História Mútuo ( Suga) - Um encontro agradável e uma voz familiar

Saio do carro furiosa com a idiotice de ambas as partes e bato a porta com força. Eu ainda não estou acreditando que fui irresponsável a ponto de sair da balada com um cara que nunca vi e que se estivesse um pouquinho mais louca, provavelmente partiria pra outro lado para fazer o que ele propôs. Estou com tanta raiva de mim que seria capaz de socar a minha própria fuça. Que ódio, que ódio!

Tateio minha jaqueta e suspiro aliviada por sentir meu celular no bolso com zíper. Pego o aparelho rapidamente e procuro nos contatos o numero da Mer. Como previsto, ela não atende! Mando um sms avisando que estou aqui fora e espero encolhida num canto que não bate muito o vento, uma resposta.

30 minutos depois, com meu sangue congelado e minhas pernas imóveis, vejo as três saírem da balada num estado deplorável. Quer dizer, Rosé está por conta de carregar duas bêbadas nos braços.

__ Você pode me explicar o que está fazendo aqui fora? .- pergunta impaciente.

__ Cometi o erro de vir com um cara .- estico meus dedos incontáveis vezes.

__ Você é louca? Como saiu assim, nem nos avisou. Te procurei lá dentro que nem doida e olha o estado dessas duas.

__ Por que você demorou tanto pra vir? Olha o meu estado, estou congelando.

__ Desculpa mas eu só vi a mensagem há três minutos atrás. Se tivesse mandado pra mim, estaria aqui a muito tempo .- coloca Mer em meus braços -. Vamos embora, por favor.

*

Escuto de longe canto de pássaros e aos poucos vou abrindo os olhos. Cada vez que me esforço mais pra isso, sinto uma dor mais forte. Maldita ressaca! Suspiro algumas vezes até me sentar na cama, e por fim, levantar. Pego meu celular antes de qualquer coisa e vou para o banheiro. Agora são 11:34.

Faço minha higiene com a maior preguiça do mundo e depois de pentear meu cabelo e rir da minha cara horrível, desço pra cozinha a passos de tartaruga. Na verdade, estou me arrastando. 

Passo pela sala vazia e encontro na cozinha, todas as meninas, menos a Violet, que desce minutos depois com um semblante muito feliz.

__ Bom dia meninas .- fala.

__ Bom dia .- respondemos.

__ Como foi ontem?

__ Péssimo .- digo.

__ Até que foi legal, tirando a parte que tive que cuidar de duas loucas.- Rosé dá de ombros.

__ Preciso vomitar .- Mer sai correndo.

__ Com quem você saiu da balada ontem, quer dizer, hoje? .- vira pra mim.

__ Você já saiu com alguém, prima? .- pergunta curiosa.

__  Não perguntei o nome dele. Na verdade, nem lembro como ele é, só sei que é um idiota que falou para transarmos em outro lugar que não fosse o seu carro.

__ Nossa, que ousado.

__ Emily nera santa?! .- Leh brinca.

__ Bebi demais, perdi o controle e isso não vai mais acontecer, pode ter certeza .- justifiquei -. Nunca mais beberei assim e nunca mais quero encontrar aquele idiota ou qualquer outro idiota como ele.

Mer volta rindo sem parar e todas nós a olhamos sem entender. Alison também ri cúmplice.

__ Eu coloquei uma coisa na sua bebida, por isso você ficou tão louca .- A amiga da minha prima fala -. Mer autorizou.

__ Vocês fizeram o quê?  .- Leh grita.

__ Imagina o que poderia acontecer? Não pensaram nisso? E se ele fosse um louco e me levasse pra longe? Idiotas.

Levanto e subo correndo pro meu quarto. Chuto minha roupa no chao, que por um acaso aquela infeliz deixou, e me deito na cama. Não é possível que elas tenham feito algo assim comigo! Não é possível que alguem seja tão otário a ponto de cometer uma babaquice dessas. Que prima idiota eu fui ter e que amiga idiota ela foi ter.

Fiquei algumas horas trancafiada no quarto e ignorei todos os chamados. Nem mesmo falei com a Violet, mas vendo que a mais velha não tinha nada a ver com a história, saio do quarto para ir atrás dela e pedir desculpas pelos maus modos. E porque eu estou com fome também.

