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História Mutual - Chapter 7


Escrita por: Suuye

Notas do Autor


ALO ALO, ISSO MESMO, TERMINEI AGR DE ESCREVER
Olha, eu fiz burrada no último capítulo no final onde mudei que o Joshua veio falar com o Jun no dia seguinte, por que se não ia ficar estranho, então é isso aí.
Sim, escrevi 5.000 palavras.
Olha, vou comentar tudo o que aconteceu nas notas finais, tem mt coisa pra falar PQ NÉ COMEBACK ASSIM NA CARA É DIFÍCIL SEVENTEEN
e desculpe se tiver algum erro, quis postar agora e depois me avisem, pelo amor de Deus.
E OBRIGADA PELOS NOVOS FAVORITOS, EU JURO QUE QUASE CHOREI AO VER QUE ESTAMOS EM 37 E 17 COMENTÁRIOS, AMO VOCÊS

Capítulo 7 - Chapter 7


Suspirei profundamente ao observar aquela pilha enorme de papéis que estava ao meu lado, baguncei meu cabelo e deitei com a cabeça na mesa, minha cabeça parecia querer explodir e não era apenas por conta da faculdade, ouvi o toque de uma nova mensagem e franzi o cenho, estendi minha mão alcançando o aparelho e virando apenas o rosto para ver, arregalei os olhos ao ver o nome de Seungcheol na tela.

― Está quase queimando seus trabalhos? Por que eu estou quase. – Ri soprado ao ler a mensagem baixinho e ajeitei-me rapidamente para poder responder.

Ah sim, esse era o meu maior estresse no momento, Choi Seungcheol. Aquele que me faz sorrir bobo apenas por imaginar seu sorriso magnífico, ter arrepios por sentir seus toques suaves quando esbarramos , surtando a cada mensagem recebida e gostar dele ainda mais por esses pequenos detalhes. Ajeitei minha postura e continuei a digitar novamente, por que eu não poderia queimar aquele trabalho e eu também não posso pensar em Choi 24 horas por dia. O que estava se tornando cada vez mais difícil.

Observei de longe Jun que parecia perdido em pensamentos enquanto terminava seu café, lamentei ao poder não parar e poder conversar com o mesmo, sai correndo com meus documentos para a sala da professora que aguardava os trabalhos serem entregues, cheguei ofegante e sorri fraco quando a mesma levantou uma sobrancelha fitando-me, aproximei-me devagar e depositei as folhas impecáveis em sua mesa. Sai da sala e pude finalmente sentir o peso sair dos meus ombros, gritei quando senti mãos em meu ombro e ofeguei ao sentir meu coração absurdamente acelerado, arrumei minha postura ao escutar aquela risada que eu conhecia muito bem.

― E aí Angel, conseguiu fazer um bom trabalho? – A voz rouca me fez perder em pensamentos por segundos, sacudi a cabeça e mostrei sinal positivo para Seungcheol.

― Consegui, depois de horas na frente do meu computador. – Suspirei e ajeitei meu cabelo que insistia em se rebelar voltando a ficar na minha cara.

― Tenho que ir agora. Nos vemos mais tarde?

― Mais tarde?

― A festa Angel, como pode esquecer? – Seus braços abraçaram meus ombros e depositou um selar rápido em minha bochecha saindo correndo acenando enquanto andava.

― Cuidado que vai formar uma piscina de baba aí.

Virei e observei o sorriso de lado de Seungkwan, rolei os olhos e dei de ombros começando a andar com o mesmo no meu lado, escutei seu suspiro e fitei seu rosto abatido. Essa briga dos dois estava desgastando ambos e isso doía cada vez mais ver, agarrei o braço de meu amigo que ficou surpreso e sorriu tímido.

― Que horas te busco para irmos á festa?

― Ah Jeong, não estou no clima.

― Desculpa, eu não disse que quero sua opinião, perguntei que horas passo para te pegar.

― Idiota. – Ele sussurrou e dei uma cotovelada do mesmo que resmungou o quanto era mal tratado.

Ao chegar à festa a música alta fez meu corpo balançar levemente, meus olhos tentavam se acostumar com aquelas luzes fortes, acenava a cada vez que via conhecidos e segurei a mão de Seungkwan forte enquanto esse tentava se movimentar naquela multidão de corpos, suspiramos aliviados ao chegar a uma mesa que estava milagrosamente vaga, sentei e pude observar a multidão aumentando ainda mais, como isso era possível? Nem eu saberia explicar e nem Newton.

