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História My Agent - Secret truths - Editado


Escrita por: Thay_Mendes15

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem com vocês ? Espero que sim!
Obrigada aos favoritos e comentários!
Espero que gostem deste capítulo, adianto que está um pouco pesado. Mas para quem ama uma história de ação com romance, acho que vai gostar.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Secret truths - Editado


Fanfic / Fanfiction My Agent - Secret truths - Editado

Martina Stoessel

A atmosfera em minha volta ficou estranha der repente, tudo parecia se encaixar de diversas formas obscuras. Ele não era quem dizia ser! A poucas horas atrás eu tinha certeza de quem ele era, estava tudo encaixado. Ele sendo amigo do Tomás, fugindo de pessoas e apontando armas e matando pessoas. Ele só poderia ser um traficante, ontem aconteceu tudo tão rápido.

Quando acordei de manhã na minha cama com minha mãe dizendo que eu havia dormido no caminho de volta para casa, eu me sentir completamente perdida. Logo vários flash de ontem me vieram a mente me lembrando do que havia acontecido no estacionamento da escola. Ele deveria ser um traficante! Por isso o seguir até aqui, para confirmar minha teoria. Mas me sentia completamente fora de orbita dentro desse compartimento com paredes de ferro ou metal.

Um barulho atrás de mim me faz me virar, e então, perco o ar ao vê-lo me encarar com um olhar mortal.

- Como entrou aqui ? - ele perguntou, de maneira lenta e demorada. Isso era o que causava mais medo de tê-lo perto sem ninguém.

Meu Deus, aonde eu fui me meter!
 

- Eu sabia que você escondia algo. - murmuro. E então, atrás dele um pouco acima de sua cabeça, armas penduradas na parede fazia minhas mãos suarem.

Haviam um monte delas, eu não saberia o nome de todos nem se passasse uma semana estudando. Mas por serem armas e a possível chance delas terem munição já me fizeram tremer na base.

- Por que está me seguindo ? - ele perguntou na espreita de minha resposta. - Quem foi que te mandou me seguir ? Para quem você trabalha ?! - ele elevou a voz me assustando.

- Ninguém! - minha voz saiu vacilante.

Como assim para quem eu trabalho ? Não fazia ideia de que esse negócio de vender droga ou qualquer outra coisa que ele faça tinha um mandante.

- Então porque está me seguindo ? - ele pergunta, e então ele dar passos lentos em minha direção. Me sentia em um filme de terror onde a próxima a morrer seria eu. - Me responda!

Sinceramente eu não sabia o porquê de tudo isso, sempre fui uma pessoa muito curiosa. E isso sempre me custava alguma coisa, e vendo minha situação, agora pode custar minha vida. Bendita hora em que esse cara foi me tascar um beijo naquele maldito beco!  Mas então como uma lâmpada acessa em minha cabeça, a resposta veio em minha mente, se eu quisesse sair viva daqui, essa era minha única saída. Suspirando fundo, encarei seu olhar e me sentir impactada com a intensidade em que ele me olhava.

- Porque... - começo, e então dou um passo para frente ficando diante dele o olhando novamente dentro de seus olhos para passar verdade. - Eu te amo.

Para mostrar verdade em minhas palavras, me ergo e seguro seu pescoço o puxando para mim. Abocanho seus lábios em um beijo totalmente intenso, até para mim mesma. Seus lábios tinham um gosto diferente, eram macios e me faziam querer beija-lo até não aguentar mais. O sentindo parado, me afasto vagarosamente dele mordendo seu lábio inferior, e então engolindo em seco o encaro. Ele tinha um olhar surpreso e perdido, e então sinto sua mão segurar meu queixo com força. Fecho os olhos esperando minha morte, mas então, sinto seus lábios sobre os meus e sua língua adentrando em minha boca me arrepiando por completo. Me impulsionando para trás, sinto a parede fria me arrepiando outra vez. E então, me entrego a luxúria que esse homem me demonstrava ser. E essa era minha sentença, gostar de alguém que poderia me matar.

