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História My Answer - Hangover


Escrita por: livealasca

Notas do Autor


Olá, aqui está mais um capítulo.
Me perdoe por ele ser muito longo, mas eu não consigo parar de escrever T.T
Bom, não tenho muito o que falar, nem o que explicar, então vamos parar de enrolação.
Enjoy.

Capítulo 5 - Hangover


Fanfic / Fanfiction My Answer - Hangover

 

 

Hangover.

 

 

Abro os olhos sem vontade com alguém me chacoalhando, resmungo e me viro para o outro lado tentando voltar a dormir, mas o inconveniente continua a me cutucar.

- Eu quero dormir droga! – xingo sem abrir os olhos e puxo uma almofada para o rosto.

- E eu quero assistir a televisão! Vá para o seu quarto! – minha irmã grita, me jogando para fora do sofá, acabei dormindo na sala depois do ocorrido de ontem.

- Você é chata Noona. – falo baixo me direcionando para a escada a fim de ir para meu quarto.

- Não vai para a escola hoje? – ela grita enquanto subo os degraus, e meu sono passa instantaneamente.

- Vou... – grito subindo mais rápido, provavelmente já estava atrasado.

- Que horas? Você deveria estar lá já faz duas horas. – ela responde me fazendo tropeçar e bater os joelhos em um dos degraus.

- O que? Por que não me acordou mais cedo?

- Eu tentei, mas você não acordava. – bufo e continuo a subir, não adianta nada ir para lá agora. – Quer que eu ligue e diga que você não está bem?

- Por favor. – respondo com mau-humor, ficar doente era motivo apenas para eu sumir do nada, mas nunca faltei por causa disso, bom tanto faz.

Entro no quarto e vejo um corpo deitado em minha cama coberto até a cabeça com um lençol, eu havia me esquecido que ele estava aqui devido ao sono, toda a cena da madrugada voltou a minha mente e minhas bochechas arderam, eu quero sair correndo daqui, não sei como conseguirei encara-lo. Dou um passo para trás de costas e ele se mexe um pouco me fazendo ficar imóvel novamente, mas ele continua a dormir.

Ele se mexe novamente, parece tão tranquilo dormindo que me dá vontade de deitar na cama e dormir também, mesmo que o sono tenha passado com o susto da escola. Caminho lentamente até o sofá e me sento tentado fazer o mínimo barulho possível, dá para ver melhor seu rosto daqui, ele é tão lindo. Queria ter coragem para pergunta-lo o porquê de ele ter me beijado, por mais que eu pensasse nada fazia sentido.

- Eu acordo quando tem alguém me encarando. – sua voz me pega de surpresa, me fazendo pular no sofá e meu rosto parece em chamas.

Ele senta na cama se espreguiçando e bocejando, em seguida me olha com olhos tristes e apagados. Eu não sei o que falar, não sei o que fazer, eu não consigo pensar em nada agora.

- Me desculpe. – não entendo o motivo de suas desculpas inicialmente, e quando assimilo as coisas me sinto um tanto culpado, ele deve ter achado que fiquei bravo. – Eu fui um estupido ao fazer aquilo, me desculpe mesmo. Eu vou embora agora se você quiser.

- Não. – quase grito, o que o assusta. A possibilidade de ele poder sumir de novo me deixou ansioso. – Não precisa se desculpar, nem ir embora... A não ser que você queira.

- Eu sei que estou incomodando aqui, e eu também me sinto incomodado... Mas... – ele gagueja, parece envergonhado com o que iria dizer. – Eu... Tenho medo de ir, tenho medo do que me espera. Me dê só mais um tempo, prometo que vou embora e nunca mais apareço na sua frente. – ele se esconde embaixo do lençol, escutar isso partiu meu coração. Pude “sentir” seu medo, e fiquei com medo.

“Nunca mais apareço na sua frente”. Se ele fizer isso eu não sei o poderia acontecer.

Levanto-me e me aproximo da cama, passo a ponta dos dedos sobre o lençol onde sua cabeça está, ele se exalta um pouco, mas não muda sua posição.

- Pode ficar o tempo que quiser. – puxo o lençol lentamente revelando sua face, os olhos estavam avermelhados e marejados, uma visão que eu não queria ter nunca mais.