― Angel!

Sorri abertamente quando o mesmo se aproximou trazendo Joshua ao lado, ambos sentaram e começamos conversar sobre coisas aleatórias.

― Jeong, acabei de ver um amigo meu e vou até lá.

Assenti e logo Seungkwan estava saindo pela multidão, suspirei ao ver Seungcheol conversando animadamente com Joshua que sorria gentilmente para o mesmo, ambos tinham essa ligação e isso que me causava inveja, eu queria ser tão próximo do mais velho o quanto Joshua é.

― Angel, está tudo bem?

Levantei o olhar rapidamente ao ouvir a voz muito próxima, meu coração acelerou ao ver aquela expressão preocupada no moreno que suavizou depois de ver meu rosto e colocou a mecha do meu cabelo atrás da minha orelha, sorri em agradecimento.

― Desculpa, estava viajando aqui. – Falei sincero e ambos disseram que estava tudo bem.

― Tudo bem.  Essa pressão de faculdade é difícil. – Joshua falou doce e sorri em resposta. Ele é sempre assim, gentil e extremamente calmo para tudo.

― Nem me fala, quase rasguei tudo ontem. – Seungcheol bufou e virou o copo que bebia.

― É absurdo essa pressão que colocam, queria voltar ao ensino médio. – Joshua negou com a cabeça e concordei.

Meu olhar vagou para a pista onde sorri quando vi Jun e Seungkwan dançando alegremente na pista de dança, me perdi observando o quanto ambos pareciam alheios a tudo e todos, ri baixinho e voltei a conversar com os dois.

― Me desculpem, o papo está ótimo e adoro falar com vocês, porém tenho que procurar meu amigo. – Joshua sorriu e se retirou em seguida.

― Ele parece um pouco triste. – Seungcheol comentou e ergui uma sobrancelha.

― Sério?

― Uhm, mas já que ele prefere ficar em silêncio não há nada que possamos fazer, certo? – Ele sorriu abertamente e piscou para mim, abaixei a cabeça rindo enquanto sentia meu rosto esquentar.

― Acho que vou pegar algo para beber. – Falei aleatoriamente enquanto balançava meu copo agora apenas com gelo.

― Fica aí, eu já volto. Você parece cansado Angel.

― Tudo bem.

Suspirei profundamente e voltei a olhar para a pista de dança, foi quando não vi Jun em nenhum lugar e muito menos Seungkwan, um desespero bateu e peguei imediatamente meu celular. Liguei para Jun e este não atendia de maneira nenhuma, baguncei meus cabelos enquanto ligava para Seungkwan este que atendeu.

― Hyung! – A voz alterada e totalmente enrolada denunciava o estado do mesmo.

― Onde diabos você está? – Perguntei preocupado ao notar um silêncio onde este estava.

― Dentro de um táxi indo pra casa. – Respondeu cantalorando.

― E o Jun?

― Ele ficou aí.

― Tudo bem, mude o endereço e vá para minha casa.

― Ok hyung!

Escutei o menor falando enrolando para o motorista que riu e respondeu afirmativamente, foi quando notei que o mesmo continuava a falar com o taxista sobre uma placa que ambos passavam.

― Seungkwan? – Perguntei e não ouvi resposta.

Rolei os olhos e desliguei o aparelho ao ver que ele nem me responderia. Neguei com a cabeça e tentei levantar o corpo da cadeira para tentar avistar Jun, mas este não se encontrava em lugar nenhum. Era a segunda vez que ele fazia isso! Na verdade, sempre fez isso e me irritava profundamente.

― O que houve? – Virei para ver Seungcheol carregando dois copos e estendendo o meu.

― Seungkwan está indo para minha casa e não consigo achar Junhui por nenhum canto. – Peguei o copo e sorvi uma grande quantidade.

― Ah, acabei de o ver sentar junto do Joshua e o amigo dele.

― Aish, esse irresponsável nunca me fala aonde vai. – Resmunguei chateado e bebi mais um gole.

