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História My Angel Side Or My Naughty Side? - Por favor monstro vá embora.


Escrita por: FuckingYoo

Notas do Autor


Oláaaaaa *3* ~


E novamente eu venho atualizar a fic, e me orgulho com a quantidade de favoritos, visualizações e comentários *enxuga a lágrima*.
Okay, podem me bater, tô sensivel né?

Okay volto nas notas finais *3*

Boa leitura!

Capítulo 33 - Por favor monstro vá embora.


                                                           Yoongi POV~

 

´´Eu juro que se um desses dois se machucarem por causa de outras pessoas, ou outras pessoas os machucarem eu vou até o inferno para massacrar quem lhes fizer mal.´´

 

               Cada machucado, me mostrava a delicadeza de Hoseok, que em momento algum desde que entramos em casa, deixou transparecer a tristeza. Jimin o distraia, com o gelo e um papo agradável, fazia-o rir, e eu os acompanhava, isso de certo modo tirava a tensão do ar. Aos poucos os ferimentos iam ganhado uma faixa/atadura, e os menores bandeies, tomei cuidado, para que cada ferimento fosse antes limpo com um remédio que ardia minimamente.

               Ao terminar de enfaixar alguns ferimentos na perna de Hoseok, subi o olhar, dando de cara com um sorriso doce, que não estava sendo voltado para mim, mas mesmo assim, senti meu rosto esquentar, o que está havendo comigo?

-OLHA SÓ PIRRALHOS! Vocês vão dormir aqui hoje, está muito tarde. Jimin, ligue para seus pais e avise-os. – Informou minha mãe, entregando o telefone fixo a Jimin, e tirando-me de meus devaneios.

-Desculpe-me senhora Min....

-Senhora nada, deixe as formalidades de lado, me chame de Yu.

-Certo, Yu.... É que eu moro sozinho, não preciso informar ninguém.

-Menos mal assim! Pegue alguns colchões no meu quarto, dentro do armário ao lado da cama. Coloque-os no quarto do Yoongi, terceira porta a direita. – Apontou em direção ao quarto, segurando o braço direito do Jiminnie, que assim que recebeu as instruções, partiu para realizar a tarefa.  -Tem forros e cobertores dentro desse armário ai, pode pega-los. – Completou, em um grito.

-Certo! – Gritou, já distante de onde nos encontrávamos -não tão distante, mas o suficiente para necessitarmos nos comunicar por um grito -.

-Hoseok querido, quer algo para comer? Aliás, vou preparar algo para comermos. Que tal bolo? Não, torta? Isso será torta.... – Balbuciou sozinha.

-Vem, vamos para a sala. – Me levantei, preparando-me para caminhar rumo a sala, porem Hoseok, em um passo em falso, por sua perna estar muito machucada, perdeu para a gravidade, quase caindo no chão, mas antes, pude pega-lo no ar, e ergue-lo. -Cuidado, deixa que eu te ajudo. – Passei seu braço pelo meu pescoço, e segurei em sua cintura, eu sou um pouco baixinho, mas não significa que seja fraco - O piso daqui realmente é escorregadio. – Completei, tentando anima-lo de alguma maneira, afinal, ele obviamente estava triste, apenas não queria demonstrar isso. E isso me irritava ao máximo, era frustrante saber do ocorrido e não poder agir. Carreguei ele até a sala, e o deixei no sofá, sentando ao seu lado e ligando a TV, não sabia sobre o que conversar, o momento para mim havia se tornado muito tenso, tinha medo de tocar no assunto errado na hora errada, pela primeira vez, estava medindo minhas palavras, sendo mais delicado com a situação -isso não é comum em mim, no que estou me tornando? - .

-Já arrumei o quarto. – Disse Jimin, aparecendo no fim do corredor, andando em nossa direção.

-Sente aqui conosco, minha mãe vai preparar torta. Vamos assistir algo por enquanto. -Avisei-o, deixando o controle com Hoseok, digamos que eu não sou o gênio dos filmes/séries, por preferir dormir.