__ Prima, não está com fome? .- diz assim que eu entro na cozinha.

__ Eu desci pra isso, e pra me desculpar por te ignorar .- olho na sala de jantar e não vejo nenhuma e noto o silêncio na casa também -. Onde elas estão?

__ Foram almoçar no shopping .- tira o macarrão do forno -. Eu xinguei elas até, e por isso sairam bravas depois de tomar banho. Rosé quis ficar mas Ali levou ela também. 

__ Vou quebrar a cara daquelas duas.

__ Tá no seu direito, eu entendo.- acaricia meu cabelo -. Só, procure se acostumar com as loucuras delas. Você vai vivenciar momentos piores que esse ao lado da dupla do terror.

__ Já odeio L.A .- bufo.

* Segunda, 24/03, 9h31 da manhã*

Assim que eu termino de tomar café e lavar a louça da janta, subo para o meu quarto e pego meu celular. Noto que tem uma chamada perdida da Leh, então retorno rapidamente.

"__ Estava dormindo? "

"__ Tomando café. O que queria?"

"__ Tem um pacote vermelho no meu criado-mudo. Você poderia levar para a minha chefe, fazendo um favor? Eu não posso sair do ateliê e ela vai pra Paris daqui a pouco."

"__ Que rica. Manda o endereço por SMS."

Ela o faz segundos depois. Procuro no chão uma roupa mais sociável e parto rumo ao centro. Sim, ainda não arrumei a bagunça que a vaca da Mer fez. 

Como cada uma tem o seu carro e como as duas estão usando, o que resta pra mim é ir de ônibus, guiada pela ajuda de uma senhorinha que sentou do meu lado.

Cerca de 15 minutos depois o ônibus para do lado contrario do grande prédio Lux. Espero o sinal fechar, atravesso a rua e adentro o prédio a passos lentos até a recepção.

__ Bom dia. Tenho que levar essa encomenda para a sra. Min .- falo pra recepcionista.

__ 21° andar .- responde sem nem questionar quem sou eu e volta a atenção para o celular. Depois que perder o emprego ou deixar um terrorista entrar no prédio, não chora.

Sigo para o elevador e assim que a porta se abre, entro de cabeça baixa e esbarro em alguém.

Como se esbarrar em alguém e gritar pelo susto não fosse suficiente, eu cai no chão. Coisas típicas de uma segunda-feira.

Chacoalho minha cabeça para colocar os sentidos em ordem e me ajeito para levantar, só que me desiquilíbro e me esparramo pelo chão igual batatinha quando nasce ao olhar para o CARINHA MAIS LINDO DO UNIVERSO.

Não sei dizer, ele é meio asiático, mas ao mesmo tempo não parece. Aposto que não tem mais que 22 anos. Só sei que depois de tanto comer ele com os olhos e observar cada detalhe do seu ser perfeito, ele estende a mão pra mim.

__De-desculpa esbarrar em você, estava distraída lendo esse papel.

__Tudo bem, eu que peço desculpas. Você se machucou ? .- além de lindo, é educado.

__ Não se preocupe, estou bem. Você trabalha aqui ? Me chamo Emily.- credo, o que deu em mim? Eu corro de homem, porque estou me apresentando pra esse?

__Prazer Emily! Me chamo Taehyung e não, não trabalho aqui. Vim entregar uns papéis pra minha tia. E você, o que veio fazer aqui?

Um faxineiro entra no elevador e sorri pro Taehyung.

__ Bom dia jovem Min.

__ Bom dia sr. Johnson.

Min? Será que ele é parente da chefe da Leh?

__ Eu vim entregar esse pacote para Ellen Min.

__ Ah, ela é a minha tia! Melhor subir pois ela já está de saída.

__ Melhor mesmo .- sorrio -. Foi um prazer te conhecer.

__Espero te encontrar mais vezes. Tchau ! .- beija meu rosto e sai andando.

Fico distraída na entrada do elevador olhando ele sair do prédio todo saltitante ( suspeito) e esbarro em outra pessoa que dessa vez me olha feio.

Subo até o andar e me dirijo até a mesa da secretária que também é asiática. Caramba, só tem asiático aqui? 

__Em que posso ajudar ?

__ Tenho que entregar esse pacote para a Sra. Ellen Min.

__Só um momento .- liga pra ela -. Primeira sala a direita.

Ando devagar e observo atentamente todo o lugar. Bato na porta.