― Ei, vamos com calma. – Ele riu e tirou meu copo, semicerrei os olhos e o mesmo gargalhou.

― Chato.

― Vem, você também precisa ir pra casa.

― Mas eu nem estou alterado! – Exclamei ofendido. Eu nem tinha bebido nada, isso era um absurdo.

― Porém Seungkwan está, nem vai conseguir abrir a fechadura.

― Isso é verdade. – Concordei e ambos saímos com mais facilidade, já que todos estavam começando a ir embora.

Como esperado, quando cheguei Seungkwan estava sentado ao lado da porta cantando uma música indecifrável, o mesmo sorriu fofamente quando me viu e estendeu os braços, ajudei o mesmo levantar e gargalhei quando o mesmo me abraçou forte. Com muito esforço consegui coloca-lo no quarto de visitas e fui para o meu onde quando deitei apaguei completamente.

Acordei com uma luz incomoda em meus olhos, grunhi ao perceber que as persianas não estavam fechadas, tateei pelo colchão e peguei meu celular observando o horário, agradeci quando vi que eram onze horas e daria para fazer tudo tranquilamente.  Levantei e escutei minha coluna estralar, suspirei aliviado e sai me arrastando até a cozinha onde senti um cheiro gostoso, sorri de leve ao observar Seungkwan cozinhando tranquilamente.

― Acordou cedo.

O mesmo pulou com a mão na faca e me olhou espantado, ri e sentei-me na mesa, seu olhar me fuzilou e terminou de cortar os pedaços de queijos depositando na mesa já posta.

― Vai, me mata do coração mesmo criatura. – Ele disse sentido e rolei os olhos.

― Para de drama Kwannie.

Comemos em silêncio e lavei a louça já que o mesmo havia feito tudo, depois de arrumar tudo na cozinha andamos até o sofá, observei seus dedos inquietos.

― Você sabe que vai ter que superar Hansol, não sabe? – Perguntei sério fitando-lhe, meu coração apertou ao vê-lo apertar as mãos fortemente.

― Eu sei hyung. – Sua voz embargada me fez abrir os braços e abraça-lo forte ouvindo um suspiro satisfeito por parte do mesmo.

― Isso é uma droga.

― É mesmo, reciprocidade é tão difícil conseguir. Sabe o que é pior? Ele nunca foi digno de me dar uma resposta concreta, se ele simplesmente fala-se um eu não gosto de você seria tão fácil. – Apertei-o ainda mais e segurei meu choro sentindo minha garganta arder, acariciei seus cabelos enquanto sentia seu corpo tremer. ― E aí eu ficava me iludindo sabe, sempre achando que eu tinha alguma chance de talvez ser correspondido, isso é simplesmente frustrante.

― Você vai conseguir passar dessa, tudo bem? Você é forte Kwannie.

― Obrigada hyung.

Depois do mesmo se acalmar começamos a conversar sobre coisas aleatórias para tentar distraí-lo, nos atolamos em doces e porcarias não se importando com as calorias extras, no outro dia o mesmo se despediu e passei o dia vegetando em casa.

Acho que quando o mês começou na quarta já fez o mundo desandar, e coincidentemente na segunda quarta desse mês fez começar com tudo um pouco estranho para falar a verdade, franzi o cenho ao observar Junhui que parecia perdido e sorria feito idiota, estalei meus dedos e o mesmo voltou o olhar para mim, ergui uma sobrancelha e ele riu.

― O que é tão engraçado que ta rindo pro nada? Ou enlouqueceu de vez mesmo? – Perguntei e recebi um empurrão de leve me fazendo rir.

― Para de ser bobo. Eu vi você no final de semana flertando com o Seungcheol. – Ele ergueu as sobrancelhas sugestivamente e rolei os olhos.

― Suas provocações não fazem mais efeitos em mim.

― Não é o Seungcheol falando com aquela garota peituda?

Virei rapidamente e não o vi em nenhum lugar, ao escutar a gargalhada estrondosa de Junhui bufei e virei o rosto sério.

― Sério, tem certeza? – Ele ainda ria enquanto tentava controlar a respiração.

― Idiota.

― Seu melhor amigo idiota, agora tenho que ir.