-Torta?! Eu quero ajudar, senh.... Yu. – Animou-se Jimin, correndo em direção a cozinha.

-Então venha querido! Quero ver se é melhor que eu na confeitaria. – Gritou, deixando que Jimin a ajudasse na cozinha, claro que ela estaria feliz, aliás eu sou feito para comer e não preparas as coisas. Então quando alguém se oferecia para ajudar -até agora apenas Jin e Jimin fizeram isso-, ela aceitava de bom grado com um sorriso de orelha a orelha, pois, ela gostava de passar seus ´´segredos´´ para outros cozinheiros. -O segredo dela é canela-.

             Hoseok estava animado com alguma série de criminalista, eu não conseguia prestar tanta atenção na TV, estava admirado com a facilidade de se abrir um sorriso no rosto dele, como ele já havia se animado em tão poucos minutos? A delicadeza dele, os traços de seu rosto, as covinhas, tudo isso me traz uma grande admiração. Eu nem percebo quando sem querer, solto um sorriso nasal, só volto a mim, quando ele tira seu olhar da TV para me encarar. Ou droga, eu estou perdido. Porque meu rosto fica tão quente? Ele só olhou para mim, e nossos olhares só se cruzaram, porque meu coração acelera assim? Rápido Yoongi diga algo, pense, pense!

-Se sente melhor? – Perguntei, sem quebrar o contato visual, minha sorte não gaguejar. Oque está acontecendo comigo?

-Haram. A propósito, obrigada Yoongi-ah. -Respondeu Hoseok sorrindo.

-Quer falar sobre isso? Sobre o que houve? – Questionei, e assim que ele abaixou a cabeça e permaneceu em silencio, resolvi deixar de lado, se ele não se sentia confortável, não seria eu quem o incomodaria, afinal, eu prefiro ele sorrindo.  - Tudo bem. – Encerrei o assunto, e voltei meu olhar para a TV. Ficamos em silencio por uma eternidade -ao meu ver, mas na verdade foi por apenas um episodio-, a TV a única coisa que não me importava num momento, meu olhar estava nela, mas eu pensava em Hoseok. Quero cuidar dele.

-Ei, meninos, venham comer. -Gritou minha mãe da cozinha, levantei-me do sofá, e estendi a mão para Hoseok, que a segurou e se levantou, envolvi seu braço em meu pescoço e comecei a caminhar vagarosamente, para ele me acompanhar, porem eu não sou tão paciente como parece, então o ergui do chão, segurando-o no colo, andando até a cozinha. Jimin pareceu se incomodar com isso, não sei bem o porquê, mas deixa isso pra outra hora. Coloquei Hoseok sentado em uma das cadeiras próximo a mim. Minha mãe pegou a torta e a colocou sobre a mesa, enquanto Jiminnie, terminava de colocar os pratos e talheres.

-Nossa! Essa torta está com uma cara ótima! – Disse Hoseok batendo palmas. Isso fez minha mãe sorrir, ela adora quando elogiam as coisas que ela faz.

-Yoongi, achei alguém digno de aprender meus segredos culinários. Finalmente! – Comentou apontando para Jiminnie, que sorria com cada palavra, ele se encontrava com as bochechas vermelhas, suas bochechas fartas cobrindo parcialmente seus olhos, um eye smile, tão fofo, tão lindo..... que?

-Nossa! Que delicia! – Hoseok comentou após colocar um pedaço de tamanho considerável na boca, eu comentaria coisas assim, mas só alimentaria o ego da minha mãe.

-É, eu já sabia disso. – Disse o ego da minha mãe, eu não disse?!

          Algumas risadas se seguiram após a fala de minha mãe, e depois só se pôde escutar talheres se chocando com os pratos, ou entre si. Resumindo, o silencio iria forçar a duas opções, a primeira, o interrogatório da minha mãe, ou a segunda opção, alguém elogiaria ela....

-Já pensou em abrir uma confeitaria? – Perguntou Jimin, sendo assim foi a segunda opção, e ela vai levar a um assunto desagradável, dejavú.

