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História Mutual - Chapter 5


Escrita por: Suuye

Notas do Autor


Oi ~se esconde
Mil desculpas pela demora, o motivo foi: ENEM.Sim, essa coisa do capeta.
Durante a semana estava meio sem inspiração, então só escrevi hoje de manhã mesmo. Peço perdão pela demora.
Como eu disse, esse capítulo é narrado pelo Wonwoo, perdoem a repetição no começo, mas como é o ponto de vista dele, tive que repetir algumas coisas, certo?
Eu estava pensando que o próximo capítulo seria narrado pelo Seungkwan, ou preferem que eu poste um do Jun normal, e depois o dele? O que acham? Me digam nos comentários.
Obrigada pelos novos favoritos e comentários, você são demais
Espero que gostem ~chu

Capítulo 5 - Chapter 5


Meu olhar percorria tentando entender o que acontecia no momento, aquela música alta, as luzes piscando freneticamente, as pessoas parecendo estar mais felizes e completamente alheias ao seu redor. Suspirei fundo e apertei mais forte a mão no ombro de Minghao, este que virou e sorriu docemente enquanto me guiava naquela multidão enorme.

    Como vim parar aqui? Bem, estava em casa no meu conforto lendo Cidade das Almas Perdidas quando ouço a campainha, abro e vejo meu querido amigo chinês com um sorriso enorme e aí percebi que estava ferrado, ele implorou por uma hora para eu ir nessa festa que o seu sunbae convidou, por fim resolvi sair porque não aguentava mais ele falar.

  Agora eu estava aqui perdido e querendo sair desse lugar que não combinava nada comigo, o cheiro de fumaça me deixando tonto e já havia perdido a conta que alguém roçou em mim ou me empurrou. Foi quando paramos do nada que notei que alguém havia parado Minghao, fitei o sorriso alegre e os olhos tornando-se meia lua, sua voz quase não podendo ser ouvida.

 

― Você é o Minghao, certo? Amigo do Jun. – Ele chegou perto de meu amigo e pude notar seus traços ainda mais detalhadamente, bonito quanto um modelo.

 

― Sim? – Ming respondeu incerto e outro assentiu sorrindo. Que pessoa estranha, por que não para de sorrir?

 

― Vem, vamos para o camarote. Ele acabou de chegar, mas está por aí no momento.

 

E depois disso meu corpo fora puxado juntamente com o de Minghao, foi quando notei as partes mais elevadas que deveria ser o camarote, entramos em um e os dois ficaram conversando enquanto eu sentei e fiquei a observar tudo ao redor. Eu realmente não deveria estar aqui, suspirei e fechei os olhos.

 

― Wonwoo, quer algo para beber?

 

Abri os olhos e logo vi os olhos redondos de Minghao me fitando, neguei com a cabeça e ele fez careta me fazendo rir.

 

― Eu disse que vinha, não que “curtiria”. – Fiz aspas com os dedos e meu amigo deu de ombros.

 

― Já é uma vitória você vir.

 

Foi quando notei Jun entrando no camarote e Minghao fora falar com o mesmo, percebi ele apontando com a cabeça para mim e levantei uma sobrancelha ao ver o mais novo sorrir voltando a conversar, suspirei quando o vi andando na minha direção e sentar do meu lado, Jun estendeu o copo com um sorriso e fiz careta.

 

― Não sou muito bom com álcool. – Admiti e encolhi-me inconscientemente.

 

― Esse aqui não tem tanto, pode ficar com o copo.  – Ele falou sinceramente e fitei o copo colorido hesitante, por fim peguei e provei um gole.

 

Meu Deus, isso aqui é muito bom. Arregalei os olhos e lambi os lábios sentindo o gosto doce tomar meu paladar novamente.

 

― Obrigada. – Agradeci e tomei mais um gole sentindo minha garganta ficando gelada.

 

O gosto era doce e no final ficava ácido, meu interior começou a ficar quente e sentia uma enorme vontade de me mexer, aquele sabor ficava cada vez mais forte e agradável. Notei uma movimentação e percebi que o mesmo que havia convidando-nos para o camarote estava agora sentado no colo do Jun, este que descobri se chamar Mingyu, fiz bico ao notar que o copo já estava vazio e cutuquei Jun.

 

― Jun, eu quero mais. – Cheguei mais perto do ouvido do mesmo para poder ouvir.

 

Ele riu e negou com a cabeça, chamou Minghao que conversava com Mingyu e fiz um olhar pidão ao ouvir o outro pedindo autorização para me trazer outro drink.