Levo meus dedos até seu rosto e acaricio suavemente com medo de ele se afastar, mas ele não se afasta, muito pelo contrario, segura minha mão sobre sua face, igual à primeira vez que nos encontramos. O desespero por carinho continuava ali, a carência de afeto. Puxo o lençol mais para baixo e me ajeito ao seu lado, abraçando-o com uma força moderada por causa dos machucados. E para minha surpresa ele me abraça também.

- Obrigado. – ele funga e aperta seu rosto em meu peito, o choro que tentava ser silencioso se revelando em engasgos. – Obrigado. Você é um anjo Jongin.

Ele acha que eu sou um anjo, só que para mim, o único anjo nesse lugar é ele. A pessoa que me mostrou que pode haver mais do que apenas agonia, tristeza. Eu não sou um anjo, e mesmo que quisesse, jamais poderia ser.

Não quis falar mais nada, a ausência de palavras deixava o ambiente mais aconchegante. Apenas ficamos ali, abraçados.

xXx

Novamente sinto algo me chamar de meu tão precioso sono, e praguejo internamente. Abro os olhos e vejo minha irmã com uma expressão irritada.

- Até quando pretende ficar dormindo? – ela praticamente grita em meu ouvido, e eu me sento na cama emburrado.

- Que horas são?

- Hora o suficiente para você levantar! Tomou os remédios do seu amigo por acaso?

Assim que ela fala isso eu olho para o lado assustado, e entro em pânico. Ele não esta aqui, por que não está aqui? Onde ele esta? Fito minha irmã com os olhos arregalados e ela fica estática, sua face demostra curiosidade e duvida.

- Seu amigo saiu faz um tempo, disse que depois te recompensa por deixa-lo ficar aqui. Pegou um tênis e uma camiseta empresta, vai te devolver amanhã, acho...  – ela fala calma, e eu me levanto bruscamente jogando o lençol para o lado assustando-a.

- Ele disse para onde ia? – vou retirando minha camiseta e pegando outra enquanto falo, procuro por uma calça e a visto desajeitado.

- Não...

- Que droga! – grito enquanto coloco as meias, eu preciso ir atrás dele.

- Jongin... – ela tenta atrair minha atenção, mas eu estou afobado demais. – Jongin... O que aconteceu entre vocês?

Agora ela conseguiu minha atenção, fazendo-me parar e a encarar.

- Nada.

- Nada? – ela para a minha frente, e leva uma das suas mãos até minha nuca e me puxa para que nossos olhos fiquem pareados já que ela é mais baixa.

- Nós não transamos se é o que quer saber. – sou direto com a resposta, é assim que ela gosta, coisas rápidas e objetivas. E isso pareceu agrada-la, já que me soltou.

- Você gosta desse menino não é mesmo? – meu coração dá uma leve falhada, eu deixo as coisas muito na cara, e receoso aceno em positivo com a cabeça. Ela suspira. - Tudo bem, eu não vou contar a ninguém. Mas você tem certeza que é isso que quer Jongin? Você realmente gosta de homens?

- Eu gosto dele Noona. – eu não menti, eu não gosto de homens, nunca manifestei nenhum tipo de desejo com nenhuma pessoa do mesmo sexo que eu, é apenas ele, só ele. Não tem mais ninguém.

Ela me olha de forma estranha, parece decepcionada e ao mesmo tempo com pena, mas eu não preciso de nenhum desses dois tipos de sentimento, eu apenas quero viver como desejo, sem ter que contar com as emoções das pessoas para me apoiar ou qualquer coisa do tipo. Eu vou ter ele, mesmo que minha família seja contra, mesmo que meus amigos se afastem, mesmo se eu acabar sozinho... Eu irei ter ele pelo menos.

- Eu vou te apoiar com qualquer coisa e você sabe disso. Mas tome cuidado Jongin, tome cuidado com ele.

- Por que diz isso?

- Por nada, só intuição. – ela joga essa frase ao ar, e se retira do quarto.

Eu tentei compreender o que ela queria com aquele aviso, mas a não ser a ignorância da sociedade com os meus sentimentos eu não conseguia enxergar mais nada para tomar cuidado, muito menos com ele. Termino de me arrumar rápido e saio de casa, ele disse que não podia voltar para casa, então deve estar por perto... Ou pode ter ido para casa de algum amigo ou sei lá o que.

- Merda! – grito em meio a minha rua, me agachando e segurando os cabelos com força atraindo o olhar de alguns vizinhos.

