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História Mútuo ( Suga) - Passado


Escrita por: YoonChae

Notas do Autor


Nossa, eu fui escrevendo e escrevendo esse capítulo sem me dar conta. Apesar das muitas palavras, foi um pouco corrido e "explicativo".

Boa leitura.

Capítulo 46 - Passado


O dia estava diferente, assim como todo o resto.

Mesmo se esperneando e implorando para o pai para continuar vivendo em Ilsan, tudo isso foi em vão. Todas as lágrimas e pedidos foram ignorados, e ao invés do pai se exaltar - o que era totalmente compreensível já que a criança não cooperava -, ele o puxou de canto e explicou todas as razões de estarem embarcando rumo à um novo país. Doía aceitar que deixaria para trás seus amigos, familiares e seu lar. O que esperar nesse novo lugar?

Passaram-se algumas horas e por fim eles desembarcaram em New Jersey. Pegando um táxi, partiram para uma região afastada do centro onde encontrariam um colega da familia que arrumara uma casa e um emprego promissor. Dentro do veículo, o menino observava atentamente tudo ao seu redor; queria gravar lugares, comércios e caminhos, e queria se acostumar com o fato inegável.

Chegando na casa, não pôde não se deixar maravilhar pela arquitetura típica, bem diferente da terra natal. Já a vizinhança parecia tranquila, com um misto de interior e cidade. Com uma certa pressa, adentrou o imóvel com algumas malas e tratou de escolher um dos quartos menores; o outro ficaria para o irmão. Após ajudar os pais a desfazerem as malas, subiu para o seu quarto e se sentou no parapeito da janela, pondo-se a admirar a visão legal que tinha dali. Seu coração se acalmava na medida em que seus olhos percorriam todo o lugar através do vidro empoeirado. 

Alguns dias de passaram. A vizinhança já não era totalmente estranha, a casa já era aconchegante, e a escola..bem. Por ser novato e estrangeiro, as outras crianças não se aproximaram, nem para bem, nem para mal. Isso foi um alivio. Na medida que os dias passaram, a matriarca fazia amizades com todos ao redor; sempre muito atenciosa e extrovertida, chamava a atenção aonde quer que estivesse. Duas famílias se aproximaram bastante e, consequentemente,  seus filhos também. Tem a família Dolman ( com duas filhas chatas, por sinal) e a família Rodriguez, com o único filho, o Marcos; um garoto engraçado e aventureiro. Havia gostado dele desde o início.

Na escola já não vivia só, pois dia-a-dia Marcos tratava de fazer com que o menino se sentisse familiarizado consigo e com o lugar. Ele apresentou-lhe seus colegas, o convidou para jogar videogame, jogar basquete nos fins de tarde e explorar o bairro. O último convite era sempre recusado pois seguia as ordens da mãe de não sair para longe dali. Marcos insistia, insistia e instigava o garoto a conhecer o bosque ao lado. Ele tentava lutar contra a curiosidade, mas por fim se rendeu. Como a mãe passava o dia trabalhando em suas roupas super distraída, nao notaria a falta do filho.

E assim foram, correndo do Nelson (o cão do Marcos), e pulando alguns arbustos secos que ora arranhavam as pernas cinzentas dos garotos. Enquanto corria - se certificando de não cair -  admirava o belo lugar que surgia na medida em que seguia a diante. Pararam, exaltos, quando se depararam com um gramado baixo bem cuidado e algumas pessoas ali, desde crianças brincando de alguma coisa que ele não sabia identificar, até familias fazendo piquenique. Os dois deitaram embaixo de uma árvore e permaneceram em silêncio, brincando com galhos ou folhas que caiam.

Cansado de ficar nessa posição, sentou-se e abraçou os joelhos, se arrependendo mentalmente de nao ter trazido ao menos alguma fruta para comer. Só de olhar para os outros ouvia seu estômago roncar. Marcos cutucou seu braço e chamou a sua atenção para uma familia um pouco mais a frente. Os dois chegaram a babar quando puseram seus olhos no bolo de chocolate! Quando a mulher se levantou e olhou para eles, os dois viraram o rosto, mas o novato voltou o olhar para aquele local pois viu algo que chamou a sua atenção mais do que o bolo. Um lindo cabelo negro com um arco vermelho, olhos pequenos e curiosos, bochechas rosadas, rosto delicado, sorriso angelical..

Seu coração batia forte mesmo quando se repreendia por isso. Poxa, é apenas uma criança de 12 anos! É possível sentir algo nessa idade?

Mas ele sentia. Algo naquela doce menina o deixava hipnotizado e empolgado para crescer e ter a chance de conhecê-la melhor. Sim, ele já fazia planos, era automático.