 

― Desde quando ele tava aí? – Mingyu perguntou rindo e sorri sem graça para o mesmo, é normal as pessoas não me notarem. Voltei a olhar Jun em expectativa.

 

― Aish Wonwoo, se me fizer te arrastar pra casa vai ver só. – Minghao resmungou consentindo o pedido de Junhui.

 

Limitei-me em ficar em silêncio, por que havia perdido as contas de quantas vezes nesses quatro meses que Joshua teve que arrastar o mais alto para sua casa. Acompanhei Junhui até o bar, enfrentando novamente aquela multidão que agora pulava e parecia empurrar ainda mais, segurei nos ombros do mais velho como pedido e deitei minha cabeça em seu ombro ao ter tanta demora de pedir, a batida da música fazendo-me mexer meu corpo automaticamente. O copo foi estendido pelo mais velho e no caminho tentava não derrubar o líquido, fiquei em pé perto das barras do local e balançava conforme á música.

  Acenei quando Minghao piscou empurrando Jun para a pista de dança, e parei ao ver os dois dançando e as outras pessoas também se sentiam hipnotizadas pelos movimentos dos mesmos, perdi o tempo que fiquei observando e levantei uma sobrancelha ao ver uma pessoa de cabelo platinado pegar na cintura de Junhui fazendo os dois dançarem numa sintonia incrível, sorri e voltei a me balançar.

 

― Ele é muito bom né?

 

Quase pulei de susto ao ouvir aquela voz rouca muito próxima, virei-me e fitei Mingyu que agora parecia ainda mais solto, ele abraçou meu ombro e me virou para a pista de dança onde os outros dois ainda dançavam, Minghao agora parecia em seu próprio mundo e sorri.

 

― Qual seu nome? – Ele falou novamente no meu ouvido e senti meu interior vibrar.

 

― Jeon Wonwoo. – Respondi e lhe fitei pelo canto de olho vendo seu sorriso, notando que seu dente parecia uma presa.

 

Depois disso ele tirou a mão do meu ombro e foi falar com outra pessoa, percebi novamente meu copo vazio e depositei em algum canto da mesa já abarrotada de drinks, observei o balde cheio de cerveja. Será que eu deveria? Mas eu estou com sede. Dei de ombros e peguei uma, fiz careta ao sentir o gosto amargo e deixei-a na mesa mesmo.

 

― Wonwoo!

 

Dei de cara com um Minghao alegre demais vindo me abraçar, gargalhei e tentei lhe segurar para não cair, e não sei por que motivo eu estava rindo sem parar enquanto ajeitava o chinês sentado.

 

― E aí Ming! – Logo Mingyu veio todo animado meio pulando.

 

― Gyu.

 

Eles já estavam íntimos assim? Ri e dei de ombros.

 

―Wonwoo-hyung, não quero ficar sozinho, venha comigo.

 

E não sei como não cai quando ele me puxou com força para descer as escadas, e também não posso dizer como não cai de boca no chão. Tudo estava confuso e muito feliz nesse momento, eu só queria dançar e era o que eu fazia nesse momento. Foi quando senti um aperto na cintura, franzi o cenho e quando me virei dei de cara com um homem alto, cabelo preto e seus olhos estavam vermelhos, senti-me com medo e tentei me afastar, falhando miseravelmente por minha falta de força. Foi quando senti meu corpo bater contra outro, uma respiração pesada e observei a careta de insatisfação do outro estranho virando-se na direção oposta, suspirei aliviado e recebi um abraço desajeitado.

 

― Tome cuidado. – Ao ouvir a voz de Mingyu me tomou um alívio e assenti.

 

Continuei a dançar, mas senti minha vista embaçar demais e uma ânsia subir, avisei o mais novo que iria ao banheiro e segui sendo empurrado pela multidão até o local. Entrei com pressa e consegui chegar á tempo no vaso, vomitei e senti meu corpo suar pelo anseio, suspirei aliviado ao perceber meus sentidos voltando ao normal e fui em direção á pia para jogar água no rosto, me segurei na pia e foi aí que prometi que nunca mais ia beber tanto assim, passei a mão no cabelo e sequei com alguns papéis que por sorte ainda estavam sobrando.

 

― Ah, eu preciso ir embora. – Falei ao sentir minha cabeça já dar pontadas.

 

― Vem, eu te levo.