Qual é o problema dele? Depois de tudo o que aconteceu, depois de me beijar, ele simplesmente quer me recompensar pela estadia? Eu sou algum otário? Eu devo ter muita cara de otário, não tem outra explicação. E eu quase, por pouco não me declarei, se bem que tudo que fiz foi uma declaração, mas se eu tivesse dito acho que eu seria uma piada ainda maior. Estou com muita raiva, tanta que posso socar a primeira coisa que aparecer na minha frente. Meu coração dói, me sinto traído, sei que não tenho o direito de me sentir assim, mas não consigo conter, ele brincou comigo, me usou. Volto para minha casa e me jogo no sofá da sala encarando o teto e repassando tudo em minha cabeça, não conseguia encontrar um motivo para ele ter ido desse jeito, ao menos podia se explicar. Me viro de barriga para baixo e meu braço pende para o lado, eu deveria estar com fome, mas a situação acabou com qualquer vontade que eu deveria ter. Suspiro e soco o chão devagar, eu preciso extravasar, mas ninguém e nem os objetos tem culpa disso, eu que sou um idiota por me apaixonar tão fácil assim.

- Jovem mestre? – a voz feminina me assusta, mas eu não me movo.

- Já disse que não precisa me chamar assim. – respondo sem vontade para a garota parada a minha frente, é a filha de nossa empregada, está trabalhando no lugar de sua mãe já que a mesma está doente.

- Não posso lhe chamar pelo nome meu mestre.

- Eu não te comprei, você não é minha escrava, então pode me chamar do que quiser. – eu já estava irritado, e ela estava conseguindo piorar as coisas.

- Como desejar senhor. – bufo com sua resposta e me levanto, prefiro ficar em meu quarto me auto compadecendo de meu sofrimento e me afogar na minha própria amargura. – Senhor, não quer comer?

- Olha, você é mais velha que eu, não faz sentido você me chamar de mestre ou senhor. Você só trabalha para minha família, eu não te pago, são meus pais, então para com isso! – grito com ela e a mesma encolhe seus ombros e abaixa sua cabeça se desculpando. Acabei descontando minha frustação na pessoa errada. Aperto os olhos com a ponta dos dedos e respiro fundo, vou até ela e coloco minhas mãos em seus ombros. – Olha, desculpa. Eu estou estressado, descontei em você. Me chame do que quiser, mas se não for de senhor ou mestre eu ficarei grato. Não precisa chorar.

Ela parece querer chorar, mas se mantem firme. Toco em seus cabelos fazendo um carinho desengonçado, elas têm que aguentar poucas e boas com essa profissão, e acho errado quem trata essas pessoas de forma rude, elas não merecem, eu não sou melhor que elas. A mulher, apesar de aparentar ser uma garotinha, é bonita. O corpo esguio e magro, pequena e com os cabelos tingidos de vermelho nas pontas fazendo contraste com o preto natural, e a franja cobrindo sua testa a deixam com uma aparência mais infantil, é fofo. Por que eu não posso gostar de alguém como ela ao invés dele? Por quê?

- Jongin você brigou com ela? – minha irmã aparece na sala com um pote nas mãos cheio de salgadinhos.

- Não minha senhora, a culpa foi minha. Eu o irritei. – ela dispara tentando me defender.

- Desculpa Noona. – falo abaixando a cabeça e coçando a nuca, eu não sou do tipo que perde a paciência fácil. Na verdade eu estava tão cheio de tudo nos últimos anos que nem me importava com o que faziam ou falavam.

- Não deixe ele te tratar mal Heera. – minha irmã volta para a cozinha e deixa o pote de salgadinhos, volta para a sala em seguida e pega sua bolsa em cima da mesa. – Estou indo, tenho plantão hoje. Cuide bem dele Heera, não sabe nem fritar um ovo, volto amanhã pela noite.