Assenti enquanto observava-o levantar feliz e sair distraído por aí, isso que era estranho: Junhui feliz. Dei de ombros e resolvi ir logo para a minha sala, meu olhar parou em Hansol que fitava o nada com uma cara nada agradável, resolvi ignorar e fui para minha sala. O resto do dia passou sem mais nada de interessante acontecendo, cheguei em casa e senti meu celular vibrar no bolso.

― Hyung, estou em uma enrascada? – Li confuso ao observar a mensagem de Mingyu.

Peguei o celular e liguei, o mesmo não atendia e desisti na terceira tentativa. Esquentei meu jantar e fui tomar banho logo depois, peguei meu celular e mais uma mensagem.

― Deixa pra lá. – Grunhi ao ler aquilo, eu não merecia esse idiota.

E na Sexta-feira Seungkwan veio na minha direção correndo com um olhar desesperado, segurei seus ombros para o mesmo não cair, o seu rosto estava extremamente vermelho, depois de conseguir recuperar sua respiração começou a falar.

― Seokmin se declarou para mim.

― O quê? Sério? – Falei animado e o mesmo assentiu rapidamente. ― E por que parece assustado?

 

― Bom, por que...

― Aish, vem comigo.

Arrastei o mesmo até o prédio ao nosso lado, subimos as escadas e cheguei a sala de Junhui que continuava com aquele lado alegre que andava me assustando, o chamei com o dedo e o mesmo pegou as coisas correndo saindo da sala.

― Qual a emergência?

― Esse trouxa aqui. – Apontei para o mais novo que acenou para Junhui que riu e começou a nos acompanhar.

Sentamos em uma mesa no jardim da faculdade, e contei o que o menor havia falado.

― Ok e porque ele me parece assustado e não feliz? – Junhui franziu o cenho e mordeu seus lábios.

― Primeiro, Hansol. Segundo, Hansol. Terceiro, nunca recebeu uma confissão. – Numerei e meu melhor amigo assentiu.

― Seung, me escuta. – Jun disse sério e o outro assentiu freneticamente. ― Não insista em algo que não dê certo, quando você não tem certeza e sabe que vai se machucar se segue em frente e essa é uma ótima oportunidade para se fazer isso.

― Eu sei, mas...

― Mas nada, responda para o pobre moço que vai aceitar e pronto.

― Hyung. – Ele resmungou manhoso e tentou fazer aegyo, apenas ergui a sobrancelha e ele desistiu assentindo.

― Mereço isso.

― Merece, vê se espelha nele e tenta sair desse sufocamento de sentimento. – Junhui piscou e saiu desfilando depois de despejar seu veneno. Aquela naja.

No Sábado sai com minha mãe que estava reclamando faz tempo que não me via, contei as novidades e soube que a mesma estava saindo com um novo cara bacana, ela não tinha juízo. Despedimos-nos depois de passar o dia todo juntos, e Domingo fui encher o saco de Jun que me expulsou depois de sem querer, ressaltando essa parte, havia quebrado uma de suas canecas preciosas.

― Angel, vamos sair. Faz muito tempo que não bebemos. – Seungcheol surgiu do inferno enquanto caminhava para o refeitório para saber as novidades de Seungkwan com Seokmin.

― É apenas terça-feira, se controle Choi. – Disse risonho e arrepiei quando o mesmo passou o braço pelo meu ombro.

― Para de ser chato. – Ele resmungou e fez bico. E foi aí senhores que cedi á esse aegyo patético.

― Tudo bem, mas agora tenho que ir falar com o Seung.

― Ah, é verdade que ele deu um bolo no Seokmin?

― O que? – Perguntei exaltado e o outro arregalou os olhos.

― Já está rolando pela facul toda Angel.

― Me desculpe Cheol, vou ter uma conversa séria com um certo alguém. – Falei forçadamente gentil e recebi um aceno concordando.

Trotei até o caminho e Seungkwan ao me ver irritado se escondeu atrás de Jun que rolou os olhos, andei até o mesmo e o puxei para sentar do meu lado.

― Que palhaçada é essa?

― Hyung, me escuta pelo menos. – Ele sussurrou e seus olhos estavam lacrimejados.

― Devo? – Olhei para Jun que negou. ― Então nem gaste sua saliva, vem comigo agora.