 

Fitei Mingyu pelo espelho que tinha batom borrado em sua boca, sorri assentindo e andei até o mesmo, com o dedo ainda molhado passei no canto de seus lábios e sequei na minha calça, ele parecia perdido e estalei o dedo fazendo-o sorrir fraco.

  Chegamos sem dificuldade, por mais milagroso que possa parecer, até a saída e tinha vários táxis á disposição.

 

― Obrigada Mingyu, agora vou indo. – Falei e nisso perdi meu equilíbrio, a minha sorte foi o maior me segurar e este riu.

 

― Vou junto, não está em condição de ir sozinho.

 

No táxi só lembro-me de deitar a cabeça do mesmo e acordar já na porta do meu prédio, tentei pagar e recebi bronca do mais novo dizendo que ele iria pagar, o mesmo ajudou-me a sair do carro e abraçou minha cintura para garantir meu equilíbrio. Acenei sorrindo para meu porteiro que franziu o cenho e riu soprado, Mingyu cumprimentou enquanto ele abria a porta para a gente.

 

― Onde está a chave? – Ele perguntou baixinho, pois eram exatamente três da manhã.

 

― No bolso de trás. – Sussurrei e ri no final ao perceber que a cena parecia hilária.

 

Arregalei os olhos ao sentir a mão do outro em minha bunda pegando a chave, logo a destrancando.

 

― Seus pais estão em casa? – Mingyu perguntou e pude notar sua face receosa, mesmo minha visão não estando 100% no momento.

 

― Eu moro sozinho! – Falei alegremente me soltando de seu braço rodopiando até o sofá e rindo sozinho enquanto sentia minha canela doer.

 

Escutei a risada de Mingyu e ouvi o clique da porta, comecei a cantar a última música que tocava quando saímos do local, comecei a balançar os pés e balançar o corpo no ritmo, até que a face do maior surgiu muito próxima da minha, o mesmo estava sentado no chão e me encarava firmemente.

 

― O que foi? – Perguntei assustado e me afastei instintivamente, sentindo o estofado demarcar que não tinha mais como afastar-se.

 

― Nada, você tem olhos muito bonitos. – Ele sorriu e pude novamente apreciar suas pressinhas.

 

O que diabos eu estou pensando? Ah, não sei. Mas estava sendo legal ser encarado pelo mesmo. Fiquei fitando-lhe e notando os pequenos detalhes do seu rosto, as expressões que mudavam levemente, os olhos profundos, a pele brilhante e amorenada, ele mordeu o lábio e isso me fez arrepiar, suspirei e foi aí que senti meus olhos ficando pesados, e depois disso não lembro mais nada.

    Final de semana estava tentando terminar meu trabalho de semestre, mas ainda faltava e muito. Já era segunda e toda a monotonia chegaria novamente, respirei fundo e segui em direção á mesa que ficava próxima á árvore esperando meus queridos amigos chegarem, cumprimentava rapidamente conhecido e colegas.

   Foi quando avistei Minghao chegando e Joshua logo atrás dando sermão no mesmo, ri soprado e esperei ambos se aproximarem para abraçar-los e assim seguirmos caminho, fiquei em silêncio observando tudo ao redor e me desliguei do assunto, até o assunto festa chegar.

 

― Oh, Ming. – Chamei-o e ele logo virou para me fitar.

 

― Ah é Won hyung, chegou bem? Esqueci-me de lhe ligar. – Minghao corou e eu abanei a mão.

 

― Cheguei sim, não precisa se preocupar por não ligar. Eu tenho que falar com o Jun, se o vir, avise. – Pedi e sorri quando o mesmo acenou freneticamente.

 

Era fofo o quanto ele tinha respeito pelos mais velhos, além do sotaque ser totalmente adorável.  Ao fitar o prédio de Design suspirei fundo, a primeira era com o Sr.Lee e ele era o capeta de manhã cedo.

  Depois de sobreviver ao inferno encontrei com Jun e consegui o número de Mingyu, precisava lhe agradecer por tudo o que havia feito por mim Sexta, me sentia culpado por não ter pagado o táxi – mesmo que fora forçado á não pagar, ainda lembro disso. Segui até a mesa onde Joshua tentava ensinar alguma coisa em inglês e o mesmo falava embolado, ri e fiquei observando. Logo depois Junhui sentou-se e tornou ainda mais divertido, o loiro era uma pessoa leve e confiável, além de engraçado e estranhamente intenso.

    Agradeci aos céus quando informaram que a professora havia faltado, ou seja, tempo livre finalmente. Peguei o celular e fitei-o receoso, deveria ligar agora para o mais novo? Mordi o lábio e cliquei na tela antes de desistir.

