História My Angel 2.0 (HIATUS) - Jack?

Stanford — Canadá

Point Of View — Justin Bieber

Estávamos nos preparando para mais um assalto no banco mais conhecido e frequentado do Canadá. Todos estavam nervosos, para qualquer um de nós aquele era o assalto mais importante de nossas vidas. Vínhamos treinando este assalto fazia meses, acho que estávamos mais que preparados. Chris iria ficar comandando as câmeras de vigilância, cortando as filmagens quando fosse à hora do assalto, Ryan ficaria encarregado das distribuições das armas não só para nós, mas também para toda a equipe, Chaz e Jack preparam todos os seguranças colocando-os a par de tudo, para que corresse como planeado pois este assalto seria um dos mais arriscados que alguma vez fizemos.

— Armas? — falei olhando todo mundo que tratava de cada posto.

— Pronto. — Ryan falou colocando a última dentro das malas, que depois seriam colocadas dentro dos carros blindados.

— Segurança?

— Feito. — Chris falou sem tirar os olhos dos seus preciosos monitores.

— O resto do pessoal? — disse pegando algumas das malas assim como a galera, e colocando-as no carro.

— Todo mundo está indo para seus respectivos carros. Tudo pronto pra irmos. — disse Jack entrando no meu carro, onde já se encontrava Ryan e Chaz.

— Não podemos falhar nessa merda. — disse olhando pra todos, enquanto cada um colocava as máscaras para não correr riscos de serem identificados.

— Calma aí Justin, nem parece você. — disse Chaz encolhendo os ombros. — Tá com medo? — todo mundo riu, enquanto eu permanecia sem expressão no rosto, ligando o carro e dando partida.

— Chaz, isso não é brincadeira. — disse o olhando pelo espelho. — Este banco tem muito mais segurança, não vai ser fácil assim. E vocês sabem que quando tem... — Ryan logo me cortou.

— Mais segurança, mais dinheiro. — o olhei e assenti. — Vai correr tudo bem. Não vamos precisar roubar nada durante um bom tempo. — ele agora ria convencido enquanto fazia um passe com Chaz.

Jack estava do meu lado na frente, e sem dizer uma palavra apenas mexendo no celular. Parecia estar inquieto, e até mesmo nervoso.

— Tudo bem aí? — tirei por uns segundos os olhos da estrada o encarando, o mesmo desviou o olhar do celular e me olhou.

— Mary. — disse sorrindo, acabei deixando um pequeno sorriso brotar recordando algumas memórias passadas. — Ela tá preocupada, assustada por eu ir nesse assalto. Falando um monte de besteiras sobre perigo. Vou ligar pra ela, acalmar um pouco sabe? — disse rindo e eu assenti.

Continuei dirigindo me lembrando de algo que sempre tentava esquecer, aquele dia que lembrava como o pior da minha vida, o dia da sua partida.

Passou-se 4 anos desde que ela se foi. 4 anos desde que perdi o amor da minha vida e a criança que ela carregava consigo, minha criança.

Tentei de tudo para encontrá-la, rastreando todo tipo de tecnologia que ela possuía e até mesmo com ajuda de Chris, Chaz, Ryan, Jack e até mesmo Mary tentando encontrar qualquer tipo de pista nas câmeras espalhadas por cada canto da cidade, e pessoas de toda aquela localidade, aeroportos, estações, tentamos tudo na esperança de encontrar algo que nos ajudasse, a saber, seu paradeiro. Mas ela tinha sumido de vez que nem fantasma, sem deixar uma pista. Apenas o sentimento dentro de mim que me corroía por inteiro. Pensar que ela carregava na barriga uma parte de mim fazia todo meu corpo estremecer e uma felicidade me tomar por completo.

Mas saber que eu poderia não vê-la nunca mais, nem chegar a conhecer essa criança, que nunca mais poderia sentir o seu amor ou ver os seus sorrisos, saber que poderia nunca sentir seu toque de novo, ou ver essa criança crescer e me chamar de “Papai” enquanto corria pelos jardins da casa sorrindo, que não poderia acordar e olhar para o lado e ver meu anjo dormindo serenamente e pensar que ela sempre será minha, saber isso era o meu fim.