-Porque vocês fogem dos pronomes? Usem você, como se eu tivesse a mesma idade de vocês. Me sinto velha. – Reclamou ela, fugindo da pergunta principal.

-Desculpe Yu. -Desculpou-se Jimin.

-Mãe, larga de drama ou vai acabar assustando o Jiminnie e o Hoseok. Eles não estão tão acostumados como os demais. – Uma risada por parte dos citados, e um olhar mortal lançado a mim por minha mãe, pena que esse olhar perdeu o sentido quando eu era uma criança, mais precisamente quando eu coloquei areia dentro do forno, por acreditar que sairia um bolo de lá -eu era uma criança sonhadora, não me julguem- . -Sabe que seus olhares mortais, já perderam o efeito sobre mim a anos, né? -  Anunciei, e então recebi um tapa diferido por Jiminnie. -Ai!

         Ele sorriu, ela sorriu, Hoseok sorriu. Todos riram da minha dor. Novamente minha mãe e meus amigos conspiravam contra mim.

-Coma mais Seokie. – Falou minha mãe que já estava no quinto pedaço, depois ela reclamaria do peso.

-Não obrigada, eu já estou satisfeito. Obrigada. – Recusou, ele recusou de forma educada, e lá vai uma brecha para minha mãe..... 3.... 2.... 1

-Tão educado, tão meigo, isso faz-me questionar, o porquê de você ser amigo do Yoongi. – Comentou, e isso fez a todos na mesa rir, enquanto eu olhava para ela com cara de ´´Sério isso? De novo? ´´ .

-Eu já vou dormir, com licença. – Falei, levantando-me e levando meu prato até a pia. Odiava esse tipo de papo, ninguém escapava dele, ela já fez a mesma pergunta para Namjoon, Jin e Jeon; e todas as vezes eles acabavam rindo no final da noite com piadas do tipo ´´Ele não tem altura, mas o que não tem de altura tem de impaciência´´  E eu não estava com paciência suficiente para aturar minha mãe, ela provavelmente, abriria alguma cerveja ou bebida que encontrasse e embebedaria a todos, para ficarem dançando com ela, já que ela acreditava ter a minha idade. Não a culpo, não a odeio, nem sequer tenho raiva dela, ela apenas quer se divertir, mas eu não estou no clima hoje, porque normalmente, eu beberia e começaria a fazer coisas impensáveis, tipo sair na rua e gritar alguma coisa sem sentido por pura diversão.

-Eu também já vou dormir. – Disse Jimin meio a  um bocejo, retirando seu prato da mesa.

-Acho que eu também.... – Comentou Hoseok tentando se levantar, um barulho de cadeira se arrastando e um ´´cuidado´´, me deixou alerta, quando virei para trás, havia um prato espedaçado no chão, e um Hoseok no colo do Jimin, e claro uma mãe pasma em pé.

-Deixem que eu limpo o chão, vão descansar crianças. – Sorriu minha mãe, saindo em direção a área de serviço.

          Quando Hoseok ia se por de pé, Jiminnie o pegou no colo, eu os acompanhei até o quarto, dei a Hoseok minha cama, enquanto isso eu e Jiminnie dormimos no chão, quase que juntos. Nesse percurso, não falamos nada, quando entramos dentro do quarto, não falamos nada, apenas, cada um foi se arrumando nas camas, e deitando, sem mencionar uma palavra.

-Boa noite!- Pronunciou Jimin, virando-se de costas para mim e ajustando o cobertor.

-Boa noite! -Respondeu Hoseok.

-Boa noite! -Sussurrei, fechando os olhos.

 

 

                No meio da noite, sinto algo quente sobre mim. Abro os olhos com certa dificuldade, e vejo Jimin, ele esta deitado sobre meu peito com a perna sobre meu baixo ventre. E digo que ele não é o único. Hoseok também está deitado sobre meu peito, respirando bem na curva do meu pescoço, isso me deixa louco, a respiração calma dele batendo contra minha pele, meu baixo ventre sendo pressionado, o calor dos corpos, ai caramba eu estou perdido. Não consigo dormir, por sentir um incomodo no meio de minhas pernas, e receio levantar, por ter uma grande probabilidade de acorda-los.  E assim eu passo a noite, em claro, tentando mudar os pensamentos. Tentando não admirar o rosto amaçado de Jimin, ou a pele branca de Hoseok. Ai merda.