__ Nossa Dae , a família da Sojin parece comer só coisa boa. - disse apontando com o queixo para onde o garoto olhava.

Então Sojin é o nome da menina. Sojin.

Dias se passaram e alguns outros encontros indiretos aconteceram. Sentado com Marcos debaixo da árvore de sempre, Dae observava a garota com curiosidade. Achava que a conhecia mais e mais por cada gesto que ela fazia, por cada ação. Na medida em que o tempo passava, esses encontros foram diminuindo, e a supresa quando Marcos contou que a menina havia se mudado dali, o abalou. E agora? A veria outra vez?

Sua família recebera apoio desde que chegara no país e a cada dia aumentou. Os Kang passaram a ser conhecidos e queridos na vizinhança, seja pela simpatia, bons costumes e bom trabalho. O pai é um ótimo empreiteiro e não fica sem serviço, assim como a mãe que se dedica o tempo todo ao trabalho de costura. Todos estavam vivendo bem, se alimentando bem, vestindo bem e se divertindo quando podiam. Sua adolescência estava sendo ótima, mas as lembranças daquela garota  ainda o atormentavam. 

Com o esforço dos pais, Dae e o irmão receberam a melhor educação possível e conseguiram entrar na faculdade. O mais velho irá cursar educação física, e ele, engenharia mecânica. Dentro de si despertou o sonho de se dedicar às quatro rodas e a outros tipos de máquinas. Uma escolha clichê? Sim! Mas realmente forte. Sua paixão por carros surgiu quando matava aula para ir a encontros e rachas com Marcos e outras pessoas do colegial. Já não era mais o simples garoto estrangeiro: ainda era simples, mas era conhecido, requisitado e considerado por muitos. 

Ah, o tão esperado primeiro dia de aula! Adentrou os portões da universidade de Princeton ao lado do irmão e do Marcos mordendo o lábios de tanta ansiedade. Via nos olhos das demais pessoas esse mesmo sentimento. 

__ Ahhh não! Não acredito que ela está ali. Viu, Dae?

E estão se pôs a olhar na direção que o melhor amigo apontava. Lá estava o mesmo cabelo negro e o mesmo rosto angelical que nunca abandonou seus pensamentos. Sojin não mudou nada em 8 anos.

__ Eu fiquei tão, tão feliz em te reencontrar....

O barulho da chuva se mistura com o som que os pés nervosos de KangDae fazem no chão. Ele está sentado no chão, escorado na parede e mantendo o olhar fixo no teto branco.

Do nada ele começou a contar sobre a sua infância e vinda ao Estados Unidos. Com um misto de tristeza e alegria, ele narrou cada momento. Eu queria ignorar toda essa baboseira. O que me importa o seu passado? Ele vai fazer a linha sofrido para assim justificar os teus atos? Ah tá!

O pior é que eu não posso ao menos tapar o meu ouvido! Do jeito que ele me jogou no chão, permaneço. Estou de bruço, com os dois braços esticados, assim como as minhas pernas. Minha cabeça parece pesar mais, e esse peso aumenta as dores no lado direito do meu rosto. Ai, tudo dói, tudo queima.

Sojin agora está encolhida num dos quatros cantos do cômodo. O choro dela é silencioso. Faço um mínimo esforço para enxergá-la melhor e me arrependo: esse desgraçado ferrou os meus olhos! Mais uma dor...

Seu rosto está um pouco machucado e seus braços tem leves escoriações. Desço o olhar para o seu corpo e me alivio ao ver sua roupa do mesmo jeito que antes. Aparentemente ele não fez o mesmo de anos atrás.

__ Eu jurei naquele momento que a teria para mim.

Dae nao pôde ignorar o que sentia no momento, mas para seu alívio, a sorte estava a seu favor. Sojin estava no mesmo prédio que ele, assim, encontros aconteciam todos os dias. Na primeira festa dos calouros, lá estava a garota. Até rolou um boa noite e um sorriso, mas nada além. A partir disso, Sojin passou a cumprimentá-lo nos corredores na universidade. Um dia ele tomou a iniciativa e a convidou para um lanche, e ela aceitou. Conversaram por duas horas, compartilhando histórias, sonhos e pensamentos. Ah, ele se apaixonava mais e mais na medida em que olhava para o seu belo sorriso.