Puxei-o do banco e Jun gritou um tchau que não foi respondido por eu estar completamente tomado pela raiva, tanto que nem ligava para os olhares direcionados a nossa direção. Parei rapidamente ao notar que não fazia ideia onde ficava o prédio de Administração, foi quando avistei Wonwoo caminhando despreocupadamente e fui até o mesmo.

― Licença Wonwoo, preciso que me diga onde fica o prédio de Administração.

― Fica por ali. – Ele indicou educadamente e agradeci puxando Seungkwan que não se dignava a falar nada.

Andei apressadamente até a sala de Seokmin que um dos seus colegas informou, cheguei lá e a mesma estava parcialmente vazia já que o professor havia saído, foi quando avistei-o escrevendo no caderno com a expressão concentrada.

― Por favor, hyung. – Seungkwan sussurrou e ignorei puxando-o comigo até onde o maior estava.

― Olá, você deve ser o Seokmin certo? Nunca fomos apresentados, eu sou Jeonghan. Um prazer lhe conhecer.

Ele levantou o olhar parecendo perdido, me encarou surpreso e quando seu olhar caiu em Seungkwan voltou a ficar sério.

― O prazer é meu, a estrela da faculdade me cumprimentando.

― Que isso, sou apenas um estudante. Então Seungkwan tem algo pra te falar.

Puxei o mesmo para minha frente, Seokmin parecia magoado e ao mesmo tempo encantando observando o menor olhando para o chão, suspirou quando meu amigo levantou o rosto inchado pelo choro.

― Me desculpe Seokmin, é que eu sou muito inseguro e fiz você esperar sem nem avisar.

― Não tem problema, o que importa é que veio pedir desculpas. – Os olhos do maior brilhavam de uma forma linda. ― Podemos tentar novamente?

Seungkwan assentiu timidamente e comemorei internamente, por que fazer uma dancinha ficaria ridículo nesse momento. Ambos se despediram formalmente e meu amigo não parava de sorrir ao meu lado.

― Pode falar que eu sou o melhor.

― Obrigada novamente hyung.

― Nada, estou aqui para isso.

De noite eu estava explodindo em nervosismo enquanto andava com Seungcheol para o bar perto da faculdade, sentamos e fizemos nossos pedidos.

― E como foi com o Seungkwan? – Ele perguntou curioso.

― Tudo terminou bem. – Sorri satisfeito.

― Mas por que isso aconteceu? – Sungcheol franziu o cenho e respondeu uma mensagem rapidamente.

― Vamos dizer que ele não tem confiança em si mesmo. – Suspirei pesado e agradeci aos céus ao ver nossos pedidos chegando. Estava morrendo da fome e sede.

― Entendi, mas fico feliz que conseguiu ajeitar os dois. – Ele disse sincero e deu uma grande mordida em seu hambúrguer.

Comemos com intervalos de conversas curtas, notei que seu celular não parava de apitar e aquilo me incomodava no momento e parece que o mesmo percebeu, pois guardou no bolso e direcionou sua atenção para mim.

― Então, como está sua vida amorosa?

Tudo bem, isso me pegou totalmente de surpresa, tanto que engasguei com a cerveja que bebia, tossi e senti meus olhos lacrimejarem, acenei quando o outro perguntou se estava bem e bebi outro gole sem me afogar. Isso lá era pergunta para me fazer? E não, ele nem desconfia da minha sexualidade, vamos dizer que prefiro guardar segredo, já que estamos em um país preconceituoso e aposto que Seungkwan morreu de medo ao saber que a faculdade inteira sabia, mas em todo caso, isso iria para mais uma das coisas estranhas acontecendo nesse mês.

― Hm, nada demais. – Respondi vagamente enquanto evitava seus olhos.

― Sei. – Ele respondeu vagamente e pareceu se perder em pensamentos.

Suspirei e voltei a fitar a mesa, eu iria continuar nessa de ficar escondendo meus sentimentos para sempre? Ergui o olhar e quase travei ao ter seus olhos escuros me fitando seriamente, engoli em seco e mordi o lábio sendo acompanhado por seu olhar.

― Então, está preparado para a próxima semana? – Desviei de assunto e ele pareceu acordar de seus pensamentos.

― Ah, nem fala. Meus neurônios vão queimar. – Seungcheol reclamou dando um último gole.

