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História My Best Gift ( HIATUS ) - Unhinged


Escrita por: kywlie

Notas do Autor


musica do capitulo: Unhinged Nick Jonas

capitulo revisado pelo Gustavo ( @complexado )

Capítulo 8 - Unhinged


Fanfic / Fanfiction My Best Gift ( HIATUS ) - Unhinged

Sophie já estava se recuperando, porém continuava internada. Os médicos queriam ter certeza de que estava tudo bem com ela e que não tinham deixado passar nada. 
Justin não tinha saído do hospital nesses dias, nem mesmo para dormir. Ele e Caitlyn ainda não tinham se falado, Justin ainda estava magoado com as atitudes da amiga e só o tempo podia dizer como a relação desses dois iria acabar. Ainda tinha muita coisa para acontecer com essa "nova família". 

— Você ainda vai ficar calado? – diz Candice se encostando na batente da porta que dava para o banheiro do quarto, enquanto Justin se sentava na beirada da cama para colocar seus tênis. 

— De novo isso? Olha, Candice, eu estou bem ocupado. 

— Sim, com a filha que você acabou de saber da existência. – ela para na frente do noivo — Eu só quero saber como você está. 

— Estou ótimo. – ele responde de forma aleatória. 

Ela desiste, estava tentando fazer ele se abrir há duas semanas. Ela via o quanto ele estava atordoado, e achava que não era saudável ficar reprimindo suas emoções, então resolveu apenas mudar de assunto. 

 — Eu volto para Nova York hoje. – Diz Candy 
 

— Já? Pensei que iria ficar mais tempo. – diz, e logo ele a puxa para o seu colo e enterra o nariz em seus cabelos ondulados. 


— Eu deveria ter voltado a dias, Justin. Meu pai precisa que eu esteja lá 

— Tudo bem, eu não posso ficar te segurando aqui. Seu voo sai que horas? 

— As 14:00. 

— Eu te busco aqui e te deixo no aeroporto. – diz ele, lhe dando um selinho. — Agora eu preciso ir. 

No hospital, Caitlyn e Sophie viam desenho enquanto o médico não fazia sua visita de rotina. 
Os primeiros dias foram difíceis para a menininha. Para uma criança tão ativa como ela, ter que ficar deitada em uma cama durante dias era um tanto estressante, mas depois que o repouso acabou, ninguém a segurava mais. A menina andava pela ala pediátrica toda, conhecia todas as enfermeiras e adorava quando era o dia da recreação, onde voluntários se fantasiavam e levavam as crianças para uma sala, fazendo um interagir com o outro e brincarem. Era um bom método para distrair as crianças doentes. 

Sophie também gostou de ter o pai por perto nesse tempo, e até mesmo de Justin e dos novos tios. 
Zachary estava mais atencioso do que nunca com a filha, com a aproximação de Justin e a verdade sobre a paternidade, seus medos só aumentaram. Ele achava que não iria aguentar perder sua filha, ele sabia que eles tinham um laço, que Justin era o pai biológico. Mas na cabeça de Zac, Justin abriu mão de Sophie, e ele era pai tanto quanto o loiro. Afinal, ele que criou Sophie, ele que acompanhou toda a gravidez, foi atrás dos desejos estranhos de Caity, e era ele que Sophie reconhecia como pai. 

A porta do quarto é aberta e Justin entra segurando um suporte de copos e uma sacola de papel com o nome Starbucks. 

— Bom dia! – diz ele, beijando a testa de Sophie. 

— Bom dia, titio! 

Ela ainda não sabia sobre a verdade, consequentemente, continuava o chamando de tio. Justin não sabia se isso era bom ou ruim, ele ainda estava surpreso com tudo isso, imaginando como ela ficaria. Ele achava melhor sentar com Caitlyn e conversar sobre isso com a filha, afinal, ele não saberia o que falar e também sabia que aquele não era o momento certo. Mas ele estava louco para a ouvi-la o chamado de pai. 

— Trouxe o café dá manhã. – diz ele colocando as coisas na mesinha ao lado de Sophie — Ninguém merece comida de hospital. 

Ele entrega um chocolate quente e um muffin de amora para a menina, e para Caity, um capuccino e croissant

— Obrigada. – ela o agradece. 