Passaram-se algumas semanas. Após o término da aula, Dae correu para o seu dormitório afim de arrumar suas malas para voltar para a casa; ficaria somente o final de semana. Como seu irmão vai ficar pois tem que trabalhar, deixou o carro, que ambos dividem, com ele. Chegando no estacionamento, se surpreendeu quando viu Sojin parada próxima ao veículo. Em sua mente, milhares de pensamentos surgiam e despertavam em si esperança. Por que ela está ali? Sem ao menos dizer um "oi" ou "boa noite", a garota o beijou. Ele se desmanchou em seus braços ao mesmo tempo que a abraçava forte. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Sorriu quando recebeu um carinho na bochecha, e sorriu ainda mais quando Sojin mostrou a mochila; ela o acompanharia.

Será que ele voltaria para a casa naquele final de semana?

Era pura risada e energia boa dentro daquele carro. Ao som de rock aleatórios que tocava na rádio, seguiam um caminho contrário do que o planejado inicialmente por si, mas nem ligava! Queria mesmo era se perder no mundo com a garota que sempre sonhou, e está tendo essa chance.

Sojin dava idéias da onde eles poderiam ficar, e ele ouvia tudo atentamente. Após escolherem um pequeno hotel de estrada, dirigiu até um canyon que ficava no caminho. Desceu do carro vislumbrado com a visão que tinha e a noite parecia deixar tudo ainda mais belo. Sentou-se no capô do carro e viu Sojin se aproximar e beijá-lo outra vez. Aquilo era muito para si, mas ouvi-la confessar o seu amor o deixou ainda mais louco. Ele era correspondido a altura!

Naturalmente os dois tornaram-se namorados e se apaixonavam dia após dia. A vontade de ser grande o dominava na medida em que conhecia a vida da namorada. Sojin é de uma família rica que tende ser ainda mais. Diferente da sua família, a dela está no país a muito mais tempo e tem uma situação anos-luz melhor desde que chegaram. Coitado! O sr. e sra. Kang só tinham as passagens, a vontade e a promessa do amigo quando vieram. Tudo bem que aos poucos eles se viraram, mas nunca, jamais, chegariam a ter o que a familia Min tem. Isso o amendontrava mais do que imaginava: e se o sr. Min nao aceitar o relacionamento dos dois por conta disso?

Seu medo se tornou real quando fora até a mansão da família pedir a mão da garota. O homem sentado numa poltrona de couro o olhou como se fosse um rato de esgoto. Aquilo só nao doeu mais do que as suas duras palavras. Mas, ele não desistiria da garota só por isso, e ela mantinha a mesma decisão. Seguiram com o relacionamento as escondidas, até que um dia recebeu a notícia da paternidade. Diferente da garota que tinha um medo compreensível, Dae era só alegria. Um filho da mulher que ama! O que mais podia querer? Esconderam isso o máximo que pôde, e conseguiram ter, no máximo, um "façam o que vocês quiserem", do todo poderoso. Aquilo era o suficiente.

Passou algum tempo lidando bem com a vida de estudante, quase marido, pai e esculacho do sogro. Seu trabalho como aprendiz em uma montadora pagava o suficiente para viverem dignamente, mas Sojin contribuía também. A vida era puro amor e sonhos dentro do pequeno apartamento. Yoongi, o pequeno filho dos dois, crescia bem e saudável. Tudo estava indo perfeitamente bem, ate Dae notar uma mudança no comportamento do sogro para consigo.

Ele passou a ser cordial, amigável e interessado nos seus interesses, mas ele só era assim quando estavam perto de um tal de Ed. Argh, esse cara. Não é de hoje que sente olhares estranhos para cima de Sojin. Além disso, o velho meio que compara os dois, que vivem realidades bem distintas. Ele sentia que o sogro empurrava esse Ed para a sua Sojin. A sogra parecia indiferente, parecia que não tinha palavra e opinião própria.

Um dia a família deu uma festa na mansão. Mesmo sem jeito e com toda a insistência da jovem, Dae a acompanhou, mas se sentiu deslocado quando pisou o pé na propriedade e se deparou com um monte de gente fina. Sojin segurou a sua mão e caminhou com ele orgulhosa e radiante. Era o que ele precisava. Na hora do almoço, sentados em uma grande mesa, o velho " sem querer querendo" pediu que Dae servisse todos, como se ele fosse um empregado, mas logo em seguida se desculpou pelo "engano". Nossa, o jovem se sentiu constrangido quando todos riram da situação e passaram a paparicar o Ed. Sojin segurou sua mão por baixo da mesa e pediu calma.