A parede gélida me causava novamente arrepios calorosos, sentir ele me suspender em algo e me sentar lá. Sua mão que estava agarrada ao meu pescoço me apertou com força, sua outra mão desceu pela lateral do meu corpo até a parar em minha cintura me intencionando para mais perto dele. Por um minuto achei que nós fôssemos nos fundir, mas nesse momento pouco me importava tudo. Eu só queria saber dele!

- Agente Blanco, chamada perdida do Agente Pasquarelli. - uma voz falou na sala me assustando.

Empurro ele o afastando de mim, o mesmo permanece uns minutos fitando o chão enquanto tirava as manchas do meu batom vermelho de sua boca. Encaro o teto e então me viro para atrás vendo uma tele transparente enorme que antes mostrava umas rotas, agora estão em branco com uma mensagem nela.

" Está tudo certo, conseguimos despistar a elite. Mas eles vieram com tudo para cima de nós, tivemos que eliminar três deles. Aguardando você em nosso esconderijo!"

Meu peito subia e descia na mesma medita em que o suor desce pelo meu rosto, estava nítido que eu estava transbordando medo. Desci de cima daquele computador e me mantive quieta por uns segundos, tentando botar meu cérebro para fucionar. Mirei seus olhos que caiam sobre mim de forma desafiadora e até mesmo provocante, desvio meu olhar do seu e passo as mãos em meus cabelos. De forma alguma, eu iria temer a ele, pelo menos deixaria ele pensa isso.

- Quem é você? - consigo formular e dizer a palavra inteira pelo menos.

- Você mesma me disse que já sabia quem eu era. - ele cruzou os braços, e se manteve a me encarar com um olhar de poucos amigos.

- Você vai me matar ? - tomo coragem para perguntar.

Ele fica calado por um tempo, e esse tempo me matava por dentro.

- Se eu quisesse te matar, já havia feito. Mas se quer saber, vontade não me falta. Quem sabe assim você não pararia de me seguir de uma vez por todas! - sua voz era carregada de desprezo, confesso que no fundo doeu.

Ele avança sobre mim e me jogo para o lado, o mesmo passa reto indo até o computador mexendo na tela transparente. Encaro a porta semi aberta, precisava dar um jeito de sair daqui. Já havia aprendido a lição, nunca mais xeretar a vida dos outros!

- O que você quer de mim então ? - pergunto numa tentativa de enrolar.

Andei um pouco me aproximando da porta ficando de costa para ela.

- Nada. Se você não fosse tão intrometida, você poderia está vivendo sua vida medíocre de sempre. - ele resmunga sem ao menos se virar para mim, se não estive correndo risco de morte, eu até responderia esse patético comentário dele.

Me viro correndo até a porta e a fecho assim que passo por ela, posso escutar um click da porta se fechando. Me apresso em subir as escadas que havia descido com tanta coragem, o que eu tinha na cabeça quando resolvi seguir ele? Assim que cheguei no porão empoeirado, seguir até a escada que havia no canto. Quando estou no meio dos degraus, posso ver o tal Blanco subir as escadas em uma pirueta que se eu não estivesse fugindo dele pararia para perguntar como ele fez. Assim que passo pela porta do porão, fecho-a e procuro com o olhar algo que impossibilite ele de passar. Avisto uma barra de ferro e a pego a prendendo na maçaneta.

- Não adianta você fugir de mim. - escuto o dizer de maneira calmo me assustando por completo.

- Você é um psicopata! - digo e escuto um barulho alto na porta, ele estava tentando arrombar.

Quando meus olhos vão até o ferro que tava começando a se soltar, eu corro até a porta principal desse bar que estava caindo aos pedaços. Sinto um pequeno alivio quando estou fora e corro rápido até meu carro estacionado próximo, busco minhas chaves que estavam no meio dos meus peitos por estar de vestido. Destrava a porta e vou entrando o ligando, quando o faço isso. Dou ré e pelo retrovisor vejo o Blanco na frente do bar.

