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História My Best Friend Is A Suicidal - What You Need?


Escrita por: cagethelephant

Notas do Autor


Olá querida pessoa que está aí do outro lado, espero muito que esteja bem! ❤

Queria agradecer a @NirvanaEmpathy por ter me ajudado um pouquinho com esse capítulo... ❤ ( e eu roubei o gif dela hehe )

Até lá embaixo 💛

P.S.: Se quiserem saber a música de inspiração e gostarem dela para ouvir enquanto lêem, vou deixar o link nas notas do autor. Ela também dá um spoiler pequeno sobre o que irá acontecer não só nesse capítulo, mas depois...

Capítulo 1 - What You Need?


Fanfic / Fanfiction My Best Friend Is A Suicidal - What You Need?

Dois garotos perambulando por aí. Porém, um deles havia pedido para morrer. Enquanto o outro, tentava desviar seus demônios. 

Kurt abriu seus olhos, levantou-se e calçou seu tênis. Naquele momento percebeu que havia esquecido da sua calça jeans e murmurou, retirando o tênis com agressividade. O dia havia começado mal. Muito mal. Ele era pessimista em boa parte do dia. Mas era comum para ele e nada disso lhe assustava. 

Matthew vestiu suas roupas e a camiseta do colégio. Colocou uma touca preta em sua cabeça, pois seu cabelo estava rebelde essa manhã. Pegou sua mochila e guardou sua fita, da qual havia uma fita branca colada que dizia: Com Amor, a melhor trilha sonora do Kurt. Ele riu e fechou a mochila rapidamente.

Novamente pegou a fita e colocou no toca-fitas do seu pai que ficava em cima da mesa do centro da sala. Com cuidado colocou para tocá-la. E a primeira música era: Cruel World, de Lana Del Rey. Ele amava aquela cantora e agradecia infinitamente Kurt por ter lhe apresentado. Matt daria tudo para ir ao show dela. Fora que suas músicas sempre diziam muito, como essa que tocava agora. Ele admirava sua voz e sua beleza. Ela era linda. Mas nada passava de fantasias de um adolescente virgem e solitário. 

Enquanto ouvia atentamente cada verso da canção, sua mãe desceu as escadas, abaixando o som. Matt olhou para ela e assim que tentou protestar, sua mãe disse: 

- São seis horas da manhã, Matt! Vai acordar seu pai.

Como sempre, o garoto evitou responder de maneira bruta e apenas assentiu, deslocando-se para a realidade. 

Comeu o pequeno pão que havia guardado para hoje e despediu da sua mãe, beijando o topo da sua cabeça. Retirou a fita e guardou-o mais uma vez em sua mochila. Respirou fundo e disse a si mesmo:

- Mundo cruel. 

 

Por outro lado, Kurt ainda tentava achar sua blusa e sua calça. Irritado ligou seu toca-fitas e deixou que The Beatles lhe acalmasse. Pegou sua blusa xadrez de flanela e pegou uma calça jeans no cesto de roupas sujas. Ele estava cansado demais e atrasado também para ficar procurando suas roupas. Assim que finalmente vestiu-se, sem a blusa do colégio dessa vez, calçou seu tênis aliviado. Olhou-se no espelho, ajeitando seu cabelo em um simples balanço da cabeça para o lado e sorriu forçadamente. O sorriso que a sua antiga amiga diria: aquele sorriso que pode irritar e desprezar quem quiser. 

- Frutas, não. - falava para si mesmo, pegando a maçã que estava na fruteira. - Pão? Não! - protestou. - Bolachas? Dane-se, vamos! 

Pegou o pacote de bolachas, a mochila e a nova revista do Led Zeppelin, que havia roubado ontem. Ele não tinha dinheiro para isso. Seu pai ainda dormia, como sempre, então poderia sair sem dar satisfações. Trancou a porta e jogou o pacote de bolachas na lixeira que ficava um quarteirão depois da sua casa. Abriu a revista na página em que falavam sobre o que lhe interessava e continuou caminhando. Mais um dia, insuportavelmente idiota. 

- Ei, Ei! Cobain? - gritou uma garota, sua voz era doce, mas sua respiração estava ofegante.

Vozes, pensou Kurt. Mas ela repetiu-se mais uma vez. Seria Plant?, pensou, imagina só, que besteira. Com pouca animação e fechando a revista, olhou para trás. Observou uma garota baixa e loira. Olhos castanhos escuros e um uniforme aparentemente amassado. Mas a jaqueta jeans rasgada lhe chamou a atenção, pelo símbolo do Ramones colado no bolso que ficava abaixo do ombro.

Punk? Ótimo gosto, pensou com um sorriso de canto em seu rosto. Ela finalmente veio até ele. Fechou os olhos e respirou fundo, até não conseguir encher mais seus pulmões, dizendo: 

- Você gosta de rock, certo? 

- Claro, gosto sim. - afirmou Kurt, franzindo a testa.

Ela arregalou os olhos e abriu um sorriso maligno e cheio de ódio. Assustador.

- Vai no show do Zeppelin? 

- Como é? - perguntou ele, espantado.

- É, isso mesmo. Olha aqui. - respondeu, retirando um papel amassado do bolso de seu jeans azul escuro. Entregou a ele e os olhos de Kurt brilharam.

- Não pode ser! Isso é real? Onde vai ser? - pergunta, olhando cada frase do papel com atenção. 

- Quase no final da cidade. Você quer ir? 

- Claro, quero sim... muito! Obrigado por me avisar. - falou empolgado e entregando o papel de volta para garota. 

- Calma aí... - disse, interrompendo a alegria instantânea do garoto. 

- O que foi? 

- O que acha de ingressos de graça? 