― Alô? – Ao ouvir a voz rouca notei que o mesmo devia estar dormindo.

 

― Oi, aqui é o Wonwoo.

 

― Oh, aquele com olhos bonitos.

 

― Sim. – Ri e neguei com a cabeça, sentei na mureta ao lado do café. ― Gostaria de lhe agradecer por Sexta.

 

Escutei um resmungo e estalos, o mesmo devia estar se espreguiçando no momento.

 

― Aceito comida, acabei de acordar e meu estomago está reclamando.

 

Sorri de leve e lambi os lábios.

 

― Tudo bem, estou aqui do lado da Coffe&Bar, conhece?

 

― Conheço, em cinco minutos estou aí.

 

― Ok, até.

 

Desliguei o celular e coloquei no bolso, entrei no local e sentei em uma mesa distante. O alívio tomou meu corpo ao ver que poderia agradecer de alguma forma, já que o mesmo cuidou de mim nem mesmo me conhecendo e me aturar bêbado, por Deus. Senti meu rosto ficar quente e tampei minhas bochechas com as mãos, escutei um risinho e fitei a garçonete que me observava com um sorriso simpático, pigarreei e tirei as mãos do rosto.

     Pedi um cappuccino e esperei pacientemente, logo vi o maior entrar e acenar quando me viu, ergui uma sobrancelha ao notar os suspiros direcionados á Mingyu que parecia alheio a isso. Pessoas bonitas nunca notam o efeito que elas causam ao seu redor, incrível.

 

― Bom dia. – Ele disse assim que se sentou e já pediu um café com leite á garçonete.

 

― Bom dia. – Respondi tímido e mordi o lábio.

 

O que eu ia conversar com essa pessoa? Eu deveria pensar nas coisas antes de fazer, suspirei e ajeitei minha franja que insistia em ficar fora do lugar.

 

― Está melhor?

 

Ao ouvir a pergunta levantei a cabeça e fitei seu rosto sério, franzi o rosto e parei para pensar, ele estava perguntando da ressaca? Não sei, mas vou aceitar como isso.

 

― Sim, estou. Muito obrigado por me ajudar sem me conhecer direito. – Falei sincero e curvei-me gentilmente.

 

― Yah, não precisa agradecer assim, está tudo bem. Não foi nada demais. – Ele estava corado e bagunçou seu cabelo demonstrando seu constrangimento ao ver todos interessados na nossa conversa.

 

Assenti e suspirei fitando meu copo de cappuccino, comecei a brincar com a alça desse tentando pensar em algum assunto, mas nada me vem a cabeça. Escutei a garçonete trazer o pedido e soltar uma risadinha, ergui o olhar e observei Mingyu tomar seu café, e depois sorrir ao me flagrar lhe fitando, desviei rapidamente e mordi meus lábios novamente. Por que estava agindo assim? Por Deus, pareço uma menina. Ajeitei minha posição e acenei para outra atendente, pedi dois bolos que eu gostava dali.

 

― Oh, meu bolo preferido. – Mingyu falou depois que pedi.

 

― Sério? O meu também. – Sorri levemente e vi seus olhos arregalarem.

 

― Meu Deus, se comida lhe faz sorrir com frequência irei pedir mais.

 

― Yah, claro que não. O que está falando?

 

― Você não sorri com frequência. – Ele apoiou seu rosto na palma da mão e ficou me encarando.

 

Ok. Junhui arranjou um amigo igualmente intenso? Senti meu coração dar um pulo, rolei os olhos e tomei o resto do café. Mingyu é estranho.

 

― Só tem aula de tarde? – Perguntei tentando desviar de assunto.

 

― Sim, hoje tenho cálculo. – Suspirou pesaroso e me deu pena do rosto sofrido do outro.

 

Os bolos chegarem e fitei a fatia farta, dessa vez havia mais morangos entre o recheio de baunilha, o chantilly em cima fazia minha boca salivar ainda mais. Comi um pedaço e gemi em satisfação, como sempre está uma delícia.

 

― Temos que combinar de sair novamente. – Mingyu comentou depois de quase devorar todo o bolo, ri quando vi seu rosto com chantilly em sua bochecha. Como parou ali? Ri ainda mais ao ver seu rosto confuso.

 

― Você está sujo, criancinha. – Falei debochado e indiquei com o dedo na região onde estava sujo.

 

Ele resmungou insatisfeito ao ouvir o apelido, passou a mão e retirou onde estava sujo, neguei com a cabeça.