Essa era uma das poucas palavras que os dois trocavam durante o dia, "bom dia", "obrigado", "como ela está?" e "tchau". 
Todo mundo que entrava ali sentia o clima "pesado", mas preferiam não falar nada. Isso era coisa que só Justin e Caitlyn podiam resolver. 

— Eu amo muffin de amora! – a pequena diz chamando a atenção dos dois, os fazendo rir com sua animação por comer o bolinho. 

— Eu sei, loirinha, por isso que eu trouxe. 

Justin se senta na poltrona ao lado da cama e se junta as meninas, que tomavam o café e assistiam Bob Esponja. Depois de comerem e de Sophie tomar seu banho, o doutor aparece com os últimos exames dá menina. 

— Oi, Sophie, como se sente? – ele pergunta auscultando seu coração 

— Muito bem, quando vou poder ir para casa? 

— Vamos falar sobre isso depois, okay? Vou acabar de te examinar primeiro. 

— É que eu estou com saudade dá minha casa e da minha vovó – diz, fazendo médico rir. 

— Eu sei que aqui não é tão legal quanto sua casa e nem tem a vovó Lauren, mas eu prometo que vai ser rapidinho. 

Enquanto o médico examinava o local da incisão, Justin fez um aceno com a cabeça chamando Caitlyn para o canto do quarto. 

— Eu quero registrar ela, o mais rápido possível – ele fala direto, com medo da resposta da loira 

Ela, por outro lado, achava que não tinha saída, sentia que já tinha privado Justin de muita coisa em relação a filha. Ele estava assumindo suas responsabilidades, estava tentando fazer o certo, e se o que ele queria era que Sophie tivesse seu sobrenome, ela não iria dizer não. Mas sabia que quando Zac soubesse, não seria fácil. 

— Tudo bem. – responde ela, fazendo Justin erguer as sobrancelhas surpreso. — Zac deve chegar daqui a pouco, então eu e você vamos resolver tudo 

— Obrigado. – ele sussurra 

Caitlyn dá de ombros e volta para o lado de Sophie. 

— Ela está comendo bem? – o médico pergunta. 

— Até demais. – Caitlyn responde 

— Ótimo, então não vejo mais motivos para ela ficar aqui. Não houve mais nenhum sinal de hemorragia, a incisão está cicatrizando bem, ela está andando, comendo e sem nenhuma queixa de dor 

Após do médico sair, Caitlyn começa a arrumar as coisas de Sophie, enquanto Justin ficava distraindo a pequena que estava louca para ir pra casa. 

— Oi. – diz Zac enquanto abrindo a porta. Ele entra com um sorriso enorme no rosto, mas que logo morre quando vê o loiro ao lado de Sophie. 

— Papai, o médico disse que eu já posso ir para casa! 

— Que ótimo, filha! 

Justin levanta da cama dando espaço para o moreno, ele sentia seu coração se partir toda vez que via cenas como essa entre os dois, Sophie interagia tão bem com o "pai" que ele chegava a se perguntar se um dia eles teriam um relacionamento assim também. 

— Justin, você pode ir com a Sophie comprar alguma coisa para eu beber? 

Caitlyn achou essa desculpa a mais ridícula, mas precisava tirar Justin e Sophie do quarto para conversar com o marido, antes mesmo que eles fossem para casa. 

— O que você vai querer? –Justin pergunta pegando a filha no colo.

— Apenas uma água. – responde ela, e logo os dois saem do quarto, deixando Caitlyn e Zac sozinhos. 

— Nós precisamos conversar. – ela murmura dobrando as roupas, estava sem coragem de olhar para o moreno 

— Sobre? – diz ele enquanto se aproxima e abraça a cintura da esposa 

— Justin quer registrar Sophie, e eu não vou o impedir. – ela responde, e Zac a solta na hora. 

— Ela já foi registrada. 

— Sim, no seu nome. Ele quer a filha tenha o seu sobrenome, e você precisa entender 

— Ele consegue isso fácil?! -- diz ele já irritado

— Ele tem todos os recursos, então eu acho que sim. Os três só vão precisar fazer um novo teste de DNA que com certeza o juiz irá pedir. 