 

              Eu consegui cochilar por algum tempo, mas não foi o suficiente. Quando acordei eu estava mais cansado do que na noite anterior em que deitei. Jimin se mexeu, saindo de cima de mim, quero dizer, ele somente tirou a perna de cima de mim. Hoseok em algum momento começou a respirar mais pausadamente, ou seja, ele já estava prestes a acordar, o que aconteceria se eles acordassem e nós nos encontrássemos nessa posição? Seria constrangedor? Pra quem?

 

 

*~*

 

              Foi sim um pouco constrangedor, porém não como eu pensei que seria, Jimin nem ligou, porém Hoseok ficou rubro e correu imediatamente para o banheiro se desculpando, enquanto eu estava com cara de ´´O que está acontecendo? ´´ .  

 

                 Não demorou muito para sairmos do quarto, mas antes, arrumamos tudo, colocamos os colchões no lugar e dobramos os cobertores, só depois, nos dirigimos a cozinha. E lá estava a minha mãe cantarolando algo que era impossível de decifrar, já que ela não cantava no ritmo, fazendo alguma coisa para comermos, no caso, apenas fazendo o que ela sempre fazia quando trazia amigos para cá;
                  Sentamos a mesa, meio sonolentos ainda, e em silencio esperamos ela notar a nossa presença, o que não foi uma boa ideia, a que quando ela se virou estavam três almas vivas -mais ou menos-, com caras amaçadas e cabelos desarrumados a esperar ela em silencio. Obviamente ela levou um susto, e deixou alguns talheres caírem no chão, fazendo um grande barulho.

-Há essa hora da manhã, você por acaso não consegue ficar em silencio? – Questionei-a.

-Não Suga, eu não consigo, e você não consegue ficar um dia sem ser rabugento? - Retrucou.

-Desculpe-me se eu peguei todo o mal humor da minha mãe. – Brinquei.

-Então Jimin, dormiu bem? E você Seokie? – Minha mãe perguntou mudando completamente de assunto, ela sempre fazia isso quando começava a levar minhas brincadeiras ou ironias a sério. Jimin balançou a cabeça respondendo que sim, enquanto bocejava, e Hoseok disse um ´´sim´´, bem baixo como um sussurro, minha mãe abriu um sorriso travesso, o que me fez questionar-me, eu queria ou não saber o porquê do sorriso? – É, eu imaginei, já que usaram o Yoongi de travesseiro, achei que estavam bem acomodados. – E a resposta é, não, eu não queria saber o porquê do sorriso dela. Mas agora é tarde demais.

               Jiminnie não pareceu ser tão afetado como Hoseok, que arregalou os olhos e novamente, pela segunda vez naquele dia, arregalou os olhos. Jiminnie abriu um sorriso um pouco constrangido, mas não pareceu ligar tanto para a situação, até porque nós quase chegamos a fazer mais do que dormir agarrador.... Que?

-A senhora parece não gostar de dormir, já que adora entrar no meu quarto. – Mencionei, levantando-me e andando em direção a geladeira, pegando o leite e uma caneca no armário ao lado.

-Primeiro, não é senhora, e segundo, eu só entrei lá porque você levou todas as toalhas pro seu quarto, como esperaria que eu tomasse banho?

-Da próxima vez, peça antes que eu deite.

-Mas eu tenho de admitir, vocês estavam tão fofos, que eu não pude resistir de tirar uma foto....

-QUE? -Jimin gritou. -Posso ver?

-Claro querido. – Ela pegou o celular do bolso do roupão que usava, desbloqueou a tela e virou o celular para Jimin, ele ficou vermelho, bem mais que Hoseok a alguns minutos atrás, por falar nele, esse se encontrava no canto da mesa, tomando café puro, que minha mãe deve ter feito, em silencio, talvez, ignorando o que se passava.