Apesar de todo este tempo, Cailtlin pensar que tem algo comigo mesmo depois de Emma partir, era um grande erro da parte dela, eu estava apenas fugindo do sentimento, tentando esquece-la, mas eu nunca iria amar ninguém como amei Emma. Pensei mil e uma vezes em tentar esquecer ela, pensei que esquecer este amor seria o melhor remédio, a minha melhor solução, mas acabei percebendo que essa seria minha pior ilusão.

Ela se foi e tudo por minha culpa, pelo sofrimento causado nela, em toda nossa história, mais uma vez, tudo tinha sido culpa minha. Só me restava o arrependimento, mágoas e sorrisos forçados. E o mais importante de tudo, o sentimento que nunca me dava descanso, aquele que nunca me deixava mesmo depois dela partir. O amor. O meu coração pertencia totalmente a ela, e por vezes parecia até pequeno demais para todo este amor que carrego comigo, todo esse amor que sinto por ela.

Desde que ela se foi eu percebi. É duro viver sem amor, é duro o amor ter um fim, mas você tem que continuar lutando por ele até seu coração parar de bater, e eu estava preparado para isso.

— EI! ALÔ BIEBER! — Chaz gritou no meu ouvido fazendo-me tomar um susto e o olhar com cara feia. — Estava aí viajando faz tempo e passou pelo banco umas três vezes, em que tanto pensa?

— Nada. — disse apertando o volante com mais força parando no fundo do banco. — Preparados?

— Sempre. — falou Jack me olhando, assenti e pegamos as armas e nos sacos onde seria colocado o dinheiro, enquanto saiamos dos carros.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Stanford — Canadá

Point Of View — Justin Bieber

Tudo estava correndo como planejado. Chris nos dava indicações, enquanto colocávamos o dinheiro nos sacos que estavam distribuídos por todos nós. Estávamos enchendo os últimos sacos quando ouvimos um tiroteio vir das portas laterais. Pousamos nossas malas e pegamos nossas armas, vendo alguns de nossos seguranças caírem mortos na frente do banco. Passando o olhar pelo banco pude ver cerca de dez figuras, todas de preto com armas apontadas para nós, prontos para nos matar, mas não iria ser assim tão fácil. Vendo que todos estavam em postos seguros neste momento, num movimento rápido rolei pelo chão me escondendo atrás da bancada que me dava proteção. Os tiros não cessavam e podia ver Ryan, Jack e Chaz atirarem de volta tentando matar alguns deles. Rolei pelo chão mirando minha arma num dos homens e foi tiro certeiro na cabeça. Menos um.

Juntei-me a Ryan que se encontrava atrás de uma pilastra nas laterais dos cofres.

— Que merda está acontecendo? — perguntei ofegante, disparando mais alguns tiros na direção deles, acertando na perna de um que urrou de dor e se jogou no chão.

— Não sei porra! — Ryan disparava tentando acertar em mais alguns dos homens que cada vez se moviam mais para frente, nos tirando o espaço de segurança.

— MERDA. — senti meu sangue ferver, corri em direção aos cofres pegando os sacos e atirando os mesmos pela janela, que logo caíram bem perto do carro.

Voltei para o local de entrada vendo que só sobraram cerca de 3 homens. Deslizei pelo chão do banco mirando no peito de um que logo caiu morto no chão. Um deles tentou mirar em mim, mas Chaz foi mais rápido atirando perto da sua orelha, pude ver a bala atravessar sua cabeça dum lado ao outro. O meu corpo ainda se encontrava no chão sem proteção, me levantei rapidamente mirando para o último homem de preto que se mantinha com a arma apontada para mim, mas Ryan foi mais rápido acertando na sua cabeça. Olhei em volta vendo que estavam todos mortos e olhei para os meninos.

— Que merda acabou de acontecer? E por que Chris não avisou que estávamos sendo atacados? — perguntei me virando agora pra eles que tentavam controlar a respiração.