Pisei no acelerador e dirigir numa velocidade que se alguém visse de longe pensaria ser um carro de corrida. Um alivio passou por meu corpo quando estava um pouco longe, mas ainda sim podia ver pelo retrovisor o lugar. Um clarão passa atrás de mim, olho novamente no retrovisor e vejo que o bar havia explodido. Freio com tanta brutalidade que vou para frente com tudo, por sorte estava de cinto. Olho para trás vendo só os pedaços do antigo bar, se bem que em pedaços aquele bar já estava.

Será que ele estava lá dentro ? Para com isso, Martina. O cara deixou bem claro que queria te matar e você se preocupando com ele. Afastando esse pensamento, volto a pisar no acelerador e sigo em direção a minha casa.

[...]

Quando passei pela porta da minha casa, já passava das 22:30. Havia dirigido muito na estrada, e estava cansada e com fome. Assim que passei pela sala vi a tevê ligada, um livro aberto em uma página. Minha devia estar em casa, seguir até meu quarto abrindo a porta e me despindo. Tomei um banho rápido, estava faminta e não conseguia pensar numa solução para o que eu vive nas últimas duas horas. Descendo as escadas, minha mãe estava sentada no sofá.

- Já chegou ? - ela me encara surpresa. Sigo até ela e me sento no sofá deitando minha cabeça em seu colo, adorava quando ela fazia carinho em meu rosto.

- Sim, cheguei e não te vi. Resolvi subir e tomar um banho! - respondo, de olhos fechados esperando seus dedos entrarem em ação no meu rosto.

- Eu estava na garagem.

- Onde está o papai ? - pergunto, me dando conta de que não vi desde que cheguei. O que era estranho, até demais já que ele sempre está por aqui esse horário.

- Ele teve uma emergência na oficina. - ela responde e quando vou retrucar, sinto seus dedos acariciarem meu rosto. - Você estava tão linda naquele palco.

- Ah, mãe não começa. Só entrei naquilo para calar a boca da Lara! - falo e escuto sua risada. Minha mãe tinha uma risada marcante, que nunca havia escutado ninguém fazer igual.

- Tão rancorosa. - ela murmura, mas não ligo, estava mais interessada em seus dedos em meu rosto. - Você me lembrou minha mãe.

Tomo um susto quando ela fala isso, tanto que abro os olhos e me sento ereta no sofá a encarando franzindo a testa. Mamãe nunca fala sobre sua vida antes de mim, a única coisa que sabia era que a família dela havia a expulsado de casa e não queria saber de nós duas. Com o tempo, eu parei de ligar para isso. Por quê me importar com pessoas que nunca gostaram de mim? Mas fico curiosa para que ela conte o resto.

- A Senhora nunca falou sobre ela. -digo e ela me encara com um sorriso de lado. - Quero dizer, não abertamente. Sei que não gosta deles, mas eu sou curiosa, você sabe!

- E como eu sei. - ela sussurra acariciando meu rosto. Por um momento, seus olhos ficam vermelhos e pequenas gotas de lágrimas saem de seus olhos.

- Ah, mãe. Não precisa falar sobre eles se for fazer você chorar. - me apresso em dizer, odiava ver quem eu amava chorando.

- Não, é que eu olho para você e tenho a certeza de que tudo o que eu fiz por você valeu apena. - ela diz fungando o nariz, a mesma se vira e pega algo atrás dela. Era um caderno pequeno bege, me lembrava de algo, ah o diário da mamãe.

- Seu diário ? - pergunto e ela assente me entregando. - Mas não era estritamente intocável ?

- Sim, mas é porque é importante para mim. Quando você era menor destruía tudo que via pela frente! - ela rir e sorrio com seu comentário que me trouxe lembranças.

- Mas porquê agora ? - pergunto curiosa como sempre.

Ela me olhou pelo que pareceu uma eternidade.

- Amanhã é sua formatura, seu pai já te deu seu presente.- ela toca no colar que estava em meu pescoço e que eu não tirava por nada. -  Agora quero dar o meu.

- É maravilhoso, obrigado. - digo a abraçando e escuto ela sussurra em meu ouvido.

" Eu amo você, meu bem mais precioso."