-Mãe. Você é estranha. – Conclui, misturando café ao leite.

-Você também não é normal Yoongi. – Retrucou ela. -Deixando a foto e a noite de lado. Eu vou trabalhar hoje, então Yoongi, deixei dinheiro caso queira sair e levar os garotos com você. Volto ao anoitecer. E vê se compra as coisas que estão na lista pendurada na geladeira.

-Não prometo nada. – Disse, em seguida bebericando o café com leite.

-Eu vou com ele senhora Yu. – Prontificou-se Jiminnie

-Eu vou ter de acostumar-me com vocês me chamando de senhora. – Disse ela saindo do ambiente em direção ao seu quarto.

-Não liguem pra ela, ela fica toda animadinha quando eu trago amigos pra cá. – Falei, tentando tirar o constrangimento do ar.

-Yoonnie.... acho que vou para casa.

                Uma onda de dor, atingiu em cheio a minha cabeça. Não sei o porque, nem pensava em saber, só escutava as palavras de Hoseok indo e vindo em minha cabeça. Abaixei meu corpo colocando a mão na mesma, sentindo-a latejar forte. Uma mão pousou sobre meu ombro, mas eu estava ocupado demais sentindo dor. Não demorou muito para a dor passar, quando ergui o olhar vi Jimin e Hoseok preocupados, me fintando com certo desespero...

-Eu acho, que já ouvi você me chamar assim.

 

~Flash Back (?) ~

 

 -Yoonnie, ele está trapaceando! -A voz conhecida por mim como a de Hoseok, ecoava na minha cabeça, mas eu não conseguia relaciona-la com alguma imagem ou lembrança.

-Como? – Eu perguntei.

-Parece que ele lê seus movimentos corporais. -Respondeu Hoseok

 

                                                             ~Flash Back Off~

 

         Não era uma lembrança ao certo, eu não conseguia relacionar as palavras a imagens ou sequer sabia se era uma lembrança, parecia algo distorcido, mas eu podia ver um garoto de pele branca, com o mesmo sorriso de Hoseok, porém, não tinha certeza, afinal era só um borrão. Mas isso fez minha cabeça doer, é como se eu tivesse esquecido algo importante, como se parte da minha vida tivesse sido apagada, como se alguma parte minha tivesse sido levada, isso me deixava inquieto, lembrar e não lembrar, aquelas lembranças não eram assim…. Ou eram?

-Não acho que tenha te chamado assim outras vezes.... – Disse Hoseok num tom pensativo, como se ele também tentasse se lembrar de algo.

-Hoseok, não acho que seja uma boa ideia você ir pra casa, eu não....

-Fique calmo Yoonnie, prometo que vou me cuidar. Vejo vocês, amanhã. – Falou caminhando rumo a porta.

-Jiminnie fique aqui, só um instantinho. – Pedi seguindo Hoseok em seguida. Assim que saímos da casa, chamei por Hoseok, que parou, na calçada, um pouco próximo, ainda, de minha casa. -Não é que eu não confie em você, sei que vai se cuidar, mas não confio nos outros, entende?

-Sim, eu entendo. Se voltar a acontecer eu te ligo, não se preocupe. – Sorriu, virando-se novamente.

-Não peça, para que eu não me preocupe, eu não sei porque, mas.... Não consigo não me importar com você.

-Eu entendo, sinto o mesmo por você, e estranhamente, o mesmo por Jimin. Sinto como se eu conhecesse vocês a anos, e confio em vocês, mesmo não os conhecendo muito. Isso me deixa estranho. É como se....

-Já nos conhecêssemos. – Jimin completou, aparecendo atrás de mim, eu não me assustei tanto ao ponto de pular no teto, mas me assustei.

-Sente o mesmo? – Hoseok questionou Jimin.

-Sim. Senti que conhecia a você desde a primeira vez que meus olhos caíram sobre você.... – Jiminnie, comentou apontando para mim, e uma curta lembrança do momento em que nos conhecemos veio em minha cabeça -quase como uma imagem sem sons -.