― Esses professores não tem piedade. – Resmunguei e o outro concordou veemente.

Pagamos a conta e cada um seguiu para seu lugar, e o resto da semana passou voando enquanto já me organizava para o inferno que era o fim de semestre.

Observei Junhui sentado com Joshua e seus amigos conversando como se fossem amigos há décadas, bufei e voltei a começar a ler, por que ainda faltava quatro dias para acabar o semestre e a carga para os veteranos apenas aumentava já que tínhamos que fazer os trabalhos antes dos calouros, então ignorei meu amigo traíra e voltei a ler o livro que servia de referência para meu trabalho.

― E aí Jeong.

Quase pulei da cadeira ao ouvir a voz de Hansol, ele riu soprado e xinguei ele mentalmente por continuar tão bonito, maldita genética que o mesmo tinha. É claro que eu estava com raiva por ele fazer isso com meu pequeno Seungkwan, mas Hansol tinha mentalidade de um garoto de dez anos, então dava um desconto.

― Oi Hansol.

― Como está?

― Já olhou pra minha cara? Estou com cara de zumbi Hansol.

― Ok, me deixe reformular a pergunta. – Ele riu divertido. ― Está sobrevivendo nessa semana infernal?

― Estou. Senti sua falta, seu babaca. – Falei magoado e o mesmo juntou as mãos pedindo desculpas.

― Hm Jeongnnie.

Fechei o livro e suspirei fundo, já sabia o que vinha por aí.

― Sabia que tinha um motivo.

― É verdade que o Seokmin e o Seungkwan estão saindo?

― Sim, é.

― Hm. Até mais.

E ele saiu me deixando novamente com meu livro querido, que estava muito melhor do que me preocupar que merda ele iria fazer naquele instante do campeonato.

E depois disso fiquei 24hrs trancado em casa para me concentrar em não tirar nota abaixo da nota como havia acontecido no passado e fiquei pegando matéria, e agora eu observava com glória os dois dias restantes que os calouros se matavam pela faculdade tentando terminar seus trabalhos.

― Jeong, preciso conversar com você. – Seungcheol me chamou afastando-se da nossa turma que comemorava em um café nossos esforços.

― É tão sério assim? – Perguntei preocupado ao observar a feição séria dele.

― Não exatamente. – Ele suspirou. ― Escuta, como eu sei que você vai me entender, vou pedir um conselho.

― Pode dizer. – A aflição já estava tomando meu ser.

― Acha que devo tentar chamar o Joshua para sair?

E foi ai que travei, na verdade fiquei em puro choque tanto que Seungcheol me sacudiu tentando me acordar, ignorei o aperto que estava dando no meu peito e sorri forçadamente.

― Gosta dele? – Perguntei tentando controlar minha voz embargada.

― Não exatamente. – Ele mordeu seu lábio e ao notar seu rosto esperançoso meu mundo desabou.

― Ah, claro. Então tente. – Respirei fundo e passei a mão nervosamente no cabelo. ― Se não tentar, nunca vai saber.

Imagino Junhui dando um tapa na minha cara nessa hora e ao ver o sorriso dele eu desejaria esse tapa como nunca, ele me abraçou agradecendo e voltou a roda para conversar. Segurei-me na parede e ergui a cabeça tentando segurar minhas lágrimas.

― Está tudo bem Jeonghan? – Ouvi a voz de uma colega.

― Na verdade não estou me sentindo bem, avisa o pessoal que estou indo embora.

Sai correndo dali e fiz sinal para o táxi, dentro dele minha garganta ardia como o inferno e isso nem se comparava o quanto eu estava destruído por dentro naquele momento. Cheguei rapidamente ao apartamento tão conhecido por mim, cumprimentei o porteiro com a cabeça baixa e andei rápido até o elevador, foi aí que não segurei minhas lágrimas e tudo veio como um tsunami em cima de mim, apertei a campainha e Jun apareceu com a expressão cansada que logo mudou para preocupada e suspirou, abriu os braços e lhe abracei fortemente começando a chorar alto, senti seu carinho em minhas costas e sorri de leve, o mesmo me puxou para dentro e fechou a porta, ele ficou um bom tempo me consolando naquela posição.