__Pode entrar ! - alguém diz dentro da sala.

__ Com licença Sra. Eu sou a prima da Violet Avery e vim entregar esse pacote.

__ Bem na hora, eu já estava de saída .- pega a bolsa e o pacote -. Vamos? 

Saio da sala em sua compahia e mantenho uma conversa agradável até o térreo. Já sei de quem o Taehyung puxou a simpatia. Essa mulher é uma amor apesar da pose séria e das roupas chiques.

*

Passei toda a tarde arrumando o meu quarto e organizando as minhas roupas. Separei algumas peças e decidi que irei doá-las. Agora que eu reparei bem, algumas peças parecem uniforme de escola inglesa. Escola de meninas, tipo convento. Nada legais.

Dois dias aqui e eu já estou mudando.

Agora estou aqui terminando de preparar o jantar com a ajuda de Rosé. Ela aparecera a mais ou menos uma hora para entregar as chaves da Mer e por insistência minha, permaneceu e me ajudou.

__ Falou com a Meredith?

__ Ainda não. To dando o gelo que ela merece.

__ É, realmente eu mereço .- diz ao entrar na cozinha. Nem notei a presença dela. Continuo com a minha cara de poucos amigos e ela faz cara de sofrida -. Emily, por favor, me perdoa. Eu sei que fui uma completa idiota em fazer aquilo com você mas realmente sinto muito.

__ Sim, foi mesmo muito idiota. Espero que você nunca mais faça algo parecido.

__ Não vou. Eu só queria que você se divertisse, mas extrapolei. Nunca vou fazer nada com você e nem fazer com que se arrependa de estar aqui .- me abraça e eu retribuo.

__ Ela merecia mais alguns dias de gelo, prima .- Leh diz entrando na cozinha. Gente, essas meninas flutuam -. Conseguiu encontrar minha chefe a tempo?

__ Sim, e ela é um amor! Igual o sobrinho.

__ Qual sobrinho? Porque tem dois, e um deles não é nada amigável.

__ O Taehyung .- suspiro -. Eu esbarrei nele no elevador, cai e conversamos um pouco. Tão simpático...

__ E lindo! Eu nunca me aproximei dele nem de seus amigos, e é um mais lindo que o outro .- Rosé diz.

__ Eu estou de papo com um carinha próximo a eles. Quem sabe com isso não aproximemos dos Min.

__ Poxa, eles são tão famosinhos assim?

__ Você não tem ideia prima. Aquele grupo de amigos é precioso .- sorri maliciosa. 

* Sexta, 28/03, 17h56*

Minha semana foi resumida a passeios solitários pela grande cidade e dúvidas sobre em qual universidade estudar. Minha dúvida não tardou muito em virar certeza quando Mer implorou para eu ir na mesma que ela e após mostrar como o lugar é bom, fiz minha matrícula. 

Aqui estou eu, jogada no sofá devorando uma bacia de pipoca enquanto assisto Lua Nova. Minhas primas barraram meu filmes clássicos e fizeram uma lista no netflix dos filmes que eu posso assistir. O que fazer com esse povo que não me respeita?

Levanto a cabeça minimamente para ver quem está entrando e Mer vem até mim dando pulinhos eufóricos enquanto conversa no telefone.

__ O que foi dessa vez? .- pergunto assim que ela desliga.

__  Noew, meu peguete, nos convidou para a festa na casa do gato do Caleb. E Caleb é amigo do amigo do Taehyung.

__ Nos convidou? .- arqueio a sombrancelha.

__ Eu falei do Taehyung e você focou nisso? .- vira os olhos -. Nem adianta dizer não vai porque você vai. Todas nós iremos, inclusive a Leh. Ela já está vindo, então trate de se arrumar.

__ Mas ainda são...

__ Mas nada .- me puxa do sofá -. Você é um caso sério, tem que começar a obra bem antes.

Ignoro a ofensa disfarçada e subo pro quarto impaciente. Mesma que a tenha perdoado, estou com um pé atrás de sair com ela e só vou mesmo por causa da Leh, porque viu, não vou voltar a confiar nela tão facilmente.

Depois de tomar banho, trato de secar e alisar o cabelo pra agilizar o processo. Quando estava passando chapinha na ultima mecha do meu franjao, Mer entrou gritando e batendo a porta, me fazendo pular, e consequentemente, queimar a testa. Como se não fosse pouco, ainda queimei o dedo.