-Tem algo errado nisso tudo, como podemos, nós três sentirmos isso? – Perguntei, sentindo um arrepio na espinha, como um dejavú ou coisa parecida, algo me soava estranho, na verdade, tudo começava a perder o sentido, minha vida, a escola, os amigos, tudo, era como se minhas memorias não passassem de um HD danificado.

-Talvez, nós tenhamos nos conhecidos quando pequenos. – Sugeriu Jimin, colocando a mão no queixo e a apoiando na outra de forma pensativa.

-Na verdade, eu não lembro muito bem da minha vida, eu acho que não tenho lembranças alguma dela, é como se...

-Tudo tivesse começado a seis dias atrás... -Hoseok me completou, e isso foi sinistro.

-Exatamente! -Jimin concordou. -Uou, isso é assustador.

-Nem me conte. – Hoseok praticamente sussurrou olhando para o outro lado da rua. -Jiminnie, Yoonnie, eu já vou indo....

-Não quer ficar e descobrir o que está havendo? – Perguntei, agora que sei que não sou o único, quero ir até o fim desta linha de perguntas -ainda- sem respostas.

-Vou procurar por coisas em casa. Qualquer coisa, mando uma mensagem. – Argumentou, acenando para nós, e tomando seu caminho.

-Até mais Seokie. – Despediu-se Jimin, acenando de volta, e eu apenas acenei, vendo Hoseok se afastar cada vez mais, e logo Jiminnie entrou me deixando encarando as costas de Hoseok subindo a longa rua.

 

-~-

 

 

               O clima estava agradável, isso antes de Hoseok sair, meia hora depois uma chuva tomou a cidade, deixando cada centímetro molhado e frio, Seokie, me mandou uma mensagem avisando que tinha chego em casa, antes da chuva. O vento frio, forçou-nos a fechar as janelas e cortinas, e consequentemente tivemos de acender as luzes. A chuva estava se intensificando conforme ficava mais tarde.

-Parece que vai ter de dormir aqui novamente. – Falei ao fintar a chuva pela janela.

-É.... parece que sim. – Concordou, levantando-se do sofá após ficar horas sentado ao meu lado vendo algum filme e vez e outra teclando no celular.

               A luz deixou de ser nossa companheira, e então, ficamos na escuridão completa, eu não conseguia ver nada a minha frente, poderia bater nos moveis, derruba-los, e principalmente chocar-me contra a parede, mas de todas essas opções a impensável ocorreu.

              Jiminnie havia se levantado, antes ou depois da luz cair, eu não sei. Mas de qualquer forma, quando eu andei na direção do que eu achava ser o sofá, acabei derrubando Jimin, e como se não bastasse, cai por cima do mesmo, quase, por pouco centímetros -lê-se milímetros-, eu não o beijei. Por reflexo, consegui apoiar minhas palmas no chão, parando meu corpo, antes de cair por completo, por cima de Jimin. E quer saber, esses centímetros de distância -milímetros- , não ajudaram em nada, já que o hálito quente de Jimin se chocando com a minha pele, me deixavam -de certo modo-, doido. Eu poderia tê-lo beijado, mas decidi me afastar; me levantei de supetão, logo puxando Jimin comigo.

-Era só o que faltava, chover e cair a energia. – Reclamei, livrando-me do constrangimento.

               Saiba de uma coisa, se eu não tomar atitude, alguém tomará por mim. Jimin no caso, decidiu me beijar, mas foi apenas um selar rápido, a macieis de seus lábios, a umidade deles, isso fez-me esquecer, por alguns segundos, os problemas que teríamos agora, como por exemplo sair daquela escuridão.

              

 

                                                                   -~-

 

                        Após alguns minutos procurando por velas, com apenas a luz do celular, conseguimos achar uma, pena que ela tinha um cheiro um pouco enjoativa, era doce de mais. Porem, eu já não gostava da escuridão, então não reclamei, e assim que a vela foi acesa, pude ver o sorriso contente de Jiminnie, um eye smile, era tão lindo, aquelas curvinhas que seus olhos faziam, mas porque eu não me permito dizer isso em voz alta? Sorri, sem pensar, um sorriso gengival, o meu melhor sorriso, aquele que mostro poucas vezes, que foi visto por Hoseok, eu deveria sorrir mais, foi o que escutei em comum, ele e Jiminnie me disseram a mesma coisa. Estavam começando a me convencer. Mas ainda não, calma.