— E com isso ela perde o meu nome e eu todos os direitos sobre minha filha, que merda, Caitlyn – ele fala irritado 

— Eu não posso mais impedir nada, Zac, já privei Justin e Sophie de muita coisa. Então, você sendo contra ou não, eles vão ter o mesmo sobrenome e vão ter um relacionamento. 

— Bom, aparentemente eu não posso opinar em mais nada aqui. Apenas lembre-se que fui eu que fiquei ao lado de você duas, enquanto ele ficava aproveitando NY e tudo o que o precioso sobrenome dele podia lhe oferecer. 

— E eu sou grata por isso, Zachary. Só que agora isso não se diz mais respeito a você, e sim a uma criança de três anos e um pai que pode pegar a guarda dela – ela para bem perto dele, tão perto que suas respirações podiam se misturar. 

Zac sente uma vontade imensa de socar alguma coisa, de quebrar alguma coisa. Ele só queria extravasar o que estava sentindo, mas não podia fazer isso. 

— Eu preciso que você fique com ela para eu poder ir encontrar o advogado -- Caitlyn pede

A porta é aberta e Justin entra segurando a mão de Sophie, que estava com a boca toda azul. 

— Eu vou esperar vocês na garagem. – diz Zac, saindo pela porta. 

— Você falou com ele? – Justin pergunta fechando a porta. 

– É, e como eu esperava, ele não reagiu nada bem. 

— Olha, Caity, eu não quero prejudicar vocês, mas eu preciso disso. – diz ele, olhando para Sophie. — Já perdi tempo demais, eu quero fazer o certo agora. 

— Eu sei, Justin, eu sei. 

— Mamãe, olha o que o tio Justin me deu. – Sophie ergue o picolé de algodão doce, chamando a atenção dos dois. 

— Que delicia, filha! – responde Caity rindo. 

Depois de estar tudo arrumado, Sophie vai embora com Zac enquanto Justin e Caitlyn vão resolver a questão da certidão de nascimento. O caso vai para a promotoria pública e o advogado da família Bieber fica de resolver tudo. 
No aeroporto de LA estava Candice com seu celular no ouvido, já devia ser a vigésima vez que ela estava tentando ligar para o noivo mas o celular dele só dava desligado. 
Eles tinham marcado de irem juntos para o aeroporto, mas Justin estava demorando tanto que ela deixou mais uma mensagem de voz para ele e pegou um táxi, mas mesmo assim não teve nenhum sinal dele. Para ela isso era uma coisa estranha, afinal Justin sempre foi de cumprir suas promessas, ele sempre estava no lugar marcado na hora certa. Mas agora ela não podia reclamar, Justin estava ocupado com sua nova família e ela entendia isso, querendo ou não, tinha que admitir que Justin, Sophie e Caitlyn eram uma família, eles teriam um vínculo pelo resto da vida. Candice só não queria ficar de lado na vida do noivo, mas não podia cobrar muito dele agora. 

— Oi Justin, sou eu. Só queria dizer que ( ... ) 

Justin estaciona seu Audi R8 em frente a casa branca, Caitlyn abre a porta, mas logo volta a fechá-la. 

— Eu não quero que tenhamos uma relação ruim, Justin, eu sei que não deveria ter escondido a Sophie e peço desculpas, mas nós temos que nos entender — ela fala baixo, olhando para frente. 

— Eu sei — ele suspira — Eu acho que se fosse outra mulher me dando essa notícia, seria mais fácil encarar. 

— Por favor, não vamos começar isso agora. Eu não espero que você me entenda, Justin, mas que respeite minha decisão e não que fique me crucificando como se eu fosse a única errada nessa história 

— Eu não vou falar mais nisso — Ele garante 

— Então, você quer entrar e contar para Sophie quem é o pai dela? 

— Sério? Você vai fazer isso hoje? — ele se anima. 

— Sim, quanto antes melhor, não é?

— Deus, claro que eu quero, estava tão ansioso para isso! — ele fala tão animado que Caity ri, um sorriso de orelha a orelha. 

— Então vamos. 

Caitlyn sai do carro, e logo em seguida Justin sai também, ligando o alarme. 

— Você sabe que não vai poder andar com a Sophie nesses seus carros esportivos, não é? 

— Acho que vou começar a andar mais com o Ranger Rover — ele se gaba, sabia que Caitlyn odiava esse lado dele. 