Ao vê-la sair me lembro de olhar no relógio, marcava três e vinte da tarde, até que eu não dormi tanto assim, e tanta coisa aconteceu nessas horas que me deixam tonto. Volto para o sofá e ligo a televisão, preciso me distrair. Passo pelos canais na esperança de encontrar algo atrativo, mas a programação é uma porcaria, então desisto e desligo o aparelho. Heera limpa a sala silenciosamente, se eu não soubesse de sua presença iria jurar que estava sozinho e isso é péssimo. Eu gosto de ficar sozinho, mas nesse momento tudo que menos quero é me sentir sozinho. Me sentir sozinho só me faz pensar mais nele, isso me tortura. Eu não quero me sentir vazio, anseio por algo que me tire essa sensação, mesmo que já conviva com isso há anos, agora o motivo é outro, e pensar que talvez tudo tenha acabado antes mesmo de começar me embrulha o estomago.

- Heera... – a chamo baixo, e mesmo assim ela saltita de susto.

- Sim sen... Jongin. – ela responde ficando na posição que as empregadas sempre ficam, com os braços para trás e a cabeça abaixada. Deve ser um saco ter a vida delas.

- Vamos fazer alguma coisa?

- Como?

- Não sei, inventa alguma coisa. – eu não percebi de imediato que sua pergunta na verdade era pra ter sido um “o que disse?”, e acabei desenrolando o dialogo. Ela me fita com uma expressão assustada.

- E-eu não sei senhor. – de novo aquele senhor, eu realmente odeio isso.

- Quantos anos você tem mesmo?

- Vinte e dois. – ela parece encabulada com minha a minha pergunta, as bochechas levemente rosada, ela é tão adorável e eu não percebi isso antes. Nada como uma desilusão para abrir os olhos.

- Vamos beber? – estou tão desesperado para esquecer um pouco as últimas horas, que nem penso muito sobre o que lhe propus.

- Ficou louco? – ela deixa escapar, suas bochechas ficam vermelhas imediatamente e leva as mãos a boca com uma expressão assustada e arrependida, não consegui segurar a risada.

- Olha, você é normal. – zombo fazendo-a abaixar a cabeça e esconder o rosto com o cabelo. – Sério, eu sei que você já bebeu, já te vi com seus amigos. Realize o desejo idiota de um adolescente imaturo de dezesseis anos.

- Olha, não misture minha vida pessoal com trabalho. Aqui eu não posso agir do jeito que quero. – aparentemente sua vergonha se foi, mas suas bochechas continuam vermelhas. É engraçado como consegue misturar as emoções.

Nunca tive um dialogo tão longo com Heera, era sempre eu pedindo alguma coisa ou ela perguntando se eu queria alguma coisa. Sei que faz faculdade perto de minha escola, já a vi algumas vezes com seus amigos aos redores, mas nunca me interessei em como ela é de verdade, e até que estou gostando de vê-la se soltar um pouco.

- Ninguém vai ficar sabendo, estamos sozinhos, e você vai ter que dormir aqui hoje mesmo. Por favor! – faço manha com um bico apelando para o fetiche que as garotas têm por garotos mais novos e fofos, e espero que ela seja desse tipo de garota.

Ela suspira e olha para os lados, me olha em seguida e sorri. Ela é jovem, mesmo com todo o treinamento com sua mãe não tem como impedir o espirito jovem.

- Promete não contar para ninguém? – ela tem um sorriso maroto estampado, até eu estou começando a me animar com essa coisa de quebrar regras, é interessante.

- Prometo. – respondo retribuindo o sorriso, depois de muito tempo irei ser um adolescente normal. De coração e com raiva, igual à maioria.

xXx

Acho que já estamos na décima garrafa de cerveja, e nem quero contar as de soju que já tomamos. Cada gole é uma tortura, já bebi antes, mas o gosto ruim jamais some, mesmo que eu já não esteja mais sobre controle. Viro o copo sentindo o líquido descer pela minha garganta, cerveja quente é horrível, e o gosto amargo não sai por mais que eu coma os petiscos que Heera preparou. Ela já ri sozinha e as bochechas estão rosadas, mas ao contrario do que pensei, beber não está me fazendo sentir melhor. Todo aquele papo de beber para esquecer os males é pura baboseira, eu não esqueci nada, só penso mais profundamente sobre tudo. Minhas costas doem um pouco já que estamos sentados no chão perto a mesa de centro da sala, e já está de noite. Não sei como irei para a escola amanhã.

- Teve um dia difícil hoje Jongin? – Heera põe a mão sobre minha perna e apoia a cabeça em meu ombro.

- Um pouco. – coloco o copo de volta a mesa, acho que não aguento mais beber.

