A escola é ótima. É bonita, espaçosa e pelo o que parece os professores são legais.
— Ei, Kou! — umas garotas correm até Kou – e eu estou ao lado dele, morrendo de ciúme – e me jogam para o lado.
— Hey, olá meninas.— ele sorriu para elas.
Ah não! Me deixar de lado por causa dessas... Piranhas?!
— Com licença. — falo alto depois de um pigarreio.
— Quem é você, garota?— uma delas aumenta o tom de voz e me olha com um semblante de nojo.
— Me desculpem, meninas. Deixe-me a apresentar. Keiko, essas são as minhas fãs. Pessoal, essa é a Keiko.— ele volta ao meu lado e coloca seu braço em volta do meu pescoço.
— Prazer. — sorrio sarcástica, elas rosnaram e saíram andando.
— Ah? Eu fiz algo errado?- o loiro ao meu lado olhava para elas sumindo no corredor.
— Vamos continuar andando, meu Sol. Vamos apenas ignorar, sim?— sorrio ao o ver assentir e voltamos a andar.
Por todos os lugares que passamos, alguma pessoa cumprimentava Kou. A maioria são mulheres.
E isso me dá uma certa raiva...
Porém ele percebe meu "ciúme" e não deu muita atenção para elas.
Continuamos a andar, até que esbarrei em alguém.
— Oh, me desculpe!— disse, mas aí, analisei a garota. Cabelos loiros... Olhos vermelhos...
— Eve... — meu Sol, pasmo, sussurrou. Como eu suspeitei.
Eve...
— Olá Kou!— ela diz. Sua voz é fina... Enjoativa...
— Cachorrinha Masoquista, essa é a Keiko.— ele diz e eu sorrio sem entusiasmo.
— Muito prazer!— ela sorriu e estendeu a mão.
Ela me dá nojo...
— Ah, eu não lavei as mãos. Não quero te sujar...— joguei a desculpa esfarrapada para ela. Essa desculpa foi uma verdadeira bosta.
— Ah... Okay...— ela abaixou a mão, percebendo que eu não quero papo.
— Com quem está falando, Bich-Chan?— um homem de cabelos castanhos-avermelhados e olhos verdes surge. Ele usa um chapéu, que eu diria que é brega. Mas até que dá um charme a mais nele.
— Com a Keiko, e o Kou.— ela respondeu. Parecia estar com medo.
— O Ayato não vai gostar disso.— ele diz, irônico.
O meu Sol está incomodado com a presença desse homem...
— ... Eu sei...— ela respondeu.
— Ele não é dono dela... Ela pode andar e falar com quem quiser.— Kou a defende.
PARE DE A DEFENDER!
— Cale a boca.— o ruivo responde, e pude perceber que Kou ficou com raiva.
— Vamos embora daqui, Kou.— agarro seu braço.— Não vá fazer uma besteira...
— Pode o soltar, bonitinha.— assim que ele me chamou disso, Kou foi como um cão raivoso em cima dele, mas eu consegui o puxar para trás de mim.
— Deixe ele em paz!- disse com mais autoridade do que devia, e queria.
— Oh, ela se estressou!— ele riu.
— Já chega, Laito.— um homem de cabelos roxos, quase pretos, surge.
— Ahh, logo agora que estava divertido!— Laito ri novamente.
— Tire-o daqui, por favor!— digo alto.
— Saia daqui.— fala o homem e Laito some.— Perdoe o comportamento dele.
Seguro Kou mais forte.
— Perdoe-me pela falta de educação. Me chamo Reiji, e aquele, era o Laito.— ele faz uma breve reverência.— Quero seu perdão. Tentarei fazer com que não aconteça novamente.
— Que cara falso...— diz Kou.
— Não estou pedindo desculpas para você, é para a garota ao seu lado.— me olha.— Espero que não seja mau educada como a pessoa que está te acompanhando.
— Que indelicadeza a minha...— solto Kou e fico com meu jeito elegante e educado que sempre uso para encantar os outros.— Eu me chamo Keiko... Sou irmã mais nova do Kou.
— Irmã mais nova...— diz Yui baixo. Sabia que eu nem tinha notado que ela ainda estava ali?
— Muito prazer.— ele estende a mão, que estava coberta por uma luva.