 

― Talvez vá ter uma festa nessa sexta-feira na nossa faculdade. – Comentei e seu olhar tornou-se curioso.

 

― Oh, que ótimo. Você vai né?  – Ele sorriu alegremente.

 

― Como provavelmente serei arrastado, irei. – Suspirei pesado e resmunguei.

 

― Por que não gosta de ir para festas? – Mingyu perguntou.

 

― Primeiro por que tenho que cuidar dos meus amigos, segundo que eu sempre fico sozinho e terceiro por que não gosto de tanta gente em um lugar só, exceto quando bebo. – Disse simples e ele riu.

 

― E que tal eu lhe fazer companhia? – Fitei seu rosto sorridente e rolei os olhos.

 

― Você vai estar mais alterado do que não sei o que, nem vai lembrar. – Falei sincero e Mingyu fez bico cruzando os braços.

 

― Então você cuida de mim. – Riu soprado e me fitou com um sorriso convencido.

 

― Oh, obrigado por aumentar minha responsabilidade. – Bufei e lambi os lábios para tirar o resto do chantilly.

 

― Pronto, agora é uma promessa. Vai cuidar de mim. – Ele sorriu e tentei ficar sério, mas ao ver a cara satisfeita do mesmo sorri negando.

 

Mingyu é definitivamente difícil de lidar.

 

O tempo passou rápido e já era sexta-feira, suspirei ao fitar o relógio indicando que já era perto do horário para me arrumar, coloquei qualquer roupa aceitável e fui para o local. E dito feito, estava sozinho e meio sóbrio não gostando daquela multidão de gente.

   Suspirei ao observar Mingyu que parecia em seu próprio mundo, ele estava muito alterado e a prova disso foi o tanto de vezes que já fora agarrado, além dos movimentos muito engraçados de dança. Foi quando meu olhar parou no Jun e no amigo baixinho com cara fofinha dançando, ambos pareciam felizes e curtindo realmente, olhei para o resto da festa e deitei minha cabeça na parede ainda pensando no que eu havia feito.

   Eu tinha beijado a bochec ha de Mingyu, e eu nem sabia o direito porque, ele iria sair de qualquer jeito já que estava meio molenga, então por quê? Mordi o lábio e fechei os olhos fortemente.

 

― O que pensa tanto Won?

 

Ouvi a voz enrolada de Joshua e abri os olhos, neguei ao ver seu rosto triste e bati no banco ao meu lado, ele sentou e suspirou profundamente, entrelaçou nossas mãos e deitou sua cabeça no meu ombro. Doía ver ele assim, e saber que não podia ajudar era ainda pior.

 

― Nada demais, bebeu demais novamente ein?

 

― Estou confuso Won. – Joshua resmungou e agora abraçou meu braço.

 

― Com o que?

 

E fiquei sem resposta, fitei-lhe pelo canto de olho vendo-o adormecido e suspirei pesadamente. Comecei a acariciar seu cabelo, foi quando percebi que não achava o moreno em qualquer lugar. Por que prometi criar desse dongsaeng? Expirei e cutuquei Joshua levemente.

 

― Estou indo no banheiro, pegue essa água que eu volto logo. – Estendi a água e conferi que ele havia entendido.

 

Andei pelo meio da multidão que me empurrava a cada vez que tentava passar, o cheiro de bebida e fumaça ficando impregnados na minha roupa, só consegui respirar quando cheguei ao banheiro e pude tirar o enjoo que estava sentido do cheiro.

     Quando sai do local fui surpreendido ao esbarrar com um corpo, ouvi um resmungo de dor e fitei preocupado para ver se a pessoa estava bem, bufando ao perceber que era Mingyu e este abriu um sorriso quando me viu, abriu os braços e me abraçou forte. Senti todo meu interior vibrar e seu cheiro me deixar desorientado.

― Mingyu, dá pra me largar? – Perguntei e mordi o lábio, agora eu entendia o que estava acontecendo e queria distância, muita distância disso.

 

― Não. – Ele respondeu firme e me abraçou mais, me arrastando até a parede do lado do banheiro.

 

Meu corpo era pressionado pelo seu, sentia sua respiração pesada e isso me fazia arrepiar, sua mão agora fazendo carinho em minhas costas.

 

― Mingyu. – Chamei com a voz falha, puta que pariu, eu não estou acreditando nisso.

