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História The Hidden Story - Prólogo


Escrita por: JHK94_

Notas do Autor


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*Capítulo betado 25/07/2021*

Capítulo 4 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction The Hidden Story - Prólogo

➪ THE HIDDEN STORY

 

Kim Joeun estava com dor. 

A plenos pulmões a jovem mulher gritou com todas as suas forças,  o sentimento de desespero crescia em seu peito pois não se sentia segura, não tinha o seu ninho e estava sozinha naquela floresta densa e escura.

As mãos trêmulas alisam a barriga de 9 meses com a calma que não possuía naquele exato momento, o seu filhote se remexeu inquieto em seu ventre, estava na hora de vir ao mundo.

Mas como poderia dar à luz naquele lugar? "Céus" Joeun pensou naquele momento enquanto encostava a cabeça na grande pedra na qual estava encostada. Uivou dolorosamente quando sentiu o seu pequeno filhote chutar mais uma vez.

A jovem ômega martirizava-se pois não iria ser capaz de parir em um local desconhecido, necessitava do apoio de seu alfa — que provavelmente estaria lutando para que o seu clã estivesse protegido, pois haviam sofrido uma invasão mais cedo de um outro clã rival.

— Céus... eu não posso perder o meu filhote... — Ganiu quando viu o sangue no meio de suas pernas.

As mãos ainda seguravam a barriga redonda de forma protetora e seus olhos seguiram uma linha invisível até as copas das árvores, vendo no meio das folhas a lua que se destacava no céu noturno. 

— Deusa Ayla... ajude-me... eu te ofereço o meu filhote... mas não deixe que ele se vá... — Implorou baixinho, as lágrimas ainda fugindo de seus olhos. — Me ajude a dar à luz ao meu filhote... — Rogava a deusa.

A dor em seu ventre havia passado e o seu bebê não se movia mais, deixando o coração da jovem ômega em pedaços, ela tinha perdido o fruto do seu amor com o seu alfa.

 

Estava aos prantos, perder um filhote é como perder parte da sua vida, da sua alma, literalmente.

 

Quando um ômega ou beta com carácter dominante ômega decide dar à luz a uma nova vida, parte da sua energia vital é doada para aquele novo ser, por isso que quando estão perto de parir sempre necessitam da presença de seu alfa, pois estão em seu estado mais vulnerável.

"Joeun..." escutou atrás do sopro do vento "Joeun" mais uma vez.

A ômega abriu os olhos e tentou procurar de onde aquela voz estava vindo mas não era capaz de enxergar nada, apenas o brilho da luz da lua no céu.

"Transforme-se..." 

"Transforme-se e o seu filhote virá..."

 

A jovem Kim ainda com lágrimas em seus olhos, buscou forças e então aos poucos tentou se levantar. Sua lombar doía e a sua coluna também, porém pensando em seu filhote, na vida dele, se pôs de pé, mesmo com dificuldade.

Não demorou muito para que pudesse sentir os seus ossos vibrarem e a típica dor da metamorfose se fazer presente junto a um uivo e, em segundos pode se transformar em uma bela loba de pelagem marrom.

Concentrado-se, a loba se deitou mais uma vez no chão.

Estava exausta, a sua energia estava mínima mas mesmo assim levantou a pata traseira e contraiu a barriga no momento em que sentiu a dor de uma pequena contrações então forçou a saída de seu pequeno filhote. Ganindo de dor a ômega se lambeu e farejou ali para tentar sentir o cheiro de seu filhote, se afastando logo em seguida para que pudesse fazer força mais uma vez.

Soltou o ar de seus pulmões — aliviada —  quando percebeu que estava quase conseguindo, pois podia ver uma pelagem branca e manchada de sangue saindo de si.

Uivou, desta vez clamando pelo seu alfa, avisando que seu herdeiro estaria vindo ao mundo desta vez, tendo uma resposta quando sentiu sua marca queimar na pele. Seu alfa estava vindo ao seu encontro, ele estava vivo e havia ganhado a batalha.