__ Eu espero que você tenha um bom motivo para entrar no meu quarto desse jeito, me assustando e me fazendo queimar todo o meu corpo .- digo calmamente. 

__ Exagerada .- mostra a lingua -. O assunto é urgente sim .- mostra dois vestidos e eu viro um demônio do tanto que viro meus olhos -. Azul ou vermelho?

__ Vermelho .- respondo impaciente.

__ Você não acha que..

__ O VERMELHO TÁ BOM .- grito -. E por favor, pegue uma pomada pra queimadura.

__ Tá bom .- sai de fininho.

Minutos depois ela volta com a pomada e passa um pouco na minha testa enquanto passo no dedo. Cara, como isso dói! 

Agora é a vez da Leh de entrar ofegante no meu quarto com dois vestidos em mãos também. Ai, qual a dificuldade de se escolher um vestido?

__ O azul .- digo sem ela ao menos ter perguntado.

__ Mas você nem sabe pra quem que é.

__ Pra quem quer que seja, o azul.

__ Ótimo! Pois é o que você vai usar .- sai, e logo volta com uma caixa -. E vai usar essas botas também. 

Depois de três horas de muitas enrolação e muita maquiagem, saímos de casa rumo a festa, com Alison, Rosé e Jimin, o primo das mesmas que chegou na cidade na terça-feira.

Eu fui com a Ali buscar ele no aeroporto e de cara me simpatizei. Além de lindo e divertido, tem um lindo par de olhos que sorri.

__ Vocês tem algum amigo pra me apresentar? .- fala.

__ Pior que não, todos os meus amigos são héteros.

__ Credo .- faz bico -. Aqui tá mais difícil que na Coréia.

Jimin disse que lá ele faz tudo as encondidas e tem uma certa dificuldade de driblar os pais para poder ir aos encontros, já que eles não aceitam o fato dele ser gay.

__ Calma primo, não é como se não existisse gays aqui .- Rosé o tranquiliza -. Apenas não temos amigos, mas, aposto que terá algum na festa.

__ Você vai ver como aqui é mais simples. Aposto 50$ que vai beijar um gatinho hoje .- Mer fala.

__ Apostado .- apertam as mãos.

Entre conversas, risadas e algumas cantorias, chegamos, nem sei em quanto tempo, numa casa bem grande. Desço do carro ansiosa, já que essa é a minha primeira festa assim, e entro no lugar de braços dados com a Rosé. Eu só quero ver o que o amigo da Mer vai falar quando ver todo esse povo com ela, afinal, ele somente a convidou.

QUE CASA MARAVILHOSA! Muito grande, bem decorada e totalmente cheia de gente. Sério, tem muita gente aqui! Uns se pega no sofá, outros bebem nos corredores  e outros simplesmente dançam e curtem a festa. Mer procura por Noew, o carinha que a  convidou e puxa ele pra perto de nós quando o encontra.

__ E ai meninas, que bom vê-las aqui! E ai cara .- aperta a mão do Jimin -. Espera, você eu nunca vi .- fala pra mim.

__ Essa é Emily, minha prima.

__ Bem vinda Emily .- sorri simpático e eu agradeço -. Mas vem cá, vou apresentar vocês pro dono da festa, o Caleb.

Seguimos ele até o quintal e eu me espanto com o mundarél de gente que tem nesse lugar. Pra eles devem ser normal, ou então essa festa nem é lá grande coisa, mas pra mim, que venho de uma cidadezinha tranquila, essa festa é algo surreal. Me surpreendo a cada movimento que fazem perto de mim, é susto atrás de susto. Caminhamos até um grupo e eu sorrio ao ouvir alguém me chamar.

__ Emily, você aqui .- Taehyung me abraça como se fôssemos amigos de longa data e eu estranho isso -. É bom vê-la outra vez.

__ Eu digo o mesmo.

__ Caleb, essa é a Mer e as amigas dela que eu te falei. Essa garota aqui e o cara já são intrusos .- fala brincalhão.

__ Não deixa eles sem graça, seu idiota .- dá um tapa no amigo -. Esse trio aqui eu já ouvi muitas histórias, mas vocês três... .- aponta pra mim, Leh e Jimin.

