História Lady Mukami - (Extra) Antes De Tudo -- Parte 1

(Leiam as Notas iniciais!) 

P.O.V Kaoru Yoshida On 

Estava andando pelo jardim de nossa casa. Eu simplesmente amo as Rosas. 

Inclinei um pouco as costas e passei suavemente as mãos em torno da rosa roxa a minha frente, depois voltei a somente olhá-las. 

-Mamãe! - Gritou Mizumi e correu até mim, me abraçando. 

-Olá Mizumi! Como foi a escola? - Falei acariciando os cabelos grisalhos do pequeno. 

-Bem! - Falou entusiasmado, como sempre. - O que fez hoje? 

-Além de observar as rosas, fui ao médico ver sua irmãzinha, ela deve nascer em breve! - Sorri, Mizumi olhou para mim e sorriu também, encostando as mãos na minha barriga para sentir a irmã.

-Ela se mexe muito! Imagina quando nascer! - Falou e deu uma risada leve. - Vamos junto morar com ela para sempre, não é? 

-Claro! - Confirmei sorrindo. 

-Promete que nunca vai nos deixar? - Sorriu e levantou o dedo mindinho. Assenti e cruzei meu dedo com o dele. 

-Nunca! 

Entramos e esperamos Johnnatan chegar. Quando ele chegou, fomos jantar. Novamente, não trocamos palavras, ele apenas respondia as coisas que Mizumi perguntava com um "sim" ou "não", seco. 

Coloquei Mizumi para dormir, depois do jantar e reparei que as luzes estavam acesas, desci para desligá-las. 

-O que está fazendo? - Disse Johnnatan ao me ver na cozinha. Ele estava com uma garrafa de alguma bebida na mão, pelo jeito alcoólica, de novo.  

-Johnnatan, eu já falei, não beba em casa! - Exclamei, ao vê-lo beber mais. 

-A casa é minha! - Se irritou. Eu me encolhi um pouco, ao vê-lo se aproximar. 
-J-Johnnatan... - O olhei, me afastando. Ele chegava cada vez mais perto. 

-Eu não aguento mais te ouvir reclamando, como se você fosse importante em alguma coisa! - Gritou. - Você só serve para cuidar daquela coisa! 

-Não chame ele disso! Ele não é um objeto! - Me exaltei, mas resolvi manter distância dele. - Ele é MEU filho, e não deixarei você encostar nele! 

Ele ficou realmente exaltado. Sempre fica. No dia seguinte, meu lado direito do rosto estava com a marca de sua mão. Tenho que resolver isso, antes de acordar Mizumi. 

Passei maquiagem, deu para esconder um pouco. Depois disso, fui acordar Mizumi, que estava parecendo um anjo, mas podemos realmente considerá-lo um. 

Bom, você não deve estar entendendo nada, não é? Vou explicar. Me chamo Kaoru Yoshida, sou casada com Johnnatan Campbell. Mizumi é meu filho e, felizmente, não é filho de Johnnatan. Estou esperando outra criança, se chamará Keiko. 

Mizumi parece uma garota. Ele é delicado, pequeno. Frágil. Johnnatan o considera um acidente. Ele odeia crianças, e odeia ainda mais Mizumi por que não é seu filho. 

Ele não consegue aceitar que, mesmo sem ser seu filho de verdade, é o nosso filho. Ainda não consigo me lembrar por que aceitei me casar com esse maldito. 

P.O.V Kaoru Yoshida Off 

(Coloquem a música 1 e sofram comigo =P )

*Tempos depois - No hospital* 

-Vocês são familiares da Senhorita Yoshida? - Mizumi, que prestava atenção, assente. - Me acompanhem, por favor. 

P.O.V Mizumi Yoshida On 

Segui o Doutor, já que o Papai não quis ir. A Mamãe estava deitada na cama, cheia de tubos. Eu não entendia o que estava acontecendo. Cheguei perto da Mamãe e ela estava com a minha irmãzinha nos braços, feliz. Ficou ainda mais feliz ao me ver. 

-Olá Mizumi. - Disse com a voz baixa e falhando. - Como foi a escola? - Sorriu, mas logo começou a tossir. 

-Bem. O que está acontecendo, Mamãe? - Perguntei, estranhando tudo isso. 

-Nada de mais, estou bem. Já deu oi para a Keiko? - Olhou para a criança recém nascida em seus braços. 

-Oi maninha! - Falei animado. Minha mãe sorriu. 

-Mizumi... - A olhei. - Ensine-a tudo o que sabe. Ajude-a a ficar sempre de pé, não importando o problema. Tome cuidado com seu pai e ligue para sua Bisavó, falando para ela ficar com vocês. Entendido? 

-Certo! - Sorri, ela também sorriu. O médico pediu para eu me retirar, para eles fazerem alguns exames. 

Saindo da sala, voltei até onde estava meu pai e fiquei por ali. No dia seguinte, voltei ao hospital sem meu pai, ele não queria ir. 

Novamente, o Doutor veio, ele não estava com uma cara feliz, como no outro dia. Parecia triste... 

-Familiares de Kaoru Yoshida? - Levantei a mão e caminhei até o médico. - Uma criança..? - Pareceu espantado e ainda mais triste - ...Desculpe por isso, mas... Sinto informar que Kaoru Yoshida faleceu essa manhã por envenenamento. Desculpe, se tivéssemos descobrido antes... 

Eu estava paralisado. "Por que Mamãe...?". Fui com o doutor para a sala onde estava a Mamãe. Keiko estava do lado, chorando. Parecia que ela estava tão angustiada quanto eu. 

-Por que Mamãe? Você prometeu não nos deixar! - Encostei no braço dela, estava fria. Sem vida nenhuma. - Mamãe? Por que não responde? Mamãe! - Gritei e chorei mais. O médico estava claramente com pena de mim. 

Depois de passar o dia ao lado do corpo sem vida da minha mãe, decidiram fazer um enterro, nada chique ou chamativo, somente para eu poder vê-la uma última vez, antes de nunca mais vê-la. Enterraram-na na floresta, perto da casa de nossa Bisavó, por coincidência, mas ela não estava. 

Voltei para casa com Keiko. Contei ao meu pai que a Mamãe havia falecido. Ele começou a rir e falar coisas como "DEU CERTO!". Não entendo. Ele não deveria estar triste...? 

Liguei para a nossa Bisavó, ela disse que tomaria conta de Keiko. Viria nos buscar quando tivesse tempo, coisa que demoraria muito. Muito mesmo. Falou para nós que estaria ocupada e tentaria pegar um dia para nos buscar.