— Deus, você não muda — ela o empurra de leve com o ombro e os dois riem. 

Eles estavam se esforçando para isso dar certo, para a convivência ser melhor do que estava sendo até então, não que isso fosse um problema para eles já que, mesmo sem admitirem em voz alta, sentiam falta um do outro. 
Da janela da sala, Lauren vê os dois entrando e se sente feliz, apesar de toda a situação. Só Deus sabia o quanto ela tentou tirar aquela ideia maluca da filha de mudar para Londres, mas ela era cabeça dura, e como mãe, tudo o que pode fazer foi dar apoio as decisões da filha, mesmo não concordando. Desde o começo Lauren queria que Justin soubesse de toda a verdade, ela sabia muito bem que sua filha não era tão inocente assim nessa história. Caitlyn podia sim ter dado um jeito do amigo saber do que estava acontecendo, mas talvez por se sentir rejeitada, ela preferiu fugir e de um jeito ou de outro seguir sua vida. 

Mas agora as coisas estavam se encaixando, Justin estava ali e ela tinha certeza que ele ia cumprir com todos os seus deveres e tentar recuperar o tempo perdido, e a confiança da amiga. Então sim, ela tinha motivos para estar se sentindo feliz, feliz por saber que se não conseguisse resistir a essa maldita doença, sua neta e filha teriam o apoio da pessoa certa. 

— Oi, mãe. – diz ela, recebendo um beijo na bochecha. 

— Oi, querida. – ela dá um sorriso acolhedor. — Oi Justin. 

— Lauren! – ele a cumprimenta também. 

— Como você está se sentindo? – a loira pergunta enquanto botava a mão na testa da mãe. — Eu pensei que iria estar dormindo agora. 

— Estou bem, Caity, não aguento mais ficar naquela cama passando os canais da televisão. 

— E o que o médico falou para você e o Josh? A quimioterapia está tendo progresso ou não? –pergunta, fazendo Lauren respirar fundo. Isso era assunto para outra hora. 

— Depois conversamos minha filha, você não precisa se preocupar. 

— Mãe! – ela insiste 

— Você não precisa se preocupar, se fosse coisa séria seu irmão já teria te ligado. Agora vá cuidar da sua filha. – responde, fazendo ela respirar fundo. Sua mãe era tão boa em mudar de assunto, mesmo em coisas importantes. 

— Nós iremos contar para Sophie, você quer vir também? 

— Eu acho melhor não, esse é o momento de vocês três. Depois você me conta como foi. 

— Você que sabe. Onde ela e Zac estão? 

— Lá em cima. 

Zac estava lá, no pé da escada ouvindo tudo o que se passava. Ele não acreditava que Caitlyn ia contar a verdade para Sophie sem nem conversar com ele, as coisas estavam assim agora, ele era o último a ficar sabendo das decisões que incluíam sua filha e nunca tinha chance de opinar. 
Zac estava se sentindo um intruso naquela casa, se sentia como se não fosse desejado lá como era a alguns dias atrás. 
— Zac? – Caitlyn e Justin param em frente ao moreno que nem tinha percebido que eles estavam subindo — Onde você está indo? 

— Estava indo pegar um copo de água, mas acho que não apareci num bom momento, não é?! – sem perceber, suas palavras pingavam ironia 

— Ham… – Justin coçava a cabeça sem jeito — Eu vou ali ver como a Sophie está. – diz, fazendo Zac revirar os olhos, o que faz a esposa o repreender com o olhar. Ela o puxa para o seu quarto. 

— O que está acontecendo? 

— Eu… Eu não sei, Caitlyn. Estou me sentindo um pouco desequilibrado com tudo isso, minha mente não está exatamente no lugar, e você tomando decisões sobre a nossa filha sem me contar piora tudo 
--- Eu estou fazendo o que posso, Zac, mas infelizmente não tenho como agradar a todos. Me desculpa se isso te fere, mas Justin e Sophie precisam disso, e no momento é tudo no que eu consigo pensar. 


— E como isso vai ser? – diz ele, levantando um pouco a voz. - Ele vai tomando o meu lugar, vai ser o pai da minha filha enquanto eu fico de lado de tudo o que acontece sem saber se minha filha ainda lembra de mim ou se ainda tenho uma esposa? 