                     Respirei fundo, segurei o pulso de Jimin, e o levei até meu quarto. Pedi para que ele iluminasse uma das gavetas em meu armário, uma lanterna, era o que eu procurava, a mesma, ficava escondida no fundo de uma gaveta, agora a questão, porque eu guardava uma lanterna no fundo de uma gaveta de roupas? E se eu precisasse dela, teria de fazer uma busca implacável? A encontrei, e por sorte ou azar, ela estava prestando. Retornamos a sala, onde Jimin -por pedido meu-, deixou a vela no cômodo.  Repetindo, eu estava começando a odiar o escuro, então qualquer luz que houvesse naquela casa, que eu pudesse usar, eu usaria. Recordei-me de algumas luzes de emergência, que minha mãe comprou por precaução, só que, estavam escondidas no armário da cozinha.

                    Segurei o pulso de Jimin, acho que ele me olhava com a sobrancelha erguida, questionando o porquê eu estava o arrastando pelos cômodos. Espero que ele não pergunte. Mas a resposta é simples, eu não quero deixa-lo sozinho, na verdade, sinto que não deveria o deixar sozinho, e essa sensação me vem do mesmo jeito de quando Hoseok me chamou de ´´Yoonnie´´, uma dor, mas não na cabeça, e sim nas coxas, talvez, seja por causa da queda.

-Pode segurar isso pra mim? – Pedi, entregando a ele a lanterna. E ele a segurou imediatamente, bem.... Pode ter sido por culpa da minha voz um pouco mais rouca que o normal, mas deixemos isso de lado.

                  Pus-me a procurar pelas luzes de emergência, guardadas no armário baixo. Agachei-me e comecei a vasculhar, não demorou muito para as acha-las atrás de um pano, ainda dentro de uma caixa. Eu tive uma pequena dificuldade no inicio para saber como aquilo funcionava, mas Jimin me ajudou, achando o botão que a ligou. Eu não esperava por uma luz que pudesse me cegar, então virei bruscamente para o lado, e adivinhe quem estava lá?

                 Isso mesmo, ninguém, mas pareceu ter. Se não fosse a hipótese de ser uma alucinação causada por medo, diria que havia alguém nos observando. Claro que isso não era possível, afinal, nada daquelas coisas dos filmes de terror existiam, era apenas para nos amedrontar, mas estavam conseguindo. A cada canto da casa que eu olhava, podia ver uma silhueta de um homem, e eu parecia conhecer essa silhueta, mas obviamente é apenas coisas da minha mente, medo e escuro juntos. Claro, apenas uma alucinação ou coisa parecida.

-Yoongi, você também está vendo aquele cara ali? – Jimin perguntou apontando para um dos cantos da sala. Balbuciei um ´´Hurum´´, e logo mirei a luz naquele canto. Nada. Absolutamente nada. Foi ai que fiquei com um pouco de mais medo, claro que u não demonstrei isso, porem Jimin começava a me agarrar com força, e o nervosismo dele estava sendo compartilhado comigo. Eu nunca rezei tanto para ter minha mãe em casa.

          

 

-~-

 

                    Passamos muito tempo com medo, esperávamos pela chegada da minha mãe, mas parece que o universo conspira contra minha existência de uma maneira inaplicada.

                   Minha mãe mandou mensagem, dizendo que as ruas estavam intransitáveis, então dormiria na casa de uma amiga, na mesma mensagem, dizia para que eu me alimentasse bem. Obviamente não mencionei sobre o ocorrido, apenas disse que tudo bem. Mas não estava tudo bem, na verdade não estava nada bem. A cada segundo que se passava, os trovões, os relâmpagos e até mesmo o vento forte batendo contra a janela, poderiam nos assustar, quero dizer eles nos assustavam, um pouco – muito-.

