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História My Best Mistake. - Coisinhas Felizes que nos Deixam Felizes


Escrita por: sct_svy

Notas do Autor


Olá, olá, olá. Primeiramente, bem-vindos. Segundamente, é minha primeira fic, ou seja, comentem, critiquem, aceito sugestões, me xinguem, só não fiquem anônimos, leitores fantasmas é muito chato kkkk. Terceiramente, essa fic se passa no RS, porém não vou usar sotaque, porque escrever em segunda pessoa é um saco, ou fica chato de ler/escrever ou fica errado. Sou gaúcha, então, peço que entendam. Quartamente, boa leitura.

Capítulo 1 - Coisinhas Felizes que nos Deixam Felizes


Finalmente virou o ano. Só eu sei dizer o quanto aguardei essa virada. Não estou reclamando, quero dizer, minha vida não é ruim, nada fora da normalidade adolescente. Segundo ano do ensino médio acabado, se inicia um novo ano, morando em uma cidade no litoral norte gaúcho, a única coisa que eu pedia era para sair daquela rotina de "nada para fazer", estava acostumada a sempre ver as mesmas caras, sempre o mesmo tipo de relacionamento, conhece, beija, enjoa e acabou. Minha vida estava sentindo falta de algo.

Por favor férias, me surpreendam. Levantei perto do meio dia com o celular tocando. 
 

- Alô - falei com aquela voz de sono. 

- Oi, meu bem. - Disse Gabriel do outro lado da linha. - Dormindo ainda?

– Agora não mais. Mas me conta a boa. 

- Vamos na cachoeira, o pessoal todo vai pra lá. Vou levar umas coisinhas felizes para beber. 

- Coisinhas felizes que nos deixam felizes. Um bom motivo para sair da cama e do meu maravilhoso ar condicionado. Me busca? 

- Claro, daqui a pouco estou aí. 
 

Deixem-me explicar. Gabriel é meu melhor amigo, do tipo que posso contar pra tudo, mas de uns tempos pra cá ele vem confundindo as coisas e querendo algo a mais. As meninas que me matem, mas não tenho o mínimo interesse naquele deus grego. Confesso, ele realmente é um cara muito bonito, gentil, educado, mas realmente não faz o meu tipo, se é que me entendem. Quem não entende isso é ele, respeita, mas não desiste. Levantei e fui tomar um banho e em seguida comer. Parei na frente do espelho e tentei ajeitar meu cabelo, que infelizmente não se ajeitou, era sempre um furacão, pelo menos era liso. Já sou uma pessoa comum se meu cabelo colaborar ainda menos estou ferrada, não me considero feia, porém comum, a única coisa que ainda se salva são os olhos, verdes, quase azuis, mas alguma coisa que salva eu tinha que ter.
 

- Bom dia, Isa. - Isa, de Isabela. 

- Bom dia, mãe. 
 

Sentei a mesa com minha mãe, meu pai trabalhava em Florianópolis e eu só o via nos fins de semana, durante a semana éramos apenas nós duas, eu e minha mãe morávamos em Torres, no Rio Grande do Sul, era outro estado, mas fazia divisa com SC, então parecia mais longe na teoria do que na pratica. 
 

- Vou sair com o Gabi, vou na cachoeira. 

- Está bem, só se cuidem com a correnteza. 

- Pode deixar, dona Silvia. - Ouvi uma voz masculina, virei e percebi a imagem daquele loiro, enorme, forte, sorrindo. - Eu cuido da sua filha, como sempre. - Me deu um beijo no rosto. 

- Como se eu não soubesse me cuidar. – Resmunguei.

- E sabe? 

- Às vezes. - Sorri. 

- Vocês deveriam namorar. - Disse minha mãe. Ela era tão persistente quanto ele nessa história. 

- iiiih, começou o papo xarope de novo. 

- Eu queria, mas a Isa não me dá condição. 

- Porque nós somos amigos. 

- Ia fortalecer a amizade. 

- Concordo. - minha mãe. 

- Já deu desse assunto. Vou me escovar e saímos. 
 

Me escovei rápido e entrei no carro, Gabriel era mais velho que eu, nos conhecemos através da irmã dele, Laura, que era minha colega na pré-escola, depois fomos pra mesma escola, mas ele algumas séries a frente, porém teve um dia, não sei dizer em qual série exatamente que Laura foi embora, sem se despedir, ele diz que ela foi estudar em Londres e não voltou nem para visitar. Não sei muito bem o que se passa, mas parei de insistir e perguntar.

 

- Você deveria parar de dar esperanças pra minha mãe. - Falei sem olhar pra ele. - você sabe que não vai acontecer nada entre nós. 

- Eu não dei esperança, fui honesto. - Suspirei. De novo, não.

- Gabi, o problema não é você, eu amo você, mas você sabe que eu não fico com caras.

- A gente ficou já. 

- Em uma brincadeira. – Rolei os olhos -  Se você não parar eu vou me obrigar a me afastar de você e eu não quero isso. Você precisa respeitar que não sinto o mesmo que você. Você é meu melhor amigo, é uma das pessoas que mais amo no mundo.

- Está certo. Me desculpa. 

- Está tudo bem. 
 

Chegamos em seguida e quando ele falou todo mundo, estava realmente falando sério. Todo mundo estava lá, cheguei, peguei uma cerveja e fiquei sentada em uma pedra olhando a cachoeira. Gabriel fez o mesmo, sentou do meu lado. Logo chegou André, Gustavo, Bianca e Larissa. São meus colegas, já estava com saudade dessa turma, fazia uma semana do ano novo, quase um mês que não via ninguém.

André tinha a pele morena, cabelos pretos bagunçados, usava barba rala, lembrava um índio, ele era da idade do Gabi, os dois estavam na faculdade. Gustavo tinha o cabelo castanho enroladinho, muito fofo, pele clarinha, barba mal feita, ele tinha cara de criança mesmo com a barba. Bianca loira, alta daquelas que dá medo em mim que não tenho muita altura, olhos claros.

Larissa é nossa bonequinha, sua aparência é impecável, o tipo de menina que dá vontade de pôr numa bolha para não se machucar, morena, cabelo crespo, olhos verdes escuro, baixinha, desde a infância tem uma queda do penhasco pelo Gabi, eles ficaram algumas vezes, mas ele nunca tomou vergonha na cara de assumir a menina.

 

- E aí, Isa. – Gustavo me dando um beijo e sentando do meu lado.

- Você já está bêbado, Gugu?

- Gugu é o seu cu, Belinha.

- Nem vem com essa de Belinha. Está bêbado mesmo?

- Estamos de férias e é sexta-feira, é um motivo para passar mais tempo bêbado do que sobreo. - Cumprimentei todos e sentaram comigo rindo do bêbado.

- Mas espera, hoje é quarta e não sexta.

- Essa é a melhor parte das férias, todos os dias é sexta-feira.

- Você é doente, Gustavo.

 

Gabriel estava em silencio e aquilo já estava me agoniando, ele queria que eu sentisse pena dele e resolvesse dar uma chance, mas isso não ajuda em nada.

 

- Isa, eu te desafio a pular na cachoeira, comigo. – Gustavo.

- E porque eu faria isso?

- Porque você é uma boa amiga e vai ser parceira. – Olhei pra cachoeira, devia estar fria.

- Não sei se sou tão boa amiga assim.

- Ah, você é.

 

Me pegou no colo, apenas gritei e me segurei nele, saiu correndo e pulou comigo na cachoeira, filho da puta, ainda bem que meu celular não estava no bolso. Se estivesse eu matava ele. Estava muito gelada. Vou matar esse moleque.



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