Ela não responde, olha para a janela do quarto e tenta achar uma resposta, mas não tinha. Talvez seja isso que ele devesse fazer, dar espaço para Caitlyn conseguir concertar as coisas pela sua filha. 
Zac percebe a hesitação da esposa, e então é como se tivesse quase todas as respostas que precisava no momento 
— Eu não consigo decidir o que quero, mas com certeza ficar de lado não é uma opção – ele suspira. — Eu sei que você odeia esse nosso vai e vem, mas talvez agora seja o melhor — ele diz olhando para o chão, não conseguia olhar aqueles olhos verdes azulados intensos. 

— Como assim, Zac? – ela começa a se desesperar, não era isso que queria, não era assim que imaginou que seria a estádia dele em LA. 

— Eu vou voltar para Londres hoje, tentar por minha cabeça no lugar - Ele finalmente a olha e suspira - E você precisa decidir o que realmente quer com o nosso casamento. 

— Você ir embora não é o que eu quero! - ela se desespera 

— Mas isso não é só sobre você, Caitlyn - ele diz firme - É sobre o que eu quero também, sobre quem estamos nos tornando e se somos bons ou não juntos. 

Caitlyn joga seu corpo na cama, seu tronco fica deitado nos lençóis cinzas e suas pernas suspensas no chão. Não, com certeza não era isso que ela queria, por que era tão difícil dele entender? Ela estava tentando fazer o certo agora, estava colocando suas necessidades de lado e pensando no bem estar de Justin e Sophie. Por que ele não podia entender isso pelo menos uma vez? 
Mas ela não iria impedir ele, não de novo. Se era o que ele precisava, tudo bem. 

— Se você quer ir, eu não irei te impedir. – ela se levanta e prende os cabelos em um coque mal feito – Só faça o favor de falar com a Sophie antes. – termina batendo a porta, deixando Zac atordoado com seus pensamentos e livre para arrumar sua mente e sua mala. 

Caitlyn para no batente da porta do quarto da filha e observa a cena a sua frente. 

— Você não sabe brincar de boneca. – a menor fala para Justin 

Eles estavam em cima da cama, as Barbies de Sophie espalhadas por ela, Justin tentando acertar qual roupa deveria colocar.

— Você tem razão, eu não levo o menor jeito para isso – diz ele pegando o Ken que tinha ali. – Eu posso fazer o motorista das Barbies. 

Caitlyn ri com a cena, lembrando de sua infância. Quando eles eram pequenos, Justin sempre inventava uma brincadeira que eles pudessem usar as Barbies dela e os bonecos dele, um dia ela era a filha do presidente em perigo e ele o segurança que a salvava dos sequestradores, ou alguma outra coisa do gênero. 

— Justin Bieber brincando de Barbie, que coisa mais linda. – ela debocha e entra se sentando ao lado do loiro. 

– Ele não sabe brincar, mamãe, só você e a vovó sabem. – Caitlyn e Justin riem. 

— Nós temos que conversar, bebê. – diz ela botando as Barbies em cima da mesinha ao lado da cama 

— O que foi, mamãe? 

Ela olha para Justin, como se estivesse pedindo permissão para continuar. E ele, sem pensar duas vezes, concorda. 

— Você lembra que antes de você nascer, eu morei aqui com a vovó? 

– Uhum. – a menininha concorda. – Foi aqui que você conheceu o tio Justin, a tia Sarah, o tio Ryan... 

— É meu amor, foi aqui. – ela interrompe a filha, se não ela iria ficar ali falando de todos os tios que conheceu - Então, antes de eu conhecer seu pai, eu tive um... 

Caitlyn procura a palavra certa para falar para a filha ao invés de sexo casual, isso não seria nem um pouco apropriado. 

— Relacionamento. – Justin completa a frase da loira. 

— É, um relacionamento. Assim, eu engravidei de você, só que eu fui para Londres e conheci o Zachary. 

— Eu não estou entendendo. Mamãe. – Sophie olha confusa de Caitlyn para Justin. 

— Eu sou o seu pai de sangue, Sophie. – diz Justin, tomando as rédeas da conversa. — O Zachary que te criou, mas você tem o meu sangue . 

— Você é o meu papai? – Sophie olha para Justin. — Mas e o papai Zac? 

— Você lembra da Emma? – Caitlyn pergunta. 