                 Não me levantaria do sofá, a nenhum custo, mas a minha barriga e a de Jimin, anunciavam com seus roncos em diferentes tons, que precisavam se saciar com alguma guloseima ou algo do tipo. Então, nos levantamos, juntos quase que como um só; então, com as duas luzes de emergência em mãos, que ainda deixavam um pouco de sombra, nos dirigimos a cozinha, alertas. Peguei dois pacotes de salgadinho, dois refrigerantes e dois pedaços de torta; retornamos a sala, mas antes que Jimin se encolhesse no sofá, o puxei levando-o para meu quarto, que era menor que a sala, e assim ficaria menos assustador. Fechei a porta do quarto e todas as portas do guarda-roupas, coloquei uma luz de cada lado do quarto, e assim nenhum ponto cego se formava, o quarto estava literalmente todo iluminado. Pendurei a lanterna na porta do guarda roupa, deixando assim ela apontada para baixo, iluminando parcialmente em baixo da cama. Somos medrosos não burros, quero dizer, eu não sou medroso só estou assustado pelo que presenciei, e Jimin, bom sobre ele não posso dizer nada.

                  Começamos a comer, e conversar. Nunca moramos perto um do outro, esse era realmente nosso primeiro encontro -não no sentido literal- . Então.... Eu não sei mais, nem oque pensar nem o que fazer, nos questionamos a noite toda. E Jimin acabou dormindo ao meu lado na minha cama, continuei a me questionar mesmo assim. E no final, eu estava dormindo e não havia encontrado nenhuma resposta.

 

´´É tão confuso,

Será que em algum momento eu me perdi?

Como posso me sentir tão conectado a ti,

Se esta é a primeira vez que lhe vi...

 

 E o que o destino reserva para nós?

Será que ele está apenas brincando com nossas mentes?

E nós, estamos jogando também?

Ou somos apenas marionetes?

 

Não me deixe, antes de termos as respostas.

Sinto-me menos confuso ao seu lado.

Eu sei que parece loucura....

Mas seja louco, meu companheiro,

Afinal, o que é ser normal,

Nesse mundo, que só deixa dúvidas.

Algum dia vamos encontrar as respostas?

Me sinto superestimado,

Estamos esquecendo de algo.

Espero que não desapareça.

Porque você é minha solução.´´

 

                                                          

 

 

 

 

               

 


Notas Finais


Alô alô, vamo correr pra cama da mamãe.
Levanta a mão quem acha que eles podiam ignorar o fantasma e fazer um lemon com duas bananas *3* *esconde-se*
Parei.

~Esse poema/sei á oque. É uma coisa meia voada da minha cabeça, não liguem pra minha loucura. Eu sei que não rima, mas senti necessidade de colocar isso~

Vamo combinar uma coisa, quanto mais eu escrevo, mais acelero a história,e eu não quero acabar com ela *chora*.
Eu me apeguei demais a vocês e a essa fanfic, não me vejo acabando ela tão cedo, mas o enredo dela já tá chegando no ponto final. Não dá pra ficar enrolando pra sempre, certo? Então se quiserem continuar a me acompanhar, eu tenho outra fanfic em andamento, também sobrenatural, porque eu gosto desse tipo de fanfic.

https://spiritfanfics.com/historia/really-love-demons-5975562 ~ Ela tá aqui, caso queira dar uma olhadinha, ainda é uma fanfic bebê, ou seja ainda tem muito caminho pela frente.
Essa aqui é minha fanfic adolescente, minhas filhas, -Ai que sentimentalismo, credo (^n^)- .

Tá pudinzinhos, eu vou ficando por aqui, e espero que os capitulos seguintes continuem com o mesmo tanto de palavras que esse, e espero vocês aqui comigo também. Se não dormirem a noite, podem vir pra minha casa, eu deixo vocês dormirem comigo, dou comida também kkkkkkkkk Parei~

BEIJÃO
ATÉ MAIS PUDINS
AMO VCS <3
ATÉ O PROXIMO CAPITULO, OU QUEM SABE ATÉ O SEU COMENTÁRIO
~


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