- Eu também. - sussurro de volta sentindo um aperto em meu coração me fazendo arde meu olhos.

A gravidade parece ficar inexistente por uns minutos, tudo ao meu redor pareceu estar em câmera lenta. Mas assim que meus olhos captam algo atravessando a janela da sala acertando algo nas costas da minha mãe. Sinto ela me apertar com força e seu peso em mim acabar fazendo nós duas paramos no chão. Em seguida um barulho como se houvesse um tiroteio ecoa por meu ouvido o fazendo chiar, só então me dou conta de que estavam atirando contra a gente.

Me abaixei e abracei minha mãe junto a mim, sentia algo molhar meu pijama. Quando notei que era sangue, ofeguei e fechei os olhos sentindo lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Os tiros contra nossa casa pareceram durar uma eternidade, mas quando cessaram, apertei minha mãe que estava grudada a mim. Me sentei no chão a colocando deitada de peito para cima, seus olhos castanhos ainda estavam abertos. Em sua camisola podia ver a mancha de sangue pelo ferimento, havia sangue demais se derramando por toda parte da sala.

- M-Mãe. - gaguejo segurando suas mãos, tentava acalmar minhas mãos que tremiam sem parar. - Vai ficar tudo bem, eu vou chamar a ambulância!

Tentei me levantar, mas sentir sua mão apertar a minha. Me virei para ela novamente, que me encarava de maneira estranha. Uma lágrima solitário se derramou por seu rosto se misturando com a poça de sangue que havia se formado ao nosso redor. Em seus lábios eu prevejo um sorriso tentando se formar.

- V-Você foi... a melhor...coisa que me...aconteceu...em toda minha...vida. - ela falou devagar me encarando, e der repente sua mão fica mole e caí das minhas.

- Mãe! - balanço seu corpo tentando acorda-la. Um desespero passa por meu corpo quando me dou conta de que ela estava parando de respirar. - Mãe, acordar. Por favor, mãe! Não me deixa, mãe!

Um grito alto saí de minha garganta quando me jogo em cima dela, soluçava alto enquanto sentia seu cheiro pela última vez. Estava agarrada a ela, quando escutei a série de tiros outra vez. Mas agora não me importava com nada, me sentia vazia, como se somente o meu corpo estivesse presente nessa sala. Alguém arromba a porta da frente, escuto passos e vozes, me encolho me abraçando mais com minha mãe.

- Vocês três subam no andar de cima, vasculhem tudo e procurem por  dispositivos explosivos. Você vá pegar o carro para a fuga, Molfese e Rico, me acompanham!

Enquanto aguardava minha morte, me sentia pronta para tudo o que viesse em minha frente a partir de agora. Quando escutei passos na sala, apertei minha mãe esperando a bala que me levaria junto com minha mãe.

- Merda! Preciso de ajuda aqui!

Essa voz era família, mas me mantive de costa para qualquer que estivesse atrás de mim. Segurei um soluço que estava preso em minha garganta, suspirando baixinho.

- Oh, meu Deus! - uma voz feminina dizia.

Sentir alguém tocar em meu ombro devagar, como se estivesse acariciando o mesmo. Me ergo de cima de minha mãe e lentamente me viro podendo ver as duas vizinhas da frente e o Blanco. Ás duas se aproximaram de mim, uma tentou tocar em minha mãe deitada no chão, mas a impedir.

- Calma, só quero checar os batimentos dela. - a mulher de cabelos pretos e enrolados me disse. Ela tinha um olhar que queria me reconfortar, por isso permitir que ela se aproximasse de minha mãe.

Senti a ruiva tocar em meu ombro e tentar me afastar de minha mãe, mas minha mão estava entrelaçada com a dela. A ruiva só conseguiu me fazer me sentar na poça de sangue, quando a morena terminou de tocar em minha mãe ela encarou Blanco. Sua expressão dizia tudo, eu havia a perdido.

- Sinto muito, mas ela acertou provavelmente no coração. Ela perdeu muito sangue, acabou tendo uma hemorragia! - a morena disse me encarando um olhar de quem não queria me machucar.