- Espera aí! Você é o quê? Deus? 

- Não, tecnicamente. Mas se não quiser, tudo bem. 

Então a garota deu de ombros e virou de costas andando impotente. Com os pensamentos inquietos, Kurt gritou: 

- Não, eu quero! 

- Eu sabia... - disse dando um giro de cento e oitenta graus em um piscar de olhos. - Aqui está. 

Ela lhe entregou o ingresso, desconfiado Kurt olhou cada detalhe. Colocou contra a luz fraca do sol e finalmente falou algo:

- Tudo bem. Obrigado, de qualquer forma. Mas eu posso ir assim? É de graça? - pergunta, cruzando os braços e vendo a garota revirar os olhos.

- Não, não. Você precisa fazer algo por mim.

- O que você precisa? - Perguntou engolindo seco. O olhar dela era apavorante e com fúria. 

Ela bateu os pés sobre o chão de forma rápida, colocando as mãos na cintura. E jogou a cabeça para trás, enquanto respirava com calma e ao mesmo tempo auto-confiante.

- Eu preciso... que você seja meu namorado! 

Kurt deu um passo para trás e franziu o cenho, tentando entender claramente cada palavra que ela acabara de dizer.

- Espera aí... Como assim? 

- É isso mesmo que você ouviu. Desculpe se não quer, pode me devolver o convite.

- Não, eu quero sim. Mas... como seria ser seu namorado? 

- Droga. Olha, é o seguinte: eu preciso de alguém para me acompanhar no show e você é o único que serve. Fora que... você vai entender quando for comigo. 

- Certo. Mas por que eu? 

- Você é o único esquisito. - respondeu dando de ombros e com um sorriso de lado.

- Vou considerar como um elogio. Nos vemos no sábado? - perguntou olhando o ingresso. 

- Sim, me busque às nove horas. Ok? 

- Ok. E qual seu nome? 

- Cassie. Kurt, não é?

- Kurt - afirmou cumprimentando ela.

A garota se aproximou e sussurrou em seu ouvido: 

- Será por pouco tempo, não se preocupe. 

E em seguida, saiu correndo. Kurt tentou segurá-la, mas não conseguiu. Ficou confuso por um instante. Balançou a cabeça e abriu a revista atordoado. Aquele manhã estava estranha? Ou seria apenas algo que era novo? Ou sorte? Sorte...? 

Ele levantou seu olhar do chão para o céu e sentiu as gotas de chuva em seu rosto. Correu para chegar o mais rápido possível. Não olhou nem um segundo para os alunos, passou direto por eles. Entrou em sua sala e sentou-se na última fileira.

Assistiu a aula atento, porém, incomodado com Cassie. Tentou fazer com que a garota ao menos olhasse para ele, porém, ela estava entretida com a conversa da colega sobre a viagem para Paris. Mimada, pensou. Porém, linda. Ele concluiu que teria que contar tudo a Matt e saber se isso era apenas um jogo. Sua opinião era tudo agora. 

As aulas terminaram e ele continuou pensando constantemente no show, enquanto a ansiedade lhe invadia. Pegou seu lanche e o jogou fora, não comeu hoje. Cobain estava perturbado demais para isso. Como permaneceu mais calado que o normal e totalmente camuflado, não houve nenhuma piada em relação a sua magreza, inteligência ou sexualidade. 

Passou mais uma vez voando e discretamente por todos. Mas uma mão pequena e suave agarrou em seu punho, fazendo ele assustar-se e olhar para atrás com medo. 

- Kurt, quero conversar com você. 

Era Cassie, ela lhe olhava apreensiva e angustiada.

- O que quer conversar? 

- Eu posso falar com você em particular? Sei lá... ir para sua casa? 

Ele pensou bem e não achou nada absurdo. Seu pai não se importaria. Talvez até gostasse.

- Tudo bem. Vamos.

- Obrigada.

Seu sorriso agora estava mais agradável. Eles foram andando até a casa de Kurt, porém a conversa não era tão confortante. Ela parecia divertida, mas não era compatível ao que Kurt gostaria que fosse.

- Chegamos. 

Envergonhada, ela entrou com as mãos para trás e mordendo os lábios. Kurt subiu até seu quarto e ela lhe acompanhou.

Assim que entraram, ela observou os milhares de pôsteres espalhados pelo quarto. Muitos deles, Led Zeppelin. 

- Bem-vinda. O que achou? 

- Muito interessante. Lembra meu quarto! Porém, ele contém mais pôsteres do Ramones.

- Imagino. Bela jaqueta! - disse ele, colocando a mochila sobre o chão. 

- Obrigada. Seu cabelo é legal. -falou rindo e Kurt deitou sobre sua cama.

- Valeu, pode sentar. - disse apontando para a cadeira de madeira, da qual ficava próxima ao seu computador. 

Ela sentou-se, e olhou para os lados.

- Sobre o que quer conversar? 

- Kurt. Você conhece Matthew Shultz? 

Ele sentou sobre a cama em um pulo. Como ela sabia? Quem ela era? Uma espécie de bruxa? 

- C-Claro, conheço. 

Kurt sentiu a garganta seca e começou a morder a ponta da caneta azul que estava no seu criado-mudo. O nervosismo tomava conta do seu corpo. Ela sorriu e os seus olhos se encheram de água, fechou os olhos e com a voz fraca e trêmula, disse: 

- Eu estou grávida. 


Notas Finais


MÚSICA: https://youtu.be/VcoSJv6PIEA

Sei que não devem estar entendendo nada, sobre ela ser legal com Kurt e tal... sobre conhecer o Matt e etc, porém, no próximo entenderam. Juro 💛

Até logo ❤ Obrigado para quem está lendo.


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