não vai conseguir esconder que já conhece o Ichigo nem que é esposa da Orihime pra sempre.
Obrigado por lerem!


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