— O prazer é completamente meu.— aperto sua mão e sorrio.— E eu te perdôo, sim.
— Você é muito bem educada.— coloca seu braço direito atrás de suas costas.— Merece que eu te trate educadamente.
— ... O Reiji-Kun nunca foi tão gentil assim com outra pessoa.— diz Yui.
— Já está bom de conversa...— Kou agarra meu braço bruscamente.
— Acalme-se, estou tendo a rara oportunidade de conversar com alguém da minha classe.— diz Reiji com um sorriso irônico de canto.
— Por favor.— me solto.— Foi um prazer te conhecer, Reiji.
— O prazer foi todo meu. Espero poder ter a oportunidade de conversar com você mais vezes.
— Igualmente.— sorrio.— Com licença...— saio andando com Kou.
— Você não vai virar amiga daquele mala, não é?— pergunta Kou irritado e com ciúmes.
— Não. Mas conversar com ele foi ótimo.— respondo sarcástica.
— Melhor do que conversar comigo?— ele pergunta com o tom de voz triste.
— Nada é melhor do que ouvir a voz de um dos meus meninos.— aperto sua mão.
. . .
—Como... Foi... A aula?— pergunta Azusa assim que chegamos.
— Como sempre.— responde Yuma.
—Legal.- respondo em seguida.— E o Ruki?
— Preparando... O jantar..
— Se ele perguntar por mim, diga que fui tomar banho.— falo e vou para o meu quarto.
. . .
O jantar foi tranquilo, pela primeira vez.
Kou não jantou, pois foi trabalhar.
Ruki ficou sério e quieto como sempre, Yuma só quis comer um pouco e Azusa conversou um pouco comigo.
Ruki veio matar a sede faz uns minutos.
Ele é violento na hora de sugar sangue.
Chega a doer.
Mas eu não me importo, se isso faz ele feliz, então tudo bem.
Eu faço QUALQUER coisa pelos MEUS meninos.
— Oi, Rosa.— Kou surge em meu quarto.
—Olá, Sol.— me sento na ponta cama.
— Eu preciso dizer uma coisa...— ele se ajoelha entre minhas pernas. e fica um pouco menor que eu.
— Pode dizer, meu Sol.— afago seus cabelos.
— ... Eu posso não demonstrar, nem dizer frequentemente mas...— ele olha nos meus olhos. Os famosos olhos azuis penetrantes. — Eu te amo...
Eu amo essa frase.
— Sabe, eu estava triste... Mas... Isso era tudo o que eu precisava ouvir para ficar feliz.— sorrio.
— ... Já eu, estou triste... Ruki me disse que tem uma missão para você...— ele ficou com o semblante triste.— Provavelmente, você deve ir para longe...
— Ah, meu Sol...— levanta e eu o abraço.— Não se preocupe...
— ... Eu não quero que você vá... Sem você... Eu não consigo sorrir...— ele diz.
Amo quando eles demonstram o IMENSO amor que sentem por mim.
— Eu também, meu Sol...— me afasto um pouco, dando o meu melhor sorriso.— Não se preocupe!
— Mesmo sabendo que irá embora... Você continua a sorrir...— ele me abraça novamente, e mais forte.— Eu preciso da sua alegria... Eu preciso da sua força... Eu PRECISO DE VOCÊ!
— Acalme-se... Estou aqui, agora... Não tem porque se desesperar...— acaricio seus cabelos.
— Eu preciso de você, Rosa...— ele acaba desabando em meus ombros. Sorri boba quando me veio a mente de que ele estava chorando por mim.
— Não chore, meu Sol... Você vai apagar suas chamas assim...— olho em seus olhos.— Sem suas chamas, como você vai me ajudar a florescer?
— ... — não respondeu, mas tirou sua camisa.— Posso dormir com você hoje?— perguntou secando as lágrimas.
— É claro...— me deito.— Já estava indo dormir...
— Me desculpe por te atrapalhar...— ele diz e se deitou ao meu lado.
— Sem problemas.— apago o abajur.— Boa noite...
— Boa noite, Rosa... Obrigado...— ele fechou os olhos e beijou minha testa, eu brincava com seus fios loiros devagar, e ele sorriu.
— Bons sonhos, meu Sol...
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