E depois disso me ajudou a superar aquele momento e a frase do mesmo ecoava em minha cabeça quando saiu do carro: Não desista. Mas é completamente obvio que eu iria fingir que estava tudo bem e que nem gostava de Choi Seungcheol.

Depois daquele dia, estava parcialmente de férias por que tinha que vir para completar as horas daquele semestre assistindo palestras extremamente chatas, quando saia de uma dessa um Seungkwan desesperado veio em minha direção.

― Hyung, pelo amor de Deus.

― O que caralhos foi agora ein? – Bufei irritado.

Uma das coisas que estava tendo nesses dois dias era falta de paciência, empatia pelos outros e principalmente evitava Seungcheol com todo custo, não queria me meter na vida dos outros.

― Hansol veio com um papo muito estranho.

― Ah, manda ele se foder e pronto.

E sai andando enquanto tentava achar Wen Junhui naquela budega, mas nem isso eu conseguia achar por que minha sorte era incrivelmente nula, suspirei derrotado e foi quando vi Minghao e sai andando até o mesmo, que quando me viu sorriu simpático.

― Olá Minghao, sabe onde está o Jun?

― Acho que ele não veio hoje, deve ter acordado tarde.

― Bem provável. – Sussurrei baixinho e o outro riu concordando. ― Muito obrigada.

Poderia falar com aquela naja traidora amanhã já que ele fez o favor de sumir num momento assim.

Andava pelos campos quando fui surpreendido por Joshua, este parecia incomodado com algo e eu me senti mal por estar com inveja sendo que o mesmo nem tinha culpa, sorri fraco e o mesmo devolveu o sorriso.

― Está tudo bem Jeong?

― Está. – Menti.

― Você não me parece bem. – Ele suspirou profundamente e desviou o olhar.

― Tudo bem, não consigo mentir e sei disso. Apenas alguns problemas triviais.

Há, trivial. Fica se enganando ainda mais Jeonghan, seu trouxa.

― Sabe me dizer por que o Jun faltou novamente?

― Ele faltou de novo? – Franzi o cenho e o outro assentiu.

― Precisava falar com ele e o celular só dá na caixa postal.

― Pode deixar Joshua, irei falar com ele.

Me despedi e sai imediatamente depois de assinar o papel de presença saindo correndo antes do professor voltar, peguei meu carro e dirigi até o apartamento de Jun. Adentrei o local e ao vê-lo jogado no sofá todo coberto, tossindo e com os olhos baixos entendi o que estava acontecendo.

― Wen Junhui, está querendo morrer mais cedo? – Gritei e o mesmo se sobressaltou do sofá e fez careta ao me ver.

― Vai embora Jeong, eu to bem.

― Ah sim, estou vendo sua definição para saúde quando você está queimando em febre e gemendo de dor quando fala. – Rolei os olhos depois de tirar a mão de sua testa.

Puxei a coberta e sai puxando-o a força do sofá, coloquei um casaco e cachecol para que não ficasse pior, o levei até o hospital onde o irresponsável levou bronca por ser desleixado e eu sorri em vitória quando o deixei em casa depois de medicado e mais um sermão para tomar seus remédios corretamente já que amanhã teria que ficar o dia todo ajudando na biblioteca. Malditas horas complementares.

Cheguei perto do meio dia e comecei a ajudar Yuri que já havia começado, a hora passou voando e já eram cinco horas da tarde, agradeci a mesma pela orientação e paciência de me ajudar naquele mar de livros e tudo mais.

Fui à cantina pegar um lanche e lembrei que devia ligar para o Jun para verificar o seu estado, foi quando Joshua apareceu e lembrei que tinha que avisar por que o outro estava faltando. E minha cabeça que estava ocupada para não lembrar do acontecido voltou e me acertou em cheio, suspirei fundo e tentei me controlar assim que o mesmo chegou perto.

― Joshua. – Chamei amigável e ele assentiu, percebi que estava ansioso ao estar apertando suas mãos.

― Tudo bem? – Perguntou e indiquei para o mesmo sentar já que vi que estava uma pilha de nervos, será que era tão urgente o que tinha pra falar com Jun?

― Sim e com você? – Falei preocupado.

― Tudo bem. – Respondeu e suspirou profundamente. ― Preciso contar uma coisa para você.

― Pode falar. – Senti meu interior vibrar.