Naquele mesmo dia, outro fato o incomodou. Seu sogro praticamente jogava Sojin pra cima do idiota. Ignorando a sua presença, fazia os dois tirarem fotos juntos, interagirem de outras formas...Ele notava o incômodo da filha mas parecia não se importar, parecia querer apenas deixá-lo com raiva. Quando foram embora do circo armado para si, ficou isolado na varanda observando a noite, tentando esquecer o dia que teve e tentando nao surtar com a mulher. Se perguntava incontáveis vezes por que Sojin estava com ele, se o amava de verdade, se permaneceria com ele mesmo com todos os "verdes" e empurrões do pai. Dae era suficiente para Sojin?

Numa tarde, Sojin apareceu dizendo que o pai ordenara que ela o acompanhasse numa viagem. Obviamente Dae ficou louco. Pediu, gritou, implorou para que ela não fosse, mas tudo foi inútil. Durante três  semanas viveu sozinho, vagando pelas ruas no tempo livre a fim de esquecer que sua mulher e filho estavam em outro lugar com o Ed. Só de imagina-los juntos, se divertindo, rindo, seu sangue fervia de raiva. Quando voltou, a sentiu distante, culpada. Só nao sabia pelo quê.

Focado em cuidar do Yoongi e preservar o relacionamento, pediu que Sojin parasse de ir na casa dos pais. A cada dia ele temia que ela o deixasse, e sentia que um sentimento de posse, obsessão, o tomava. Era ciumento, perguntava sobre cada passo, olhada e pensamento da mulher, sobre mensagens e ligações...não respeitava seu espaço. Mesmo sufocada mas afim de evitar discussões, dizia tudo a ele.

A jovem se sentia perdida. De um lado, o companheiro possessivo, do outro, o pai que a empurrava para um amigo de infância. Ela se sentia atordoada e o pior: não conseguia se posicionar diante de nenhuma situação. Quando desconfiou que estava grávida pela segunda vez, e teve certeza, sentiu o chão se abrir. Aquele nao era um bom momento para ter um filho. Yoongi só tinha 3 anos! O que faria agora? Mas continuou com a gravidez e contou ao Dae quando entrou no segundo mês de gestação. Ele ficou feliz outra vez e jurou zelar pela familia, jurou fazer com que todos vivessem felizes para sempre. Quando contou a novidade para o pai, recebeu um tapa. Ele gritava aos quatro ventos como ela pôde ser tão estúpida por engravidar outra vez e seguir com o pobre coitado do Dae. Nessa hora a sua mãe interviu e tentou conter o marido, mas também recebeu xingamentos. Sojin se sentia perdida outra vez, mas pelo menos tinha o Dae.

Taehyung finalmente nasceu e com ele veio meses tranquilos. Mesmo com o cuidado excessivo de Dae, Sojin seguia bem. Seu pai já não a atormentava, nem Ed insistia que ela deixasse o marido para viver consigo. Sentia finalmente que era dona do próprio nariz.

Dae se fortalecia com a "obediência" de Sojin. Aos poucos sua confiança aumentou e ele passou a bater de frente com o sogro. Jamais seria humilhado outra vez. Mas, uma ideia surgiu para atormentá-lo. Taehyung crescia e os traços diferentes do seu passou a incomodá-lo. Yoongi era a sua cara, mas o mais novo...

E a partir disso tudo mudou.

__ Aquela viagem. Foi naquela viagem que você fez o bastardo que disse ser meu filho. Enquanto eu sofria sozinho em casa, você dava pra outro.

__ Eu já disse que...

__ Cala a boca! - ele gritou e se aproximou dela com muita raiva.

Meus músculos se contraíram e isso causou mais dor. Ele foi com tanta raiva até ela que, se ele fizer algo, a machucará mais do que fizera comigo.

Eu não pensei que a sua história ia tomar esse rumo. Por que o pai dela fez isso? Por que tratou os dois dessa maneira?

__ Você não tem ideia de como me machucou quando vi aquele beijo.

Ele pegou ela pelos cabelos mais uma vez e fez uma volta, enrolando o cabelo no pulso e trazendo ela mais para si. Aproximou os seus rostos e gritou um "por que" na cara dela.

Aliás, por que ela beijou o tal Ed?

Sojin se desesperou quando o pai disse que a levaria para morar na Suíça. Com que direito ele acha que poderia tomar essa decisão? Ela não é uma criança. O velho argumentou que já nao suportava a atitude esnobe do genro e queria que, de uma vez por todas, ela se afastasse dele.

__ Você vai embora com o Ed, se quiser ficar perto desses meninos.

Ela não aguentou. Ficar longe dos seus filhos? Nunca. E foi ai que aceitou, com muito pesar, o que não queria: iria embora com o Edmond e deixaria Dae para trás.

