- O quê? - Ela me perguntou assustada.
- Eu não quero você lá com esse homem que tentou te bater. Se você soubesse a raiva que eu tô dele..
- Eu não iria te incomodar?
- Qual é? Você sabe que eu amo quando você fica aqui comigo.
- Eu vou falar com minha mãe..
Depois disso nos deitamos e ela dormiu, eu fiquei abraçado com ela e pensando em tudo.
A mãe de Rosé estava viajando. Ela é chefe de uma equipe do hospital, então foram ajudar o pessoal de um país que estava em uma situação grave. Ela ligava para Rosé quando podia e sempre tentava ficar próxima dela, mesmo estando longe. Ela sempre soube que ela não se dava bem com o padrasto, mas mesmo assim tentava dar um jeito na relação dos dois. Confiou no padastro de Rosé para cuidar dela, mas tenho certeza que ela vai ficar decepcionada com o que ele fez.
Eu sei que Rosé teria muito trabalho, então quis diminuir um pouco. Já são 02:30, o que significa que lá são 14:30. Fui até a sala e liguei para a mãe de Rosé, por sorte ela me atendeu depois de chamar umas três vezes.
- Senhora Kim?
- Jay! Como você está, meu filho?
- Eu tô bem, como vão as coisas aí?
- Estamos tentando ajeitar tudo, mas vamos precisar de muito tempo.. Como está minha pequena Rosé?
- Então, é sobre isso que quero falar.
Eu contei tudo que Rosé havia falado, ela ficou decepcionada e assim como eu, ficou com raiva ao saber que ele tentou bater nela.
- Senhora Kim, deixa a Rosé morar comigo? Sabe que eu me preocupo com ela e eu não quero deixar ela com aquele homem lá. Eu vou cuidar dela, pode confiar em mim.
- Calma, Jay. Você sabe que eu confio em ti. Por favor, cuide bem da minha Rosé e não deixe ele fazer algo com ela, tá? Quando eu chegar, vou resolver tudo e dar uns tapas nele. - Ela disse com um pouco de raiva e zoação na voz, o que me fez rir. - Agora eu preciso ir, estão precisando de minha ajuda. Por favor, mande um beijo para Rosé, diga para ela que eu a amo muito e que nunca vou abandoná-la. Se cuida, Jay! Até depois.
Assim que me despedi da mesma e ela desligou, eu fiquei pensando em tudo. Como ele teve coragem de falar algo assim? Senhora Kim é a pessoa mais amável desse mundo, como ela iria abandonar sua própria filha? Eu realmente odeio aquele cara.
Estava imaginando ele chegando perto da mesma, tentando bater nela e o desespero da mesma, já que nunca passou por isso. Parei com esses pensamentos ao perceber que estava apertando com força a almofada do sofá, eu estava com raiva novamente. Minha vontade de socar a cara dele até sangrar ainda não passou.
Voltei até o quarto e me deitei, abraçando Rosé. Depois de um tempo, finalmente peguei no sono.
[...]
Acordei e Rosé estava saindo do banheiro, sorri para a mesma que estava secando o cabelo.
- Bom dia. - Ela terminou e foi para a cama.
- Bom dia. - Falei e me levantei, fui ao banheiro e fiz minha higiene. Voltei para a cama e ela parecia pensar em algo. - Tá melhor, amor?
- Eu tô sim. - Ela sorriu e abriu os braços, pedindo um abraço.
- Eu falei com sua mãe.. - A abracei e ela me olhou surpresa.
- O quê? O que ela falou? Ela brig..
- Calma. - A cortei. - Eu expliquei tudo para ela, ela te mandou um beijo, disse que te ama e que nunca vai te abandonar. Ela ficou com raiva e decepcionada com as coisas que ele falou e ficou com mais raiva ainda quando contei que ele tentou te bater. E sabe o melhor? - Ela fez que não com a cabeça. - Você vai morar comigo.
Rosé me agradeceu muito por eu ter feito aquilo que nem era tanta coisa, comemos algo, ficamos conversando e decidindo o que fazer. Ela já estava melhor, Rosé não é de ficar triste por muito tempo, então logo já estava animada, ainda mais porque vai morar aqui agora.
O celular de Rosé tocou e era Hoody.
- Hoody! - Ela sorriu.
Ficaram conversando sobre algo e Rosé contou para ela o que aconteceu. Contou também que vai morar aqui, logo ouvi o grito de Hoody.
- AI MEU OTP. - Aquela mulher consegue gritar muito alto quando quer, tanto que Rosé afastou um pouco o celular.
- Para de gritar, caralho. - Falei e a mesma me xingou de volta.
- É meu otp também. - Rosé falou sem me olhar e eu sorri.
- Querida Hoody, se me der licença, vou dar uns pegas na minha melhor amiga agora. Tchau. - Peguei o celular da mão de Rosé e desliguei a ligação. Hoody vai me matar por isso mais tarde, mas né.
- Vai me dar uns pegas, é? - Rosé perguntou me olhando.
- Eu vou. - Sorri e me aproximei, deixando um selar no canto da boca da mesma. - Eu gosto do seu beijo. Posso ganhar outro?
- Não precisa pedir. - Ela se aproximou, me empurrando no sofá e sentando no meu colo. Ela colou nossos lábios em um beijo calmo e apaixonado.
Como alguém consegue beijar tão bem?
[...]
Estava na frente da casa da Rosé esperando a mesma. Ela pediu para eu trazer ela, já que ela queria pegar algumas roupas para levar pra casa. Eu não quis entrar, se eu encontrasse com aquele cara, não iria me segurar. Fiquei esperando no carro cantando algo e logo a mesma entrou.
Passamos no mercado e Rosé comprou vários doces com um dinheiro que a mãe tinha mandado para ela.
- Você e seus doces. - Falei revirando os olhos.
- Hm, não vai deixar eu comer de novo? - Ela me olhou com um sorriso malicioso.
- Rosé, Rosé.. - Respondi rindo.
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