― Sabe aquele trabalho que fizemos faz um bom tempo?

― Lembro. – Claro que não vou esquecer, foi nesse momento que me apaixonei por Seungcheol e muito provável ele iniciou um interesse por Joshua.

― Desde aquele tempo... – Ele fez uma pausa e fechou os olhos. ― Eu gosto de você.

E na hora a ficha não caiu, por que aquilo parecia ser pegadinha e ter câmeras por todo lado.

― Você o que?

― Eu gosto de você.

Arregalei os olhos e fiquei fitando o rosto sério de Joshua, ele deu um sorriso tímido e meu coração doeu, por que eu estava sofrendo o mesmo que ele e Joshua merecia saber.

― É que...

― Eu sei Jeonghan, você gosta do Seungcheol.

― Como assim você sabe?

― Jeonghan, eu gosto de você. Eu te observava por meses e era óbvio que eu notaria. – Ele suspirou e notei seus olhos marejados.

― Isso realmente parece novela mexicana. – Falei com a voz trêmula.

― Hm? – Ele pareceu confuso.

― Seungcheol está interessado em você Joshua, não por mim.

― Mas isso... – Ele se interrompeu e ficou em silêncio com a testa franzida.

― Desculpe, de verdade. Mas eu não posso retribuir seus sentimentos e admiro que mesmo sabendo que eu gostava de outra pessoa veio me dizer isso.

― Bem, eu tinha que tentar, não é? – Ele riu soprado e foi aí que lembrei de Junhui.

― Foi ele que disse isso né? – Perguntei e limpei a lágrima que escorria.

― Sim.

― Á propósito, ele estava doente e por isso faltou. Posso lhe dar o endereço, se quiser.

E ele assentiu enquanto eu observava de coração partido a expressão desolada que o mesmo tinha em seu rosto. Depois do mesmo ir embora pude respirar fundo e parar um pouco de pensar em alguma coisa, mas a vida insiste em me fazer não ficar quieto em momentos que quero ficar sozinho.

― Hyung.

Ergui o olhar e me surpreendi ao ver Seungkwan na minha frente, bati no banco ao meu lado, ficamos em silêncio.

― O quanto ouviu?

― Tudo na verdade. Desculpe. – Ele disse sentido e abracei seu ombro ficando em silêncio observando o refeitório vazio.

― O que aconteceu?

― Aish, me conhece tão bem.

― Quando você me chama Hyung com esse tom já sei que vem coisa por aí. – Desisti de tentar tirar meu tempo e fitei o mais novo que parecia ainda mais inquieto.

― Sei que não é um momento certo falar isso, e que seu estado vai de triste para extremamente puto da vida.

Pronto, o que esse garoto me aprontou dessa vez?

― Fala logo.

― Hansol me beijou.


Notas Finais


PAREI NA PARTE POLÊMICA SIM, PQ SOU DESSAS, ME ATUREM
desculpem, passei umas 3hrs seguidas escrevendo ou mais, n estou mais raciocinando direito.
GENTE, VAMO FALAR O JUNSHUA QUE TEVE EM BOOMBOOM? N VIRAM, VOLTEM E VEJAM. JOSHUA ESCOLHENDO ROUPA PRO MOZÃO ENTRAR INFILTRADO E O JUN VIRANDO A CABEÇA DO JISOO.
Sim, tive um ataque bem lindo de shipper pq meu trabalho é enaltecer Junsha, me suportem.
E QUE TIRO FOI HIGHLIGHT, ME AJUDA.
Tbm viram o momento Junshua na versão de 13 membros? GENTE, QUANDO OS DOIS SEGURA AS MÃOS ME DÁ UM TRIMILIQUE. Jesus, parei. ~tudo bem que prefiro a versão Highlight do perfomance team, n joguem pedra~
Perceberam que o Jeonghan é um pouco mais intenso em notar as coisas? Quis dar ele uma impressão assim, sei lá. E RELAXEM, n me matem, joguem pedra ou algo assim, se n como vou escrever? MUAHMUAH ~parei, q horro
novamente, se tiver erros, me avisem porque eu já disse que tenho transtorno de postar assim que termino de escrever
amo vcs, agradeço pelos favoritos e a paciência de aguardar o novo capítulo, sd15 ama vcs.
Beijos e até o próximo


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