Vejo ela olhar para o Blanco e em seguida se alevanta saindo da sala junto com a ruiva. Encarei minha mãe que estava morta e seus olhos estava em minha direção abertos. Eu acabei de perda uma parte de mim, fechei os olhos apertando sua mão. Sinto alguém se agachar ao meu lado, uma mão toca em meu braço.

- Escuta, você precisa vim com gente se quiser viver. - ele dizia de maneira calma.

- Viver ? - eu sussurro olhando para o nada.

Como viver por fora quando se estar morta por dentro ?

- Martina. - sinto ele me puxar para ele me virando de lado ficando de frente para, não o encarei. - Ei, olha pra mim! Martina, por favor, me escutar.

Levo meu olhar até os deles, não conseguia decifrar seu olhar.

- Eles a mataram. - murmuro sentindo minha garganta seca e lágrimas novamente começarem a sair de meus olhos sem controle. - Meu pai...

- Ele está em casa ?

- Não. - encaro novamente minha mãe e então me vem meu pai em minha mente. Não conseguia imaginar como ele reagiria, mas tenho certeza que da pior maneira possível.

- Está tudo pronto, precisamos ir agora. - alguém fala longe de mim, vejo Blanco encarar a pessoa assentindo. Ele me encara novamente, estava apreensivo.

- Precisamos ir agora. -  sinto ele me alevantar do chão, mas quando meus dedos desgrudam com de minha mãe. Um aperto no meu coração me faz empurra-lo.

- Não posso deixa-la! - digo soluçando.

- Não a nada que possamos fazer por ela!

- Meu pai vai precisar de mim, ele não vai superar tudo isso sozinho. - falo me tremendo e começo a ter novamente faltar de ar. Puxo o ar com força me sentindo sufoca nesse lugar.

- Martina, respira devagar! - ele me segura pelos braços e faço o que ele me disse. - Olha, se você não vier com nós agora. Os caras que mataram sua mãe, vão voltar para terminar o serviço, e ele vão matar cada pessoa que estiver no caminho deles. Então se quiser proteger seu pai, é melhor vir conosco!

Meu olhar desce para minha mãe, não queria deixa-la, mesmo que não estivesse mais viva. Mas então, me vem meu pai em minha mente, eu não conseguiria suportar a ideia de alguém tira-lo de mim também. Sentindo a pior dor que havia sentido em toda minha vida, me abaixei ao lado de minha mãe. Pego sua mão me aproximando de seu rosto, beijei cada extensão de sua bochecha e sentir ela junto a mim uma última vez

[...]

Enquanto aguardava em um compartimento que parecia igual a um quarto, havia uma cama e um criado mudo. Um médico apareceu para me ver uma hora atrás, não sabia onde estava, acabei perdendo os sentidos quando estava a caminho daqui. Quando vi que havia um banheiro, me enfiei debaixo do chuveiro e deixei a água escorrer pelo corpo. Não sei por quantas horas fiquei debaixo do água, mas quando meus dedos estavam todos engelhados. Enrolei uma toalha em minha cintura e sair do banheiro, estava distraída secando meu cabelo. Quando vi Blanco sentado em cima cama, o mesmo quando notou minha presença. Me encarou e se alevantou.

Não passou despercebido seu olhar pelo meu corpo, mas não me incomodei. Caminhei até a cama pegando uma outra toalha que estava dobrada, a coloca em minha cabeça para secar meus cabelos. Reparei que havia uma roupa em cima da cama, em vez de vestir, me sentei na cama e encarei Blanco.

- Onde eu tô?- pergunto.

- Se quiser se trocar primeiro, eu não me importo de esperar. - ele incomodando com minha pouca roupa. Sentir vontade de revirar os olhos com tamanha enrolação.

Imagina, como se nunca tivesse visto alguém pelado na vida.

- Mas eu me importo, não sei se você percebeu, mas minha mãe estar morta. - digo sentindo uma dor misturada com um vazio se apoderar de mim.