- Tão novo e já está assim? Levou um fora da namorada? – ela dá tapinhas em minha coxa, e sorri de forma abobada. Solto um riso soprado.

- Mais ou menos.

- Beber não ajuda em nada, acredite. Experiência própria. – ela aponta para si mesma enquanto fala, eu não consigo acreditar que já levou um fora, ela é tão adorável.

- Estou percebendo isso agora...

- Ah os jovens... – ela suspira ao final da frase, e se senta ereta tirando a cabeça de meu ombro. – Eu me lembro de meu primeiro amor, eu tinha sua idade mais ou menos. Foi uma total desgraça.

Dou uma gargalhada com sua frase, claro que o álcool ajuda a deixar tudo mais engraçado, mas ela falar desse jeito está praticamente dizendo como irá acabar essa minha história ridícula de amor de adolescência. Jogo minha cabeça para trás encostando-a no sofá, eu só queria esquecer, foi idiotice minha achar que eu teria alguma coisa com ele. Primeiro, desde quando eu sou gay? Nunca me envolvi com homens antes, muito pelo contrario, namorei dos trezes até minha formatura com uma garota. Certo que foi só uma garota, mas isso deveria dizer que sou heterossexual não é mesmo? O que diabos eu estou pensando? Não tem como fugir, eu gosto dele, eu gosto muito dele. E não faço a mínima ideia de como cheguei a isso. Aqueles olhos vêm a minha mente, seus olhos... Eu quero vê-los.

- Jongin! – Heera praticamente grita ao meu lado, me assustando.

Olho para ela indignado e antes que pudesse dizer alguma coisa ela grudou seus lábios aos meus. Eu quero empurra-la, mas não consigo, meu corpo não corresponde ao meu cérebro de imediato, maldito álcool. Ficamos alguns segundos assim até que ela se afastou, penso em xinga-la, mas ela foi mais rápida e colocou o dedo indicador em minha boca me impedindo de falar.

- Você estava com um olhar triste. Só te ajudei a esquecer momentaneamente. – ela ri exageradamente e se joga para o lado deitando no chão.

Estou estupefato, fico entre ameaças de risos e vontade de xinga-la, mas o que ela disse até que faz sentido, eu esqueci por alguns segundos. Olho para a pequena mulher e ela já está desmaiada, consegue ser mais fraca que eu para bebida. Me levanto e sinto tudo ao redor girar, me apoio no sofá a aperto meus olhos esperando a sensação passar, o que não acontece por completo. Mesmo um pouco zonzo, me aproximo da garota e a puxo pelo braço.

- Vamos Noona, acho que já chegamos ao limite por hoje. – falo enquanto a puxo, ela mal consegue ficar em pé.

- Noona! – me imita rindo. – Gostei, noooo-naaaa. – repete de forma infantil.

A seguro da melhor maneira possível e sigo para a escada, todos os quarto os quartos ficam no segundo andar, até mesmo o da empregada. Obrigada pai. Aos poucos íamos subindo, até que finalmente chegamos ao topo. A levo até seu quarto e a deixo em sua cama, ela resmunga algumas coisas inaudíveis e logo se acalma e dorme, é a minha deixa. Vou para meu quarto e meu corpo implora pela cama, mas sei que não irei conseguir dormir se não tomar um banho e a contra gosto vou para o banheiro. Tomo um banho rápido e volto para o quarto, minha mente gira e minha vista está turva, ninguém precisa de roupas em uma situação dessas, então me jogo na cama enrolado na toalha. Puxo o lençol para me cobrir e sinto um cheiro que não me é estranho. É o cheiro dele, ficou impregnado no tecido. O cheiro misturado com a bebida me causa ânsia, mas mesmo assim me enrolo completamente fechando os olhos e inspiro com toda a força.

Vou ter ressaca amanhã, ressaca de bebida, ressaca de paixão, ressaca da vida. O problema é que o remédio para curar isso é caro demais para mim.

Abro os olhos mais uma vez e não consigo enxergar direito, a água acumulada fronte a eles me impedem. Tudo está cinza.

Por favor, Kyungsoo, não me condene àquela vida de novo. Agora que vi como é por fora, mesmo que pouco, não quero voltar para lá. Não me tire à cor, não leve minha resposta... Por favor, não me deixe de ressaca... Não me deixe sozinho.


Notas Finais


Se você gostou, deixe-me saber!
Até a próxima.


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