— Lembro, ela tinha mamãe e papai diferentes. 

— Isso, ela era adotada. Os pais dela não puderam a criar, então outros pais criaram ela. Então, aqui é como se fosse a mesma coisa, só que o Justin não sabia que era seu pai 

— Isso é meio confuso, não é? – Justin a pergunta, e ela concorda — Quando você for maior vai entender, o importante é que você saiba que eu sou seu pai também. 

Caitlyn agradece pela interferência de Justin, ela estava cada vez mais se perdendo naquela conversa, era mais difícil do que ela imaginava contar a verdade para a filha. 

— Eu vou ter que te chamar de papai, ou de tio Justin? 

— Quando você quiser, pode me chamar de pai. Mas eu não vou ligar se for tio Justin também. 

— E o papai Zac? 

— Você pode continuar chamando ele de pai também – diz Justin pondo a filha no colo. — Olha, Sophie, eu não quero te separar do Zac e nem quero atrapalhar a relação de vocês, eu só quero que você saiba que sou seu pai também. 

— Ah, você é legal, não vou me importar de ter mais um papai também. 

— Então está tudo bem. – diz Justin abrindo um sorriso enorme. 

— Está. – ela concorda. 

Justin sentiu um certo "calor" em seu coração, pela primeira vez ele sabia que estava no lugar certo e com as pessoas certas, sabia que esse era seu momento e que mesmo não sendo do jeito tradicional e como seus pais desejavam, os três agora eram uma família e ele não poderia estar mais feliz. 

Caitlyn, Justin e até mesmo Lauren, não saíram de perto da loirinha nem por um minuto, com exceção de Zac, que comprou sua passagem para Londres para cima da hora e foi direto arrumar sua mala. Ele apenas se despediu de Sophie, agradeceu a estádia de Lauren, e desejou melhoras para ela. Quando finalmente saiu daquela casa, sentiu que podia respirar de novo, mas ao mesmo tempo, que seu peito pesava uma tonelada. 

A noite caiu e Sophie dormiu no sofá, com a cabeça no colo de Justin, enquanto via desenho. 

— Eu vou levá-la para o quarto. – Justin sussurra para Caity. 

Enquanto ele subia com a loira nos braços, Caitlyn recolhia os potes e pratos sujos que estavam espalhados pela sala, apesar de Zac ter ido embora, eles tiveram um bom dia, e ela estava feliz por Sophie estar se dando bem com o pai. 

— Sabe, se você quiser conversar com alguém sobre o seu marido, eu estou aqui – Justin fala, entrando na cozinha. 

— Como assim, Bieber? - Caitlyn pergunta enquanto lava o último prato. 

Justin encosta no balção no meio da cozinha e encara a amiga. Ele ainda a conhecia como a palma da sua mão. 

- Qual é, Noura, você raramente consegue esconder suas emoções 

Caitlyn bufa, ele tinha razão, ela nunca foi muito boa nisso, apenas quando era extremamente importante. Ela seca as mãos no pano de prato e se vira, encostando a cintura na pia. 

— Ano passado eu me separei do Zachary, descobri que ele estava transando com outra. – diz ela, olhando para o chão. Era humilhante falar sobre isso. 

— Se você não quiser, não precisa falar, Caity. – responde ele, parando na frente dela. 

— Eu quero, eu preciso. – ela o olha — Ele pegou um novo projeto e estava viajando muito com uma tal de Jéssica, a arquiteta que estava trabalhando com ele. Até que a Sophie foi dormir na casa da mãe dele, o mesmo me ligou falando que teria que trabalhar até mais tarde e não sabia a hora que voltaria para casa, aquilo estava se tornando tão normal que eu nem liguei. Mas aí eu tive a brilhante ideia de levar o jantar, pensei que ficar em uma firma até mais tarde e sozinho devia ser um saco, quando cheguei lá eu o vi literalmente em cima da Jéssica, as roupas jogadas pela sala e eles transando no sofá igual atores pornôs. 

— O que você fez, então? 

— Eu deixei o jantar em cima da mesa dele com ele gritando para eu voltar. Peguei minha filha, nossas coisas, e fui para um hotel. Nós ficamos por volta de dois meses separados, e com o passar do tempo eu fui dividir a casa com uma amiga do trabalho. 