Joeun vendo que faltava apenas um pouco, contraiu mais uma vez a barriga e forçou a saída de seu filhote com todas as suas forças restantes e, naquele momento sua respiração suavizou quando sentiu uma pressão em seu baixo ventre,  chorando logo em seguida ao ver o seu pequeno lobinho no meio de suas patas traseiras, ainda envolvido pelo líquido amniótico e sangue, juntamente de sua placenta.

Com o coração a mil, a loba começou a lamber seu pequeno fruto, limpando-o de forma carinhosa, mas se desesperando quando viu que o pequeno não se movia ou respirava.

"Joeun!" escutou o chamado de seu alfa, que correndo e um tanto atrapalhado freou a sua frente. Logo cheirando o topo de sua cabeça e esfregando o focinho contra o seu semelhante. "Eu cheguei." disse, soando ofegante.

"Alfa..." a ômega chorou abrindo um pouco as pernas para mostrar o filhote de ambos.

ChungHee automaticamente lambeu o pequeno ser de pelagem branca e empurrou levemente a barriga do filhote com o focinho mas não recebeu movimento algum em resposta.

"Alfa..." Joeun chorou mais um pouco e o seu alfa se deitou ao seu lado, esfregando seu rosto contra o de sua esposa liberando um pouco de feromônio  para tentar acalmá-la.

"Me perdoe, minha pérola..." o líder disse, abaixando sua cabeça, demonstrando submissão perante a sua companheira. "Me desculpe por não chegar a tempo..."

Joeun apenas abriu as pernas e segurou o seu filhote pelo pescoço com os dentes e o trouxe para perto de seu marido,  deixando-o entre os dois. E permaneceram ali por um bom tempo, sofrendo em silêncio.

Após a perda de um filhote é muito difícil para quem o gera ser capaz de procriar outro, já que o seu organismo entende que tal pessoa não é capaz de gerar e dar à luz a uma nova vida. A maior frustração de um casal de lobos é não ser capaz de ter um filhote, devido à isso, alguns chefes de família se gabam por terem mais de 3 ou 5 filhotes em sua residência pois gritam mundo a fora sobre a força de seu ômega ou beta com carácter dominante ômega em sua pequena matilha.

Todavia o caso de Joeun e ChungHee é aquele à parte. Ambos são marcados o que torna a situação mais delicada já que é por OBRIGAÇÃO o alfa estar ao lado de seu parceiro em todos os momentos, PRINCIPALMENTE NA HORA DE PARIR, já que ele é o responsável por transmitir energia através da marca.

 

"Regido pela noite e abençoado por mim, Deusa Ayla, cedo-te parte de minha vida e te trago a vida mais uma vez, pequeno filhote... brilharás e serás um ômega forte e sagaz pois herdarás de mim minha maior virtude, que será revelada quando finalizar o teu primeiro ciclo de vida" o sopro do vento suave daquela noite, trouxe tais sentenças que ecoou pela floresta silenciosa, junto de um pequeno pontinho brilhante que seguiu diretamente ao pequeno filhote entre os dois lobos adultos.

 

E então o pequeno ponto de luz tocou a testa do filhote, sumindo logo após, em fração de segundos.

Os lobos não conseguiam parar de encarar o pequeno filhote de lobo, até que o mesmo se moveu e preguiçosamente abriu os olhinhos, revelando o tom acinzentado.

"Graças à Ayla..." O alfa murmurou agradecido enquanto Joeun chorava aliviada por sentir seu pequeno fruto se mover em busca de seus seios para se alimentar.

"Seja bem-vindo, meu pequeno fruto..." a ômega murmurou ao sentir o filhote encontrar seu mamilo e sugar fortemente ali.

 

 

 

 

Do outro lado da província,   Kim Yeoreum gritava roucamente enquanto se encontrava entre as pernas de ChulHoo o alfa líder e lúpus do Clã Oeste.

A dor explodiu tórrida em seu interior, a barriga saliente se enrijeceu conforme mais uma contração denunciava a impaciência do pequeno ser querendo sair a todo custo dali. 

A ômega respirava rapidamente e apertava as coxas de seu macho, rasgando a carne com suas pontiagudas unhas. Buscava nele algo para que pudesse se aliviar de tamanha dor que sentia naquele momento.