- Tudo bem. - ele se encosta na parede em minha frente de braços cruzados, esse suspense todo estava me tirando do sério. - Eu faço parte de uma organização que está ligada ao governo do meu país, meu trabalho além de matar é proteger pessoas como você, pessoas de vida cotidiana que não podem se proteger por si só. - tento acompanhar ele, mas estava difícil de digerir.

- Você no caso é um Agente Secreto? - pergunto.

- Sim. - permaneço por alguns minutos em silêncio. O encarei e o mesmo parecia perdido em seus próprios pensamentos, quando parece finalizar o que estava pensando, me encara novamente.

- Por que mataram minha mãe? - pergunto, sentindo um nó em minha garganta.

- Minha missão é pegar um comprador que roubou documentos importantes da organização. A elite é um grupo de assassinos e traficantes, eles roubaram os documentos e venderam ao comprador misterioso. Acontece que, quando cheguei em Buenos Aires, já estava sendo monitorado pela elite. Eles analisavam cada pessoa que esteve ao meu redor, você foi a que mais esteve comigo.

- Então eles imaginaram que eu tivesse algo com você. - digo e ele assente. - E que eu saberia quais seriam os passos de vocês ? - continuo a perguntar, ele assente.

Me alevantei da cama andando de um lado para o outro na frente dele.

- Então vai ficar assim mesmo? - pergunto, sentindo uma pressão em meu peito. - Eles matam minha mãe e fica por isso mesmo ?

- Não, estamos tentando localizar seu pai. Logo, logo a policia vai chegar a sua casa e vai abrir um caso. Lógico que a elite não vai ser apontada diretamente, mas...

- E vocês ? Não podem fazer nada, afinal, não trabalham para proteger a merda das pessoas. - havia uma raiva dentro de mim crescendo, o momento de luto estava passando, dando o lugar a raiva.

- Não podíamos entra na sua casa enquanto eles atiravam, eu sou líder de uma equipe. Meu deve e protege-los também, assim vendo a maneira menos complicada para resolve qualquer coisa. Não é só porque somos Agentes que agimos por impulso. - rir de maneira debochada.

- Engraçado que para você falar isso é fácil, difícil é ver a sua mãe morrer na sua frente sem você pode fazer nada. E os culpados ainda saírem ilesos! - falo da maneira mais seca que consigo.

Ele fica calada, mas imaginei que ele fosse retrucar pelo menos.

- Sim, eu sei o quanto é difícil. - sua voz seca me faz parar de andar de um lado para o outro.

Um silencio cruel ficou no ar por alguns instante, Blanco continuava a não me encarar. Apertando a toalha em minha volta, fiquei na dúvida se dizia algo. Mas ao me lembrar da dor que senti no momento em que a perdi, me rendo.

- Sinto muito. - murmuro.

Ele volta a me encarar, mas não diz nada. Seu olhar estava nublado, aposto que cheio de lembranças das quais ele queria esquecer. Tínhamos algo em comum, mesmo que de maneira negativa, tínhamos. Dividamos uma dor na qual só nós sabíamos o quão dolorosa era. Não pensei muito quando me aproximei dele o abraçando, encostei meu rosto em seu ombro sentindo seu cheiro.

O mesmo ficou parado, e quando pensei em me afastar. Ele me abraçou de maneira apertada, seu rosto ficou entre meu pescoço. Um braço seu passou ao redor do meu corpo, enquanto a outra estava na minha nuca. Permanecemos abraçados por longos minutos, tudo o que podíamos escutar era o som de nossas respirações juntas.

Me afastando dele, levantei meu olhar que cruzou com o dele. Havia algo em seu olhar que me fazia sentir coragem de fazer coisas que no normal eu não faria. Quando me ergui na ponta do pé e roçando meus lábios nos dele, sentir meu corpo enrijecido com esse simples toque. Foi então que sentir seus lábios passarem por cima dos meus iniciando um beijo no qual eu nem sabia que estava necessitada.


Notas Finais


É gente, a mãe da Tini morreu. Mas não fiquem com raiva ou triste, para todo o sacrifício sempre a algo de bom.
Espero que tenham gostado!
Me desculpem pelos erros ortográficos.
Até a próxima ;)


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