— E por que você voltou para ele? – Justin pergunta abismado, nunca imaginaria que Caity iria passar por uma situação assim e ainda voltar com o marido. 

— O que eu iria fazer, Justin? - ela solta um riso irônico — Eu não tinha ninguém naquele lugar, minha família estava toda aqui, como eu iria me virar sozinha com a Sophie, explicar pra ela o que aconteceu? Então com o passar do tempo eu fui cedendo a ele e voltei para casa, mas agora acho que tudo isso foi em vão porque quando eu precisei que ele ficasse do meu lado, ele simplesmente arrumou as malas e foi embora. 

Justin a puxa para o seu peito e a abraça como se sua vida dependesse disso, ele queria poder tirar todo esse sofrimento dela, queria mostrar que ela merecia mais do que um cara assim, que ela era uma mulher extraordinária e que isso não era justo. Bom, a vida muitas vezes não era justa. 

— Ele foi embora. – Caity deixa as lágrimas que estava segurando desde cedo caírem e molharem a camisa de Justin. 

— Você não está sozinha, Caity – diz ele acariciando os cabelos loiros dela. 

Ele ficou lá até Caity se acalmar, eles deitaram na cama e ficaram conversando até a loira pegar no sono e Justin ter certeza que ela ficaria bem. E então ele decidiu que era hora de voltar para casa, o dia tinha chegado ao fim e ele estava exausto, desejando um banho quente e sua cama. 

— Candice? – ele chamou quando abriu a porta, e logo viu o cômodo todo escuro. — Merda, eu não acredito que esqueci. 

Sim, Justin tinha se esquecido que a noiva estava voltando para casa, talvez a emoção do dia o tivesse feito esquecer. Mas ele se sentia tão mal por isso, ele realmente queria ter se despedido dela e ter agradecido por apoiar ele, por não o tentar controlar a situação, ele queria dizer que estava orgulhoso dela, de poder ter uma mulher tão extraordinária ao seu lado e que a amava imensamente. Mas seu dia foi tão cheio que ele nem tinha percebido que o celular descarregou. 

Justin liga as luzes da sala e assim que acha seu carregador o conecta no celular, ele tinha tantas ligações perdidas e mensagens, não só de Candice, mas de sua mãe, pai, Ryan, Chaz, e até mesmo de sua secretária. Mas ele ignorou os demais e foi direto para a caixa postal. 

— Oi Justin, sou eu. Só queria dizer que entendo o porquê de você não ter aparecido, eu não sei se você esqueceu, se o carro bateu, se roubaram seu celular ou se aconteceu alguma coisa com a sua filha, mas eu entendo. Sua vida está uma montanha russa no momento, você está passando por uma coisa que nunca imaginou e está com um misto enorme de sentimentos aí dentro, eu sei, ela é a sua filha. A filha que você nem sabia que existia, a filha que você ficou longe por anos, que agora está em uma cama de hospital e tudo o que você mais quer é poder conhecer essa garota. Quer saber qual a comida preferida, o desenho e a roupa, se ela também gosta de basquete ou se prefere ballet, se ela quer ser atriz ou uma grande médica quando crescer. E eu não quero te privar disso, longe de mim querer atrapalhar o momento de vocês dois, nunca vou te fazer escolher entre eu e ela, pode ter certeza, meu amor. E por isso também eu estou voltando para casa, para dar o momento de vocês, não precisa se preocupar comigo ou com a data do nosso casamento, tudo vai acontecer quando você sentir que é a hora. Eu te amo e sempre vou estar do seu lado em cada decisão que tomar, não se esqueça disso, meu amor


Notas Finais


me desculpem pelos meses sem postar serio, eu estava revisando a historia toda, mudei a narração e fiz ate alguns ajustes nos capitulos anteriores e logo depois vieram minhas provas, o que tomaram mais da metade do meu tempo, então eu nao sumi atoa mas juro que vou tentar ajustar meu tempo agora.

eu espero que tenham gostado do capitulo e do novo jeito que eu estou escrevendo, beijinhos!!

ps: comentem o que acharam da nova escrita
ps2: quem quiser ler os capitulos anteriosres. pode ate ser bom pq acho que expliquei um pouco mais da relaçao do Justin, da Caitlyn e ate do Zac


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