Sojin mandou uma mensagem dizendo que estava no escritório do tio preparando um relatório para ele. A fim de surpreendê-la, apareceu por lá antes de buscar os meninos na escolinha. Como já sabia em qual sala estava, seguiu para lá depois de cumprimentar a secretária. Parado na porta, abriu a mesma lentamente e sentiu seu coração falhar quando viu a pior cena da sua vida: Sojin e Ed aos beijos. Achou que vomitaria ali mesmo. Cambaleando alguns passos para trás, saiu dali o mais rápido que pode. Sua cabeça doía, seu estômago queimava, seu coração estava em pedaços. Jamais superaria o que viu.

Quando Sojin chegou em casa, tratou de ser o mais normal possível. Por dentro queria matá-la, mas não conseguiria viver sem ela. Foi ai que tomou a decisão de partirem dali sem dizer nada a ninguém. Naquela mesma noite, a família entrou no carro e dirigiu por horas até a menor cidade do estado.

Sojin finalmente viveria em paz ao lado da família.

Dae oscilava entre a tranquilidade e a raiva. Bom, estava longe do sogro e do Ed, mas tinha debaixo do seu teto uma eterna interrogação: Taehyung. Seria seu filho? Pois nao parecia. E se Sojin estivesse com Ed a tempos? E se?

Já nao olhava da mesma forma para o caçula. Na verdade, sentia raiva quando o fazia. Era torturante essas dúvidas e pensamentos. A dor da traição dói tanto...

Seus dias terminavam em bares da cidade ou da região. Ele bebia para esquecer tudo o que aconteceu desde conheceu Sojin. Poderia ter acabado com tudo quando teve noção do quanto seria dificil? Poderia, mas a amava muito. Amava tanto que seria capaz de matá-la e se matar só para viverem juntos pela eternidade. Era um amor doentio, que aos poucos foi ignorado e só virou uma doença mesmo.

Ele já não os suportava mais.

__ Você e a sua família me transformaram em um monstro!

Fiquei perplexa com o final da história. Não há lógica nem explicação para terem feito o que fizeram com Sojin. Ela foi a vítima em todas as situações, e algumas outras despertaram um monstro dentro de KangDae.

__ Eu tinha sonhos, eu era simples, eu desejava você por toda a minha vida e sofri com isso. Aonde eu errei?

__ Ao pensar que eu o trai.

__ MAS VOCÊ TRAIU, SUA IMUNDA! - esbravejou. - Você poderia ter me defendido desde o inicio, poderia ter lutado por nós como eu fiz, mas nao, preferiu me enganar e me fazer sofrer. Se o seu pai dizia para me deixar, por que você não me contou? Por que não sugeriu que fôssemos para outro lugar? Viveríamos bem com o nosso Yoongi...

Notei um tom diferente em sua voz ao pronunciar "Yoongi". Senti afeto, culpa, saudade, amor. Não, deve ser coisa da minha cabeça ferida.

__ Mas não, você esqueceu tudo e agiu como uma vadia. Se deitou com outro e teve um filho com ele.

Sojin ameaçou falar, mas foi pega pelo pescoço com uma certa agressividade. KangDae bateu a cabeça dela na parede enquanto gritava "vadia". Fechei meus olhos e tentei ignorar o som que isso provocava e os gritos dela. Ele vai matá-la se continuar a fazer isso.

Eu não posso fazer nada.

Não consigo me mover, mal consigo respirar, mal consigo abrir e fechar os olhos...

__ N-não, eu não vou te matar agora.

Ela a largou praticamente sem consciência e saiu do cômodo. Inutilmente Sojin tentava se levantar e falar, mas ela caia a todo momento e resmungava palavras incompreensíveis. Logo KangDae voltou e trouxe consigo um celular. Se aproximou de mim com uma certa ansiedade e se sentou na minha frente.

__ Qual é o número do Taehyung?

Não, o que ele vai fazer com o meu Tae?

Tento negar com um balançar de cabeça, mas isso o irrita, fazendo com que ele aperte um machucado da minha bochecha. Deixo um gemido de dor e uma lágrima escapar. Eu não vou dizer, não vou.

__ Nã-não fa-fala. - Sojin diz com muito esforço.

Eu não vou falar, mesmo que isso custe a minha vida.

__ Ah, eu tenho o número anotado. - ri. - Anotei antes de jogar o seu celular no mato. Vou ligar para ele vir aqui e dar um fim nisso.


Notas Finais


Ai gente, a cada capítulo venho com coisas mais 😴😴😴

Eu to sofrendo com o próximo.

Beijos ❤

Ah! Quem está ouvindo repetidamente os meninos cantarem parabéns para os armys? Eu ainda não superei a voz do Tae e o grito da pantera asiática do Yoongi ❤❤😂


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