-Filha, está na hora. Acorde.- escutei a voz de meu pai, enquanto retomava a consciência.
-Na hora...?- perguntei enquanto esfregava os olhos.
-... Eu te explico no caminho. Apenas levante.- ele respondeu rude, e me puxou pelo braço, até que eu estivesse de pé.
Estava muito sonolenta, então eu esbarrava em algumas coisas no caminho.
Ele me jogou no banheiro e segurou a maçaneta.
-Tome um banho, eu irei buscar as suas roupas.- falou rude e fechou a porta. Pude escutar o barulho da chave, enquanto ele trancava a porta por fora.
Eu retirei minhas roupas, e as deixei no chão mesmo, não pensava em nada, apenas na minha cama.
Meus cabelos já estavam soltos, então nem precisei os soltar.
Assim que liguei o chuveiro, dei um pulo para trás.
A água estava congelando.
-... O chuveiro deve ter queimado...- sussurrei para si mesma, enquanto colocava minha mão em baixo da água.
Depois que consegui colocar meu corpo todo em baixo da água, ele abriu a porta e colocou um vestido branco em cima da pia, junto com a calcinha, o sutiã e os saltos altos... Brancos.
-... Ah... Obrigada!- gritei.
Depois que me lavei, enrolei uma toalha no meu cabelo e outra no meu corpo.
. . .
-Para onde estamos indo?- perguntei baixo.
-Encontrar seus pretendentes.- ele respondeu rude.
-PRETENDENTES?!- gritei.
-Fale baixo!- aumentou o tom de voz.
-Desculpe...
-Vamos ir encontrar Edward e Jack.- ele disse e jogou uma carta no banco do meio —que separava nós dois.
A peguei, e lá estava escrito:
“Querido John, meus meninos já estão prontos. Estou à espera de você e Keiko. Todos os preparativos da cerimônia estão prontos.
Nada pode impedir o casamento agora.
Fale para Keiko, que por nada nesse mundo ela vai faltar à cerimônia.
Atenciosamente...
Katherine Woods.”
-Cerimônia? Pretendentes? Eu não estou entendendo nada.- o olhei.
-... Os seus pretendentes não devem estarem entendendo nada também... Você terá que escolher um dos dois para se casar.
-Casar?!- meu tom de voz alterou.
-Sim. Vocês estarão unidos pelo resto da vida. Apenas vão se separar depois da morte.- me explica com muita calma.
-... Mas e se ele ou eu não aceitarmos isso?- perguntei.
-Não vai adiantar nada. Vocês estarão unidos para sempre. Nada vai adiantar.- ele disse.
Tentei manter a calma, mas era impossível não perder a cabeça.
-E VOCÊ DIZ ISSO COM TODA A CALMA DO MUNDO?!- gritei.
-Fale baixo, eu não sou surdo.
-E VOCÊ AINDA ACEITOU SEM ME PERGUNTAR?! EU TE ODEIO "PAI"!- gritei novamente.
-Eu não me importo com o quê você acha.- ele respondeu rude e calmo.
-SEU..!- o motorista abriu a porta, e eu fui obrigada a me acalmar.
. . .
-Então Keiko, qual deles você escolhe?- perguntou Katherine.
-... Hum... Err...- eu fiquei indecisa.
Jack, ou Edward?
Eu adoro os dois...
Meus melhores amigos...
-Eu escolho...- assim que ia dizer, lembrei da conversa que tive com eles há uns minutos atrás.
Os dois disseram que odiavam a mãe deles, e que eu estaria fazendo um favor se a matasse.
Então nós armamos um plano.
Eu controlaria meu pai, e o faria paralisar, e depois mataria Katherine.
Bem simples.
-Eu escolho... Nenhum dos dois!- assim que gritei, estalei os dedos e meu pai ficou paralisado. Totalmente imóvel.
-Mãe, acha mesmo que nós iríamos contribuir com o seu plano?- disse Jack enquanto rodeava ela.
-Vocês achavam que éramos tolos, mas na verdade, os tolos eram vocês!- Edward disse rodeando ela também.
-A sua máscara de "tia boazinha" nunca me enganou. Você sempre foi um monstro por dentro... E eu sempre soube disso.- eu, Jack e Edward a cercamos.
-O quê você fez com o seu pai?!- ela gritou assustada.
-Absolutamente nada. Só o paralisei, para que ele não tente te ajudar.- falei sarcástica.
-Quer saber, pare de enrolar Keiko! Mate-a logo!- gritou Jack.
-Seu desejo é uma ordem...- assim que disse...
. . .
Depois desse dia, meu pai me abandonou em uma floresta, e eu estava completamente perdida e sozinha... Até que encontrei a mansão Mukami...
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