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História My Antichrist (HIATUS) - Lança


Escrita por: van_wolfe

Notas do Autor


Me desculpe se alguem que ler essa fanfic que também ler a minha Malec, eu errei de sequencia mesmo.

Capítulo 56 - Lança


Por que Bianca tinha que os deixar sozinho no meio daquela floresta?

Di Angelo apesar de ter o guiado até ali, não fazia a mínima ideia de como voltar e igualmente Nico que havia apenas seguido os outros. Após dez minutos andando por entre trilhas e se perdendo inúmeras vezes, Nico cogitava sobre tentar esganar o outro ali mesmo, mas não adiantaria se ele já estava morto. A primeira tentativa de sair da floresta foi como ele sempre fazia, fechava os olhos e aparecia em outro canto instantaneamente, mas não estava funcionando, assim que tentava sentia os ar lhe fugir dos pulmões, e se sentia fraco a ponto de ter que se segurar numa árvore para manter-se em pé. A floresta aparentemente estava lhe sugando os poderes. Mas aquilo não fazia sentido. Por que do nada não funcionava mais? Havia alguma coisa estranha, oque quer que fosse estava deixando Nico mais atento que o normal, uma emboscada não seria inesperada. A sua frente Di Angelo saltitava e cantava a música de algum comercial de pasta de dente, pelo visto ser um fantasma o dava muito tempo para assistir tv, para ele parecia ser comum estarem perdidos a noite numa floresta, estava frio e suas respirações se transformavam em fumaça branca em frente aos seus rostos. As folhas das árvores ficavam prateadas com a luz da Lua que mal iluminava o caminho entre às árvores oque também não adiantava de nada, já estavam perdidos. Nico observava a Lua e tentava chutar que horas deviam ser, até que tombou com Di Angelo, estava focando em algo mais a frente. Irritado Nico disse:

-Afinal, estamos indo para onde?! Já deve fazer uma hora que estamos rodando por aqui! -Di Angelo continuou calado, olhando fixamente para algo entre duas árvores. Nico esperou que ele respondesse, então seguiu os olhos dele, para ele não havia nada ali, mas para Di Angelo parecia ter algo horrível. Estava mais pálido que o normal, os olhos arregalados e a boca aberta da mesma forma como havia parado de cantar a música. -O que está vendo? -perguntou com a voz alarmada.

-E-Eu… -ele perdeu a fala e então sua expressão tornou-se confusa, para logo depois se tornar em pânico, ele se virou e pegou a mão de Nico, o puxando enquanto corria para qualquer lugar numa fuga desesperada. Nico não entendia do que fugiam, não ouvia nada os perseguindo nem sentia nenhuma presença.

-Ei. Ei! -chamou mais alto segurando o braço dele com as duas mãos e afundando os calcanhares com força para frear a corrida. -Não tem nada atrás da gente. -disse o vendo olhar desesperadamente por onde haviam corrido.

-Você não viu? Era horrível! -disse com lágrimas formando uma camada brilhosa sobre seus olhos. -Ele vai nos pegar, temos que correr. -tentou forçar o braço pra que Nico o seguisse mas o outro era mais forte que ele e continuou a o segurar.

-Não vamos correr se não tem nada nos seguindo! -disse pausadamente e procurando ser autoritário. -Quanto mais corremos, mais nos perdemos. Agora me diga oque você viu ou não tem nem como eu te ajudar.

-P-Parecia uma senhora, mas… mas virou um bicho horroroso! Parecia um morto em decomposição com armadura.

-Está me descrevendo um zumbi, Di Angelo. Acho que está cansado. -disse soltando o braço do menor e se apoiando nos joelhos para ver seu rosto mais de perto. É, ele não aparentava está cansado.

-Não estou delirando! -gritou e deixou as lágrimas escaparem. As folhas farfalharam atrás de Nico os fazendo virar rapidamente. Nico sacou a espada do seu pai, pelo menos ela ainda seria útil. Sussurros vieram de todos os lados, como se árvores estivessem falando, mas todas entoavam a mesma coisa, só que em tempo diferente. Di Angelo se postou ao lado de Nico com uma pedra na mão, era melhor do que um galho caso tivesse que atacar alguém. Nico não podia perder tempo observando muito, mas o viu com a pedra, era cinza e maior que sua mão o deixando desajeitado. Não podia o deixar lutar com um pedra idiota, mesmo que já estivesse morto, se Di Angelo fosse mandado para o véu, como eles poderiam entrar no inferno? Sim, era um pensamento egoísta, mas lógico. Nico não sabia se iria funcionar, mas assim como fazia com a do pai e sacava a espada do nada, pensou numa adaga de lâmina escura, assim como sua espada e assim que a sua mão esquerda fez o movimento de sacar alguma arma, lá estava ela. Ainda com os olhos focados na escuridão ele entregou a adaga a Di Angelo que respondeu com um murmuro. -Obrigado.

Uma senhora, dissera Di Angelo, que depois se transformou num soldado em decomposição. Talvez isso fosse apenas uma versão mais diferente do que realmente havia visto, Nico apostava que era alguma das almas torturadas de Miguel, as que ele transformava em monstros pálidos e transmorfos. Os sussurros continuavam, mas não era possível entender nada que diziam, mas traziam a lembrança da Floresta dos Sussurros e instintivamente sua vontade era de falar baixo também. Algo se mexeu na escuridão a sua esquerda e ele se virou prontamente, lá estava um homem, sorria malignamente, tinha olhos encovados e vestia uma armadura velha, mas que lembrava as que os anjos usavam. Cortes lhe adornavam as bochechas, três cortes em cada formando um asterisco incompleto. Tinha um olhar louco, assassino.