Yeoreum jogou a cabeça para trás e encaixou no vão do pescoço de seu alfa, quando o curto tempo "tranquilo" das contrações chegou.

— Você está indo muito bem, meu verão... — ChulHoo murmurou próximo ao ouvido da mulher suada entre suas pernas. — Você é forte, meu amor. Vai ser capaz de me trazer o meu herdeiro...

O homem encorajava a sua esposa, lambendo a marca gloriosa — estampada —  no pescoço alheio. O lúpus se esticou um pouco para o lado e molhou os dedos na água morna daquele rio que era iluminado pela luz noturna da lua e os levou para a testa de sua amada, puxando alguns fios de cabelos para trás.

— Você é capaz de fazer isso... — Ele sussurrou mais palavras doces. — Consegue ouvir isso? — Parou por um segundo de falar e fechou os seus olhos, assim como a mulher cansada entre suas pernas  para poder escutar o som da queda d'água da cachoeira. — A Deusa Uyara está nos abençoando, vai abençoar o fruto do nosso amor também.

— Eu acredito em você... meu homem... — Em um sopro ela sussurrou e em troca recebeu um beijo em sua testa.

Quando as contrações voltaram sem opção de pausa, o casal se preparou. 

O corpo nu da ômega estremeceu e o lúpus lhe ajudou a abrir as pernas o máximo que podia. O sangue escarlate se mesclava com a água cristalina e seguia um caminho incerto à frente.

Yeoreum gritou forte quando fez força, logo sentindo a cabeça do seu pequeno filhote fora.

— Vamos... quase lá minha rainha... — ChulHoo disse enquanto em uma posição estranha colocou ambos os braços entre as pernas da mulher e segurou a cabeça do bebê. 

A Kim tremeu em tamanha dor mas respirou fundo e em um grito rouco, deu à luz a um pequenino menino.

— Ele é lindo, meu amor.... — O líder do Clã sussurrou as palavras emocionado. — Segure-o, é a minha vez.

Dito isso ele colocou o pequeno filhote nos braços trêmulos de sua ômega e se afastou da mulher, indo para a sua frente e com suas presas mordeu o cordão umbilical e com as mãos em forma de concha, pegou um pouco da água do rio e limpou a intimidade e pernas de sua companheira.

— Me dê ele... — Pediu e Yeoreum afastou seu pequeno fruto de seus seios e o entregou ao esposo.

— Shhh... — Kim ChulHoo pediu quando o pequeno menino começou a chorar. — Vou te apresentar a alguém importante, falou enquanto adentrava ao rio.

Parou quando tinha a água na altura da cintura e estava de frente a grande queda d'água com a lua de fundo como testemunha.

— Apresento a ti, minha Deusa... — Segurou o menino pelo bumbum e cabeça, o erguendo acima de si e abaixando a cabeça. — O meu herdeiro, o herdeiro das terras do Oeste, regido por ti, Deusa Uyara....

O filhote tinha os olhos curiosos para a frente, a pequena mãozinha era mordida e os pezinhos se esfregavam fofamente um ao outro.

Tamanha euforia foi causada pela imagem de uma linda mulher a sua frente, que com suas mãos delicadas alisaram a cabeça do menino, logo sussurrando.

— Seja bem-vindo pequena criatura, eu Uyara, mãe d'água... te abençoou. — Ela disse, tocando a pontinha do nariz do bêbe, que espirrou. — Terás um propósito nesta terra...

 

Quando ChulHoo voltou para perto de sua esposa, o entregou de volta à mãe. E faminto,  ele voltou a sugar o leite materno de sua progenitora.

— Protegerei vocês até o meu último suspiro... — Foi o que o lúpus disse.

 

E bem... naquele dia uma nova história se iniciaria pois o que ninguém sabe ou desconfia é que todas as noites a lua namora aquele  rio cristalino e vice versa. E graças a essa paixão, dois destinos iriam ser entrelaçados até o fim dos tempos. 

 

Porque a lua existia para iluminar aquele rio e o rio existia para ser iluminado pela luz da lua.

Assim como Kim SeokJin viveria para iluminar Kim Namjoon. Kim Namjoon viveria para proteger Kim SeokJin.

 



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