 

Com um estalo ele afastou-se e seus olhos confusos me fitavam, suas mãos ainda segurando minha cintura firmemente, encarei-o de volta sentindo a intensidade que ele prestava atenção em mim. Despertei quando nossos corpos foram esbarrados por alguém e me afastei rapidamente andando novamente até onde Joshua estava, ficando aliviado ao ver Jun ali.

   Sentei ao lado de Joshua, este deitou a cabeça novamente em meu ombro, suspirei negando e entrelacei nossas mãos, minha cabeça parecendo trabalhar a mil e meu coração só agora se acalmando.

 

― Então já vou indo, boa noite gente. – Jun sorriu e levantou-se, mas sua camisa fora segurada e fitei imediatamente Joshua que a segurava, ele encarava intensamente Junhui que parecia surpreso com a ação do outro

 

― Fica. – Ele pediu e quem estava surpreso agora era eu, observei o loiro morder o lábio desistindo e sentando do outro lado, onde Joshua deitou a cabeça e entrelaçou ambas as mãos.

   Ri baixinho e fitei Jun com um sorriso cúmplice, o mesmo mostrou a língua e fez sinal para eu ficar quieto fazendo-me gargalhar negando. Já havia reparado o interesse dele pelo meu hyung, até que ambos ficavam fofos juntos.

 

― Cadê o Mingyu? – Ele perguntou e eu queria nesse instante me jogar de um prédio

 

― Sei lá. – Respondi simples.

 

Mordi o lábio ao imaginar o maior jogado em algum canto e esquecido, suspirei e levantei. Ficar me corroendo de culpa não iria adiantar nada, falei que iria cuidar do outro. Varri meu olhar pelo local e acelerei ao ver que o mesmo estava ainda encostado na parede do local, cheguei perto do mesmo e cutuquei-o, seu olhar ergueu-se e abriu um sorriso infantil.

 

― Hyung. Você veio cuidar de mim. – Ele disse manhoso e puxou-me para abraçar minha cintura, deitando sua cabeça em meu ombro.

 

Fitei o teto e rezei para todos os santos pedindo perdão, por que meu corpo e mente estavam pedindo um contato ainda mais profundo, neguei com a cabeça e o abracei de volta. Só é um pouco, certo? Não há nada de mal.

 

― Você cheira bem. – Ao escutar aquela voz rouca em meu ouvido senti todo meus pelos se arrepiarem, suspirei sem querer. Arfei quando senti seus lábios gélidos em meu pescoço, minha mente parecia um labirinto sem saída. ― Desculpa lhe deixar sozinho.

 

Foi quando minha consciência voltou e me afastei do mesmo, observei seus olhos sonolentos e baguncei meu cabelo, tirei o cabelo que grudava na testa suada do outro, peguei seu braço para apoia-lo em meu ombro e adentrar o banheiro, fui até a pia e comecei a molhar o rosto do mesmo que pareceu acordar aos poucos, sentei-o no banco que tinha ali e abanava para aliviar o calor, aos poucos ele ficou melhor.

 

― Obrigada Won-hyung. – Mingyu suspirou e passou a mão pelo cabelo molhado.

 

― Vem, eu te levo pra casa.

 

Estendi a mão e o mesmo aceitou para levantar, o local já estava vazio e vi que Joshua já não estava no mesmo local, devia ter sido levado por Jun. Fiquei ainda mais aliviado, Mingyu me seguia até os fundos do local onde meu carro estava, ao entrar perguntei o endereço e notei que não era muito longe de onde eu morava, o caminho se seguiu em silêncio já que o outro adormeceu. Chegamos sem dificuldades e sem trânsito pelo horário, abri a porta e sai andando até a do passageiro, balancei o maior para acorda-lo e seus olhos abriram lentamente, bocejou e espreguiçou-se.

 

― Consegue subir sozinho? – Perguntei preocupado ao me afastar para o mesmo levantar.

 

― Sim, consigo. – Mingyu respondeu firme e sorriu para mim, bagunçou meus cabelos. ― Obrigada, agora estamos quites.

 

― De nada, agora vá e durma. – Acenei brevemente.

 

Antes de ele entrar sorriu novamente e mandou um coração, fazendo-me rir negando e expirar o ar que segurava. Eu estava fodidamente apaixonado por Mingyu, não canso mesmo de me ferrar.


Notas Finais


Meu Deus, deu 4.000, n sei como consegui, juro.
Antes que me joguem pedra que não rolou nada entre Meanie, tem motivo, beijos. asuhhusuahsuh
Gostaram? Eu não curti muito, mas gostei, não sei.
Até o próximo ~chu


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