-O Anticristo, que bela fraude. -disse num riso doloroso. -Sabe oque eu passei nesses milênios? -parecia com raiva de Nico, suas pálpebras tremiam assim como suas mãos.

-Eu deveria? -Nico pôs toda a frieza que possuía na voz, procurando ter toda a atenção para ele, não pela pequena alma atrás dele se escondendo na sua sombra. -Mal sei quem você é.

-Ah, desculpe-me, não fiz as apresentações adequadas, isso é muito difícil quando se está enlouquecendo sempre. -transbordava lentamente sua raiva, mas parecia se conter, ele deu um passo para frente, a luz da Lua o tocou e Nico pode ver mais cortes nos seus braços, de unhas, mordidas e armas de ferro frio. -Sou Kasyade, o quinto anjo. Depois da queda eu soube que um Anticristo viria para a terra, que nos libertaria dos castigos, mas… Você me decepcionou.

-Não estou aqui para o servir, tenho minhas próprias escolhas e essas são; vou acabar com os dois lados da moeda. -Nico deu um passo para perto dele o fazendo hesitar em se afastar ou não, mas continuou parado.

-Tem certeza que quer me contar seus planos?

-Não é segredo, todos já sabem que eu e o Soldado vamos acabar com tudo. -sua voz se abaixou e ele se concentrou nos olhos de Kesyade, que eram de um cinza claro demais, parecendo pretos ao refletir a noite. -Quando tudo terminar, vou criar um novo inferno e você já está na lista dos que vão sofrer ainda mais pela eternidade, junto com Miguel e os outros seus irmãos. E não terá Anticristo nenhum para os dá esperança. -os  olhos do anjo pareciam queimar de ódio, mas ele ainda não atacou Nico.

-Não, nunca confiaremos em ninguém que se intitule de Anticristo. O único que serve para alguma coisa é Jason, você não é ninguém.

-Sim, eu sou. -Nico riu e girou a espada na mão, passando a centímetros de Kasyade. -Eu sou o Demônio. -ele girou e se abaixou na hora que às correntes do anjo passaram voando pela sua cabeça. Ele havia mentido, lembrava sim de Kasyade, ele ensinara sobre os espíritos aos humanos e por isso fora castigado para ser perseguido pela eternidade por eles. Então os sussurros não eram apenas sussurros, eram lamentos de morte, últimos desejos, pedidos de socorro.

Voltando a se levantar, ele tentou atacar pela direita, mas sua espada foi interceptada pelas correntes de Kasyade que a enrolou e tentou puxar pra si. Voltando a se abaixar, evitou que às correntes na outra mão lhe acertassem, segurando o braço dele com uma mão e a outra ainda presa a espada, ele deu uma cabeçada de frente ao anjo que cambaleou e terminou por soltar a espada. Ele era um anjo forte para quem estava ficando louco como dizia. Ele voltou a tentar ataca-lo, mas Nico girou a espada cortando metade das correntes em suas mãos, e com o choque de Kasyade ele correu e investiu nele, mas o anjo sumiu e apareceu às suas costas, com novas correntes compridas que seguraram às pernas de Nico e o fizeram cair. Indo de frente para o chão, perdeu o ar quando sua caixa toráxica bateu com força entre folhas e pedras. Não tinha mais tantas forças, so sabia arfar, e sua espada caira muito longe, viu o brilho assassino de Kasyade sobre ele, preparando-se para dá o golpe fatal, Nico fechou os olhos, mas ao inves dos aros de ferro caírem sobre ele, sentiu o peso do corpo de Kasyde, o empurrou para longe fazendo-o rolar e viu o sangue sair pela boca dele. Olhou para onde ele estava antes e viu Di Angelo chocado com uma adaga sangrenta na mão. Nico nunca se sentiu tão bem em ver aquele carinha. Com um suspiro ele disse:

-Obrigado.

 

-X-

Já era de manhã quando Nico chegou no chalé, após uma longa caminhada pela floresta de volta, os poderes ainda fracos demais para se teletransportar. Percy havia feito uma entrevista completa e depois de contar tudo é que Nico foi dispensado para poder tomar banho. Agora ele estava deitado ao lado de Percy, ninguém ainda havia acordado, o único barulho era o do ronco de Leo na outra cama. Ainda curioso, Percy o apertou mais em seus braços e perguntou:

-Como Di Angelo te salvou?

-Eu disse que ele apunhalou Kasyade.

-Sim, mas com o que? -Nico se afastou e franziu a testa para a pergunta óbvia. -Quero dizer, onde ele conseguiu uma arma?

-Eu dei uma adaga a ele.

-Não me contou essa parte.

Nico jogou os ombros e voltou a esconder o rosto na camisa de Percy.

-Esqueci.

-E como conseguiu uma adaga no meio do nada?

-Ah, sim, também esqueci dessa parte. -levantando-se animado, ele foi para frente da janela onde Percy podia ver direito, fechou os olhos e se concentrou numa arma, fazendo o mesmo movimento que fez para ter a adaga e a espada, logo surgiu uma lança enorme na sua mão, negra com a ponta em ferro estígio. Percy arregalou os olhos assustado. -Não é legal? Acho que você faz a mesma coisa, já o vi sacar Luz, é da mesma forma.

-Sim, é. -Percy não podia acreditar, era a mesma lança do pergaminho, igual a que o mostrava empunhando enquanto matava Nico.



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