— Nós perdemos a ligação. Alguém tramou a gente. — disse Chaz limpando o sangue tinha saltado na sua cara, quando matou um deles.

— Alguém sabia deste assalto. — disse Ryan guardando a sua arma suspirando, enquanto eu me encostava um pouco na bancada.

— E nós vamos descobrir quem. Essa pessoa vai pagar muito caro. Não sabe com quem se meteu. — meu punho se encontrava fechado e meu maxilar travado, eu odiava quando tentavam me passar a perna. — A sua morte irá chegar mais cedo do que ele pensa. — antes que pudesse reagir ouvi uma voz falha, mas alta o suficiente para que a pudesse ouvir, meu olhar rapidamente correu à sala.

— Não tão cedo como a sua. — um dos homens que eu pensei que estava morto, o que eu alvejei na perna, mirava a arma na minha cabeça, antes que eu pudesse reagir a arma foi disparada e meus olhos se fecharam automáticamente.

— JUSTIN. — senti meu corpo ser jogado com brutalidade para o chão e um vulto tomar meu lugar, cai com tudo ouvindo o som do disparo.

Rapidamente olhei meu corpo procurando a bala penetrada no mesmo, mas não encontrei.

— JACK. — a voz de Ryan gritando me fez sair do transe e olhar rapidamente para onde eu estava a segundos atrás vendo o corpo de Jack ensanguentado no chão com um tiro no peito. Sem pensar me levantei rapidamente mirando na cabeça do homem que ainda se encontrava no chão, tentando mirar pra mim de novo e o matei com tiro certeiro. Olhei para trás vendo todos juntos de Jack enquanto o mesmo respirava com dificuldade, corri para lá vendo a gravidade do seu ferimento.

— VOCÊ TÁ LOUCO JACK? — o mesmo riu me fazendo ficar irritado, ele tossia fazendo sangue sair por sua boca, a bala atingiu partes vitais, não tinha como sobreviver. — Por que você se meteu na frente da mira... Você... — minha voz saiu falha, deveria ser eu no seu lugar, coloquei sua cabeça na minha perna de maneira a facilitar a sua respiração.

— Tudo pelos meus, Bieber.— um sorriso brotou no seu rosto, enquanto o mesmo respirava cada vez de forma mais fraca, eu sentia meus olhos ficarem um pouco marejados. — Somos uma família lembra?

— Mas você não podia Jack, era eu quem devia estar aí. — disse sentindo meu coração doer por ver meu amigo estendido naquele chão frio, esperando a morte o buscar. — Ryan tenta se conectar com Chris. Chaz, temos que levar ele pra um hospital... — antes que eu me pudesse pronunciar Jack segurou meu braço, apertando um pouco e me olhou nos olhos.

— Justin. — o olhei esperando que ele falasse. — Não tem como eu sobreviver e você sabe disso melhor que ninguém. — engoli em seco. — Só me faça um favor. — assenti esperando que ele continuasse. — Diga pra Mary que eu a amo com todas minhas forças, diga que ela sempre será a pessoa mais especial, diga... — antes que ele continuasse eu o cortei.

— Você mesmo vai dizer isso pra ela. — o mesmo negou com a cabeça.

— Me prometa que vai falar isso pra ela. Por favor. — ele estava nos seus últimos minutos de vida me implorando por aquilo, seu olhar implorava tanto que chegava a doer em mim. E eu apenas assenti, mesmo que aquilo fosse a pior coisa, perder um dos meus, mesmo doendo, eu apenas assenti.

— Prometo.

— Vejo vocês no inferno. — o mesmo riu abafado e começou a tossir muito, fazendo sangue se espalhar por toda nossa roupa, e logo parou. Um último suspiro se ouviu e seus olhos foram se fechando lentamente, coloquei minha mão vendo seu batimento cardíaco, e seu coração não batia mais. Jack Carter morreu nos meus braços.

Ele morreu me salvando.

“Even if we try to forgert

Love will remember you,

Love will remember me,

I know it inside my heart,

Forever will, forever be ours.

Even if we try to forget,

Love will remember.”

— Selena Gomez, Love Will Remember.