__ Essa é a minha irmã mais velha, essa é a minha prima de Portland e o Jimin é primo das meninas da Coréia do Sul. 

__ Portland? Está aqui a passeio? .- Taehyung pergunta.

__ Não, vou morar aqui. 

__ Que bom .- sorri.

É impressão minha ou ele está flertando comigo? Ou ele é simpático assim mesmo? 

Rosé e eu vamos buscar bebidas para as dondocas folgadas e quando voltamos, não encontramos metade do bando. Como eu peguei essa bebida e olhar pra ela a cada minuto me deixa com água na boca, bebo um pouco, só pra molhar a boca e danço com Rosé e Jimin até eu me cansar.  

De repente, sinto uma vibração, mas dou de ombros e deduzo que é por causa da música. Mas como essa vibração está dando cócegas na minha coxa, vejo que é meu celular.

Mensagem de um número desconhecido.

__Ei Emily, é o Taehyung. Sobe aqui no quarto rapidinho, quero falar com você.

O que será que ele quer e como pegou meu numero ?

__ Gente, eu vou ali e já volto.

__ E eu vou me aproximar daquele bonitinho ali .- Jimin aponta pra alguém que eu não consigo descrever porque está longe -. Vem prima. Me ajuda a descobrir se ele é hétero ou não.

Os dois seguem pra caça e eu subo até os quartos. Assim que consigo desviar de todas as pessoas na escada, me deparo com umas 7 portas.Tomo cuidado pra abrir e coloco a orelha na porta, só por precaução. Eu já assisti American Pie com a minha mãe ( obrigada) e sei que nesse tipo de festa rola muito sexo pelos quartos da vida.

A lei é : se ouvir gemido, não abra. Faço isso com umas duas portas e lá estava os gemidos, outra porta era um banheiro ocupado, outra está trancada. Quando tenho certeza que não tem gemidos, ponho a mão na maçaneta e giro - sem gemidos, Taehyung deve estar aqui. Mas quando abro, dou de cara com um casal transando. Eca! Essa cena não vai sair da minha mente tão cedo.

Fecho a porta rapidamente e nas duas últimas grito o nome do Taehyung para não presenciar tal cena novamente.

__ ECA ECA ECA ECA .- entro no quarto e o encontro deitado na cama -. mil vezes eca.

__ Eca o que?  Alguém vomitou em você?

__ Ah, antes fosse. Fui procurar você em um dos quartos e me deparei com uma menina e um cara quase, argh, você sabe.

Ele cai na risadas, talvez não pela cena que acabei de contar, mas sim por minha cara e pulinhos desesperados.

__ Calma menina. Em festas como essa o que você mais vai presenciar são cenas assim, vá se acostumando. Mas tome cuidado, alguns casais sao tão tarados que se você entrar por engano eles vão pedir pra você fechar a porta e participar .- ri alto.

__ Deus que me livre ver isso de novo .- sento na beira da cama -. Mas me diz, me chamou aqui pra que?

__ Te chamei aqui pra conversarmos melhor porque lá em baixo não tem como fazer isso.

Conversar?

Nao fiz muito alarde sobre e me pus a ouvi-lo e responder suas perguntas. Taehyung tem uma mente avoada e é muito engraçado. É impossível não se sentir a vontade e com vontade de permanecer horas e horas conversando sobre assuntos banais com ele. Ele é tão bobo e fofo, me  lembra o Troy.

Nem sei quanto tempo ficamos conversando, e só voltei do mundo mágico do Tae ( ele pediu que o chamasse assim), quando alguém começou a bater na porta.

Saímos do quarto e olhares maliciosos nos bombardearam. Um casal entrou no maior desespero...

Tae se afasta dizendo que vai pegar bebida e eu, caminho até a varanda que tem visão pro quintal lotado.

Observo atentamente uma cabeleira roxa correr de cueca e dar um mortal na piscina. Ele quase escorregou e se isso acontecesse, o tombo seria feio no chão. Depois, logo mais em direção a rua, um casal dança de um jeito muito engraçado, tentando se beijar enquanto passam por baixo de uma corda. A garota cai, derrama bebida na cara e o namorado lambe toda a cara dela. Não evito de rir assistindo a cena, distraída.

Tão distraída que não entendo quando escuto uma voz próxima a mim. Uma voz familiar.